Taxa de desemprego estabiliza nos 5,8% em fevereiro

O INE reviu ligeiramente em baixa a taxa de desemprego em janeiro e estimou que a taxa em fevereiro não terá sofrido alterações face ao início do mês, fixando-se em 5,8%, o que é inferior aos 6,8% que se registavam em fevereiro de 2021.

Numa nota informativa divulgada anteriormente, o INE indicava que a taxa de desemprego tinha avançado 0,2 pontos em janeiro face a dezembro, para 6%. Agora, o instituto refere que a taxa de desemprego em janeiro terá sido de 5,8%.

Quanto a fevereiro, o INE refere que a taxa estabilizou em 5,8% para 297,5 mil desempregados, isto é, um valor inferior em 0,4 pontos percentuais face aos três meses anteriores e 1 ponto percentual em relação ao mesmo mês do ano anterior.

Em comunicado, citado pela Lusa, o Ministério do Trabalho fez questão de notar esta taxa de desemprego é “a mais baixa registada em fevereiro desde 2002″ e que o desemprego está abaixo do nível que tinha sido registado antes do início da pandemia, dado que em fevereiro de 2020 a taxa tinha ficado em 6,5%.

Os dados provisórios divulgados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) apontam, contudo, para um recuo da população empregada. Assim, em fevereiro, havia 4.868.300 mil pessoas empregadas em Portugal, isto é um recuo de 0,3% face a janeiro deste ano, mas uma subida de 0,3% nos três meses anteriores, bem como um aumento de 4,2% face a igual período de 2021.

Neste contexto, o gabinete de estatísticas explica a estabilização da taxa de desemprego em fevereiro, com a manutenção da população desempregada, bem como com o ligeiro recuo da população ativa.

Contas feitas, a população ativa diminuiu 0,3% face a janeiro para 5.165,8 mil pessoas. O INE indica, no entanto, que, em comparação com fevereiro de 2021, houve um aumento de 3%. “A diminuição da população ativa resultou da redução da população empregada, em 14,1 mil (0,3%), uma vez que a população desempregada se manteve praticamente inalterada”, aponta o gabinete de estatísticas.

Por outro lado, a população inativa subiu 0,6% face a janeiro, mas recuou 6,1% em relação a um ano antes. “A população inativa diminuiu em 163 mil pessoas (6,1%) devido, essencialmente, à diminuição do número de inativos disponíveis para trabalhar, mas que não procuram emprego (62,2 mil; 33,4%) e do número de outros inativos, os que nem estão disponíveis, nem procuram emprego (93,3 mil; 3,8%)”, explica o INE.

(Notícia atualizada às 13h44 com a reação do Governo)