PwC oferece trabalho remoto permanente a colaboradores dos EUA
Consultora vai permitir que os seus colaboradores dos Estados Unidos passem a trabalhar remotamente de forma permanente, se assim o quiserem. Em Portugal, mantém regime híbrido.
A PwC vai permitir que os seus colaboradores dos escritórios localizados nos Estados Unidos passem a trabalhar num regime remoto sempre que queiram e — se for essa a vontade deles — para sempre. Em causa estão cerca de 40 mil trabalhadores. A empresa de contabilidade e consultoria torna-se, assim, uma das primeiras grandes empregadoras do mundo a abraçar o trabalho remoto de uma forma permanente. Em Portugal, a empresa mantém um modelo híbrido.
“Aprendemos imenso com a pandemia. Trabalhar remotamente, pensando na evolução da flexibilidade, é o próximo passo, e um passo natural”, diz Yolanda Seals-Coffield, deputy people leader da PwC, citada pela Reuters (acesso livre, conteúdo em inglês). “Se é um empregado em boa situação, se está nos serviços ao cliente, e quer trabalhar virtualmente, pode, ponto final”, acrescenta.
A medida implementada pela consultora — que marca também um claro afastamento das atitudes mais rígidas pelas quais a indústria da contabilidade ainda é conhecida, nomeadamente longas horas de trabalho no escritório — abrange a “maioria” dos colaboradores da empresa nos EUA.
“Em Portugal, os colaboradores da PwC têm um modelo híbrido, com uma base de dois dias de trabalho remoto, havendo colaboradores e áreas com modelos mais flexíveis”, fonte oficial da PwC Portugal à Pessoas. Antes da pandemia a consultora já tinha o modelo flex work — dando a possibilidade de trabalho remoto uma vez por semana. “Para já não nada nesse sentido”, diz fonte oficial quando questionada sobre uma eventual implementação de um regime semelhante ao agora anunciado nos Estados Unidos.
Nos Estados Unidos, apenas os parceiros da PwC cujos membros da equipa escolham estar regularmente no escritório “não serão autorizados a trabalhar de forma completamente remota”, lê-se na publicação.
Yolanda Seals-Coffield recorda que os funcionários em áreas como recursos humanos e operações jurídicas já tinham a possibilidade de trabalhar remotamente a tempo inteiro, devendo ir ao escritório, no máximo, três dias por mês para reuniões presenciais, tais como reuniões de equipas, visitas de clientes e sessões de aprendizagem.
A localização influencia, contudo, a remuneração dos funcionários da PwC, alerta Yolanda Seals-Coffield. “Os empregados que optem por trabalhar praticamente a tempo inteiro a partir de um local com custos mais baixos verão ver a sua remuneração diminuir”, refere.
Nova política para atrair e reter talento
A expectativa é que esta decisão, que pretende responder às necessidades e desejos de todos os colaboradores, ajude a PwC na tarefa de atração e retenção do melhor talento. Da mesma forma que permitirá o trabalho remoto permanente, Yolanda Seals-Coffield garante que a empresa não está a planear proceder a alterações significativas nos escritórios.
A companhia pretende utilizar o seu espaço de trabalho de forma diferente, mais colaborativa, adianta, sem fornecer mais detalhes.
Em junho, PwC anunciou que iria contratar 100 mil pessoas durante os próximos cinco anos, um processo que deverá implicar o investimento de 12 mil milhões de dólares (cerca de 9,9 mil milhões de euros) em contratações, formação e tecnologia. Na altura, questionada pela Pessoas, a companhia disse que, em Portugal, seriam contratados cerca de 500 colaboradores já no próximo ano, sem adiantar um número no horizonte mais alargado dos próximos cinco anos, nem em contratações previstas, nem de investimento que será alocado a este projeto.
Em Portugal, Angola e Cabo Verde, a consultora tem cerca de 1.600 colaboradores, distribuídos pelos escritórios de Lisboa, Porto, Praia e Luanda. Já nos Estados Unidos, a PwC conta com 55 mil colaboradores. Globalmente, a companhia emprega 284.000 pessoas.
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