Linklaters fecha escritório em Moscovo
Face à guerra na Ucrânia, a Linklaters decidiu encerrar o escritório de Moscovo. A sociedade de advogados garante que não vai representar quem seja controlado pelo Estado russo.
A Linklaters decidiu fechar o escritório em Moscovo e assim encerrar a sua operação na Rússia. A firma de advogados garante que vão terminar o “trabalho que se encontre pendente de acordo com as obrigações legais e profissionais”.
“A guerra na Ucrânia é profundamente angustiante. Condenamos veementemente a invasão da Rússia e estamos chocados com a escalada da violência”, referem em comunicado.
Ainda assim, a Linklaters afirma que irão continuar a apoiar as equipas de Moscovo ao longo deste processo, fazendo tudo o que possam para ajudá-las neste momento de mudança para novas funções dentro ou fora do escritório. “Estamos muito gratos à nossa equipa de Moscovo pelo seu contributo e amizade desde que abrimos o escritório em 1992”, acrescentaram.
“Não representaremos indivíduos ou entidades que sejam controlados pelo Estado russo, ou sob a influência deste, ou ligados ao atual regime russo, independentemente da sua localização geográfica”, sublinham.
A Linklaters deixa ainda a nota de que irão continuar a apoiar também os clientes internacionais no contexto das implicações da atual crise e nos processos de desvinculação de negócios e relações comerciais relacionados com a Rússia.
Por todo o mundo tem crescido uma onda de condenação da posição tomada pela Rússia e várias são as sanções económicas, quer por parte de países europeus quer dos Estados Unidos da América, que têm sido colocadas em prática para com o país do leste.
No setor da advocacia também várias medidas estão a ser postas em ação. Algumas até para com os próprios advogados e colaboradores. Por exemplo, o escritório internacional Norton Rose Fulbright, com sede em Londres e o segundo maior dos Estados Unidos da América, enviou uma nota interna a solicitar aos advogados que não se pronunciem publicamente sobre esta invasão russa no território ucraniano. Mas nem todos concordaram. O escritório do Canadá da firma recusou-se e instigou os seus colaboradores a falarem sobre o tema, se assim o entenderem.
Nem todos os escritórios de advogados pensam fechar totalmente as portas ao país russo e optam por não cortar relações, pelo menos para já. Ainda assim, existem alguns que já deram esse passo. Por exemplo, a CMS decidiu, a nível global, não continuar a trabalhar com os clientes russos, segundo fonte oficial garantiu à Advocatus.
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