Lisboa cai 1% com setor da energia sob pressão

A bolsa de Lisboa cai 1% na abertura da sessão desta quinta-feira, com o setor da energia sob maior pressão. EDP e EDP Renováveis cedem mais de 2%. O cenário europeu também mostra grande aversão ao risco, algo que ainda não tinha sido visto neste novo ano, na sequência das perdas expressivas em Wall Street por causa do aperto da política monetária do banco central dos EUA.

O PSI-20, o principal índice português, cede 0,95%, para 5.601,72 pontos. Apenas duas cotadas livram-se de perdas: a Ramada e a Novabase, sem grande peso no índice. Por outro lado, os pesos pesados nacionais registam quedas acentuadas, sobretudo as cotadas do setor energético: a EDP Renováveis cai 2,71%, para 20,08 euros, e a EDP perde 2,38%.

Wall Street já havia encerrado com perdas acentuadas na última sessão. O índice tecnológico Nasdaq cedeu mais de 3%, com os investidores a castigarem mais as tecnológicas, depois de as atas da Reserva Federal norte-americana terem deixado sinais de que os juros vão subir mais cedo do que o previsto. Os mercados asiáticos caíram logo a seguir e as bolsas europeias vão atrás: o Stoxx 600 perde 1%, com o índice Stoxx 600 Technology a perder mais de 2%. As praças de Paris e de Madrid perdem 1,5% e 1,6%, respetivamente. O Dax de Frankfurt desvaloriza 1,3%.

EDP Renováveis cede quase 3%

De volta a Lisboa, as ações do BCP estão a ceder terreno depois dos bons desempenhos nas primeiras três sessões de 2022 e daquilo que o mercado considera ser uma boa notícia para o banco português: a subida dos juros na Polónia, onde o BCP controla o Bank Millennium. As ações caem 1,50%, para 0,1513 euros.

A Galp desliza 0,88%, para 9,22 euros, num dia em que os preços do petróleo também recuam nos mercados internacionais. O barril de Brent perde 0,42%, para 80,34 dólares.

No retalho, a Jerónimo Martins também está em baixa de 0,58%, para 20,49 euros, e a Sonae cai 1,45%, para 1,018 euros.

(Notícia atualizada às 08h34)