Telmo Semião: “o Ministério da Justiça tem de assumir a sua quota parte” no apoio judiciário

Telmo Guerreiro Semião tomou posse como Presidente do Conselho Regional de Lisboa (CRL) da Ordem dos Advogados. O evento teve lugar no Salão Nobre da Ordem dos Advogados.

Telmo Guerreiro Semião tomou posse como Presidente do Conselho Regional de Lisboa (CRL) da Ordem dos Advogados. O evento, que teve lugar no Salão Nobre da Ordem dos Advogados, no dia 12 de maio, foi presidido pelo também recém empossado Bastonário da Ordem dos Advogados, João Massano.

Além de Telmo Semião, tomaram também posse os vogais que compõem a sua equipa: os novos Vice-Presidentes do Conselho Ana Leal, Bernardo Seruca Marques e Carla Matias e os Vogais Branca Corrêa, Fernando Magiolo Magarreiro, Carla Falcão, Fátima Manuel, João Barroso Neto, Helena Nunes, Madalena Alves Pereira, João Henriques Pinheiro, M. Isabel Vinhas, Marta Romano de Castro, Jorge Manuel Pote, Paula Mesquita, Jorge Ribeiro Mendonça, Paulo Edson Cunha, Sandra Isabel Luís e Sofia Monge. A Vogal Rebeca Ribeiro Silva não pôde comparecer à cerimónia devido a compromissos profissionais e tomará posse em breve.

Na abertura do seu discurso de posse, Telmo Guerreiro Semião relembrou o lema da sua campanha e destacou a importância da união da classe e da Ordem. “O lema da nossa candidatura foi: Unir a Ordem e os Advogados e é exatamente isso que pretendemos fazer durante este mandato. Unir os órgãos da Ordem para pacificar a advocacia e, dessa forma, devolver o prestígio a esta nobre instituição, que completará 100 anos em 2026. O que aumenta ainda mais a nossa responsabilidade pelas funções agora assumidas” disse o novo Presidente do CRLisboa.

Telmo Semião e João Massano

Telmo Semião garantiu que a gestão transparente do novo CRLisboa começa já “na primeira reunião plenária do CRLisboa, que irá decorrer em direto para o canal de Youtube, para que todos os advogados possam assistir ao que se passa e ao que se faz no Conselho”, anunciou o Presidente.

A defesa dos direitos, liberdades e garantias, “com especial atenção para o exercício da profissão de forma livre e digna, e uma campanha de combate à procuradoria ilícita e de incentivo à advocacia preventiva” foram outras medidas apresentadas por Telmo Guerreiro Semião, com destaque para a alteração do Regime Jurídico dos Atos dos Advogados e Solicitadores.

A nova tabela de honorários do acesso o direito e o Apoio Judiciário não foram esquecidos pelo novo dirigente do CRLisboa, que acredita ser “hora de o Ministério da Justiça assumir a sua quota parte no pagamento destes elevados custos que são realizados pela Ordem em nome do Estado.”

O Presidente do CRLisboa mostrou-se contra o estágio remunerado, previsto no novo Estatuto para os jovens advogados. Para Telmo Guerreiro Semião, “a opção é bondosa e bem intencionada, sucede, porém, que muitos advogados estagiários não estão a conseguir encontrar patrono que lhes assegure o estágio, situação à qual iremos ficar muito atentos”.

Defendeu também o papel fundamental da formação na Ordem, não só numa fase inicial, mas também no pós-estágio “em sintonia com as Universidades, com o Centro de Estudos Judiciários e com as sociedades de advogados, pois temos a certeza de que este intercâmbio de conhecimentos trará vantagens para todos, a começar pelos Advogados.”

No final do discurso, o novo Presidente apontou os caminhos que quer percorrer: de um lado, a Modernização do CRLisboa e, do outro, a entrada da Inteligência Artificial (IA) no exercício da Advocacia. Para Telmo Guerreiro Semião, a aposta é agora e na continuação da transição do CRLisboa para o digital. Mais ainda, o novo líder do CRLisboa pretende estabelecer acordos com plataformas e disponibilizar a todos os Colegas uma IA de qualidade, com o menor custo possível.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Socialistas vencem eleições da Albânia com maioria absoluta

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

O partido de Edi Rama governará assim pela quarta legislatura consecutiva, tendo obtido 52% dos votos.

O Partido Socialista da Albânia, do primeiro-ministro Edi Rama, obteve a maioria absoluta nas eleições legislativas de domingo, segundo dados oficiais conhecidos esta terça-feira, quando estavam apurados quase 96% dos votos. De acordo com os dados publicados pela Comissão Eleitoral Central (KQZ), os socialistas conquistaram 82 dos 140 assentos parlamentares.

O partido de Edi Rama governará assim pela quarta legislatura consecutiva, tendo obtido 52% dos votos, melhorando assim em quatro pontos e oito lugares em relação aos resultados de 2021. O Partido Democrático (PD) conservador, liderado pelo antigo presidente e ex-primeiro-ministro Sali Berisha, mantém-se como a principal força da oposição, com 52 deputados.

O Partido Social Democrata, aliado de Rama, também entra no parlamento com três deputados. O partido centrista Mundësia (Possibilidade) e os partidos de esquerda Bashkë (Juntos) e NISMA – Shqipëria bëhet (A Iniciativa Albânia será bem sucedida), ambos com uma forte agenda anticorrupção, ganham um lugar cada.

A Albânia, que foi uma ditadura comunista até 1991, é membro da NATO desde 2009 e está há três anos a negociar a adesão à União Europeia (UE), que Rama espera que aconteça em 2030, uma data que Bruxelas considera realista, mas apenas se muitas reformas ainda forem implementadas.

A missão de observação da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) confirmou na segunda-feira o ambiente “competitivo” das eleições, mas registou alguns casos que descreveu como “intimidação política”. A campanha eleitoral foi marcada por acusações mútuas de corrupção entre os dois principais partidos.

O presidente socialista da Câmara de Tirana e aliado próximo de Rama, Erion Veliaj, foi detido em fevereiro por alegada corrupção, branqueamento de capitais e abuso de poder. Berisha, por sua vez, esteve em prisão domiciliária até outubro passado por alegada corrupção e foi alvo de sanções dos Estados Unidos em 2021 pelo mesmo motivo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Economia europeia resiste no primeiro trimestre, mas tarifas pesam, avisa Bruxelas

Dombrovskis destaca comportamento da economia no arranque do ano, mas alerta para impacto das tarifas nas perspetivas de crescimento e investimento da União Europeia.

A economia europeia fechou o ano passado a crescer ligeiramente acima do esperado, mantendo o ritmo no arranque do ano. Porém, as tarifas comerciais acarretam riscos que pesam negativamente sobre as previsões económicas, assinalou esta quarta-feira o comissário europeu Valdis Dombrovskis.

“Por enquanto, posso afirmar que a economia da União Europeia fechou 2024 com uma trajetória ligeiramente mais forte do que o esperado e manteve o ritmo no início do ano“, afirmou o responsável do executivo comunitário, em conferência de imprensa, após a reunião do Ecofin, em Bruxelas.

Sem antecipar as previsões económicas de primavera da Comissão Europeia, que serão divulgadas na próxima segunda-feira, Dombrovskis reconheceu que “os anúncios de tarifas dos EUA e a incerteza que trouxeram afetam negativamente as perspetivas de crescimento e investimento da União Europeia para este ano“.

Considerando que os riscos tendem para o lado negativo, realçou a necessidade da União Europeia e dos Estados-membros “manterem-se concentrados na tomada de medidas urgentes para melhorar a competitividade e garantir a prosperidade a longo prazo”.

A economia da Zona Euro avançou, no primeiro trimestre, 1,2% na comparação homóloga e a da União Europeia (UE) cresceu 1,4%, segundo dados do Eurostat divulgados em 30 de abril, sem dados para Portugal devido ao apagão. Face ao último trimestre de 2024, entre janeiro e março, o Produto Interno Bruto (PIB) dos países do euro, corrigido de sazonalidade, avançou 0,4% e o dos 27 Estados-membros 0,3%.

A Comissão Europeia estima um impacto económico de até 0,6% no PIB da União Europeia com as novas tarifas norte-americanas. “Se os direitos aduaneiros forem considerados permanentes ou se forem tomadas novas contramedidas, as consequências económicas seriam mais negativas, podendo atingir 3,1% a 3,3% para os Estados Unidos e 0,5% a 0,6% para a UE e 1,2% para o PIB mundial“, disse Dombrovskis em abril.

As novas tarifas americanas aos produtos europeus e as medidas de retaliação da União Europeia estão suspensas enquanto decorrem negociações. Ainda assim, Bruxelas propôs na semana passada uma lista de bens industriais e agrícolas dos EUA, num valor de 95 mil milhões de euros, para taxar caso as negociações com Washington não resultem, preparando-se também para apresentar uma queixa na Organização Mundial do Comércio (OMC).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

“Programa da esquerda não pode ser ir para o Governo”, diz Mariana Mortágua

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

A coordenadora nacional do BE salientou que a esquerda "já mostrou no passado que se sabe unir" mas salientou que tal aconteceu "em torno de propostas e programas concretos".

A coordenadora nacional do BE, Mariana Mortágua, afirmou esta terça-feira que não basta à esquerda dizer que quer ir para o Governo, é preciso ter um programa concreto, e rejeitou que a sobrevivência do partido esteja em causa nestas eleições.

O programa da esquerda não pode ser ir para o Governo, porque depois perguntam-nos, ‘ok, e chegando ao Governo vão fazer o quê?’ Não basta chegar ao Governo, é preciso dizer às pessoas o que é que vamos fazer. E é por isso que estamos aqui a falar sobre habitação”, afirmou Mariana Mortágua, à margem de uma iniciativa de campanha para as legislativas na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas (FCSH), da Universidade Nova de Lisboa.

A antiga deputada e dirigente do BE, Ana Drago, apareceu nesta iniciativa, à semelhança do apoio que deu aos bloquistas em atos eleitorais mais recentes, depois de, em 2014, ter abandonado o partido em divergência com a política de alianças e convergências. Em 2015, contudo, o BE daria apoio parlamentar ao Governo do PS.

A líder bloquista foi questionada sobre se o BE poderá ficar para trás no meio dos apelos feitos ao PS pelo porta-voz do Livre Rui Tavares, que tem repetido várias vezes que o seu partido tem a ambição e capacidade de assumir cargos executivos. Mortágua salientou que a esquerda “já mostrou no passado que se sabe unir” mas salientou que tal aconteceu “em torno de propostas e programas concretos”.

Votar no BE, continuou, é “garantir que a habitação vai estar no parlamento e que a habitação estará no centro, seja qual for o entendimento ou acordo”, uma vez que os partidos “estão condenados a entenderem-se”. Contudo, Mariana Mortágua alertou que “fazer da campanha uma discussão de cenários em vez de uma discussão de propostas é errado, desmobiliza”.

“E é por isso que nós queremos falar sobre as propostas”, frisou. Interrogada sobre se nestas eleições legislativas de dia 18 está em causa a sobrevivência do partido, Mariana Mortágua rejeitou. “Acho que não está em causa nem a sobrevivência nem o futuro do Bloco. O Bloco chegou para transformar a política em Portugal e mostra que é capaz de o fazer em todas as campanhas e perante todos os desafios”, respondeu.

Mortágua salientou que o BE “é uma força que mobiliza a esquerda, que quer mobilizar o voto e que nasceu para transformar a política e dizer as coisas importantes, doa a quem doer, mesmo fazendo inimigos poderosos como sabemos que fazemos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Maria Cerqueira Gomes “assina” como embaixadora da Solverde e protagoniza nova campanha

  • + M
  • 13 Maio 2025

Depois de Cândido Costa e Ukra, é Maria Cerqueira Gomes quem protagoniza a nova campanha da Solverde. A criatividade é da Legendary, a produção da Snowberry e o planeamento de media da Media Duyes.

Maria Cerqueira Gomes é a nova embaixadora da Solverde.pt. A apresentadora de televisão é também a protagonista da mais recente campanha da empresa portuguesa.

Sob o mote Slots há muitas, diversão sem igual, só na Solverde.pt”, no spot assiste-se a uma entrevista inusitada, num cenário de programa de entretenimento televisivo, onde Maria Cerqueira Gomes se entrevista a si própria. “Maria, qual o segredo por detrás desse sorriso?”, pergunta a apresentadora. “É o robalo”, responde a entrevistada, revelando que está a jogar numa das slot machine da marca.

Com um conceito desenvolvido pela agência criativa Legendary e com produção da Snowberry, a campanha marca presença em televisão, outdoors, imprensa e canais digitais, tendo o planeamento de meios ficado a cargo da Media Duyes.

“Depois de Cândido Costa, Ukra e outras personalidades a protagonizar as nossas campanhas, é com muito orgulho que apresentamos uma nova embaixadora feminina do Casino na Solverde.pt: a Maria Cerqueira Gomes. Uma pessoa próxima e querida do público, reconhecida pela sua autenticidade e boa disposição. A Maria é a nossa nova cara e esta campanha é a cara dela. Mais se seguirá, este filme foi apenas o primeiro”, diz Telma Marques, head of marketing, da Solverde.pt, citada em comunicado.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TikTok remove mais de 275 conteúdos e elimina 45.000 contas falsas para as legislativas

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

De acordo com a rede social, foram removidas "mais de 45.000 contas falsas, mais de 390.000 gostos falsos e 26.000 seguidores falsos".

O TikTok implementou um conjunto de medidas antes das eleições legislativas portuguesas e removeu “mais de 275 peças de conteúdo” que violavam as regras, incluindo desinformação, e mais de 45.000 contas falsas, anunciou a plataforma.

A rede social de vídeos curtos lançou o Centro Eleitoral na aplicação em 18 de abril, “um espaço projetado para conectar os utilizadores com informações certificadas, incluindo recursos oficiais da Comissão Eleitoral, datas importantes sobre as votações e dicas para identificar desinformação” no seguimento das legislativas portuguesas de 18 de maio.

Para promover a transparência, o TikTok também está a rotular conteúdos e resultados de pesquisa relacionados com as eleições, direcionando os utilizadores diretamente para o Centro Eleitoral”, no âmbito da estratégia global mais ampla do TikTok para promover uma expressão segura, informada e autêntica durante as eleições, refere a plataforma, em comunicado.

Desta forma, entre 14 e 27 de abril, o TikTok tomou várias ações em Portugal, entre as quais “removeu mais de 275 peças de conteúdo que violavam as políticas de integridade cívica e eleitoral, desinformação e conteúdo gerado por IA [inteligência artificial] — com mais de 98% dos conteúdos a serem removidos antes de receberem qualquer denúncia“.

Além disso, “preveniu proativamente mais de 1.400.000 gostos falsos e mais de 942.000 pedidos de seguidores falsos, e bloqueou mais de 7.400 contas de ‘spam’ de serem criadas em Portugal”.

De acordo com a rede social, foram removidas “mais de 45.000 contas falsas, mais de 390.000 gostos falsos e 26.000 seguidores falsos”.

A tecnológica refere ainda que “as equipas especializadas do TikTok continuam a combater a interferência estrangeira e operações de influência dissimulada, e até agora, não descobriram nem desmantelaram qualquer operação de influência deste género especificamente dirigida às eleições portuguesas”.

O TikTok lançou um Hub Global de Integridade Eleitoral, “fornecendo dados fidedignos sobre os esforços de fiscalização relacionados com as eleições em vários países”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Encargos do Estado com PPP subiram 2% em 2024. Saúde agrava fatura

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

A subida face a 2023 é justificada pelo "aumento dos encargos líquidos no setor da saúde (+84,7 milhões de euros)", explica a UTAP. Impacto foi atenuado pela fatura das PPP rodoviárias.

Os encargos líquidos do Estado com as parcerias público-privadas (PPP) atingiram os 1.253,3 milhões de euros em 2024, uma subida de 2% face ao período homólogo, segundo a Unidade Técnica de Acompanhamento de Projetos (UTAP).

De acordo com o boletim da UTAP, “os encargos líquidos acumulados do setor público com as PPP, em 2024, ascenderam a 1.253,3 milhões de euros, valor ligeiramente abaixo do orçamentado e superior em 2% ao registado no período homólogo (+22,2 milhões de euros)”.

A subida face a 2023 é justificada principalmente pelo “aumento dos encargos líquidos no setor da saúde (+84,7 milhões de euros), cujo impacto foi parcialmente atenuado pela diminuição dos encargos líquidos no setor rodoviário (-55,5 milhões de euros)”, explica a UTAP. Já a diferença face ao orçamento deve-se em grande parte ao setor da saúde, cujo efeito foi “parcialmente atenuado pelo desvio nos encargos líquidos do setor rodoviário (+27,7 ME)”.

Olhando para os setores, é possível perceber que o rodoviário e o da saúde são os mais significativos, representando, no seu conjunto, cerca de 99% dos valores globais de encargos líquidos com as PPP. O setor rodoviário corresponde à maior fatia dos custos para o Estado, sendo que os encargos líquidos acumulados com as PPP rodoviárias se fixaram em 1.029,8 milhões de euros no ano passado, 3% acima do orçamentado, mas 5% inferior a 2023.

Já na saúde, os encargos atingiram os 211 milhões de euros, uma execução 13% abaixo do valor orçamentado, mas 67% acima do registado no período homólogo (+84,7 milhões de euros), “essencialmente justificado pelo incremento dos encargos com os hospitais de Cascais e de Lisboa Oriental”, explica a UTAP.

Esta subida deveu-se a fatores como um aumento do valor dos pagamentos contratuais mensais com a EGEst Cascais, contemplando 48,3 milhões de euros adicionais de despesa acumulada em 2024 face à registada em 2023, devido ao aumento da produção contratada, bem como os pagamentos efetuados à entidade gestora do Hospital de Lisboa Oriental (HLO).

É de salientar que o valor orçamentado para 2024 no setor da Saúde “foi ajustado em virtude do início da produção de efeitos do novo contrato de concessão do HLO”. Quanto aos restantes setores, os encargos com as PPP ferroviárias foram de 60,9 milhões, enquanto o valor das receitas auferidas pelas Administrações Portuárias foi de 34,4 milhões e os pagamentos realizados pelo Oceanário ao parceiro público ascenderam a 2,8 milhões de euros.

Já o valor da receita do setor aeroportuário, através do mecanismo contratual de partilha de receitas entre a ANA e o parceiro público totalizou 11,2 milhões de euros em 2024. É um acréscimo de 2,8 milhões de euros face ao período homólogo, que se deve à subida da receita devido ao aumento de passageiros e também pelo facto de em 2024 ter ocorrido o primeiro pagamento relativo aos aeroportos da Madeira.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Círculo de Advogados de Contencioso debate diagnóstico para a justiça

  • ADVOCATUS
  • 13 Maio 2025

O CAC vai realizar a primeira sessão do ciclo "Os Desafios da Justiça - Diagnósticos e Soluções", dia 14 de maio, às 17h30, no auditório da sociedade de advogados SRS Legal.

O Círculo de Advogados de Contencioso (CAC) vai realizar a primeira sessão do ciclo “Os Desafios da Justiça – Diagnósticos e Soluções”, dia 14 de maio, às 17h30, no auditório da sociedade de advogados SRS Legal.

“A morosidade da Justiça em Portugal com níveis muito elevados e, no caso de alguns tribunais, atinge mesmo, provavelmente, níveis históricos. O cidadão comum é quem mais sofre as consequências gravíssimas deste estado de coisas, pois é-lhe denegada a justiça a que tem direito. As empresas – e, no final, todo o País – vão sofrer as consequências, pois esta realidade incontornável afasta o investimento e é inimiga do crescimento económico. Quando a justiça não é aplicada com celeridade, é o próprio Estado de Direito que fica em causa”, explica José Carlos Soares Machado, sócio da SRS Legal e membro do CAC.

“A Justiça encontra-se a atravessar uma crise grave, em que a lentidão dos processos, por vezes desesperante, está a pôr em causa princípios fundamentais do Estado de Direito”, segundo comunicado da associação. O CAC tem por objeto essencial promover a reflexão, debate e divulgação de temas relacionados com contencioso civil e comercial, nas vertentes jurídica, social e económica, visando dar um contributo para a melhoria do sistema da justiça. “O Círculo de Advogados de Contencioso, atento a esta realidade, e cumprindo uma das razões da sua criação, pretende debater esta importante temática, contribuindo para identificar causas, e propor soluções. Para isso, organiza um ciclo de quatro conferências/debates, destinado aos seus associados, mas aberto a todos os Colegas que queiram participar”, diz ainda o mesmo comunicado.

PROGRAMA

17h30 – Welcome Coffee

18h00 – Abertura
Keynote Speaker
José Carlos Soares Machado, Sócio, SRS Legal

Debate
Carlos Barbosa da Cruz, Sócio, CCA Law Firm
Nuno Líbano Monteiro, Sócio, PLMJ
António Teles, Sócio, Sérvulo & Associados
Nuno Salazar Casanova, Sócio, Uría Menéndez

Moderação
Marília Gradin, Head Editor IBERIA, Leaders League

19h30 – Encerramento

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Fisco diz que prazo para pagar IMI é fim de junho mesmo que nota de liquidação indique maio

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Embora nas notas de cobrança do IMI tenham como data limite o mês de maio, "pagamento pode ser efetuado durante o mês de junho, sem quaisquer acréscimos ou penalidades", garante a AT.

Os proprietários de imóveis que recebam uma nota de liquidação de IMI com a indicação de que a data limite de pagamento é o final de maio, podem desconsiderar esta informação e efetuar o pagamento até 30 de junho.

Esta indicação consta de um esclarecimento publicado esta terça-feira pela Autoridade Tributária e Aduaneira, onde a AT também refere de que forma vai restituir o valor pago a mais pelos senhorios com contratos de arrendamento habitacional anteriores a 1990 e que pediram isenção de IMI.

“Embora nas notas de cobrança do IMI de 2024 que estão a ser emitidas e enviadas conste como data limite o mês de maio, o seu pagamento pode ser efetuado durante o mês de junho, sem quaisquer acréscimos ou penalidades”, refere a informação publicada pela AT.

A nota de cobrança pode ser consultada no Portal das Finanças, adianta ainda o fisco, onde está disponível a referência para pagamento – sendo que esta se manterá válida até ao final do novo prazo para o pagamento desta primeira prestação (ou prestação única) do imposto que incide sobre bens imóveis.

O IMI é pago numa única vez quando o seu valor é inferior a 100 euros, sendo desdobrado em duas prestações pagas em maio e novembro quando oscila entre os 100 e os 500 euros. Superando os 500 euros é dividido em três prestações de igual montante a serem pagas em maio, agosto e novembro.

No entanto, há já vários anos que os proprietários têm a possibilidade de, querendo, efetuar o pagamento total do imposto com a primeira liquidação. “No caso das notas relativas à 1.ª prestação, está igualmente disponível a opção de pagamento total do imposto, com o respetivo valor e referência”, refere a AT.

Relativamente às situações dos senhorios com rendas congeladas e que estão a receber notadas de liquidação do imposto apesar de terem efetuado pedido de isenção destes imóveis, a AT distingue três situações, apresentando a respetiva resposta. Assim, para quem pagou a prestação única (porque de valor até 100 euros) ou optou pelo pagamento na totalidade das várias prestações, “será emitido o reembolso do valor pago pelos prédios isentos”.

Já quem tiver uma prestação única e ainda não tenha pago, “será efetuada até ao final de junho a correção da liquidação com o cálculo do montante correto, considerando apenas os prédios não isentos”.

Por fim, para os proprietários com mais do que uma prestação de IMI que não tenham optado pelo pagamento na totalidade das várias prestações, “a revisão da liquidação será refletida nas prestações seguintes, considerando os prédios não isentos”, pelo que deve efetuar o pagamento pelo montante apresentado para a primeira prestação.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Marta Duarte Silva é a nova sócia da Andersen

Marta Duarte Silva é a nova sócia da Andersen. A advogada reforça o departamento de Fiscal do escritório de Lisboa.

A Andersen reforçou o departamento de Fiscal do escritório de Lisboa como a integração de Marta Duarte Silva, na qualidade de sócia. A advogada transita da Cuatrecasas.

Ter um perfil como o da Marta é muito relevante dadas as características fiscais do país e regimes particulares para residentes e não residentes, bem como outras questões relevantes do domínio fiscal”, sublinha em comunicado José Mota Soares, sócio e responsável pela Andersen Portugal.

Com mais de 20 anos de experiência, Marta Duarte Silva conta com uma vasta experiência em assessoria fiscal a clientes privados e family offices. Ao longo da sua carreira, tem ainda acompanhado inúmeros clientes em processos de planeamento de residência fiscal e mobilidade internacional e doméstica, planeamento sucessório e gestão de património familiar e empresarial.

“O conhecimento e a experiência da Marta reforçam o nosso departamento de Fiscal e complementam a proposta de valor para os nossos clientes em Portugal ou com interesses no país”, refere o managing partner da Andersen Ibéria José Vicente Morote.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

ERC averigua alegados inquéritos de opinião de empresa que parece ligada ao Chega

  • Lusa e + M
  • 13 Maio 2025

Nos poucos resultados que apresenta no site, a Sondelcerto dá a liderança ao Chega em alguns países, encaminhando os visitantes para as redes sociais do Chega e de André Ventura.

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) tem em curso um procedimento de averiguações sobre a realização e divulgação de alegados inquéritos de opinião do site Sondelcerto, anunciou o regulador dos media esta terça-feira.

Numa nota, divulgada no seu site, a ERC “informa que tem em curso um procedimento de averiguações relativo à realização e divulgação de alegados inquéritos de opinião pelo sítio eletrónico com a designação Sondelcerto”.

De acordo com a ERC, “esta averiguação enquadra-se no trabalho de monitorização que a entidade tem vindo a conduzir com o objetivo de identificar situações com alto potencial desinformativo, no contexto das Eleições Legislativas 2025“.

Fundada em 2018, a Sondelcerto indica que realiza inquéritos de opinião online junto de comunidades portuguesas no exterior. No topo do seu site, apresenta a mensagem “Aviso Legal: Os resultados apresentados nos nossos inquéritos online não permitem, cientificamente, generalizações. Representam apenas a opinião dos participantes”.

Nos poucos resultados a inquéritos que apresenta no seu site, a Sondelcerto dá a liderança ao Chega em países estrangeiros, como o Canadá, encaminhando os visitantes, inclusive, para as redes sociais do Chega e de André Ventura, líder do partido, que partilharam imagens destes alegados inquéritos.

O regulador dos media reitera ainda o alerta público que fez, em 9 de maio, para a circulação de falsas sondagens e estudos de opinião nas redes sociais. As eleições legislativas estão marcadas para 18 de maio.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Rui Rocha considera que Lisnave é um “bom exemplo”

  • Lusa
  • 13 Maio 2025

Rui Rocha considerou que a Lisnave é um “bom exemplo de como uma atividade que estava com franca dificuldade, numa crise profunda”, melhorou desde que foi concessionada a privados.

O líder da IL considerou esta terça-feira que a Lisnave e os estaleiros navais de Viana do Castelo são um “bom exemplo” de como a “gestão privada pode trazer mais-valia”, afirmando que deu rentabilidade a negócios em “franca dificuldade”.

Rui Rocha visitou esta manhã os estaleiros navais da Lisnave, em Setúbal, que, em 2000, foram vendidos simbolicamente por um dólar a dois engenheiros, após um ciclo de prejuízos. Atualmente, a Lisnave é 97% privada, tem uma concessão do Estado, emprega perto de 500 trabalhadores dos quadros – mais cerca de 1.500 subcontratados – e repara entre 80 a 100 navios por ano, com uma faturação entre os 120 e os 150 milhões.

Em declarações aos jornalistas junto a um barco em reparação, numa das docas secas destinadas à reparação dos maiores navios do mundo, Rui Rocha considerou que a Lisnave é um “bom exemplo de como uma atividade que estava com franca dificuldade, numa crise profunda”, melhorou desde que foi concessionada a privados.

“É uma atividade praticamente privada, com uma pequena participação do Estado e conseguiu catapultar esta reparação e recuperação de navios para patamares de excelência internacional. É um bom exemplo de como é possível mudarmos o país, trazermos negócio rentável para o país com uma gestão focada nos seus objetivos”, disse.

Rui Rocha considerou que, no setor da reparação naval, a atividade tem “corrido bem em todo o país quando houve privatização ou concessão do serviço”, dando igualmente o exemplo dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo. “É um bom exemplo de como a gestão privada pode trazer mais-valia ao país”, reforçou, frisando que os terrenos da Lisnave são do Estado e, devido à concessão a privados, estão a ser valorizados.

“A atividade da Lisnave está a valorizar este património que é do Estado. É uma concessão, um dia deixará de ter esta operação, mas o património está cá e fica valorizado, ao mesmo tempo construindo receitas e rentabilidade para a região e para o país”, referiu. Numa visita em que, nos estaleiros, vários trabalhadores imigrantes andavam de bicicleta para se deslocarem de um local para o outro, Rui Rocha foi questionado sobre a dificuldade em conseguir atrair mão-de-obra para setores como o da reparação naval.

O líder da IL disse que, no caso da Lisnave, se trata de “mão-de-obra muito qualificada” e, por isso, “é evidente que é difícil muitas vezes fazer esse recrutamento”.

“Isso leva-nos à questão da imigração, por exemplo, e nós temos uma visão muito clara sobre a imigração: tem de haver uma ligação direta entre as necessidades da economia e a imigração para que tenhamos uma imigração regrada e uma imigração com dignidade”, disse. O líder da IL disse que a Lisnave é um exemplo de “como a imigração é muito importante para a economia”, mas ressalvou que tem de ser feita “com regras”.

“E, portanto, a formulação que nós fazemos é: quem tem trabalho, entra. Quem cumpre a lei, fica. Isso gera oportunidades para quem nos procura com dignidade e gera oportunidades para a economia portuguesa, para o seu crescimento”, referiu. Durante a visita, Rui Rocha avistou ao longe um navio em reparação que, na proa, tinha a palavra prosperity escrita. Apontando para o navio, o líder da IL disse: “É o nosso caminho”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.