Vodafone abre programas para jovens talentos. Tem 80 vagas

Big data & analytics; IT - software engineering; Network (com projetos de 5G); IoT; TV, ou digitais – como UX, UI ou social media são alguns dos perfis procurados pela Vodafone. Programa é remunerado.

Quando entrou na Vodafone através do programa de Graduates Rita Piçarra fazia gestão de toques polifónicos, jogos de alertas de horóscopos. Dez anos depois é manager go to market SOHO & SME na Vodafone Portugal e lidera uma equipa que entrega soluções de conetividade, cloud, iOT e segurança. O setor mudou, mas os três programas de recrutamento jovem — Vodafone Youth Discover Graduates, Vodafone Youth Internships e Vodafone Youth Summer Internships — continuam com a mesma missão: atrair jovens talentos para a operadora. No total estão previstas cerca de 80 vagas remuneradas.

“Recebemos em média cerca de 80 pessoas por ano — 30 estagiários (longa duração e estágios de verão) e 50 Graduates. Um dos objetivos do programa de estágios é criar pipeline de talento para o programa de Graduates, apesar da conversão nem sempre ser imediata e nunca ser direta, já que alguns dos estagiários prosseguem os seus estudos não sendo logo elegíveis para o programa de Graduates no final do estágio (por não terem mestrado)”, explica Luísa Pestana, administradora com o pelouro dos Recursos Humanos da Vodafone Portugal, à Pessoas. “Com estes estudantes procuramos manter um contacto próximo, o que passa por vezes pela oportunidade de voltarem a estagiar connosco ou de serem os nossos Youth Ambassadors nas suas universidades. Já os Graduates entram diretamente para os quadros da empresa, com contrato sem termo”.

 

Rita Piçarra, da Vodafone

Há dez anos foi a vez de Rita Piçarra entrar na operadora através do Youth Discover Graduates, programa que visa selecionar e integrar finalistas de mestrado e recém-mestres de elevado potencial nos quadros, preparando-os para serem os próximos líderes. Entrar na Vodafone através do programa Discover Graduates tem uma vantagem, que é a de permitir, desde o início, o contacto com um grupo de trainees com diferentes áreas de especialização. Ou seja, não entramos sozinhos, construímos logo uma rede de contactos nas várias áreas da empresa. Adicionalmente, há uma aposta no nosso crescimento — sendo possível experimentar áreas diferentes dentro da empresa — e temos acesso a constante treino e formação”, afirma a atual manager go to market SOHO & SME.

Depois do estágio, Rita Piçarra manteve-se na Vodafone. “O programa não determina como é que a nossa carreira deve ser construída, mas dá-nos todas as ferramentas que precisamos para identificar e seguir o nosso caminho dentro da organização. Tive experiências em várias áreas, cresci e aprendi com várias chefias diferentes que acabam por ser os nossos mentores e que nos desafiam constantemente”, descreve Rita Piçarra.

“O trigger para a minha ambição de liderar acabou por ser desencadeado por uma das minhas chefias, que acreditava que tinha esse potencial. Nessa altura, fui desafiada pela organização a pensar o que me faltava desenvolver, e com o programa de formação apropriado e foco, trabalhei muito nesse desenvolvimento… que acabou por se aliar a uma oportunidade que surgiu! Acredito que se trabalharmos e tivermos o drive certo, as oportunidades surgem naturalmente”, argumenta.

Anúncio de Instagram muda percurso profissional

Hoje, aos 33 anos, Rita Piçarra orienta ela mesma a jornada de integração de outros jovens talentos na companhia. “A nível de preparação dos candidatos, chegam com capacidades de aprendizagem e maturidade profissional cada vez mais desenvolvidas, muito também porque procuram enriquecer os seus percursos com mais experiências profissionais antes de finalizarem os Mestrados. Na verdade, muitos dos Graduates com quem já trabalhei iniciaram o seu percurso na Vodafone no programa Youth”, refere a manager.

Mariana Lima é front-end developer na Vodafone Portugal. Uma sugestão no feed do Instagram de uma academia de código online, com a oferta de um curso gratuito para aprender front-end development, ditou uma mudança de carreira para a jovem de 26 anos com uma licenciatura em museologia e mestre em sociologia aplicada às tecnologias de informação. “O contacto com o mundo da programação surgiu de forma muito inesperada. Foi no decorrer da minha tese, altura em que a situação pandémica começou a agravar-se em Portugal. Eu e duas amigas tivemos a ideia de criar uma galeria de desenho online, e foi nesse momento que começou o meu interesse em explorar o desenvolvimento de websites”, conta.

O anúncio no Instagram mudou o rumo até aqui traçado. “Era muito apelativo visualmente e dava a entender que era acessível, por isso decidi arriscar. O gosto pelo curso foi de tal forma forte, que decidi investir numa formação mais especializada e aprofundada”, justifica.

Mariana Lima, front-end developer da Vodafone

“Para quem sempre esteve ligada à área das Humanidades e das Artes (numa vertente mais teórica), foi uma grande mudança a nível de mindset. Esse desafio foi uma das principais razões pela qual me interessei tanto por esta área. Outra, porque me permite igualmente expressar a minha criatividade e estar em contacto com várias mentes criativas de áreas como e UX/UI (User Experience e User Interface) e Design. O front-end surge como uma espécie de ponte entre o website que vemos no nosso ecrã e a arquitetura e o desenho projetados por essas equipas. Tem sido uma experiência muito enriquecedora, pois a aprendizagem é constante”, descreve Mariana Lima.

Desde outubro que está na Vodafone através do programa Graduates. Com uma duração de dois anos, o programa é “uma grande oportunidade para quem não tem experiência na área”, considera a jovem profissional. “Para quem está a dar os primeiros passos (e logo numa empresa de grande dimensão), esse largo período de adaptação transmite uma certa tranquilidade, no sentido em que é esperado que nos encontremos numa fase de aprendizagem, dando espaço para o desconhecido e o erro, que muitas vezes podem criar uma grande pressão para quem está a iniciar uma carreira, ainda para mais numa área totalmente diferente da habitual. Há um grande sentido de entreajuda na equipa na qual estou integrada e isso, sem dúvida, facilita toda a experiência”, descreve.

Além da aprendizagem das tarefas do dia-a-dia e do contacto com os membros da equipa, os Graduates têm igualmente acesso a cursos de academias online. “Um dos aspetos que mais valorizo, pois numa área em constante adaptação como a das Tecnologias de Informação, é imperativo que estejamos constantemente atualizados”, destaca.

Entrada em formato híbrido

O percurso desenvolve-se em formato híbrido — o mesmo adotado pela companhia no regresso ao escritório depois do fim do teletrabalho obrigatório imposto pela pandemia. “Fiquei mais tranquila quando me informaram que a Vodafone ia adotar um modelo híbrido, pois tratando-se de um mundo totalmente novo para mim, era muito importante que houvesse um contacto mais pessoal, principalmente numa fase inicial”, admite Mariana Lima. De qualquer das formas, “o formato remoto foi facilmente interiorizado, pois a equipa está em constante contacto através de reuniões online, nunca senti que isso fosse um ‘entrave’ à minha adaptação”, continua. “Acabo por ter o melhor dos dois mundos: um contacto mais direto com a equipa no escritório, que permite um acompanhamento mais pessoal e momentos de socialização; e a mais-valia de não precisar de me deslocar todos os dias até ao escritório para poder trabalhar.”

Também em modelo híbrido decorre o estágio de Daniel Azevedo na área de eCommerce na Vodafone. “Embora me encontre no edifício do Porto e a minha equipa em Lisboa, senti que fui muito bem recebido por todos e que todos estão prontos a ajudar de qualquer maneira. Claro que entre estar a falar com alguém através de um computador ou estar a falar pessoalmente é uma grande diferença, como por exemplo quando é necessário tirar uma dúvida a explicação torna-se mais fácil pessoalmente. Mas na Vodafone não senti essa grande diferença, o que significa que a comunicação e a entreajuda são fantásticas”, garante, classificando como “muito boa” a adaptação a este modo de trabalhar.

Daniel Azevedo, trainee ecommerce Vodafone

Está desde dezembro como trainee na área de eCommerce da operadora, depois de ter concluído a licenciatura em Comunicação Empresarial, o seu foco era ingressar no mundo do trabalho. Foi no LinkedIn — plataforma que mais usou nessa busca — que encontrou o programa da Vodafone. “Senti que seria uma oportunidade e uma mais valia para mim por tudo aquilo que a Vodafone é e representa, e também por aquilo que necessitava nesta altura. Sendo que um dos meus objetivos seria entrar numa empresa multinacional e daí aprender e ganhar toda a experiência possível”, explica Daniel Azevedo.

“O onboarding foi excelente, entrei motivado e assim continuo pois senti que fui bem recebido, que me passaram bem a cultura da empresa e todos os métodos de trabalho de forma a estar confortável e apto para conseguir realizar um bom trabalho”, garante.

“De momento pretendo viver esta experiência ao máximo, aproveitar todos os dias e absorver todos os conhecimentos dos meus colegas das mais variadas áreas com o objetivo de crescer e tornar-me um profissional mais preparado para o futuro. E por falar em futuro, nunca se sabe o dia de amanhã, mas se esse passar pela Vodafone terei todo o gosto e prazer de fazer parte pois aqui sinto-me bem e feliz”, diz quando questionado sobre se pretende manter-se no setor das telecomunicações.

Centenas de jovens integrados

Ao longo dos últimos anos, o programa Discover Graduates já permitiu integrar mais de 300 jovens nos quadros da Vodafone Portugal, preparando-os para serem os próximos líderes, enquanto os programas de estágios permitiram, só nos últimos quatro anos, que mais de 200 alunos tenham participado em projetos das mais diversas áreas da companhia.

As candidaturas as 80 vagas nesta nova fase do programa estão já a decorrer ao longo do ano para o Youth Discover Graduates — que visa selecionar e integrar finalistas de mestrado e recém-mestres de elevado potencial — e para o Vodafone Youth Internships, para o qual são elegíveis estudantes de licenciatura e de mestrado (com a duração máxima de um ano) no site da Vodafone.

Já para o programa de estágios de verão, Vodafone Youth Summer Internships, decorre entre os meses de junho e setembro, com uma duração de até três meses, as candidaturas estão abertas de 1 de abril até 15 de maio também no site da operadora.

Os interessados devem registar-se e submeter o seu CV em inglês no site. “Os candidatos com perfil e experiência correspondentes ao pretendido realizarão um assessment online que inclui testes e entrevistas que combinam a mais avançada tecnologia de AI com uma vertente humana de contacto com as nossas equipas, que consiste numa entrevista com os Recursos Humanos e o Hiring Manager“, explica a Vodafone.

Big data & analytics; IT – software engineering; Network (com projetos de 5G); IoT; TV, ou digitais – como UX, UI ou social media são alguns dos perfis procurados pela empresa contribuindo para consolidar a empresa como tech comms company. Os jovens terão a oportunidade de trabalhar de forma flexível e híbrida (dois dias no escritório e três dias remotamente) e num ambiente ágil.

Os programas são “remunerados e quer a remuneração quer os benefícios que a Vodafone oferece estão em linha com as melhores práticas do mercado”, garante Luísa Pestana, sem revelar valores.

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