Prioridade do novo Governo deve ser “salvar as empresas”, diz AHRESP
AHRESP defende que a “prioridade do novo Governo deve ser salvar as empresas”, e relembra propostas para ajudar a recuperar empresas e relançar a economia. Reclama reforço da tesouraria.
A associação da hotelaria e restauração defende que a “prioridade do novo Governo deve ser salvar as empresas”, apoiando o reforço da tesouraria, e reclama um “apoio imediato a fundo perdido” pelos “encerramentos involuntários” devido à variante Ómicron.
“Qualquer que seja a solução a resultar deste processo [de eleições legislativas do passado domingo, em que o PS obteve a maioria absoluta], a AHRESP [Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal] considera que a prioridade de um novo executivo deve ser salvar as empresas, implementando medidas fundamentais para o reforço da tesouraria das empresas”, sustenta a associação no seu boletim diário, divulgado esta segunda-feira.
A este propósito, a AHRESP lembra ter recentemente enviado ao Governo e a todos os partidos políticos um conjunto de 20 propostas para ajudar a recuperar empresas e a relançar a economia, baseadas em cinco eixos fundamentais: incentivo ao consumo, fiscalidade, capitalização das empresas, qualificação e dignificação do emprego, legislação laboral e contratação coletiva.
“Entre as propostas que fizemos está a aplicação da taxa reduzida do IVA a todo o serviço de alimentação e bebidas durante o ano de 2022, o prolongamento do IVAucher e várias medidas fiscais como a descida do IRC, IRS e o fim do pagamento especial por conta”, recorda.
No boletim desta segunda-feira, a associação defende ainda que o “encerramento involuntário” de muitos estabelecimentos do setor que se tem vindo a verificar devido a infeções com Covid-19 “deve ser acompanhado por medidas de compensação”.
“Face à elevada taxa de transmissibilidade da variante Ómicron, as empresas da restauração e similares e do alojamento turístico estão a ser obrigadas a proceder a encerramentos involuntários, devido à ausência de trabalhadores que se encontram infetados com a Covid-19 ou em isolamento profilático”, refere.
Segundo explica a associação, “durante este período a empresa mantém a obrigação de assegurar o pagamento por inteiro de todos os custos fixos, nomeadamente os salários dos trabalhadores que não foram infetados nem se encontram em isolamento”.
“Perante estes graves constrangimentos, a AHRESP defende que deve ser atribuído um apoio específico a fundo perdido, de atribuição simples e imediata, de modo a compensar todos os custos que as empresas continuam a ter de suportar em períodos de ausência total de faturação, como resultado do encerramento forçado de estabelecimentos”, reclama.
O PS alcançou a maioria absoluta nas legislativas de domingo e uma vantagem superior a 13 pontos percentuais sobre o PSD, numa eleição que consagrou o Chega como a terceira força política do parlamento.
Com 41,7% dos votos e 117 deputados no parlamento, quando faltam atribuir apenas os quatro mandatos dos dois círculos da emigração, António Costa alcança a segunda maioria absoluta da história do Partido Socialista, depois da de José Sócrates em 2005.
O PSD ficou em segundo lugar, com 27,80% dos votos e 71 deputados, a que se somam mais cinco eleitos em coligações na Madeira e nos Açores, enquanto o Chega alcançou o terceiro lugar, com 7,15% e 12 deputados, a Iniciativa Liberal (IL) ficou em quarto, com 5% e oito deputados, e o Bloco de Esquerda em sexto, com 4,46% e cinco deputados.
A CDU com 4,39% elegeu seis deputados, o PAN com 1,53% terá um deputado no parlamento, e o Livre, com 1,28% também um deputado. O CDS-PP alcançou 1,61% dos votos, mas não elegeu qualquer deputado.
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