Governo promete “aumento brutal” nos apoios aos jovens agricultores

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

O ministro admitiu ainda que o preço da carne pode sofrer aumentos em Portugal devido ao surto da doença da língua azul, lembrando que alguns produtores "ainda estão a sofrer prejuízos".

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, anunciou esta quarta-feira que haverá um “aumento brutal” no apoio aos jovens agricultores, esperando que a medida do Governo entre em vigor brevemente.

“Objetivo é que o aviso saia até ao final deste mês, ou no início do próximo. Iremos fazer um aumento brutal no apoio aos jovens agricultores”, disse o governante à margem da cerimónia dos 75 anos da União de Cooperativas Agros, em Vila do Conde, distrito do Porto, onde foi debatido o problema geracional do setor.

Segundo o governante, a nova tabela de apoios vai duplicar as verbas de auxílio já existentes, estando também a ser negociadas linhas de financiamento com taxas de juros reduzidas para os projetos de jovens agricultores.

[É] muito importante para o país incentivar os jovens a instalar os seus projetos agrícolas

José Manuel Fernandes

Ministro da Agricultura

Um jovem agricultor que esteja em exclusividade terá 55 mil euros de prémio de instalação, e se estiver numa zona vulnerável o prémio será 55 mil. Além disso, os projetos de investimento podem ter um apoio até aos 400 mil euros, sendo que um projeto de 500 mil euros terá um apoio de 60% e um superior a 500 mil euros terá 50% de apoio”, explicou o ministro.

José Manuel Fernandes vincou que é “muito importante para o país incentivar os jovens a instalar os seus projetos agrícolas”, divulgando a existência de negociações com “Banco Europeu de Investimento e o Fundo Europeu de Investimento, para concessão de empréstimos a taxas de juros muito reduzidas”.

José Manuel Fernandes, ministro da AgriculturaLusa

Ainda no âmbito dos apoios europeus, o ministro da Agricultura disse esperar autorização para aceder a um fundo de apoio comunitário para mitigar os prejuízos que a tempestade Kirk causou, em outubro, em várias explorações do norte e centro do país, nomeadamente nos distrito de Viana do Castelo, Braga, Porto e Aveiro.

“Já pedimos o levantamento dos prejuízos e esperamos que um regulamento europeu dê flexibilidade para a utilização do FEADER (Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural) nesta situação”, disse.

José Manuel Fernandes acredita que a situação possa estar desbloqueada “ainda este mês, ou o mais tardar no próximo”, lembrando a condição de que tenha acontecido “um prejuízo superior a 30% por parcela”. “Em muitos casos isso aplica-se, até pela quantidade de milho que caiu”, completou.

Aludindo a estes fenómenos climáticos extremos, o ministro da Agricultura reiterou a necessidade de os produtores estarem protegidos por seguros. “O Estado já ajuda em 15 a 20 milhões [de euros] por ano na contratação de seguros, mas é importante que os agricultores os façam. Vamos ter, cada vez mais, fenómenos climáticos extremos e temos de ter seguros acessíveis e com eficácia”, analisou.

Para isso, o governante disse que é preciso também um trabalho junto da União Europeia para a existência “de garantia europeia de seguros”. “Não é justo que alguns países de Estados-membros tenham acesso a seguros mais baratos”, completou.

“Língua azul” sobe preço da carne

Por outro lado, o ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, admitiu esta quarta-feira que o preço da carne pode sofrer aumentos em Portugal devido ao surto da doença da língua azul, lembrando que alguns produtores “ainda estão a sofrer prejuízos”.

“Já contabilizamos 66 mil mortes [de animais], o que corresponde a cerca de 3% do efetivo nacional. Mas os prejuízos vão muito além dessas perdas. É natural que o preço da carne suba, mas, se acontecer, também é uma forma do produtor ser compensado”.

José Manuel Fernandes lembrou que além das mortes, os produtores têm custos veterinários para tratar dos animais que foram infetados, e apesar de aguardar apoios da União Europeia para tal, garantiu outras medidas para minimizar os prejuízos.

Já pedimos o acesso à reserva de crise [da União Europeia], mesmo sabendo que foi negada a alguns Estados-membros. Mas é algo que vamos continuar a insistir

José Manuel Fernandes

Ministro da Agricultura

“Abrimos o mercado para Israel, e espero que haja suficiente oferta para a procura. E espero, também, que a procura não desça, porque esta variante da doença não se transmite às pessoas, não contamina a carne nem o leite. Há essa segurança para os consumidores”, reiterou.

O ministro Agricultura deixou um apelo aos agricultores para que “não tenham receio de notificar os casos de mortes de animais”, lembrando que o Estado precisa desses dados para “procurar apoios europeus nos casos em que as explorações tenham um prejuízo superior a 30%”.

“Já pedimos o acesso à reserva de crise [da União Europeia], mesmo sabendo que foi negada a alguns Estados-membros. Mas é algo que vamos continuar a insistir”, garantiu.

José Manuel Fernandes garantiu, ainda, que o Governo destinou um milhão de euros, para serem utilizados este mês ou no próximo, para apoiar, em pagamento integral, os agricultores que comprem vacinas para combater o surto.

“Percebo a dor dos produtores, visitei explorações, para perceber a dimensão. Agimos rapidamente para os apoiar e tudo faremos para que esta atividade seja rentável”, vincou.

O ministro da Agricultura insistiu que é preciso, das instituições europeias, “um investimento brutal, através do programa [de investigação] Horizonte Europa, para que haja vacinas eficazes e que eliminem várias variantes”.

“Este é um problema europeu, que resulta das alterações climáticas, e estaremos cada vez mais sujeitos a situações destas. Temos de atuar rapidamente”, concluiu.

A febre catarral ovina ou língua azul é uma doença viral, de notificação obrigatória, que afeta os ruminantes e não é transmissível a humanos, sendo a sua transmissão feita através de um mosquito.

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Sociais-democratas, socialistas e liberais chegam a acordo sobre Comissão de von der Leyen

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

Sociais-democratas, socialistas e liberais no Parlamento Europeu chegaram a acordo para aprovar a nova Comissão Europeia, após dias de bloqueio e cedências do PPE e S&D.

Os sociais-democratas, socialistas e liberais no Parlamento Europeu chegaram esta quarta-feira a acordo para aprovar a nova Comissão Europeia, após dias de bloqueio e cedências do Partido Popular Europeu (PPE) e Socialistas e Democratas (S&D), avançaram à Lusa fontes partidárias.

O acordo político foi alcançado numa reunião à porta fechada entre responsáveis do PPE, S&D e Renovar a Europa (a bancada liberal), ao final da tarde em Bruxelas, após mais de uma semana de intensas conversações.

No encontro, de acordo com fontes comunitárias ouvidas pela Lusa, as três maiores forças partidárias da assembleia europeia conseguiram o necessário consenso de dois terços para aprovar, num único ‘pacote’, os sete nomes ainda pendentes (de um total de 26) do novo colégio de comissários, o segundo liderado por Ursula von der Leyen, para entrar em funções a 1 de dezembro.

Neste ‘pacote’ agora com ‘luz verde’, que será confirmado na quinta-feira em Conferência de Presidentes e na próxima semana no plenário do Parlamento Europeu, estão os seis candidatos a vice-presidentes da Comissão Europeia: Kaja Kallas, Alta Representante para os Assuntos Externos; Raffaelle Fitto, vice-presidente executivo para a Coesão e Reformas; Teresa Ribera, vice-presidente executiva para uma Transição Limpa, Justa e Competitiva; Henna Virkkunen, vice-presidente executiva para a Soberania Tecnológica, Segurança e Democracia; Stéphane Séjourné, vice-presidente executivo para a Prosperidade e Estratégia Industrial e Roxana Mînzatu, vice-presidente executivo para as Pessoas, Competências e Preparação.

Acresce o comissário indigitado pela Hungria, Oliver Várhelyi, atual representante do país na instituição e ao qual Von der Leyen atribuiu a pasta de Saúde e Bem-Estar Animal, que, por dúvidas dos eurodeputados, viu a sua avaliação adiada duas vezes e agora será avaliado em conjunto com os ‘vices’.

Os nomes mais polémicos são os da espanhola e do italiano, relativamente aos quais há agora cedências dos sociais-democratas e socialistas, de acordo com as mesmas fontes: por um lado, o PPE deixou de exigir que Teresa Ribera, que tem processos contra si devido às trágicas inundações em Espanha, se demitisse caso as acusações avancem, e o S&D abdicou de pedir que Rafaelle Fito perdesse a vice-presidência.

Chegado a acordo, a nova comissão de von der Leyen já pode ser votada em bloco, processo que está agendado para o próximo dia 27 de novembro, no Parlamento Europeu. O novo executivo comunitário tomará posse a 1 de dezembro.

Três maiores forças partidárias do PE acordam “abordagem construtiva” no novo ciclo na UE

As três maiores forças partidárias do Parlamento Europeu – conservadores, socialistas e liberais – comprometeram-se a uma “abordagem construtiva” no próximo ciclo institucional da União Europeia (UE), face “aos desafios colocados”, permitindo provar a nova Comissão Europeia.

“Reconhecemos os desafios colocados pela situação geopolítica, o défice de competitividade da Europa, as questões de segurança, a migração e a crise climática, bem como as desigualdades socioeconómicas. Reafirmamos, por conseguinte, o nosso compromisso de trabalhar em conjunto com uma abordagem construtiva”, vincam os líderes destes três principais partidos do PE uma declaração referente a uma “plataforma de colaboração”, firmada em Bruxelas esta quarta-feira e à qual a agência Lusa teve acesso.

Na posição – assinada pelos líderes do PPE, Manfred Weber; do S&D, Iratxe García Pérez; e do Renovar a Europa, Valérie Hayer –, é salientado que o objetivo é “fazer avançar uma agenda de reformas baseada nas orientações políticas do presidente da Comissão Europeia de 18 de julho de 2024, no melhor interesse dos cidadãos europeus”, numa alusão à data em que foi aprovada a reeleição de Ursula von der Leyen no cargo de líder do executivo comunitário, que aguarda agora aval parlamentar sobre a sua equipa.

Este documento, com diretrizes sobre defesa, migrações, Estado de direito e sustentabilidade ambiental, traça o tipo de cooperação para os próximos cincos anos no novo ciclo institucional da UE, o que permite dar aval ao novo executivo comunitário von der Leyen, após intensas negociações na última semana, para entrar em funções a 1 de dezembro.

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S317 Consulting compra consultora sustentável Sair da Casca

  • Capital Verde
  • 20 Novembro 2024

A S317 Consulting afirma que esta aquisição “cria o maior grupo nacional de consultoria em sustentabilidade” no país.

A S317 Consulting, consultora de transição energética, adquiriu a Sair da Casca, consultora de desenvolvimento sustentável. Esta operação resulta na expansão do grupo português nos serviços de consultoria sustentável.

Nesta fase, de acordo com o comunicado, as duas empresas vão continuar a operar com as respetivas marcas, mas com a integração de equipas com especializações complementares. A S317 Consulting afirma que esta aquisição “cria o maior grupo nacional de consultoria em sustentabilidade” no país.

Esta aquisição é o primeiro passo na nossa estratégia de expansão. Ganhamos uma maior capacidade de resposta aos desafios colocados pelos nossos clientes, que são a razão desta nova aventura e o centro da nossa ação. Esta aliança reforça o nosso posicionamento enquanto líder em sustentabilidade em Portugal e aumenta o portfolio de serviços para os nossos clientes e parceiros internacionais” refere Filipe de Morais Vasconcelos, administrador e fundador da S317 Consulting, citado em comunicado divulgado aos jornalistas.

A aquisição possibilita assegurar serviços especializados e complementares nas áreas da transição energética, água e saneamento, carbono, economia circular, risco climático, investimento social e apoio a comunidades. Estes serviços, segundo o comunicado, estão associados a soluções de financiamento e inovação.

A compra permite às consultoras desenvolver projetos desde a regulação e compliance até à definição e implementação de medidas de mitigação, adaptação ou iniciativas de mobilização e inovação social.

A S317 Consulting é uma consultora de gestão e engenharia especializada nos setores da energia, transição energética, água, saneamento, clima e sustentabilidade e presta assessoria na conceção e implementação de projetos em energia, água e carbono. A adquirida, Sair da Casca, é uma consultora especializada em sustentabilidade que apoia empresas e organizações a integrarem práticas sustentáveis e responsáveis nas suas operações.

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CIP defende alterações à lei do trabalho para facilitar subcontratação

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

Armindo Monteiro realçou que a subcontratação "não pode ser uma segunda divisão do trabalho dito normal" e defendeu que as empresas de 'outsourcing' devem estar sujeitas às mesmas regras que as outras

O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), Armindo Monteiro, defendeu esta quarta-feira mudanças na lei do trabalho para corrigir as dificuldades à subcontratação introduzidas há cerca de um ano com a Agenda do Trabalho Digno.

“Necessariamente, essa lei do trabalho tem de ser mesmo mudada, para que seja compatível com aquilo que é o enquadramento que têm as empresas na Europa. (…) Estamos a pedir igualdade”, defendeu Armindo Monteiro.

Em declarações aos jornalistas à margem de um almoço organizado pela Associação Cristã de Empresários e Gestores (ACEGE), em Lisboa, onde foi o orador convidado, o presidente da CIP considerou que, “em muitos casos”, a legislação do trabalho em Portugal não está adaptada às necessidades das empresas.

As alterações introduzidas pelo nome de ‘trabalho digno’, de facto, têm várias dificuldades. Dou um exemplo, o outsourcing [subcontratação] tem várias dificuldades que na Europa não acontecem”, apontou o responsável.

A lei do trabalho tem de ser mesmo mudada, para que seja compatível com aquilo que é o enquadramento que têm as empresas na Europa.

Armindo Monteiro

Presidente da CIP

Armindo Monteiro realçou que a subcontratação “não pode ser uma segunda divisão do trabalho dito normal” e defendeu que as empresas de outsourcing devem estar sujeitas às mesmas regras que as outras, em termos, por exemplo, de salvaguarda dos postos de trabalho.

Antes, durante a sua apresentação perante uma sala de empresários cristãos, o presidente da CIP alertou que o país não está a conseguir transformar educação em salários, competitividade e produtividade.

“Nós aumentámos os salários porque tínhamos de fazer isso, pode-se fazer por decreto, pode-se fazer por solidariedade, pode-se fazer por muitas coisas, agora fazer aquilo que é o normal – aumentar os salários em função daquele que é o aumento da economia – nós não estamos a conseguir fazer”, afirmou.

O responsável salientou que a economia portuguesa “só pode fazer parte de uma primeira divisão” se não for assente em fatores competitivos baratos, sejam eles o trabalho, ou outros, e realçou como “bom fator de competitividade” a qualidade da gestão.

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Governo português manda encerrar temporariamente embaixada em Kiev

Paulo Rangel anunciou que o encerramento terá a duração de "alguns dias". Além dos EUA e Portugal, Espanha, Itália e Grécia decidiram também encerrar temporariamente as suas embaixadas em Kiev.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) ordenou o encerramento temporário da embaixada portuguesa em Kiev, mas salientou que tal já aconteceu por várias vezes durante a guerra da Ucrânia. A decisão acontece depois de a embaixada dos Estados Unidos ter anunciado que iria ser evacuada no sentido de prevenir um “potencial ataque aéreo significativo”.

“A nossa embaixada funcionou hoje regularmente até às 15:00 locais e, entretanto, nós tomámos a decisão de que ela não abriria amanhã, eventualmente também não nos próximos dias, com uma avaliação permanente da situação. Portanto, há um encerramento, mas um encerramento temporário”, cita o Expresso as declarações de Paulo Rangel proferidas à margem de uma visita com o primeiro-ministro, Luís Montenegro, à Casa de Portugal, no Brasil.

Além dos Estados Unidos e de Portugal, Espanha, Itália e Grécia decidiram também encerrar temporariamente as suas embaixadas na Ucrânia, alegando motivos de segurança.

A decisão de fechar temporariamente os postos diplomáticos na capital ucraniana ocorre numa altura em que se assiste a um escalar da guerra na Ucrânia. Na semana em que se assinalou o milésimo dia desde a invasão da Ucrânia pela Rússia, a guerra entrou num novo capítulo, com Joe Biden a autorizar o uso de mísseis ATACMS de longo alcance pelas forças ucranianas contra a Rússia. Estes mísseis, com um alcance máximo de várias centenas de quilómetros, permitirão à Ucrânia atingir os locais de logística do exército russo e os aeródromos de onde descolam os bombardeiros.

Dias depois, o Kremlin retaliou. Esta terça-feira, foi anunciado que o Presidente da Rússia, Vladimir Putin, assinou um decreto que alarga as possibilidades de uso de armas nucleares pela Rússia.

Também na terça-feira foi noticiado pelas agências internacionais que a Ucrânia já realizou o primeiro ataque com mísseis ATACMS norte-americanos em território russo.

(Notícia atualizada pela última vez às 16h28)

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Há menos quatro mil trabalhadores em lay-off do que há um ano

O número de trabalhadores em lay-off aumentou em outubro face ao mês anterior, mas manteve-se abaixo do registado há um ano. Houve menos quatro mil beneficiários do que em novembro de 2023.

O número de trabalhadores em lay-off recuou mais de 39% em outubro face ao registado há um ano. De acordo com a síntese de informação estatística da Segurança Social, no 10º mês de 2024 cerca de seis mil pessoas estiveram abrangidas por este regime que permite às empresas em crise reduzirem os horários de trabalho ou até suspenderem os contratos de trabalho.

“Em outubro de 2024, o número total de situações de lay-off com compensação retributiva, (concessão normal, de acordo com o previsto no Código do Trabalho) foi de 6.280. Em comparação com o mesmo período do ano anterior, registou‐se uma diminuição de 4.034 prestações processadas, correspondendo a um decréscimo de 39,1%”, lê-se na síntese publicada esta quarta-feira.

Ainda assim, face a setembro houve um aumento dos trabalhadores em lay-off, como mostra o gráfico abaixo. Em causa está um acréscimo de 8,2%, o equivalente a 474 prestações.

O regime de lay-off tem duas modalidades: ou o empregador corta o horário de trabalho (e o salário), ou suspende totalmente o contrato com o trabalhador – sendo que neste caso é assegurada, ainda assim, uma parte do ordenado com a ajuda da Segurança Social.

Ora, de acordo com a síntese agora conhecida, das cerca de seis mil pessoas que estiveram em lay-off em outubro, 3.290 pessoas viram o horário de trabalho reduzido, mais 243 do que em setembro, mas menos 1.625 do que há um ano. Ou seja, verificou-se um aumento em cadeia de 8,0%, mas um decréscimo homólogo de 33,1%.

Por outro lado, 2.990 trabalhadores viram o seu contrato de trabalho suspenso. Mais 231 do que há um mês (o equivalente a um acréscimo de 8,4%), mas menos 2.409 do que há um ano (uma redução de 44,6%).

“Estas prestações foram processadas a 346 entidades empregadoras, o que representa um aumento de 12 entidades em relação ao mês anterior e uma redução de 132 entidades em comparação com o mesmo período do ano passado“, nota ainda a Segurança Social.

Por outro lado, a síntese publicada esta tarde avança que em outubro de 2024 as várias prestações de desemprego abrangeram um total de 180.192 beneficiários, o que corresponde a uma diminuição de 5.475 pessoas face ao mês anterior. Ainda assim, em relação ao mesmo período do ano anterior, verificaram‐se mais 9.726 beneficiários.

“Analisando especificamente os dados do subsídio de desemprego, o número de beneficiários foi de 145.027. Em comparação com o mês anterior, registaram‐se menos 7.075 beneficiários. Em relação ao mesmo mês do ano anterior, ocorreu um aumento de 11.047 subsídios processados”, revela a Segurança Social, que indica que o valor médio mensal do subsídio de desemprego em outubro foi de 672,68 euros.

Quanto ao subsídio social de desemprego inicial, o número de beneficiários recuou 2,6% em cadeia, para 6.036 pessoas. Em termos homólogos, a redução foi de 0,8%.

Já o subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 20.406 beneficiários, o equivalente a um decréscimo de 0,4% em cadeia e a uma redução de 9,6% em termos homólogos.

Há mais idosos a receber complemento solidário

Por outro lado, 196.946 pessoas beneficiaram do do Complemento Solidário para Idosos (CSI) em outubro. São mais 15.127 do que há um mês e mais 62.598 titulares do que há um ano, revelam os dados hoje divulgados.

“As mulheres representaram a maioria de titulares de CSI. O número de mulheres que receberam o CSI foi de 131.837, o que representa 66,9% do total de beneficiários”, acrescenta a Segurança Social.

o valor médio desta prestação social foi de 204,59 euros brutos mensais, o que corresponde a um salto de 33,2% em relação ao mesmo período do ano anterior.

O CSI serve, como o seu nome indica, para complementar os outros rendimentos do beneficiário. São apurados os rendimentos do beneficiário, que são confrontados com o valor de referência. A diferença entre esses dois montantes corresponde ao valor da prestação que é paga pela Segurança Social.

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Portuguesa Tekever levanta 70 milhões de euros e atrai fundo da NATO a investir

Empresa liderada por Ricardo Mendes fornece drones às tropas da Ucrânia para apoiar operações terrestres e marítimas, através de um fundo liderado pelo Reino Unido.

A Tekever, empresa portuguesa que desenvolve e opera drones (sistemas aéreos não tripulados), levantou 70 milhões de euros numa nova ronda de financiamento liderada pela Baillie Gifford e em que entrou também o NATO Innovation Fund (NIF), fundo de capital de risco participado pelos 24 aliados da NATO.

“Para a nossa Série B, mais do que investimento, queríamos encontrar parceiros (…) que nos pudessem ajudar a concretizar a nossa visão. Estamos entusiasmados por ter a Baillie Gifford como investidora líder — uma organização com uma visão de longo prazo e um histórico impressionante de apoio a empresas que transformaram profundamente a nossa sociedade”, diz Ricardo Mendes, CEO da Tekever, citado em comunicado.

À Baillie Gifford juntou-se o fundo da NATO, bem como o National Security Strategic Investment Fund (NSSIF), fundo do governo do Reino Unido que apoia tecnologias na área da segurança nacional, a Crescent Cove Advisors LP, empresa norte-americana de investimento sediada em Silicon Valley com experiência no setor da defesa, e os investidores mais antigos Iberis Capital e Cedrus Capital.

A NIF, NSSIF e Crescent Cove “trazem conhecimentos profundos e experiência no mercado global de segurança e defesa, tanto de uma perspetiva europeia como americana, o que será crucial para nos ajudar, e aos nossos clientes, a enfrentar os desafios futuros”, diz ainda o CEO. “Por fim, alegra-nos o reforço feito por parceiros de primeira hora, como a Iberis Capital, um fundo com sede em Portugal que soube fazer uma leitura muito correta da nossa trajetória de crescimento”, destaca ainda.

A empresa portuguesa, como foi noticiado em junho do ano passado, fornece drones às tropas da Ucrânia para apoiar operações terrestres e marítimas, através de um fundo liderado pelo Reino Unido.

Com esta nova injeção de capital e com a entrada de “investidores estratégicos”, o objetivo é “apoiar o plano de crescimento sustentável” e “facilitar a expansão geográfica para mercados prioritários”.

“Vamos apostar em crescer noutras geografias, como os EUA”, refere fonte oficial da empresa ao ECO.

“Prevemos crescer sustentadamente a nossa produção, para responder à crescente procura do mercado e vamos recrutar em todas as áreas, desde a produção, desenvolvimento, operação“, diz a mesma fonte sem adiantar números concretos.

Hoje a empresa, que em Portugal tem uma fábrica em Ponte de Sor (e o centro de engenharia em Caldas da Rainha), tem 800 colaboradores.

Em 2022, levantou 25 milhões de euros, uma das maiores rondas do ano, elevando para mais de 90 milhões de euros o montante já captado no mercado.

(notícia atualizada às 17h37)

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Operação Marquês: Relação acusa Sócrates de comportamento “abusivo e ostensivo”

  • ADVOCATUS
  • 20 Novembro 2024

O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu "indeferir a reclamação do acórdão" apresentada pelo antigo primeiro-ministro José Sócrates em que pedia a "declaração de nulidade" do despacho.

O Tribunal da Relação de Lisboa decidiu “indeferir a reclamação do acórdão” apresentada pelo antigo primeiro-ministro José Sócrates em que pedia a “declaração de nulidade” do despacho, avança a Sic Notícias.

Para além do indeferimento, a Relação criticou a ação de Sócrates afirmando que “não é legalmente admissível a apresentação de sucessivas reclamações”. “Este tem sido o comportamento processual do reclamante/recorrente, pois apresenta sucessivas reclamações para a conferência, contra o despachos do relator e acórdãos”, referem. O Tribunal sublinhou ainda que Sócrates encontra-se a “protelar de forma manifestamente abusiva e ostensiva o trânsito do despacho de pronúncia e, consequentemente, da sua submissão a julgamento”.

No processo Operação Marquês, Sócrates foi acusado pelo MP, em 2017, de 31 crimes, designadamente corrupção passiva, branqueamento de capitais, falsificação de documentos e fraude fiscal, mas na decisão instrutória, em 9 de abril de 2021, o juiz Ivo Rosa decidiu ilibar o ex-governante de 25 dos 31 crimes, pronunciando-o para julgamento apenas por três crimes de branqueamento e três de falsificação.

Uma decisão posterior do Tribunal da Relação de Lisboa viria a dar razão a um recurso do MP, e em janeiro determinou a ida a julgamento de um total de 22 arguidos por 118 crimes económico-financeiros, revogando a decisão instrutória, que remeteu para julgamento apenas José Sócrates, Carlos Santos Silva, o ex-ministro Armando Vara, Ricardo Salgado e o antigo motorista de Sócrates, João Perna.

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BA&N e SEC Newgate unem-se em “parceria estratégica”

  • + M
  • 20 Novembro 2024

O acordo visa reforçar a capacidade das duas empresas na criação e entrega de valor nas áreas da comunicação e public affairs, tendo por base uma intensa atividade de research e insight, avançam.

A consultora de comunicação BA&N associou-se à SEC Newgate numa “parceria estratégica“, através da qual a BA&N “passa a integrar o footprint internacional da SEC Newgate”, enquanto afiliada.

Este acordo “permitirá à BA&N não só aumentar a cobertura geográfica na prestação de serviços de comunicação e public affairs aos seus clientes, mas também beneficiar do conhecimento, tecnologia e melhores práticas internacionais que a SEC Newgate integra“, lê-se em nota de imprensa.

Por seu lado, a SEC Newgate “assegura uma presença robusta no mercado português, com capacidade de atuar de igual forma nos mercados africanos de língua oficial portuguesa e consolidando a sua presença no continente europeu, a par com a presença nos restantes continentes, incluindo a América Latina e o Brasil em particular”.

O acordo visa assim reforçar a capacidade das duas empresas na criação e entrega de valor aos clientes nas áreas da comunicação e public affairs, tendo por base uma intensa atividade de research e insight.

Por parte da BA&N, Armandino Geraldes, CEO, refere que o acordo é “muito relevante” para a consultora, uma vez que vai “gerar oportunidades para a companhia e para os seus clientes”. “A BA&N reforçará assim a sua capacidade de entregar aos seus clientes serviços de comunicação e public affairs nas mais importantes regiões do mundo. Estamos muito satisfeitos de em integrar a equipa da SEC Newgate e totalmente em sintonia com os seus valores e o seu propósito”, acrescenta.

Já Fiorenzo Tagliabue, CEO do Grupo SEC Newgate, sublinha que o acordo “reforça” a presença do grupo na Europa, e contribui para que a BA&N e a SEC Newgate “prestem um melhor serviço ao cliente local e globalmente”.

A BA&N está totalmente alinhada com o posicionamento da SEC Newgate, entregando um serviço diferenciado e com um foco permanente na entrega do melhor resultado ao cliente. Para nós é muito importante a presença em Lisboa, nomeadamente enquanto hub para o mundo de língua portuguesa“, acrescenta o CEO.

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Governo “está bem ciente” das necessidades da PSP

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

O Governo "está bem ciente" das necessidades da PSP em termos de instalações, recursos humanos e meios técnicos, garantiu a ministra da Administração Interna.

O Governo “está bem ciente” das necessidades da PSP em termos de instalações, recursos humanos e meios técnicos, garantiu esta quarta-feira a ministra da Administração Interna, avançando com alterações na formação dos polícias para assegurar o respeito pelos direitos humanos.

“Asseguramos que o Governo está bem ciente do exigente ambiente em que a PSP atua e está bem ciente do ambiente que coloca a PSP na linha da frente do combate a uma complexa teia de desafios criminais de manutenção da segurança e da ordem públicas. Está bem ciente de todas estas necessidades, investimento em meios técnicos, operacionais, infraestruturas e, principalmente, nos recursos humanos”, disse Margarida Blasco na cerimónia comemorativa do 157º aniversário do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da Polícia de Segurança Pública.

No discurso, a governante avançou que tem de ser dedicada “uma especial atenção ao processo de recrutamento” na PSP e adequar as ações de formação inicial e permanente dos polícias.

“Um reforço do treino quer jurídico, quer operacional, o respeito pelos direitos humanos e a eliminação dos sentimentos de racismo e de xenofobia, as motivações profissionais para todos aqueles que trabalham ou querem vir a trabalhar e servir na PSP. Em todas estas matérias, o Governo, juntamente com a Direção nacional da PSP e com todos os elementos da PSP, encontram-se a trabalhar”, precisou.

A ministra deu conta que o ministério conseguiu fixar no orçamento do próximo ano “um conjunto de medidas necessárias para a requalificação das instalações policiais”.

Não podemos compactuar com a degradação visível de todos aqueles que trabalham diariamente nestas instalações”, disse, acrescentando que o Governo vai fazer com as autarquias obras de requalificação das instalações policiais.

Margarida Blasco reconheceu também o problema nas viaturas policiais, sustentando que “o parque automóvel da PSP é muito antigo e tem uma quilometragem acima da média”.

“Vamos com certeza trabalhar nisso e ainda ontem [terça-feira] foi aprovado uma situação de podermos transitar saldos no sentido de manter e conseguir uma frota cada vez mais moderna. Nós sabemos que a quilometragem, a ação policial, as ações de proximidade, as ações de visibilidade têm que ter instrumentos”, salientou.

Estas promessas da ministra foram feitas depois do comandante do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP, Luís Elias, ter dado conta, no seu discurso, das necessidades da polícia.

Luís Elias falou das condições nas esquadras, da falta de recursos humanos e das necessidades ao nível dos recursos tecnológicos, meios informáticos, câmaras portáteis do uso individual, armas elétricas, drones e das viaturas para melhorar a qualidade da atuação policial.

“Acolheremos com entusiasmo todos os contributos para a melhoria da formação contínua dos polícias em áreas como os direitos humanos”, disse ainda.

Na cerimónia que assinalou o aniversário do Cometlis e que decorreu no Museu da Polícia foram condecorados vários polícias pelas ações praticadas em serviço na Área Metropolitana de Lisboa no último ano.

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“Era só o que faltava”: ERA aposta no humorista Guilherme Duarte para se aproximar dos mais jovens

Para simplificar um tema considerado complicado - a compra de casa - a marca optou pela criação de uma websérie de seis episódios, apostando no humorista Guilherme Duarte como protagonista.

É com o objetivo de “preencher uma lacuna na comunicação do mercado imobiliário português para um público mais jovem” que a ERA Portugal lança a campanha “Era só o que faltava”, procurando brincar e simplificar algo que pode ser encarado como complicado, apostando para isso numa colaboração com o humorista Guilherme Duarte.

Embora o Governo e os media tenham vindo a dar “muita atenção” a este tema ao longo dos últimos meses, “a comunicação das marcas ainda não o faz e por isso quisemos assumidamente dar início a esta conversa“, explica Mariana Coimbra, diretora de marketing da ERA Portugal.

No entanto, para comunicar com este público temos de adaptar não apenas a mensagem como também o próprio formato. Conteúdo em vez de publicidade, entretenimento em vez de informação. É assim que surge uma campanha assumidamente de branded content, 100% digital“, acrescenta ao +M.

Neste sentido, a marca optou pela criação de uma websérie de seis episódios que tem o humorista Guilherme Duarte como protagonista. Em formato de monólogo humorístico e em sketches mais satíricos, vai ser “esmiuçado” ao longo dos próximos meses “todo o processo de procura e compra de casa, bem como os seus intervenientes, exacerbando os desafios, brincando com as vicissitudes inerentes e aproximando-nos de uma experiência coletiva complexa, cansativa e bastante emocional – que com a ERA poderia ser bem mais simples”, diz a responsável.

“Este é um caminho no qual temos apostado já há algum tempo, sobretudo desde que as palavras ‘incerteza’ e ‘crise’ assolaram o setor pós-pandemia, mas queremos agora adaptar essa comunicação a um formato mais descontraído, cómico, mas que não deixa de ser bastante informativo”, refere ainda Mariana Coimbra.

Mariana Coimbra, diretora de marketing da ERA Portugal.

O objetivo passa assumidamente por conseguir uma aproximação a um público mais jovem, “historicamente mais desligado do setor”, adaptando o conteúdo e os canais às suas tendências de consumo.

“Queremos que a marca ERA possa começar a fazer parte do seu dia-a-dia, com o propósito maior de fazer crescer a notoriedade e reputação da marca junto deste target. Além disto, pretendemos informar o nosso público-alvo, com leveza, sobre o processo de compra e venda de casa, posicionando-nos como especialistas na matéria e, sobretudo, como uma marca capaz de falar diretamente para eles. Por fim, queremos criar um conteúdo diferenciador e adequado para assinalar o lançamento do nosso canal oficial de TikTok“, diz Mariana Coimbra.

Para alcançar estes objetivos, a ERA contou com o trabalho da Pepper, a sua agência digital, em cocriação com a Setlist, equipa criativa e de produção que acompanha Guilherme Duarte. Além disso, houve também um “grande envolvimento da equipa interna da ERA Portugal, tanto do marketing como também de quem está no terreno”, sublinha a responsável.

Sobre a associação a Guilherme Duarte, esta surge tendo em conta que este é “um dos mais conceituados humoristas da nova geração em Portugal, com um público-alvo muito diversificado e abrangente”, mas onde a maior fatia é precisamente a dos 25 aos 34 anos (40,8%), faixa etária que a marca tem interesse em impactar.

“Contudo, mais do que um target em específico, o que nos convenceu no Guilherme foi a sua capacidade de falar tanto para a geração Z como para as gerações anteriores. Na verdade, a maioria dos jovens a comprar casa atualmente pertencem ainda aos ‘millennials’ e não queríamos deixar de falar tanto para estes como para outros públicos-alvo mais habituais nas nossas campanhas”, avança Mariana Coimbra.

“Além disto, o Guilherme consegue abordar temas sérios, de forma bastante credível, com grande leveza e humor, exatamente o que pretendíamos para esta campanha. Por tudo isto, houve um match perfeito entre o perfil do Guilherme, a nossa equipa e os objetivos desta campanha”, afirma, acrescentando que “a cereja no topo do bolo” passou pelo facto de o humorista ter recentemente comprado casa com a ERA.

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PS acusa ministra da Saúde de ter feito audição parlamentar com base em dados errados

  • Lusa
  • 20 Novembro 2024

Esta posição foi assumida pela líder da bancada socialista, Alexandra Leitão, que considera que no caso do relatório da área ministerial da Saúde aconteceu "algo de inaceitável".

O PS acusou esta quarta-feira a ministra da Saúde de ter baseado em dados errados a sua audição no âmbito do Orçamento, apresentando posterior correção do saldo de 600 milhões de euros positivos para 270 milhões negativos.

Esta posição foi assumida pela líder da bancada socialista, Alexandra Leitão, no final da reunião da conferência de líderes parlamentares, onde o PS suscitou a questão da circunstância de vários relatórios do Governo serem enviados apenas na véspera dos debates na especialidade do Orçamento.

No caso do relatório da área ministerial da Saúde, segundo Alexandra Leitão, aconteceu “algo de inaceitável” e o PS “logo na ocasião apontou muitas omissões e incorreções, quer quanto à estimativa de saldo durante o ano 2025, quer quanto a vários dados estatísticos relativos ao movimento assistencial do Serviço Nacional de Saúde” (SNS).

“Seis dias depois foi enviado um aditamento, que na verdade é uma errata. Uma errata que corrigiu vários dos elementos que o PS tinha apontado. Afinal, o SNS não vai ter 600 milhões de saldo positivo, mas antes cerca de 270 milhões de saldo negativo. Por outro lado, afinal, verifica-se uma desaceleração dos movimentos assistenciais do SNS”, assinalou a líder da bancada socialista.

Para Alexandra Leitão, a audição da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, “foi feita com base em dados errados e omitidos, o que objetivamente prejudicou o escrutínio que é exigido e o trabalho que é competência do parlamento fazer”.

É algo que o Ministério da Saúde e a ministra da Saúde nos têm habituado desde o início: Omissões no portal da transparência do SNS, erros nos dados que são veiculados, coisas de que não se lembra, ou sindicatos que diz não conhecer e afinal houve reuniões com eles. Este é mais um momento grave”, sustentou.

Perante os jornalistas, Alexandra Leitão salientou a sua recusa em aceitar que o Governo tenha procedido à entrega de um normal aditamento aos dados do relatório do Ministério da Saúde.,

“Repito, é uma errata. Está disponível para quem o queira consultar”, acrescentou.

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