Taxa de desemprego desce para 5,9% e atinge mínimos de 2002
A taxa de desemprego fixou-se em 5,9%, em dezembro, indica o INE. Tal valor é o mais baixo desde abril de 2022.
No último mês de 2021, o desemprego desceu para 5,9%, atingindo mínimos de duas décadas. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística, é preciso recuar a abril 2002 para encontrar uma taxa mais baixa.
A nota estatística publicada esta segunda-feira dá conta de que em dezembro a taxa de desemprego caiu 0,4 pontos percentuais (p.p) face ao mês anterior e recuou um p.p. em comparação com o período homólogo de 2020, fixando-se em 5,9%. “A população desempregada diminuiu 6,6% [em relação ao mês anterior], 7,4% [relativamente a três meses antes] e 12,3% [comparativamente a um ano antes]”, salienta o INE.
Já a taxa de emprego situou-se em 63,3%, mais 0,2 p.p. do que em novembro e mais 2,2 p.p. do que no mesmo mês de 2020. “A população empregada aumentou 0,3% em relação ao mês anterior, 0,6% relativamente a três meses antes e 3,7% comparativamente a um ano antes”, destaca o gabinete de estatísticas.
Contas feitas, a população ativa recuou 0,2%, em cadeia, para 5.169,9 mil indivíduos, uma vez que a diminuição da população desempregada foi superior ao acréscimo da população empregada. Já face a dezembro de 2020, registou-se um aumento de 2,6%.
Por outro lado, a população inativa aumentou 0,4%, em cadeia, para 2.515,8 mil, o que é explicado pela subida de 5,1% do número de inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram emprego e pelo aumento de 26,6% dos inativos à procura, mas que não estavam disponíveis, salienta o INE. Já face ao mesmo mês de 2020, verificou-se uma redução de 4,7%.
Quanto à taxa subutilização de trabalho, há a notar um “valor idêntico” ao do mês precedente e inferior em dois p.p. ao do mês homólogo de 2020, isto é, fixou-se em 11,7%. “Em dezembro de 2021, a subutilização do trabalho abrangeu 622,1 mil pessoas, número inferior ao do mês anterior (1,2 mil; 0,2%), ao de três meses antes (15,7 mil; 2,5%) e ao do período homólogo (97,8 mil; 13,6%)”, pormenoriza o gabinete de estatísticas.
De notar que a subutilização do trabalho inclui desempregados, subemprego em tempo parcial, inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram um novo posto e inativos que procuram emprego mas não estão disponíveis para começar um novo trabalho.
Em dezembro, Portugal começou a registar um agravamento da pandemia, por efeito da propagação da variante Ómicron. As restrições impostas em resposta — e que podem afetar o mercado laboral — só entraram, contudo, em vigor no final desse mês.
(Notícia atualizada às 11h43)
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