Segundo candidato do Chega também é chumbado para vice-presidente do Parlamento
Na primeira votação, os vice-presidentes propostos pela Iniciativa Liberal e pelo Chega foram chumbados pelos deputados. IL fica fora, mas Chega insistiu com um novo nome, o qual também foi chumbado.
Os deputados João Cotrim de Figueiredo, da Iniciativa Liberal, e Diogo Pacheco de Amorim, do Chega, não conseguiram os votos necessários na votação desta quinta-feira para serem vice-presidentes da Assembleia da República. A Iniciativa Liberal fica de fora, mas o Chega decidiu apresentar um novo nome, Gabriel Mithá Ribeiro, para uma segunda votação, o qual também foi chumbado.
Os resultados anunciados no plenário do novo Parlamento esta quinta-feira de tarde indicam que João Cotrim Figueiredo, líder da IL, ficou muito perto da eleição: 108 votos a favor, 110 brancos e seis nulos. Já o deputado do Chega ficou bastante longe: conseguiu apenas 35 votos a favor, 183 brancos e seis nulos. Votaram 224 deputados entre os 230.
Na segunda votação, Mithá Ribeiro conseguiu 37 votos a favor, 177 brancos e 11 nulos. Em reação, André Ventura voltou a lamentar a decisão dos deputados, acusando-os de uma “maioria de bloqueio”, mas decidiu que não irá, para já, apresentar um novo candidato, deixando em aberto que o poderá fazer mais tarde.
Edite Estrela (PS) e Adão Silva (PSD) conseguiram a eleição e são os novos vice-presidentes da Assembleia da República.
Após o anúncio dos primeiros resultados resultados, o Chega anunciou que iria apresentar um segundo nome para ser sujeito a votação, ao passo que a Iniciativa Liberal decidiu ficar de fora.
Do lado da Iniciativa Liberal, Rodrigo Saraiva, o novo líder parlamentar dos liberais, disse respeitar o resultado nos termos democráticos — “é a democracia a funcionar”, vincou –, mas lamentou a decisão e o facto de “esta casa não ter reconhecido” o papel de João Cotrim Figueiredo como deputado único na legislatura anterior, na qual registou “zero faltas”. A rejeição de Cotrim acaba por ser uma das surpresas desta tarde.
Do lado do Chega, era previsível que o nome fosse chumbado, tendo em conta a posição do PS, partido que detém a maioria absoluta (120 deputados entre 230). André Ventura, o líder do partido (Pedro Pinto é o líder parlamentar), disse que respeitava o resultado, mas lamentou a decisão. É um “dia menos bom para a democracia”, afirmou.
O regimento da Assembleia da República prevê que os quatro partidos mais votados nas eleições podem indicar um nome para a vice-presidência, mas terá de ser aprovado pelos deputados para chegar a esse cargo. Se não forem eleitos, a mesa pode funcionar com o quórum mínimo de metade dos seus membros, como deverá acontecer neste caso.
Como secretários da mesa continuam Maria da Luz Rosinha (PS) e Duarte Pacheco (PSD), a quem se juntam Palmira Maciel (PS) e Lina Lopes (PSD). Os vice-secretários serão Diogo Leão, Joana Sá Pereira, Tiago Estevão Martins (PS) e Helga Correia (PSD).
O conselho de administração do Parlamento tem como membros efetivos Eurídice Pereira (PS), José Silvano (PSD), André Ventura (Chega), Carla Castro (IL), João Dias (PCP) e Joana Mortágua (BE). Os suplentes serão Pedro do Carmo (PS), Hugo Carneiro (PSD), Pedro Frazão (Chega), Joana Cordeiro (IL), Diana Ferreira (PCP) e Pedro Filipe Soares (BE).
(Notícia atualizada às 18h23 com mais informação)
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