BCP está “mais preocupado” com subida dos combustíveis do que fim das moratórias
Miguel Maya disse estar tranquilo com o fim das moratórias, mas não tanto com o impacto da recente escalada dos preços dos combustíveis e dos custos da energia nas empresas.
O presidente do BCP disse esta quarta-feira que está mais preocupado com o impacto da subida dos preços dos combustíveis e dos custos da energia e das disrupções nas cadeias de distribuição nas empresas do que com o fim das moratórias.
“Na visão global, não há motivo de preocupação especial [com as moratórias]. Estamos mais preocupados com aquilo que podem ser os efeitos em algumas empresas dos aumentos dos combustíveis, dos custos da energia e dos problemas nas cadeia de valor”, afirmou Miguel Maya esta quarta-feira na conferência de apresentação dos resultados trimestrais.
São temas que “não têm a ver com a pandemia diretamente, mas têm a ver com perturbações que foram causadas”, precisou o CEO do banco que disse estar a acompanhar de perto.
“Estamos atentos. Estar preocupado não quer dizer que haja um problema, quer dizer que carece de especial atenção”, adiantou.
Em relação ao fim das moratórias, cujo regime terminou em setembro, Miguel Maya disse não estar preocupado “com a evolução crédito vencido resultante das moratórias”.
“Preocupa-nos cada uma das situações em concreto. O que nos preocupa é estarmos atentos a cada um dos clientes que tenham condições e viabilidade e que devemos ajudar”, referiu. Para as empresas não viáveis, Maya disse que o banco “não vai empurrar com a barriga casos que não tiverem solução”.
O BCP registou lucros de 60 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, uma descida de 59% em relação ao mesmo período do ano passado.
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