Inflação passa barreira dos 4% na Zona Euro e na UE em outubro

Os preços da energia são os grandes responsáveis pelo agravamento da inflação tendo contribuído com 2,21 pontos percentuais. Portugal tem a segunda taxa de inflação mais baixa da UE.

A inflação na Zona Euro está a acelerar à boleia da subida dos preços da energia, mas Portugal ainda tem a segunda taxa mais baixa (1,8%). A taxa de inflação na área do euro foi de 4,1% em Outubro, mais 0,7 pontos percentuais face ao mês anterior, mas mais 4,4 pontos em termos homólogos, de acordo com os dados do Eurostat.

De acordo com o gabinete estatístico europeu, entre os 27 Estados-membros, as taxas de inflação anuais mais baixam foram registadas, em outubro, em Malta (1,4%), Portugal (1,8%), Finlândia e Grécia (2,8% cada). E as mais altas na Lituânia (8,2%), Estónia (6,8%) e Hungria (6,6%). No conjunto da União a taxa de inflação atingiu os 4,4% em Outubro, um valor que compara com os 0,3% registados há um ano. Na Zona Euro, em outuro de 2020 a inflação estava em terreno negativo (-0,3%).

Os preços da energia são os grandes responsáveis pelo agravamento da inflação, tendo contribuído com 2,21 pontos percentuais. Em segundo lugar surgem os serviços com um contributo de apenas 0,86 pontos percentuais. Já a alimentação, álcool e tabaco surgem em último com um contributo de 0,43 pontos.

Caso se excluíssem os preços da energia então a inflação é de 2%, ou seja, dentro do limiar definido pelo Banco Central Europeu. Mas são admitidos desvios temporários e moderados, por isso, Christine Largade já disse ser “muito improvável” o BCE subir juros no próximo ano. “Apesar da atual subida da inflação, as perspetivas para a inflação no médio prazo permanecem moderadas”, disse há duas semanas, tranquilizando os investidores que apostavam numa subida das taxas de referência do BCE para fazer face à escalada da inflação pressionando as yields da dívida da periferia, incluindo Portugal.

Um aperto indevido das condições de financiamento não é desejável numa altura em que o poder de compra já está a ser comprimido por maiores contas na energia e nos combustíveis, e representaria um vento contrário sem garantia para a recuperação”, justificou Christine Lagarde.

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