A nova geração de mulheres líderes precisa de espaço. “O meu conselho é dar menos conselhos”, diz Amy Poehler
A comediante Amy Poehler esteve esta tarde no palco central da Web Summit, como oradora da talk "Empowering the Next Generation of Women Leaders".
Mais do que conselhos ou indicações sobre o que devem ser ou fazer, os futuros líderes — e, em especial, as jovens mulheres — precisam de espaço para se sentirem “livres” e, ao mesmo tempo, “protegidos”. Só assim vão poder ser elas/es próprias/os e livrarem-se da pressão a que estão sujeitas/os, defendeu a comediante Amy Poehler, na Web Summit, no painel “Empowering the Next Generation of Women Leaders”.
“Sou muito protetora em relação aos jovens, especialmente em relação às mulheres, que sofrem muita pressão e desde cedo. As pessoas precisam de um espaço seguro para perceberem quem são”, começa por dizer Amy Poehler, fundadora da Amy Poehler’s Smart Girls, durante a sua intervenção na Web Summit.
“A minha geração, em particular, cresceu muito com conselhos. Diria até que somos quase viciados em conselhos. Em recebê-los, mas também em dá-los. E a geração seguinte está mais confortável no meio disso. Por isso, tento dar menos conselhos”, continua. E acrescenta: “O meu conselho é dar menos conselhos”.
Ter uma mente aberta, ser flexível e mostrar vulnerabilidade foi, sobretudo, o que Amy Poehler diz ter aprendido com os jovens.
A atriz e comediante que ajuda as jovens mulheres a tornarem-se líderes acredita no poder da mentoria, algo que diz ter mudado a sua vida. “Tive mentores que mudaram a minha vida. Muitos nem sequer conheci, via-os na televisão”, conta, salientando que o ativismo pode assumir diversas formas e canais. Algumas pessoas podem fazê-lo em frente às câmaras, outras na educação, exemplifica.
A mensagem que a norte-americana quis transmitir na edição 2021 da Web Summit foi, acima de tudo, de inclusão. Seja qual for o tema de discussão, Amy Poehler defende que todas as vozes merecem e devem ser ouvidas. “Estão todos permitidos a vir e participar. E isso pode fazer uma grande diferença na vida das pessoas.”
O que quero ver [nos outros líderes] são coisas que nem sequer consigo agora imaginar.
Questionada sobre o que espera da nova geração de líderes, a ativista disse que não responderia a isso. “O que quero ver são coisas que nem sequer consigo agora imaginar”, afirma.
Sobre o tema da saúde mental, e falando diretamente para as empresas, a comediante defendeu que se as organizações falarem sobre o bem-estar das pessoas e fizerem da saúde mental uma prioridade, a mudança será enorme.
“Mais uma vez, na geração em que cresci, não havia discussão sobre saúde mental. E, agora, os jovens estão também a puxar por nós para mantermos esta discussão e incentivarmo-la”, diz.
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