Sofre de “tecnostress”? Oito formas de evitá-lo
A sobrecarga de informação e o contacto constante com dispositivos e aplicações de tecnologia digital são responsáveis por uma resposta anormal ao stresse, com sintomas físicos, emocionais e mentais.
Chegou a hora de saída. Já nem devia estar com o computador ligado a responder a emails e a terminar tarefas que nem sequer são urgentes. Custa-lhe desligar e sente uma certa ansiedade caso não esteja “on”? Se a resposta é “sim”, pode estar a sofrer de stress tecnológico, conhecido como “tecnostress”, alerta a Adecco Portugal.
“Atualmente, a investigação científica sobre ‘tecnostress’ revela que a relação psicológica negativa com a tecnologia se apresenta principalmente de duas formas diferentes: as pessoas têm dificuldade em compreender a nova tecnologia (tecno-ansiedade), ou identificam-se excessivamente com ela (tecno-adição)”, esclarece a Adecco em comunicado, acrescentando que a sobrecarga de informação e o contacto constante com dispositivos e aplicações de tecnologia digital são responsáveis por uma resposta anormal ao stresse, com sintomas físicos, emocionais e mentais específicos.
“Trata-se de um tipo de stress, diferente do tradicional, causado por mudanças tecnológicas. A incapacidade de um indivíduo de se desligar ou de acompanhar as novas exigências tecnológicas é uma questão crescente que necessita de mais investigação”, detalha a empresa especializada em recursos humanos.
Os cientistas já alargaram, no entanto, a lista de sintomas (problemas de concentração e foco, desafios de produtividade, postura corporal e tensão muscular, insónia) para incluir também ataques de pânico, fadiga crónica e distúrbios depressivos, sintomas que “têm um enorme impacto no equilíbrio trabalho-vida e satisfação no trabalho”.
Afinal, como lidar com o “tecnostress”?
Conheça as oito sugestões da Adecco Portugal para evitar que a tecnologia seja prejudicial à sua saúde mental:
1. Defina tempo para pausas (e cumpra-o)
“Marque as pausas para a conectividade, à medida que se torna mais consciente do tempo que passa ligado”, recomenda a empresa de recursos humanos.
2. Defina o tempo despendido para as redes sociais
Se precisa de utilizar as redes sociais diariamente, certifique-se de que desativa as notificações no seu telefone. E, se quiser um efeito mais drástico, “apague as aplicações de redes sociais dos seus dispositivos móveis”.
3. Desligue o seu dispositivo pessoal
Escolha estar “off” e desligue mais vezes. No trabalho, quando faz uma pausa e quando vai dormir, opte por “desligar o seu telefone várias vezes durante o dia”.
4. Reduza as comunicações desnecessárias
Para evitar o stress é fundamental filtrar as mensagens não urgentes, ou seja, aquelas que não precisam de uma resposta com brevidade. “Isto aplica-se tanto à comunicação no trabalho como à comunicação pessoal”, alerta a Adecco Portugal.
5. Anote as tarefas no papel
“Se não se quiser envolver com mais uma aplicação ou sistema para organizar as suas tarefas e pensamentos, recorrer à forma tradicional de organização em agendas em papel pode ser muito eficaz.”
6. Concentre-se numa tarefa de cada vez
Feche as múltiplas janelas que tem abertas no computador, os separadores que tem no smartphone e concentre-se na tarefa que tem em mãos. Uma de cada vez. E, caso esteja a trabalhar em grupos de gestão de projetos online, experimente criar limites sobre quando estará contactável.
7. Forme os profissionais para a utilização de novas tecnologias
“A formação dos funcionários para compreenderem como utilizar eficazmente uma nova tecnologia evitará a ansiedade e tornará os profissionais mais confiantes nas suas capacidades.”
8. Encoraje os funcionários a desligarem
Finalmente, a Adecco sugere promover uma cultura de respeito pelo tempo livre e pessoal, fora do trabalho. Isso ajudará os profissionais a melhorarem o seu equilíbrio entre a vida profissional e familiar, o que, por sua vez, aumentará a sua produtividade, defende a recrutadora.
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