Webtalk. Cultura Empresarial: os desafios no regresso ao escritório
André Pires, da Multipessoal, Filipa Ferreira, da Talkdesk e Pedro Henriques, da Siemens, debatem desafios na criação e manutenção da cultura de empresa com os novos modelos de trabalho pós-pandemia.
Durante a pandemia, milhares de pessoas tiveram de sair do escritório e adaptar-se a uma nova rotina, onde as suas casas passaram a ser, também, os seus locais de trabalho. Mais de dois anos depois, a obrigatoriedade de estar em teletrabalho chegou ao fim e o regresso às instalações das empresas é, novamente, uma realidade, mas não para todos.
Há empresas que querem voltar ao modelo de trabalho pré-pandemia, com um regime presencial. Mas este não é o modelo adotado em todas as organizações. Há companhias que, depois de verificar as muitas vantagens no trabalho à distância, quiseram mantê-lo no futuro, uns abraçando o trabalho 100% remoto e outras, parcialmente, optando por um modelo híbrido, em que parte da semana de trabalho é no escritório e o restante à distância.
No webtalk “Cultura Empresarial: os desafios no regresso ao escritório”, André Ribeiro Pires, Chief Operating Officer da Multipessoal, Filipa Ferreira, senior director of people Portugal na Talkdesk e Pedro Henriques, human resources head na Siemens Portugal, falam sobre os desafios que estes novos modelos de trabalho trazem para a criação e manutenção da cultura empresarial.
A rotatividade de pessoas em teletrabalho, a flexibilidade oferecida aos colaboradores e, ainda, as estratégias usadas pelas empresas para manterem a sua cultura mesmo com todos estes novos condicionantes, foram alguns dos temas debatidos pelos três oradores, que têm centenas de pessoas a trabalhar à distância nas suas empresas e não suspenderam a contratação mesmo em tempos de pandemia.
Filipa Ferreira admite que, na Talkdesk, tiveram de reforçar as equipas dedicadas às tecnologias de informação para o onboarding de novos colaboradores neste regime à distância. “Houve muitas pessoas que entraram na Talkdesk neste período pandémico e que nunca viveram o que é o escritório. O facto de sermos remote friendly também foi um fator de atratividade, mas tivemos que fazer algumas adaptações, particularmente orquestrar equipas de IT para suportar este onboarding à distância”, refere.
Pedro Henriques reconhece que esta “é uma das áreas mais complicadas” deste novo sistema, mas garante que a adaptação da Siemens também tem sido eficaz: “Desde março de 2020, admitimos já mais de 500 pessoas, portanto, 25% da empresa nunca trabalhou no escritório. Todas as pessoas tiveram sessões de onboarding e fizemos integração com as equipas ao propiciar a criação de grupos nas redes sociais internas para partilhar informação com as chefias”.
Mas não só as empresas passaram por mudanças. Quem se candidata a elas também passou a pedir algumas informações que, antes da pandemia, não eram sequer postas em causa. Quem o diz é André Ribeiro Pires, que assinala a “postura da empresa relativamente ao teletrabalho” e a forma como lidaram com a pandemia como sendo as duas principais preocupações dos candidatos.
“Estes são dois fatores muito interessantes naquilo que é o employer branding em Portugal e que é um paradigma que pode pôr em causa o modelo de contratação de futuro de muitas empresas para conseguirem atrair jovens”, ressalva.
O webtalk “Cultura Empresarial: os desafios no regresso ao escritório” contou com o apoio da Multipessoal.
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