Programa de capitalização do Banco de Fomento recebeu 33 candidaturas de capitais de risco

O Banco Português de Fomento (BPF) recebeu 33 candidaturas de capitais de risco ao Programa Consolidar, um dos programas de capitalização do Fundo de Capitalização e Resiliência, que ascendem a mais de 1.300 milhões de euros de investimentos propostos para este fundo, anunciou a instituição esta sexta-feira em comunicado.

As candidaturas submetidas por capitais de risco e sociedades gestoras de capital de risco ascendem a mais de 1,3 mil milhões de euros de investimentos propostos para o Fundo de Capitalização e Resiliência (FdCR), “para a constituição de fundos de capital de risco com uma dotação agregada superior a 3.100 milhões de euros”, especifica o comunicado. No entanto, o Programa Consolidar, que visa promover o investimento em PME e mid caps, afetadas pela pandemia, mas economicamente viáveis e com potencial de recuperação, tem apenas uma dotação de 250 milhões de euros, por isso agora terá de se seguir um processo de seleção.

O próximo passo é analisar as candidaturas e levar a cabo due diligence, “incluindo eventuais pedidos de esclarecimento aos candidatos e reuniões de apresentação dos melhores classificados”, explica o comunicado da instituição liderada por Beatriz Freitas. A decisão final será tomada pelo banco depois de ouvida a comissão técnica de investimento do FdCR.

O prazo para as capitais de risco apresentarem a sua candidatura ao programa de capitalização do Banco Português de Fomento terminou na terça-feira à meia-noite, 15 dias úteis após ter sido lançado o aviso. A escolha dos intermediários financeiros vai dar preferência àqueles cuja política de investimento privilegie apostas no setor da indústria, agrobusiness, saúde, comércio, turismo, transportes e logística, e serviços.

Este concurso foi alvo de duras críticas por apresentar um período tão curto para as capitais de risco se candidatarem. O Banco de Fomento justificou a opção com a “auscultação” prévia feita, “nomeadamente junto de gestores de capital de risco”. “Entendeu-se que o prazo de 15 dias úteis seria suficiente para a preparação e apresentação de candidaturas na fase de seleção inicial”, frisou ao ECO fonte oficial. Além disso, numa fase de seleção subsequente, o aviso mantém-se aberto, “sendo as propostas atendidas numa base first-in-first-served” até que se esgote a dotação prevista de 250 milhões de euros. Mas tendo em conta a elevada afluência a dotação deverá ficar logo esgotada a dotação prevista.

O investimento nos fundos de capital de risco terá condições iguais às dos investidores privados em cada fundo de capital de risco, nomeadamente um investimento mínimo de dez milhões de euros e máximo de 50 milhões; comparticipação máxima de 70% da dotação total de cada fundo de capital de risco; comparticipação privada de pelo menos 30% do capital total subscrito de cada fundo de capital de risco e uma dimensão mínima de cada fundo de capital de risco de 40 milhões de euros. O objetivo é fomentar o crescimento, expansão e consolidação de projetos empresariais, bem como o desenvolvimento de novas áreas de negócio e novos produtos, através da reestruturação dos respetivos modelos de negócio e a profissionalização e reforço da equipa de gestão dos beneficiários finais.

(Notícia atualizada com mais informação)