Empresas familiares em debate no Estúdio ECO

  • ECO
  • 2 Setembro 2024

O Estado da Nação dos Grupos Familiares vai estar em discussão no Estúdio ECO a 11 de setembro. Situação atual, requisitos para vencer no futuro e principais obstáculos são alguns dos temas.

Os grupos familiares têm uma relevância incontornável no tecido empresarial português. Têm e continuarão a ter. É com o olhar posto no futuro, tendo por base o sucesso do presente e passado, que o ECO se propõe realizar a Conferência Empresas Familiares, onde se debaterão temas como o potencial de crescimento deste segmento empresarial, os processos de sucessão, o seu governance e a importância da integração de gestores de topo não familiares.

«Somos aqueles com os balanços mais sólidos, reinvestimos mais o nosso lucro, somos mais imunes às crises», refere, em entrevista ao ECO Magazine, o médico e Presidente da Associação de Empresas Familiares Germano de Sousa, que vai marcar presença na Conferência Empresas Familiares.

O Ministro da Economia Pedro Reis; António Costa, Diretor do ECO; Frederico Saragoça, Head Corporate Banking Novobanco; João Rodrigues Pena, Founder & Managing Partner ARBORIS são alguns dos nomes também já confirmados.

A conferência realiza-se no Estúdio ECO, no dia 11 de setembro e conta com o apoio do Novobanco. A entrada é gratuita, sujeita a inscrição aqui.

PROGRAMA

8:30 Welcome

9h00 Abertura da conferência

António Costa Diretor do ECO
Pedro Reis Ministro da Economia

09h45 Inquérito aos grupos familiares – Resultados

Sandra Aguiar Associate partner da KPMG

10h00 Painel 1: A governação de grupos familiares – O protocolo de família e a sucessão

Filipe de Botton Chairman executivo da Logoplaste
Manuel Tarré Presidente da Gelpeixe

10h45 Coffee-break

11h00 O sucesso dos grupos empresariais – Estamos melhor do que estávamos, porquê? Como podemos explorar o nosso potencial?

João Rodrigues Pena
Founder & Managing Partner ARBORIS

11h30 Painel 2: O capital e o crescimento do negócio – O financiamento dos grupos familiares

Frederico Saragoça Head Corporate Banking Novobanco
Nuno Fernandes Thomaz Senior Partner Core Capital

12h15 Encerramento

José Germano de Sousa Médico e Presidente da Associação de Empresas Familiares

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Mais de 5.900 professores recebem acerto salarial em setembro pela recuperação do tempo de serviço

  • ECO
  • 2 Setembro 2024

O Ministério da Educação vai criar uma plataforma única com os dados biográficos dos professores para simplificar o processo e reduzir a carga burocrática.

Os efeitos da recuperação integral do tempo de serviço começam a chegar aos professores dos ensinos Básico e Secundário este mês, de acordo com um comunicado do Ministério da Educação. Para já, há 5.924 docentes com dados já confirmados pelas escolas que vão receber o acerto salarial em setembro. Mas o universo da medida é de cerca de 100 mil professores.

“Terminado o prazo (às 23h59 de domingo) para a validação de informações por parte dos docentes e das escolas, tendo em vista o pagamento dos acertos salariais em setembro, 5.924 professores têm os seus processos concluídos”, detalhava em comunicado o ministério liderado por Fernando Alexandre. “À mesma hora, 2.088 processos estavam validados pelos professores e estão, agora, a aguardar a confirmação pelo diretor da escola. Há ainda 6.627 processos lançados pelas escolas que aguardam validação por parte dos docentes“, acrescenta a mesma nota.

A tutela admite que “estes números deverão subir de forma acentuada ao longo do mês de setembro, com o arranque das atividades letivas nas escolas”, até porque, “no total, até às 23h59 de domingo, 76.809 docentes acederam à plataforma para reconhecimento do tempo de serviço congelado”.

O Presidente da República deu “luz verde” ao decreto-lei que recupera os seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço dos professores que estiveram congelados durante a troika, a 23 de julho. Este diploma tinha sido aprovado em Conselho de Ministros a 11 de julho e resultou do acordo alcançado entre o Ministério da Educação e sete dos 12 sindicatos que representam o setor da Educação. Com este acordo, ficou previsto que os professores recuperem 50% do tempo de serviço congelado no espaço de um ano (uma tranche em setembro de 2024 e uma segunda em julho de 2025) e as restantes duas tranches até julho de 2027 (uma a 1 de julho de 2026 e outra a 1 de julho de 2027). Assim, a recuperação integral vai ser feita à razão de 25% ao ano, estando concluída ao fim de dois anos e dez meses.

O ministério explica a demora neste processo com o facto de não existir uma base atualizada com os dados biográficos dos professores e, por isso, decidiu lançar “um novo modelo de interação com as escolas, através de uma plataforma única que permite simplificar os processos e reduzir a carga burocrática dos serviços das escolas”. Isto porque, desde o final de junho, as escolas têm vindo a atualizar todos os dados necessários para que a recuperação do tempo de serviço produza efeitos na progressão da carreira e nos salários dos professores.

Esta nova plataforma vai “centrar a recolha dos dados dos softwares que cada escola utiliza”, para acabar com a necessidade de se introduzirem sistematicamente os mesmos dados em várias plataformas. “No novo modelo, competirá às escolas e aos docentes a atualização dos dados, que serão depois centralizados nos serviços do Ministério da Educação”, explica a mesma nota. “A recolha é feita caso a caso, envolvendo o docente na verificação dos seus próprios dados, de forma a garantir o rigor necessário para que ninguém deixe de receber o valor que lhe é devido.”

A recuperação do tempo de serviço vai beneficiar “mais de 100 mil professores” e, segundo as estimativas do Governo, terá um custo de 300 milhões de euros líquidos até 2027, isto é, quando a totalidade do tempo estiver recuperado, segundo indicou o ministro da Educação. A primeira tranche, que seria devolvida já a 1 de setembro de 2024, vai custar “cerca de 40 milhões de euros”, sendo que o valor vai “aumentando sistematicamente” até 2027 e à medida que mais professores forem abrangidos.

Já a Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO) aponta para um impacto líquido de 202 milhões de euros. Perante estas divergências, o ministro das Finanças admitiu, no Parlamento, que o Governo foi conservador e “a despesa em termos líquidos será menos significativa”.

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Hoje nas notícias: Lavagem de dinheiro, Interior e dentistas

  • ECO
  • 2 Setembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os alertas contra a lavagem de dinheiro dispararam 80% nos últimos dois anos, para mais de 18 mil. O programa que incentiva os residentes em Portugal a trocar o litoral pelo interior do país já apoiou 4.356 pessoas na mudança desde 2020. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta segunda-feira.

Alertas contra lavagem de dinheiro disparam 80% em dois anos

Os bancos e outras instituições comunicaram 18.096 operações suspeitas de branqueamento de capitais às autoridades judiciárias em 2023, mais 80% do que as 10.080 comunicadas em 2021, segundo os dados do relatório anual do Ministério Público. Simultaneamente, aumentou o número de novos inquéritos por alegados crimes de lavagem de dinheiro: no ano passado, foram abertos 920 processos, um crescimento de cerca de 80% face aos 524 abertos dois anos antes.

Leia a notícia completa no Correio da Manhã (acesso pago)

Saúde é o setor que leva mais gente para o interior do país

O programa “Emprego Interior Mais”, que está em vigor desde 2020, já apoiou 4.356 pessoas a mudarem-se de cidades do litoral para o interior do país. De acordo com os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), Évora, Fundão, Covilhã e Castelo Branco estão entre os destinos mais escolhidos. As áreas da Saúde e de Consultoria e Informática são as que têm levado mais beneficiários até concelhos do interior.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

Mais de 30 consultórios dentários parados no SNS. Verbas do PRR “desperdiçadas”

A Associação Portuguesa dos Médicos Dentistas dos Serviços Públicos (Apomed-SP) contabilizou, no início de agosto, 32 consultórios de saúde oral instalados nos centros de saúde que estão parados devido à não contratação de profissionais, que se complicou ainda mais após a transição para o modelo de organização em unidades locais de saúde (ULS). Parte destes gabinetes dentários são novos e foram montados e equipados com verbas do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) — um “desperdício público de dinheiro”, lamenta a Apomed.

Leia a notícia completa no Público (acesso condicionado)

Sonae Capital ruma à Chéquia com ginásios para ganhar músculo

A SC Fitness, que é detida pela SC Investments (antiga Sonae Capital), opera 58 ginásios em Portugal, a maioria da marca Solinca, e prepara-se agora para abrir quatro da insígnia Element na Chéquia, as primeiras unidades além do território nacional. Anualmente, a holding 100% detida pela família Azevedo está a faturar perto de 50 milhões de euros.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso indisponível)

Menos fogos, menos incendiários detidos, mas mais suspeitos em prisão preventiva

A nova estratégia de cooperação, prevenção e investigação está a dar frutos, com menos ignições e menos detenções pela GNR e a Polícia Judiciária (PJ), disse o seu diretor-nacional adjunto, Carlos Farinha. Um terço dos detidos pela PJ por fogo posto são reincidentes e um quinto são mulheres.

Leia a notícia completa no Diário de Notícias (acesso indisponível)

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David Villa escolhe a Universidade Alfonso X el Sabio para acolher a sede da sua academia de futebol DV7 Madrid

  • Servimedia
  • 2 Setembro 2024

A UAX assinou um acordo com a DV7 Academy, a academia de futebol fundada pelo futebolista espanhol David Villa, através do qual o campus de Villanueva de la Cañada passa a ser a sua sede oficial.

Com esta aliança, ambas as organizações ratificam o seu compromisso de colaborar para promover a formação de futuros profissionais e gestores na indústria do desporto, do rendimento e da saúde.

“A educação e o desporto devem andar de mãos dadas, e este acordo com a UAX é um passo crucial para combinar eficazmente os dois mundos. Acredito firmemente que desenvolver grandes atletas significa também prepará-los para serem indivíduos completos, capazes de enfrentar os desafios do futuro, tanto dentro como fora do campo. Sinto-me honrado por poder partilhar a minha experiência e conhecimentos com os estudantes da Universidade e contribuir para o seu crescimento, tanto a nível desportivo como pessoal. Juntos, podemos construir um legado que inspirará as gerações futuras”, afirmou o antigo futebolista e melhor marcador da seleção espanhola de futebol.

Por sua vez, a reitora da UAX, Isabel Fernández, explicou que a Universidade Alfonso X el Sabio está “profundamente empenhada em integrar perfis profissionais de alto nível como David Villa na nossa comunidade académica”. “Acreditamos que a colaboração com figuras tão influentes e experientes é fundamental para oferecer aos nossos alunos uma educação com propósito, baseada na excelência, com instalações de primeira classe e que nos permite criar o talento que transformará a indústria. Este acordo com a DV7 Academy é uma demonstração clara do nosso enfoque em proporcionar experiências educativas que vão para além da sala de aula, permitindo que os nossos alunos sejam educados ao lado de modelos que personificam valores de trabalho árduo e visão”, afirmou.

No âmbito desta parceria, a UAX irá construir um novo edifício no seu campus, que será concebido para satisfazer as necessidades específicas dos estudantes universitários, bem como dos atletas da academia. Um espaço com cerca de 800 m2 albergará todas as valências necessárias ao desenvolvimento da atividade universitária e da academia, tais como balneários, sala de treinos, espaços de reabilitação e fisioterapia, refeitório e gabinete para a equipa técnica. A abertura do edifício está prevista para o primeiro trimestre de 2025 e será partilhada entre a universidade e a academia de David Villa.

Esta aliança abre também um vasto leque de oportunidades para os estudantes da UAX, que poderão aceder a mais de 60 estágios em áreas como a saúde, o desporto, as empresas e a tecnologia.

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UberEats assina um investimento estratégico com a Marlon’s para o crescimento dos hambúrgueres smash da moda

  • Servimedia
  • 2 Setembro 2024

Desta forma, a UberEats consegue uma aliança estreita com a Marlon's no meio de uma “concorrência feroz” com a Glovo, de acordo com fontes do setor.

Embora o montante e os termos do investimento ainda não sejam conhecidos, o acordo irá acelerar a expansão da cadeia de hambúrgueres, propriedade de Marlon Torrents e Inés Pérez de Olacoechea, dotando-a de mais capacidade de cozinha, impulsionando a sua plataforma de entrega e chegando a novas cidades.

Com este passo, espera impulsionar a sua oferta de “hambúrgueres de especialidade”, especialmente os hambúrgueres “smash”, que estão agora a triunfar nas grandes cidades.

O objetivo da UberEats com este investimento é promover os produtos da Marlon, considerando que esta demonstrou “um potencial muito significativo no último ano” e que faz “concorrência de alto nível” à Goiko e à Vicio, atuais líderes do setor.

A UberEats salientou que está muito presente em Madrid e que oferece há anos uma “oferta alimentar robusta”. Além disso, tem mais de 150 bancas comerciais e 30 restaurantes de cinco mercados tradicionais de Madrid disponíveis na sua plataforma. Concretamente, estes são La Paz, Chamberí, Las Águilas, Barceló e Prosperidad.

 

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Atletas de elite espanhóis escolhem a UAX para seguir uma carreira universitária

  • Servimedia
  • 2 Setembro 2024

Como Fran Garrigós, Cristina Gutiérrez, Laura Martínez, Paula Ginzo e José Quiles.

Os atletas de elite espanhóis apostam na sua formação na Escola de Desporto UAX Rafa Nadal, que para o ano letivo 2024/2025 terá novos cursos concebidos com o apoio das instituições, da Academia Rafa Nadal e da equipa Rafa Nadal para promover a formação de atletas de elite.

A UAX Rafa Nadal School of Sport é uma escola universitária com formação de graduação e pós-graduação na área da saúde, desporto e negócios, que também é certificada como Centro de Estudos e Investigação Olímpica pelo Comité Olímpico Internacional (COI).

A sua oferta académica alia a teoria à prática para “garantir uma formação diferenciada e alinhada com as exigências do mercado de trabalho e apoiada por uma das mais elevadas taxas de empregabilidade”, segundo um comunicado de imprensa.

Conta com o apoio de figuras como o campeão do mundo David Villa, o ex-futebolista Mario Suárez, o tenista Pato Clavet, as ex-atletas olímpicas Sara Álvarez e Lola Fernández-Ochoa e o atleta paraolímpico Adi Iglesias.

Entre os atletas espanhóis de destaque que estudaram na UAX encontra-se Cristina Gutiérrez, que fez história no início deste ano como a primeira espanhola a vencer o Dakar na categoria máxima. Este feito significou o reconhecimento mundial de uma piloto que combina a sua paixão pelo automobilismo com o seu trabalho numa clínica dentária, depois de se ter licenciado em Medicina Dentária e de ter feito o Mestrado Universitário em Ortodontia na UAX.

Outro caso é o de Fran Garrigós, que conquistou a primeira medalha de Espanha nos recentes Jogos Olímpicos de Paris 2024. O lutador de judo ganhou o bronze na categoria de -60kg e é um dos atletas que treina nas instalações da Escola de Desporto Rafa Nadal da UAX sob a orientação do seu treinador Juan Ramón Heredia, diretor da Área de Ciências da Saúde da UAX. Garrigós é licenciado em Ciências da Atividade Física e do Desporto (CAFYD) pela UAX.

Por seu lado, Laura Martínez esteve perto de uma medalha no judo em Paris 2024, depois da sua grande prestação na categoria de -48 kg. A judoca de Málaga acabou por ficar em quinto lugar, mas é uma das profissionais com mais hipóteses de vencer na sua disciplina nos próximos anos. Martínez, por seu lado, fez um grande esforço para conciliar a sua formação e os seus estudos até se licenciar em Fisioterapia na UAX.

Paula Ginzo, jogadora do Jairis Basketball Club e recente participante nos Jogos de Paris 2024 com a Seleção Espanhola de Basquetebol Feminino, já tem uma longa carreira e fez parte de equipas de destaque como o Barça CBS e o Valencia Basket. Além disso, Ginzo está a frequentar o Curso Técnico Superior Online em Condicionamento Físico na UAX.

Por último, o pugilista José Quiles alcançou os quartos de final durante a sua participação nos Jogos Olímpicos de Paris 2024 na categoria de -57 kg. No seu currículo internacional, o pugilista espanhol acumulou várias medalhas, como a medalha de prata obtida nos Jogos Europeus de Cracóvia 2023 na categoria de 57 kg, ou as duas medalhas do Campeonato Europeu de Boxe Amador, prata em 2022 e bronze em 2017.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 2 de setembro

  • ECO
  • 2 Setembro 2024

Ao longo desta segunda-feira, 2 de setembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Madrid sobe para o terceiro lugar no ranking mundial das cidades saudáveis para o coração

  • Servimedia
  • 2 Setembro 2024

Madrid foi posicionada como a terceira cidade mais empenhada na saúde cardiovascular no ranking “City Heartbeat Index”, apresentado pela Federação Mundial do Coração (WHF) e promovido pela Novartis.

Este ranking destaca a liderança da capital espanhola em ações para promover a saúde cardiovascular e reduzir os fatores de risco. Em particular, Madrid destacou-se pela sua abordagem abrangente à melhoria da saúde urbana e pela implementação de políticas eficazes, como a expansão de zonas de baixas emissões e a imposição de limites mais rigorosos aos veículos poluentes.

O City Heartbeat Index classifica um total de 50 cidades em função do seu empenho na proteção da saúde cardiovascular. Hong Kong e Londres ficaram em primeiro e segundo lugares, respetivamente, pelas suas ações de redução da poluição atmosférica e de promoção de dietas saudáveis. Logo a seguir a Madrid, ficaram as cidades líderes, como Berlim (4.º) e Nova Iorque (5.º).

A análise foi efetuada com base em cinco variáveis (determinantes sociais, ambiente físico, riscos para a saúde, serviços de saúde e governação) e centra-se na importância de fomentar a colaboração para aplicar abordagens baseadas em provas, melhorar as infra-estruturas de saúde pública e promover a equidade no acesso aos serviços médicos e aos programas de prevenção.

O relatório revela que mais de 55% da população mundial reside em zonas urbanas, o que sublinha a necessidade urgente de estratégias urbanas específicas para combater a DCV. Revelou também uma correlação entre as cidades com pontuações elevadas e o aumento da esperança de vida, salientando que as cidades que investem na melhoria do seu ambiente físico e dos serviços de saúde obtêm melhores resultados em termos de saúde cardiovascular para as suas populações.

O Dr. Jagat Narula, presidente eleito da Federação Mundial do Coração, afirmou: “Este índice é um apelo à ação. Ao apresentar as intervenções a nível municipal implementadas pelas cidades, podemos inspirar outros centros urbanos a adotar estratégias semelhantes”.

Na mesma linha, a Dr.ª Vasilisa Sazonov, Diretora da Área Terapêutica CRM International da Novartis, afirmou que o relatório “mostra que os muitos esforços das cidades, onde reside mais de metade da população mundial, em matéria de saúde cardiovascular são visíveis e estão a ganhar importância.

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BNZ inicia construção do primeiro projeto solar em Portugal

A BNZ, que pretende instalar nove projetos solares em Portugal, já avançou com a construção do primeiro. Seguem-se mais dois em 2025.

A BNZ, que tem planeado um investimento de 450 milhões de euros em Portugal, iniciou nas últimas semanas a construção do primeiro de nove projetos fotovoltaicos que pretende instalar no país. Os outros dois projetos mais avançados deverão entrar na fase de construção nos primeiros seis meses do próximo ano. Tecnologias de armazenamento e energia eólica também estão na calha.

A construção do primeiro projeto da BNZ em Portugal, a Central Fotovoltaica de Gemunde, em Vila Nova de Famalicão, “já foi iniciada nas últimas semanas e irá intensificar-se a partir de setembro”, afirma Luís Selva, Diretor Geral da BNZ, em declarações ao ECO/Capital Verde. O objetivo é que esta central entre em operação no segundo semestre de 2025.

A empresa prefere não adiantar o valor do investimento deste projeto em particular, mas adianta que a central terá uma potência instalada de 49 megawatts. Esta capacidade permite fornecer energia limpa a cerca de 14 mil casas e evitar a emissão de 21,5 mil toneladas de dióxido de carbono por ano.

Paralelamente a este projeto, a BNZ está a trabalhar na obtenção das licenças necessárias para o desenvolvimento de duas outras centrais fotovoltaicas, uma em Ameal (19 MW), também localizada em Vila Nova de Famalicão, e outra em Muro (30 MW), localizada na Trofa. “Ambos os projetos estão na fase final do processo de licenciamento e deverão entrar em fase de construção no primeiro semestre de 2025“, indica a BNZ.

Questionada sobre o eventual interesse em hibridizar os projetos — isto é juntar diferentes tecnologias no mesmo projeto — a empresa afirma que está a analisar o potencial para a produção de energia eólica. Em paralelo, está em estudo a hipótese de adicionar tecnologias de armazenamento.

A BNZ atua em Portugal, Espanha e Itália, países nos quais possui um portefólio de projetos fotovoltaicos de 1,7 gigawatts (GW) — dos quais 600 megawatts dizem respeito a Portugal. A empresa tem as suas sedes oficiais em Amesterdão e Barcelona, com escritórios em Madrid.

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Bolt Market fecha entregas de mercearia no Porto e duas lojas em Lisboa

Empresa de entregas ultrarrápidas recentra em Lisboa, onde está a reorganizar rede de lojas e quer abrir uma quinta na Baixa até ao final do ano.

Menos de um ano depois de começar a fazer entregas de mercearia no Porto, a Bolt Market fechou esta operação na cidade. A startup de entregas ultrarrápidas está ainda a reorganizar a rede de lojas em Lisboa e estando a preparar a abertura de uma nova até final do ano, confirmou a empresa ao ECO.

“Por uma questão de gestão estratégica de negócio, deixamos de ter entregas de mercearias através de armazéns próprios no Porto. Por outro lado, em Lisboa, a nossa restruturação permite cobrir hoje praticamente toda a cidade com lojas nas Avenidas Novas, Benfica, Alcântara e Olival Basto, sendo que brevemente irá abrir a quinta loja”, diz Manuel Castel-Branco, responsável da Bolt Food em Portugal, ao ECO.

A decisão de deixar de fazer entregas de produtos de mercearia no Porto surge poucos meses depois de em fevereiro ter expandido a operação a Norte. Em Lisboa, onde a empresa chegou a ter sete lojas (mini armazéns a partir da qual é feita a recolha de produtos para entrega em casa), a Bolt Market fechou a loja do Parque das Nações, depois de ter fechado Alvalade em outubro passado e em Carnaxide há dois anos. Prepara-se agora para abrir uma quinta loja. “Estamos a apontar até final do ano, será na zona da baixa de Lisboa”, aponta o responsável.

Por uma questão de gestão estratégica de negócio, deixamos de ter entregas de mercearias através de armazéns próprios no Porto. Por outro lado, em Lisboa, a nossa restruturação permite cobrir hoje praticamente toda a cidade com lojas nas Avenidas Novas, Benfica, Alcântara e Olival Basto, sendo que brevemente irá abrir a quinta loja.

Manuel Castel-Branco

Responsável da Bolt Food em Portugal

“Estamos dedicados a cumprir a nossa missão de servir os portugueses de forma rápida e conveniente e é para isso que iremos continuar a trabalhar”, garante Manuel Castel-Branco.

O serviço de entregas de produtos de mercearia da Bolt entrou no mercado nacional em novembro de 2021 na Grande Lisboa, com entregas a serem feitas através da Bolt Food, e tinha “planos ambiciosos” de expansão no país. Mas em agosto de 2022, tal como avançou o ECO, a empresa colocou em pausa a expansão da Bolt Market .

“De momento, não faz parte da estratégia da Bolt Market expandir-se para novas cidades a nível nacional, não havendo previsão de data para a abertura de novas lojas. Após a abertura de sete no primeiro semestre deste ano, o nosso foco assenta na consolidação e crescimento do negócio em Lisboa”, disse na época Manuel Castel-Branco, responsável por esta área, ao ECO.

A entrada no Porto aconteceu cerca de dois anos depois, mas foi agora interrompida, embora a empresa admita o regresso, sem avançar uma data. “Neste momento não (fazemos entregas de mercearia), mas é algo que esperamos mudar no futuro”, diz o responsável ao ECO.

A empresa diz que a decisão não teve impacto no pessoal.

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Portugal tem três projetos finalistas nos Prémios RegioStars 2024. Ouça o #6 ECO dos Fundos

Esta segunda-feira, o público pode começar a votar no seu projeto favorito para eleger o vencedor do Prémio Escolha do Público. Os vencedores serão conhecidos a 9 de outubro.

Portugal tem três projetos finalistas nos Prémios RegioStars 2024, uma iniciativa da Comissão Europeia para reconhecer a excelência dos projetos financiados com fundos europeus. Os projetos Ecogres 4.0, Realiza-te e Human Power Hub estão na fase final da competição.

Este ano houve um número recorde de candidaturas (262) das quais foram selecionadas 25 finalistas agrupadas em 5 categorias:

  • Uma Europa inteligente e competitiva
  • Uma Europa verde
  • Uma Europa interligada
  • Uma Europa social e inclusiva
  • E ainda Uma Europa mais próxima dos cidadãos

Esta segunda-feira, o público pode começar a votar no seu projeto favorito para eleger o vencedor do Prémio Escolha do Público. Os vencedores serão conhecidos a 9 de outubro.

Mas, antes disso, os finalistas ainda terão de enfrentar uma última ronda de avaliação do júri em Bruxelas, na semana dedicada às regiões europeias. Cada um dos 25 finalistas terá de fazer um pitch do seu projeto perante uma plateia, assim como dos jurados.

Será a prova derradeira para os projetos nacionais: Ecogres 4.0, Realiza-te e Human Power Hub.

O Ecogres 4.0 previa o desenvolvimento de novas pastas de grés mais sustentável, através da incorporação de resíduos de outras indústrias. A ideia começou em 2017 e acabou por ser um sucesso maior do que o esperado, conta Jorge Carneiro, no ECO dos Fundos, o podcast quinzenal do ECO sobre fundos europeus. O responsável pelo núcleo de I&D na Grestel e responsável pelo projeto Ecogres 4.0, explica que a empresa inicialmente não produzia a pasta cerâmica, mas acabou por criar uma nova unidade industrial para o fazer com o apoio do Compete.

A grande diferença deste projeto finalista na categoria Uma Europa Verde, é incorporar não resíduos próprios (que já vai acontecendo cada vez mais nesta indústria, que gera um desperdício de 30 a 40% por peça), mas de outros setores, neste caso da metalomecânica. O salto tecnológico permitiu incorporar a massa – com os devidos ajustes — pequenos pedaços de arame e de pregos que se transformam em pintas pretas “esteticamente apelativas”, muito apreciadas nas peças que são agora exportadas sobretudo para o mercado norte-americano. A empresa exporta 93% da sua produção, sendo que 50% tem como destino os Estados Unidos, que valorizam muito a economia circular. As peças conseguem inclusivamente reduzir a camada vítrea, acabamento de todas as peças cerâmicas, mas cuja matéria-prima não é produzida em Portugal e tem de ser cozida a 1400 graus, duas vantagens ambientais.

Jorge Carneiro conta como vai fazer o pitch do Ecogres e como este projeto, que vai duplicar o número de postos de trabalho para 300, pode ser aplicado em qualquer país e tem “tudo para ser um projeto vencedor”.

Na categoria “Uma Europa Social e Inclusiva”, Portugal tem um outro projeto finalista, o Realiza-te. Através de intervenções personalizadas e equipas multidisciplinares, o objetivo é reduzir o abandono escolar precoce em 10% na região de Coimbra.

“Pais e alunos estão todos envolvidos neste processo colaborativo de cocriação desta ideia, composta por várias iniciativas, e que tem como alvo a rede pública de escolas dos 19 municípios da região de Coimbra”, conta Jorge Brito, secretário executivo da Comunidade Intermunicipal da região de Coimbra, que coordena o projeto “Realiza-te: uma jornada colaborativa”.

Nem a pandemia levou os responsáveis do projeto a baixar os braços e hoje têm provas dadas para mostrar, através dos resultados “francamente positivos”. Jorge Brito destaca o modelo de governança que permitiu aplicar com sucesso a ideia em 19 municípios, com “lógicas estruturais bastante distintas”, mas também o trabalho “das equipas muito dedicadas”. Mas o sucesso deste projeto passou também pelo trabalho ex-ante feito com a universidade de Coimbra, que permitiu começar com “um diagnóstico sério e exaustivo”, contudo o responsável destaca a necessidade “monitorização constante” para “ir afinando os objetivos”.

Da economia circular e da igualdade educativa, passamos agora para a inovação social. O Human Power Hub é o projeto finalista na categoria “Uma Europa mais próxima dos cidadãos”. Usando a metodologia de “hélice quádrupla” promove a aceleração e incubação de projetos empresariais com impacto social, promovendo a colaboração entre os setores público, empresarial, social e académico.

“A ideia surgiu da participação do município de Braga numa rede transnacional – a rede Urbact — com outras cidades europeias”, conta Carlos Videira, administrador executivo da BragaHabit. “Daí surgiu a ideia de criarmos aqui em Braga um centro de empreendedorismo de impacto, orientado para a aceleração e incubação de ideias com impacto social.”

“No fundo, é envolver os cidadãos, as entidades cooperativas, as empresas, as entidades do terceiro setor, o setor público e depois as instituições mais ligadas ao conhecimento, na resolução de problemas sociais e na sua identificação, através de um modelo de inovação social que reconhece, acima de tudo, que uma resposta já não é só assistencialista”, diz o responsável pelo projeto Human Power Hub. “Os projetos são sustentáveis, com potencial de criação de emprego, nomeadamente de comunidades vulneráveis e que acabam por ter um impacto social, económico e ambiental.”

Rejeitando a ideia de que a ajuda tem de ser assistencialista, Carlos Videira acredita que “os fundos de investimento de impacto são interessantes, na medida em que pode haver algum tipo de retorno”, que as empresas estão cada vez mais sensíveis às questões da responsabilidade social, muitas vezes por pressão do próprio consumidor.

Agora que já conhece os projetos finalistas portugueses, já sabe vá à página da Comissão Europeia dos RegioStars Awards e vote. Escolha o seu preferido. O vencedor será conhecido a 9 de outubro.

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Empresas antecipam encomendas para salvar o Natal

As perturbações nos transportes de mercadorias, nomeadamente os constrangimentos no Mar Vermelho, forçaram as empresas a adiantar encomendas para salvaguardar eventuais atrasos no Natal.

As empresas “preferem ter os produtos de Natal já no armazém”. A garantia foi deixada por Vincent Clerc, CEO da Maersk, na apresentação de resultados da gigante dinamarquesa da logística este mês, que alertou para as perturbações que se mantêm no transporte de mercadorias, nomeadamente no transporte marítimo, uma realidade transversal a todas as geografias.

Com tempos de viagem muito maiores e custos mais elevados, as empresas portuguesas tiveram também que se ajustar à nova realidade. Adiantar encomendas é hoje uma prática normal, sobretudo para salvar o Natal.

Independentemente do ramo de atividade ou do facto de ser fábrica, armazenista ou retalhista, todas as empresas estão obrigadas a aumentar os seus stocks devido à incerteza instalada quanto ao tempo necessário para o suprimento e/ ou reabastecimento”, reconhece Mário de Sousa, CEO da Portocargo, um dos principais transitários do país.

Depois dos problemas verificados durante a pandemia, devido às falhas nas cadeias de fornecimento, que “provocou um enorme abalo no ‘modus operandi’ de todos”, e da guerra na Europa, “com a crise no Médio Oriente, após os ataques dos Hammas a Israel e posterior reação deste último, agravado pelos sucessivos ataques dos Houthis, com o apoio do Irão, a generalidade dos navios tiveram de alterar a sua rota via Suez para a rota do Cabo da Boa Esperança“, explica o CEO da Portocargo.

O significativo aumento no número de dias que um navio demora a efetuar a rotação nos percursos entre Ásia – Europa e Asia Leste dos EUA, causou enormes congestionamentos, falta de equipamento (contentores) e diminuição na regularidade de escalas nos respetivos Portos. Toda esta incerteza e aumento de prazos implica um necessário aumento de stock, justificando essa antecipação de encomendas

Mário de Sousa

CEO da Portocargo

Estas mudanças, “além do significativo aumento nos custos dos transportes marítimos e significativo aumento no tempo de trânsito, causam enormes constrangimentos no fluxo das mercadorias.” “O significativo aumento no número de dias que um navio demora a efetuar a rotação nos percursos entre Ásia – Europa e Asia Leste dos EUA, causou enormes congestionamentos, falta de equipamento (contentores) e diminuição na regularidade de escalas nos respetivos Portos. Toda esta incerteza e aumento de prazos implica um necessário aumento de stock, justificando essa antecipação de encomendas“, admite.

“Se até ao final de 2019 era possível programar com grande rigor o tempo necessário desde o ato da encomenda até à colocação das mercadorias nos pontos de venda e de consumo, a partir do momento em que a disrupção aconteceu, com a chegada da pandemia e até ao momento, é de todo impossível determinar com algum rigor quando as matérias-primas, componentes ou produtos acabados se encontram disponíveis nos locais onde são necessários”, conclui Mário de Sousa.

Na prática, esta alteração de rota — do Mar Vermelho para o Cabo da Boa Esperança — significa aumentar em 7.000 quilómetros a travessia, o que custa tempo e dinheiro, nomeadamente face aos maiores custos com combustível. Uma situação que está a forçar as empresas a procurar alternativas para minimizar o impacto no negócio e evitar falhas nas encomendas, nomeadamente no Natal.

Mário Jorge Machado, presidente da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal

Mário Jorge Machado, presidente da ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, realça que os constrangimentos ao nível dos transportes, nomeadamente nas rotas para a Ásia, devido aos problemas no Mar Vermelho, que forçaram a alterar rotas, com mais custos e tempos de viagem mais longos, já “entraram na equação” das empresas, que têm estes problemas em conta na gestão de stocks.

O responsável do setor têxtil e de vestuário admite que “para quem produz em Portugal essa situação traz algumas vantagens”.

A indústria têxtil, que perdeu 5,6% das exportações em 2023, mas ganhou quota na Europa, é um dos setores que tem sido fortemente afetado pela crise do Mar Vermelho. Por um lado, as empresas enfrentam custos e prazos mais elevados para exportar os seus produtos. Por outro lado, neste setor que exporta quase 100% da produção, são penalizadas nas importações de matéria-prima para as suas produções.

Esta situação levou várias empresas do setor a avaliar alternativas para evitar problemas criados pelos constrangimentos nos transportes. As têxteis Riopele e a Mundotêxtil estão, desde há alguns meses, a alterar o sistema logístico e a reforçar stocks, para minimizar o impacto da crise do Mar Vermelho nos custos e nos prazos das entregas.

A Mundotêxtil, principal produtora de felpos em Portugal, tem vindo a ajustar os seus processos para “provisionar com uma maior antecedência, o que implica um aumento na disponibilidade financeira para manter os níveis de stock adequados”.

Mário de Sousa reconhece que “muito mais dinheiro [as empresas] precisam para o significativo aumento do volume de stocks que necessitam para não entrarem em rotura“, conclui. “Como o custo do dinheiro tem sido mais elevado que anteriormente, é natural que os fatores indicados contribuam para o aumento de inflação e, porque não dizê-lo, alguma especulação”, alerta.

Esta situação tem levado ainda a um aumento de custos para as empresas, que enfrentam o dilema de subir preços ou absorver esses aumentos de preço para proteger margens.

O mais recente inquérito de conjuntura de julho, baseado nas respostas de cinco mil empresas, publicado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revela que todos os setores de atividade em Portugal estão a preparar-se para subir novamente os preços de venda ao consumidor nos próximos meses. Segundo estes indicadores, o saldo das expectativas dos empresários sobre a evolução futura dos preços de venda nos próximos três meses “aumentou significativamente na indústria transformadora, na construção e obras públicas e no comércio e, de forma moderada, nos serviços”.

“Os custos suportados pelas empresas têm aumentando constantemente, devido aos elevados custos de financiamento, aumentos dos salários bem acima da média dos últimos anos e subida do preço das commodities, destacando-se o preço dos fretes marítimos, que aumentou assinalavelmente em função das tensões geopolíticas no Médio Oriente”, sintetizou o presidente do conselho de administração da AEP, Luís Miguel Ribeiro, ao ECO.

“Nos últimos dias, a escalada do conflito no Médio Oriente poderá agravar o aumento dos custos de transportes e logística, por via das alterações das rotas e encarecer as matérias-primas e produtos, tal como aconteceu antes”, referiu Luís Miguel Ribeiro, mostrando-se convicto que, “perante a instabilidade global, que deve permanecer nos próximos meses (correndo mesmo o risco de se agravar), é muito provável que venha a ocorrer uma transmissão dos expectáveis aumentos de preços no produtor para o consumidor final“.

Mesmo com custos mais elevados, as empresas estão a tomar todas as medidas para garantir que não há atrasos nas entregas e as prateleiras estarão cheias com os produtos que os consumidores procuram naquela que é a altura mais festiva — e rentável — do ano.

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