Petróleo a caminho dos 110 dólares, arrefecendo esperança em descida acentuada dos combustíveis

Mesmo com valorização desta sexta-feira, tanto o Brent como o WTI caminham para fechar a semana com uma queda de cerca de 3%, negociando agora abaixo dos máximos de 14 anos atingidos há duas semanas.

A tendência inverteu esta quinta-feira e mantém-se esta sexta-feira: após ter caído no início da semana, o barril de petróleo está a valorizar significativamente, aproximando-se dos 110 dólares. Ainda assim, o balanço semanal deverá ser negativo, permitindo uma descida dos preços dos combustíveis na próxima segunda-feira. Mas a subida da matéria-prima esta sexta-feira arrefece a esperança numa descida mais acentuada.

O progresso limitado nas negociações de cessar-fogo entre a Rússia e a Ucrânia, depois de alguns sinais promissores, está a condicionar a negociação do petróleo nos mercados financeiros. Os investidores voltam a antecipar que as sanções vão continuar ou até agravar-se e temem uma disrupção prolongada da oferta do “ouro negro” nos mercados.

Neste momento, o Brent, o barril negociado em Londres que serve de referência para as importações portuguesas, está a valorizar 0,86%, para 107,56 dólares. O WTI, que é negociado em Nova Iorque, está a subir 1,15%, para 104 dólares. Na sessão anterior, as cotações deram um salto superior a 8%, revertendo parcialmente as descidas verificadas na segunda, terça e quarta-feira.

Evolução dos preços do Brent em Londres:

Mesmo com esta valorização, tanto o Brent como o WTI caminham para fechar a semana com uma queda de cerca de 3%, negociando agora abaixo dos máximos de 14 anos atingidos há duas semanas. Porém, a volatilidade deverá continuar devido à incerteza que se vive, antecipam os analistas ouvidos pela Reuters.

A contribuir para este sentimento negativo está a declaração de um porta-voz do Kremlin sobre a notícia do Financial Times sobre progresso nas negociações, apelidando-a de “errada”. As grandes variações do petróleo também terão afastado muitos investidores, o que contribui para uma menor liquidez na negociação e, consequentemente, para um maior potencial de volatilidade.

De acordo com a Apetro, tendo em conta o funcionamento normal do mercado português, há ajustes nos preços todas as segundas-feiras com base nas cotações médias dos produtos refinados nesta semana, o que pode ser diferente das cotações do Brent ou WTI, interferindo ainda a evolução da taxa de câmbio entre o euro e o dólar, por exemplo. Além disso, os preços ao consumidor final podem ser diferentes consoante o posto de abastecimento escolhido.

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