Rendeiro diz que não está a desafiar a Justiça portuguesa
O início dos trabalhos no tribunal começaram atrasados devido a uma falha de eletricidade.
João Rendeiro disse esta terça-feira que não está a desafiar a Justiça portuguesa ao dizer que não vai voltar para Portugal. O antigo banqueiro chegou esta quarta-feira pelas 08h30 (06h30 em Lisboa), ao tribunal de Verulam Magistrates, em Durban, pela terceira vez, mas a sessão começou atrasada por falta de eletricidade nas instalações.
À entrada dos jornalistas para a sala do tribunal, uma funcionária disse “não há energia elétrica”, e acrescentou: “Temos sempre este problema”.
O ex presidente do BPP chegou ao tribunal, novamente num carro celular da prisão de Westville, onde está detido.
A manhã tem sido a passo de corrida: depois de chegar ao tribunal de Verulam, onde não há eletricidade, João Rendeiro foi levado para a esquadra, a poucos quilómetros, para cumprir formalidades. “Não, não”, respondeu aos jornalistas que o questionaram à saída da esquadra de polícia de Verulam, nos arredores de Durban, sobre se estava a desafiar a Justiça portuguesa ao dizer que não vai voltar para Portugal.
Questionado sobre se acha que vai ficar na África do Sul, João Rendeiro respondeu em duas palavras: “Vamos ver”.
Na terça-feira, a audição de João Rendeiro no tribunal foi adiada, depois de a defesa ter pedido mais tempo para apresentar o requerimento de libertação sob fiança, decidiu o juiz.
Também na terça-feira, o ex-banqueiro disse aos jornalistas que não vai voltar a Portugal. “Eu não vou regressar a Portugal“, disse, voltando-se para trás, à saída da sala de tribunal em Verulam, Durban, África do Sul
O ex-banqueiro foi preso no sábado, num hotel em Durban, na província sul-africana do KwaZulu-Natal, numa operação que resultou da cooperação entre as polícias portuguesa, angolana e sul-africana.
João Rendeiro estava fugido à justiça há três meses e as autoridades portuguesas reclamam agora a sua extradição para cumprir pena em Portugal.
O ex-banqueiro foi condenado em três processos distintos relacionados com o colapso do banco, tendo o tribunal dado como provado que retirou do banco 13,61 milhões de euros.
O colapso do BPP, em 2010, lesou milhares de clientes e causou perdas de centenas de milhões de euros ao Estado.
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