Preços das casas com subida de 8,8% na Zona Euro no terceiro trimestre de 2021
Estes valores, que correspondem à variação homóloga, representam o maior aumento anual para a Zona Euro desde 2005, e desde o segundo trimestre de 2007 para a UE.
Os preços das casas registaram aumentos de 8,8% na Zona Euro e 9,2% na União Europeia (UE) no terceiro trimestre de 2021 na comparação homóloga, divulgou esta sexta-feira o Eurostat. Trata-se do maior aumento anual para a Zona Euro desde 2005, ano em que começaram a ser recolhidos dados dos preços da habitação, e desde o segundo trimestre de 2007 para a UE.
Face ao segundo trimestre de 2021, no qual os preços da habitação subiram 6,8% na Zona Euro e 7,3% no conjunto dos 27 Estados-membros, os aumentos foram de, respetivamente, 3,3% e 3,1%.
As subidas homólogas mais baixas verificaram-se no Chipre (+2,2%) e em Itália e Espanha (+4,2% cada), enquanto os principais avanços foram registados na República Checa (+22,0%), Lituânia (+18,9%), Estónia (+17,3%) e Países Baixos (+16,8%).
Acima dos 10% na variação homóloga ficaram ainda o Luxemburgo (+13,4%), a Áustria e a Eslovénia (+12,9% cada), a Letónia (+12,7%), a Hungria (+12,6%), a Alemanha (+12,0%), a Suécia (+11,3%), a Irlanda (+10,6%) e a Dinamarca (+10,3%).
Em Portugal, o indicador aumentou 9,9% na comparação homóloga e 3,6% na variação em cadeia.
Rendas subiram 16% desde 2010
A par com os preços da habitação, as rendas também continuaram o seu aumento constante no período de julho a setembro de 2021, subindo para 1,2% na comparação com o período homólogo de 2020, de acordo com o gabinete de estatísticas da UE. Desde 2010, as subidas foram de 16% para as rendas e de 39% para os preços das casas.
Observando a evolução de ambos os preços desde 2010 até ao segundo trimestre de 2011, os preços e as rendas da habitação na UE tiveram percursos semelhantes, mas a partir do segundo trimestre de 2011, os preços passaram a divergir significativamente: enquanto as rendas têm vindo a aumentar de forma constante ao longo do tempo, os preços das casas têm flutuado consideravelmente.
Desde 2010, comparando com o terceiro trimestre de 2021, os preços da habitação mais do que duplicaram na Estónia (+141%), Hungria (+118%), Luxemburgo (+117%), Letónia (+106%) e Áustria (+104%). Nesse período, registaram-se diminuições apenas na Grécia (-28%), Itália (-12%), Chipre (-6%) e Espanha (-0,5%).
Quanto às rendas, na comparação do terceiro trimestre de 2021 com 2010, os preços aumentaram em 25 Estados-membros e diminuíram apenas em dois, com o maior aumento a verificar-se também na Estónia (+162%), seguida da Lituânia (+111%) e da Irlanda (+68%). A Grécia e o Chipre foram os únicos países a registar diminuições: respetivamente, de -25% e -3%.
No mesmo período, os preços das casas aumentaram mais do que as rendas em 18 países do bloco comunitário, incluindo Portugal, que, desde 2010, teve um aumento dos preços da habitação entre 50 e 60% e das rendas entre 20 e 30%.
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