Anacom lança consulta pública para aferir “interesse” no 5G ultrarrápido

A Anacom vai auscultar o mercado para saber se existe interesse na disponibilização de frequências na faixa dos 26 GHz, que permite o fornecimento de serviços 5G ultrarrápidos.

A Anacom lançou uma consulta pública para saber se o mercado de telecomunicações português tem interesse na disponibilização da banda dos 26 GHz, uma faixa do espetro eletromagnético que permite desenvolver serviços de 5G ultrarrápidos. O anúncio foi feito esta segunda-feira pelo regulador num comunicado.

A faixa dos 26 GHz é uma das identificadas a nível europeu como de interesse para a quinta geração móvel. Por ser uma frequência “ultra-elevada”, tem muito mais capacidade de transmissão de dados, mas as ondas propagam-se por distâncias mais curtas, pois têm mais dificuldade em penetrar objetos físicos.

“A Anacom decidiu auscultar o mercado para aferir do interesse na disponibilização de espetro na faixa dos 26 GHz, uma das que integra o conjunto de faixas pioneiras/prioritárias para o desenvolvimento do 5G”, indica a Anacom na referida nota. Em concreto, a dos 26 GHz, “por ter uma cobertura geográfica mais reduzida que as restantes faixas de frequências, mas uma muito mais elevada capacidade de transmissão de dados, pode vir a ser utilizada em pontos específicos e localizados”, explica o regulador.

“Esta faixa poderá servir, portanto, de complemento às redes móveis em operação, para fornecer elevada capacidade em locais de área reduzida, mas também para os designados ‘verticais’ (empresas, indústrias e organizações públicas que operam num determinado setor) que, através da sua utilização, podem usufruir de redes de elevada capacidade em locais específicos (tais como portos, fábricas, etc.) sem necessidade de recorrer aos serviços prestados pelos operadores móveis”, acrescenta a Anacom.

Quando fez a consulta pública antes do leilão do 5G, a Anacom notou o “interesse relevante do mercado nesta faixa, numa perspetiva de implementação futura do 5G”. No entanto, esse interesse não era “acompanhado por uma perspetiva definida sobre a utilidade a curto prazo desta faixa e do modo como esta devia ser disponibilizada pelo regulador”.

Os 26 GHz poderão ser disponibilizados, por exemplo, por via de um novo leilão de frequências. A consulta pública sobre os 26 GHz vai decorrer até ao final de janeiro.

(Notícia atualizada pela última vez ás 14h19)

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