Turismo pede maior previsibilidade nas medidas de apoio

CTP pede "novas medidas estruturantes", como a reativação do lay off simplificado, apoio à capitalização das empresas e reforço dos programas Apoiar.

A Confederação do Turismo de Portugal (CTP) exige ao Governo que anuncie medidas de apoio às empresas com maior previsibilidade e pede que os apoios anunciados cheguem efetivamente à economia e com celeridade.

“As medidas não podem ser anunciadas a conta-gotas. Só com medidas de médio e longo prazo é possível garantir estabilidade às empresas. Não podemos viver em constante incerteza, sem saber com o que podemos contar nos próximos meses”, diz o presidente da CTP num comunicado enviado às redações este sábado.

“É urgente que os apoios sejam finalmente desbloqueados”, frisa Francisco Calheiros, lembrado que o Governo anunciou, no início do mês, um conjunto de apoios que até agora ainda não chegaram aos empresários. “É urgente a implementação do plano para reativar o Turismo que prevê um investimento superior a seis mil milhões”, acrescenta. “Não basta ao Governo anunciar, é preciso concretizar”, atira.

Tal como a CIP, também a CTP pede “novas medidas estruturantes”, como a reativação do lay off simplificado, para permitir a manutenção de postos de trabalho, o apoio à capitalização das empresas, o reforço dos programas Apoiar em todas as suas vertentes e rever a questão das moratórias, além do final do ano de 2021. Por exemplo, a semana passada, o ministro da Economia anunciou que o Apoiar ia ser alargado aos estabelecimentos de diversão noturna, empresas que continuam encerradas por causa da pandemia.

Para a confederação é necessário manter as atuais condições do apoio extraordinário à retoma progressiva para as empresas até ao final de 2021 e não apenas em julho e agosto, isto porque, “até à data, não há retoma que permita o aligeirar destas medidas”, pode ler-se no comunicado. De acordo com o indicador diário de atividade económica (DEI) publicado pelo Banco de Portugal, a atividade económica em Portugal na semana que terminou a 18 de julho diminuiu face à semana anterior.

“Estamos praticamente no final do mês de julho e as empresas enfrentam inúmeras dificuldades devido aos vários constrangimentos que ainda existem decorrentes da pandemia”, lembra Francisco Calheiros. A lista de concelhos de “risco muito elevado” passou de 47 para 61, enquanto a lista de concelhos de “risco elevado” passou de 43 para 55.

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