Popular prepara venda do negócio em Portugal
O Banco Popular de Portugal faz parte de uma lista de ativos que o banco espanhol pondera alienar, tendo como objetivo evitar a necessidade de avançar com um aumento de capital, avança o Cinco Dias.
O Banco Popular poderá estar de saída de Portugal. A unidade de negócio nacional do banco espanhol faz parte de um conjunto de ativos que o novo presidente do Popular pondera alienar, segundo avança o Cinco Dias (acesso gratuito). A medida tem como objetivo evitar a necessidade de avançar para um aumento de capital.
De acordo com a publicação espanhola, o Banco Popular pretende vender a filial norte-americana TotalBank, bem como a banca privada e outros ativos, onde se inclui a unidade de negócio lusa. A notícia surge depois de já este ano, o Banco Popular de Portugal ter deixado de ser um banco de direito português para passar a ser uma sucursal do banco espanhol, uma medida que teve como objetivo reduzir custos. Já em novembro o banco espanhol anunciou a intenção de dispensar 295 trabalhadores e encerrar 47 agências em Portugal, como parte de um plano de reestruturação que engloba 2.592 empregados e 300 agências de todo o grupo. O Banco Popular está em Portugal desde o ano 2000.
A intenção de alienar ativos surge poucos dias depois de o Banco Popular ter apresentado o pior resultado da sua história, com os prejuízos a ascenderem ao valor recorde de 3.485 milhões de euros em 2016. Um resultado que se deveu ao esforço extraordinário na constituição de provisões para limpar o balanço do banco, numa altura em que o malparado no Popular suscita preocupação.
A frágil situação do banco espanhol, liderado por Emilio Saracho, tem aumentado a pressão por parte dos bancos de investimento para que o Banco Popular avance para um aumento de capital na ordem dos três mil milhões de euros. Contudo a estratégia do recém-nomeado presidente do Banco Popular passará pela via da alienação de ativos agora conhecidos.
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