Ageas tem peritos nos locais para avaliar danos dos incêndios

As seguradoras Ageas Seguros e Ocidental têm linhas dedicadas para participações de sinistros e peritagens prontas a avançar na avaliação de danos assim que os incêndios se forem extinguindo.

O grupo que integra a Ageas Seguros e a Ocidental tinha, ao final desta terça-feira, um volume reduzido de participações, “uma vez que, infelizmente, os incêndios ainda estão ativos”, disse fonte da companhia ao ECOseguros.

A seguradora criou uma linha dedicada que permite aos Clientes a abertura do processo de forma simplificada e marcação de peritagem. Em caso de sinistro os clientes da Ageas são convidados a ligar para 21 794 30 39 e os da Ocidental para 21 004 24 90.

Também declarou estar, em conjunto com a sua rede de Agentes e Mediadores, “a dar todo o apoio necessário aos nossos Clientes, nomeadamente através dos números telefónicos para os quais devem contactar.

Para responder na prática, o grupo afirma ter disponível uma equipa de gestão de sinistros dedicada ao acompanhamento deste evento e peritos no terreno, sobretudo nas regiões mais afetadas, prontos para realizarem a avaliação de possíveis danos.

Quanto a indemnizações o grupo comentou acreditar que se venha a intensificar o número de sinistros registados à medida que os incêndios vão sendo extintos, pelo que foram definidas regras de agilização de todo o processo para dar seguimento aos pedidos dos Clientes.

Neste momento, o grupo não adianta estimativas de impacto financeiro que estes incêndios podem significar afetados. “Estando os incêndios ainda ativos, não conseguimos garantir uma estimativa de custos”, conclui fonte do Grupo Ageas Portugal.

Há pouco tempo atrás, o Grupo Ageas Portugal informou que, desde 2016, registou várias ocorrências relacionadas com incêndios florestais, que ascenderam no total a mais de 5,5 milhões de euros em indemnizações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

População jovem está em declínio e representa um quinto da população

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

O declínio é "mais observável nos grupos etários dos jovens adultos, entre os 25 e os 29 anos e entre os 30 e os 34 anos", segundo um estudo do INE.

A população jovem em Portugal está em declínio, segundo um estudo feito a partir do Censos 2021, que mostra que os jovens passaram de um quarto da população em 2011 para serem cerca de um quinto em 2021. O estudo, “Jovens em Portugal: Um retrato a partir dos Censos”, foi apresentado esta terça-feira no Instituto Nacional de Estatística (INE), em Lisboa, juntamente com outros seis sobre famílias em Portugal.

Uma das investigadoras responsáveis, do Centro de Investigação em Qualidade de Vida, do Instituto Politécnico de Santarém, apontou que “é já do conhecimento comum” que o declínio demográfico das últimas décadas, juntamente com as crises financeiras (2008) e de saúde pública (2020, pandemia covid-19), contribuíram para “o declínio da população jovem”.

“A população jovem, entre os 15 e os 34 anos, passa de um quarto da população em 2011 para cerca de um quinto em 2021, sendo que esse declínio não é homogéneo e é tanto mais observável nos grupos etários dos jovens adultos, entre os 25 e os 29 anos e entre os 30 e os 34 anos”, disse Tatiana Ferreira.

Em contraciclo está, no entanto, o aumento do número de jovens estrangeiros que, no global da população jovem, aumentou 23,4% entre 2011 e 2021, enquanto a população jovem portuguesa diminuiu 17,5%. A faixa etária em que isso foi mais significativo é entre 25 e 29 anos, com um aumento de 36% de jovens estrangeiros, enquanto o número de jovens portugueses baixou 21,2%.

A quebra mais acentuada de jovens portugueses regista-se na faixa etária dos 30 aos 34 anos, com uma diminuição de 31,3%, enquanto entre os jovens estrangeiros regista-se um aumento de 27,6%. Em relação aos países de origem, os dados do INE mostram que, em dez anos, há um aumento de 243,4% de jovens oriundos de países asiáticos, apesar de os brasileiros continuarem a ser a nacionalidade dominante, com 40,9%, em 2021.

A investigadora adiantou que os dados do Censos dão conta de que aumentou de 83,9% (2011) para 90,4% (2021) a percentagem de jovens entre os 15 e os 19 que estão a estudar, e que as raparigas são predominantes. Por outro lado, diminuiu de 66,3% (2011) para 58,1% (2021) a percentagem de jovens ativos, sendo que entre o grupo de jovens ativos em 2021, 51,3% estavam empregados, enquanto 6,8% estavam desempregados.

Segundo Tatiana Ferreira, ao analisar os meios de vida dos jovens, há uma diminuição, de 54,9% para 50,5%, aqueles que vivem dos rendimentos do trabalho, enquanto aumentou, de 34,7% para 38,4%, os que vivem a cargo da família. No que diz respeito à distribuição da população jovem, a investigadora disse que quase metade vive em zonas urbanas, sobretudo nas áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto, aparecendo o Alentejo como a região do país com menos jovens.

“Os jovens são um bem cada vez mais raro”, considerou.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Montenegro declara situação de calamidade nos municípios afetados pelos fogos

  • ECO
  • 17 Setembro 2024

O Governo decreta situação de calamidade em "todos" os munícipios atingidos pelos incêndios nos últimos dois dias. "As horas difíceis ainda não acabaram", alerta Luís Montenegro.

O Governo decidiu, esta terça-feira, declarar a situação de calamidade nos municípios afetados pelos incêndios. Após reunião extraordinária do Conselho de Ministros, com a presença de Marcelo Rebelo de Sousa, o primeiro-ministro avisou que se antecipam ainda “momentos difíceis”. A seu lado, antes, o Presidente da República já tinha também alertado que não se podia ter “a tentação da facilidade” para os próximos dias no terreno.

A elevação para situação de calamidade permitirá à equipa multidisciplinar, que está no terreno, a oferecer “apoio mais imediato e urgente” a quem ficou sem casa e meios de subsistência. Luís Montenegro anunciou a aplicação de “regimes excecionais para que todos os profissionais da Administração Pública possam estar disponíveis nos próximos dias, a começar pelos bombeiros”.

O primeiro-ministro garantiu estarem a ser dedicados esforços para “analisar todos os prejuízos que estão a ser provocados” para responder às pessoas e empresas afetadas. Assim, o Governo promete trabalhar com as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) e com o Instituo Nacional de Estatística (INE) no “elenco de todos os prejuízos” para que “a resposta seja o mais rápida possível”.

“Não deixaremos de acionar o fundo de solidariedade europeu se os requisitos se verificarem”, assinalou ainda Luís Montenegro. Para recorrer ao Fundo de Solidariedade da UE é necessário que os danos ascendam a 1,5% do PIB da região. Nos incêndios de Pedrógão, em 2017, Portugal recebeu uma ajuda financeira de 50,6 milhões de euros para reconstruir os territórios afetados pelos incêndios de junho e outubro desse ano, que fizeram 116 mortos.

Foi a quarta vez que o país recorreu à solidariedade comunitária: já o tinha feito em 2003, recebeu na altura 48,5 milhões, em 2010 para mitigar os impactos das cheias e desabamento de terras na Madeira (31,3 milhões) e em 2011 após os fogos na Madeira (3,9 milhões).

De seguida, Montenegro anuncia a criação de uma “equipa especializada a investigação criminal à volta dos incêndios criminais”, em articulação com a Procuradoria-Geral da República e as forças de investigação. “Não vamos largar” aqueles que em nome de “interesses particulares põem em causa os direitos, liberdades, garantias e a própria vida” dos portugueses e “são capazes de empobrecer o nosso país”, disse o chefe de Governo, para quem “há coincidências a mais” nos incêndios que estão a lavrar a região norte e centro desde domingo.

“O Estado vai atrás dos responsáveis por estas atrocidades”, rematou. Até ao momento, já arderam mais de 62 mil hectares no país, dos quais mais de 43 mil nas regiões norte e centro, de acordo com sistema europeu Copernicus. Sete pessoas morreram nos incêndios, cerca de 40 ficaram feridas e dezenas de casas foram destruídas.

Perante estes números, no início da conferência de imprensa, sem direito a questões dos jornalistas, Marcelo fez questão de sublinhar a “solidariedade estratégica” com o Governo. “Estão juntos os portugueses, estão juntos os operacionais, estão juntos autarcas, estamos juntos órgãos de soberania na mesma causa, e essa causa é uma causa nacional. E é isso que, para além da concordância com o conteúdo, significa uma solidariedade estratégica e não apenas institucional”, disse. Pela segunda noite consecutiva, Marcelo e Montenegro apareceram juntos em declarações à imprensa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot sobe para 41 milhões de euros

  • ECO
  • 17 Setembro 2024

O jackpot desta terça-feira ronda os 41 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 41 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot voltou a subir depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 17 de setembro:

Números: 20, 30, 32, 41 e 44

Estrelas: 1 e 10

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Portugal arde em três dias o triplo do resto de 2024

Sistema europeu Copernicus revela uma área ardida entre domingo e terça-feira acima dos 60 mil hectares. Liga dos Bombeiros critica falta de resposta nacional coordenada.

A área ardida em Portugal entre domingo e terça-feira, período de estado de alerta no país, já é mais do triplo da extensão de território atingida por incêndios no restante período de 2024. Numa altura de estado de alerta e em que estão mais de 5 mil bombeiros envolvidos no combate ao fogo, registando-se já quatro bombeiros e três civis mortos desde domingo, o presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses lamenta que o Governo não tenha convocado, atempadamente, os municípios para uma reunião conjunta.

“Não vale a pena decretar alerta vermelho se não se convocam as câmaras” para prepararem as suas estruturas internas de proteção civil, afirma António Nunes ao ECO – Local Online. “Quando foi decretado o estado de alerta, parece que lavaram as mãos. O processo deveria ser de motivação e liderança, com sugestões aos municípios sobre o que fazer”.

Quando foi decretado o estado de alerta, parece que lavaram as mãos. O processo deveria ser de motivação e liderança, com sugestões aos municípios sobre o que fazer.

António Nunes

Presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses

Apontando que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) tem 18 comissões distritais de proteção civil e que estas têm depois órgãos que atuam mais a nível municipal, António Nunes recomenda à ANEPC “preocupar-se menos em comandar bombeiros e mais em gerir operações de socorro”.

Os dados da área ardida nestes três dias, agora conhecidos, provenientes do sistema europeu Copernicus e revelados pela Lusa, apontam para uma vasta área de 62.646 hectares atingidos pelas chamas no período de alerta, ao passo que de 1 de janeiro até 14 de setembro tinham ardido 20.830 hectares.

Ao todo, 83,5 mil hectares foram consumidos pelo fogo este ano. Cerca de um quarto desta área pertence ao território da região de Aveiro entre Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha e Águeda, e foi percorrida em apenas dois dias, nestas segunda e terça-feira.

Para o líder dos bombeiros, o Governo falhou ao não convocar a comissão nacional de proteção civil, o que teria servido para motivar as câmaras para um trabalho coordenado. “Os municípios são independentes, têm capacidade própria, mas em determinados momentos, no princípio da subsidiariedade, pedem ajuda ao nível superior”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Professores apelam aos partidos para que travem proposta sobre reinscrição na CGA

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

“A ser aprovada, esta proposta de lei vai impedir que todos esses associados tenham direito à justa reintegração na CGA”, lamenta o SIPE.

O Sindicato Independente de Professores e Educadores (SIPE) escreveu esta terça-feira aos partidos com assento parlamentar a apelar para que travem a proposta do Governo sobre a reinscrição na Caixa Geral de Aposentações (CGA). “Escrevemos a apelar para que cumpram a lei e a jurisprudência atuais e que não deixem passar a injustiça deste diploma”, disse a presidente do SIPE em declarações à agência Lusa.

Júlia Azevedo referia-se à proposta de lei enviada à Assembleia da República depois de o Presidente da República ter devolvido ao Governo sem promulgação o diploma relativo a mecanismos de convergência do regime de proteção social da Função Pública com o Regime Geral de Segurança Social.

O diploma vem dar seguimento à interpretação do Supremo Tribunal Administrativo (STA) que reconhece o direito de reingresso destas pessoas na CGA, segundo explicou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, no Conselho de Ministros em que foi aprovado, em julho. A proposta tem sido, no entanto, criticada pelos sindicatos que representam os professores, que acusam o Governo de tentar travar decisões judiciais.

“Até agora, não perdemos um único processo”, sublinhou Júlia Azevedo, referindo que o SIPE interpôs uma ação coletiva que abrange todos os sócios do sindicato, além dos mais de 600 processos individuais de associados atualmente em tribunal. “A ser aprovada, esta proposta de lei vai impedir que todos esses associados tenham direito à justa reintegração na CGA”, lamentou.

As inscrições na CGA estão encerradas desde 2006, tendo os funcionários públicos admitidos daí em diante sido inscritos na Segurança Social. O diploma agora aprovado vem garantir o direito destes trabalhadores a regressarem à CGA, clarificando que esse direito se limita apenas para aqueles que “tiveram uma continuidade material nos seus vínculos diferentes”.

De acordo com a proposta de lei, o diploma “abrange os subscritores que cessam o seu vínculo de emprego público após 01 de janeiro de 2006 e que, posteriormente, voltem a estabelecer novo vínculo de emprego público, em condições que, antes da entrada em vigor da Lei n.º 60/2005, de 29 de dezembro, na sua redação atual, conferiam direito de inscrição na Caixa Geral de Aposentações”.

Em causa estão, assim, aquelas pessoas, como os professores, por exemplo, que após 2006, “trocaram da entidade A para a entidade B […], mas com continuidade material na função pública”, com a lei a garantir-lhes o direito de regressarem à CGA. De fora ficam, no entanto, os professores contratados que estiveram temporariamente sem vínculo contratual, em alguns casos por alguns dias entre o final de um ano escolar e o início do ano letivo seguinte.

Além dos partidos com assento parlamentar, o SIPE escreveu também ao Presidente da República e ao ministro da Educação, Ciência e Inovação “para que não seja aprovada semelhante injustiça”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Países Baixos vão aplicar política de asilo “mais rápida e rigorosa”

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

A coligação de direita e de extrema-direita no poder fará "tudo o que estiver ao seu alcance para reduzir o número de pedidos de asilo", disse o rei, no tradicional discurso do ‘Dia do Príncipe’.

Os Países Baixos vão aplicar uma política de asilo “mais rápida” e “mais rigorosa”, declarou esta terça-feira o Rei Willem-Alexander, no seu tradicional discurso do ‘Dia do Príncipe’, que dá o mote para a política governamental do próximo ano.

Ao delinear as prioridades do Governo para a nova sessão do Parlamento, Willem-Alexander afirmou que a coligação de direita e de extrema-direita no poder fará “tudo o que estiver ao seu alcance para reduzir o número de pedidos de asilo”, que, disse, “exerce pressão sobre o modo de vida em comum”.

“As palavras-chave [da nossa política] são: mais rápido, mais rigoroso e mais restritivo”, disse o Rei, ao ler um discurso redigido pelo primeiro-ministro, Dick Schoof. Este discurso é um acontecimento importante no calendário político neerlandês, com um cortejo da família real em grande pompa pelas ruas da capital, Haia. A família real desfilou em carruagens douradas com a insígnia real, ladeada por escudeiros em trajes tradicionais.

O discurso foi proferido poucos dias depois de a coligação governamental ter revelado as medidas de imigração mais duras alguma vez adotadas no país, em resposta ao que Schoof descreveu como uma “crise de asilo”. “À medida que nos aproximamos da introdução do Pacto Europeu sobre Migração e Asilo em 2026, os Países Baixos vão aplicar um regime de admissão muito mais rigoroso”, disse Willem-Alexander.

“Aqueles que não cooperarem com uma ordem de regresso ao seu país de origem serão punidos e as medidas para obter um passaporte neerlandês serão mais rigorosas”, acrescentou. A coligação, que inclui o Partido da Liberdade (PVV, extrema-direita), de Geert Wilders, o partido dos agricultores BBB, o partido liberal de direita VVD e o partido anti-corrupção NSC, já está a sofrer alterações.

A formação do governo e a elaboração de um programa de governo já foi uma tarefa longa e complicada, e as divergências persistem. O líder parlamentar interino do NSC, Nicolien van Vroonhoven, disse na segunda-feira que o seu partido só votaria a favor de medidas drásticas em matéria de imigração se o órgão consultivo do Conselho de Estado desse luz verde.

Esta declaração provocou a ira de Wilders, que declarou na rede social X: “Os Países Baixos estão a atravessar uma enorme crise de asilo e esta não será resolvida com a pressa e a ameaça… de votar não”. Wilders foi o vencedor surpresa das eleições de novembro, mas desistiu das suas ambições de primeiro-ministro depois de pelo menos um partido da coligação ter ameaçado abandonar as conversações.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Trabalhadores da Carris de Lisboa iniciam greve às 22 horas

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

Os trabalhadores da empresa pedem um aumento da tabela salarial de 100 euros e 15 de subsídio de refeição.

Os trabalhadores da Carris iniciam esta terça-feira às 22:00 uma greve de 24 horas para reivindicar melhorias salariais, disse à agência Lusa fonte sindical, que lamentou que a administração da empresa não tenha respondido às suas reivindicações. A ação de protesto é convocada pela Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans) e pelo Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP).

Em causa está um pedido de aumento da tabela salarial de 100 euros e 15 de subsídio de refeição, segundo explicou à Lusa Manuel Leal, da FECTRANS. “Infelizmente, a administração da Carris não respondeu às nossas reivindicações e iremos avançar com esta greve de 24 horas”, referiu o sindicalista. A paralisação vai ter início às 22:00 e termina à mesma hora de quarta-feira.

“Esperamos uma fortíssima adesão”, perspetivou Manuel Leal, adiantando que os trabalhadores irão realizar um plenário às 11:00 de quarta-feira para discutir “futuras formas de luta”.

Esta greve não é acompanhada por outras estruturas sindicais da Carris, nomeadamente pelo Sindicato Nacional de Motoristas e outros Trabalhadores (SNMOT), o Sitra – Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes e o Sitese – Sindicato dos Trabalhadores do Setor de Serviços.

Estes sindicatos assinaram um acordo com a administração da Carris, no qual aceitam uma proposta de aumento de 60 euros na tabela salarial, acrescido de cerca de 13 euros por mês do subsídio de refeição.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Passa recibos verdes? AT muda site e cria três novas funcionalidades

Serviços sujeitos a diferentes taxas de IVA na mesma fatura, uma base de dados de clientes e fichas de produtos. Emissão de faturas mudou para ser mais simples mas pode "haver dificuldades no início".

Se é trabalhador independente, não estranhe se o portal de faturação da Autoridade Tributária lhe parecer diferente daquilo a que está habituado. A emissão de faturas foi reformulada, de modo a estarem disponíveis novas funcionalidades a partir desta semana. Por exemplo, passa a ser possível faturar no mesmo documento serviços sujeitos a diferentes taxas de IVA.

O objetivo foi ter um sistema um bocadinho mais desenvolvido, mas também mais simples. Por exemplo, no alojamento local, as faturas do alojamento em si estão sujeitas a IVA, mas a taxa turística não. O recibo verde não permitia colocar na mesma fatura essas duas componentes. Agora é possível“, explica Jorge Carrapiço, consultor da Ordem dos Contabilistas Certificados, em declarações ao ECO.

Além dessa funcionalidade, passa também a estar disponível uma ferramenta que permite ao trabalhador independente criar uma ficha de cliente. “Se emite faturas regularmente para o mesmo cliente, e para facilitar o processo de emissão, pode criar a ficha de cliente“, lê-se numa apresentação da Autoridade Tributária, a que o ECO teve acesso.

Nesse caso, depois de clicar em faturas e recibos na página inicial do portal do Fisco, terá de selecionar a opção “clientes”. Aí terá de indicar o NIF do cliente, o seu nome e a morada.

No mesmo sentido, passa a ser possível criar fichas de produtos e serviços, caso emita regularmente faturas com os mesmos produtos ou serviços. Nesse caso, em vez de selecionar a opção “clientes”, tem de escolher “produtos, serviços e outros”. De seguida, há que indicar a referência do produto ou serviço, bem como a sua descrição.

Jorge Carrapiço dá exemplos práticos de como estas funcionalidades podem simplificar a vida aos contribuintes. Quem trabalha num consultório dentário, pode ter fichas de clientes no portal da Autoridade Tributária, facilitando a emissão de faturas. E um advogado, que receba todos os meses uma avença, pode criar uma ficha, que lhe permite emitir a fatura e recibos em poucos cliques.

“O objetivo foi simplificar. É natural que existam algumas dificuldades no início, mas não me parece que seja tão complexo quanto isto. Primeiro estranha-se, depois entranha-se. É bastante intuitivo”, sublinha o consultor da Ordem dos Contabilistas Certificados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Mais de metade das vagas do novo concurso de professores são em escolas da Grande Lisboa

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

O concurso, que será lançado esta quarta-feira, conta com 2.309 vagas distribuídas pelos 23 quadros de zona pedagógica com maior carência de professores.

O novo concurso extraordinário de vinculação de professores vai contar com 2.309 vagas, mais de metade para um único quadro de zona pedagógica, que abrange as escolas da Grande Lisboa.

De acordo com uma portaria publicada esta terça-feira em Diário da República, o concurso, que será lançado na quarta-feira, conta com 2.309 vagas distribuídas pelos 23 quadros de zona pedagógica (QZP) com maior carência de professores, nas regiões de Lisboa e Vale do Tejo, Alentejo e Algarve.

Mais de metade das vagas é para o QZP que abrange os concelhos de Vila Franca de Xira, Loures, Sintra, Cascais, Oeiras, Amadora, Odivelas e Lisboa, com 1.298 lugares de quadro disponíveis, que representam cerca de 56% do total. A sul do Tejo, os restantes concelhos da Área Metropolitana de Lisboa vão contar com 360 vagas, para uma área que vai desde Almada a Setúbal, seguindo-se o QZP que abrange os concelhos de Monchique, Portimão, Lagoa e Silves com 67 vagas.

Entre as zonas mais carenciadas, destacam-se também os concelhos de Albufeira e Loulé, com 52 vagas, Rio Maior, Santarém, Azambuja, Cartaxo e Alenquer, com 51 vagas, e Grândola, Santiago do Cacém e Sines, com 47 vagas. Por grupo de recrutamento, há 11 disciplinas com mais de uma centena de vagas, quase todas para professores que dão aulas ao 3.º ciclo e ensino secundário.

Depois do grupo de recrutamento de Educação Especial, que conta com 222 lugares de quadro, seguem-se as disciplinas de Informática (193 vagas), Matemática (186 vagas) e Português (166 vagas). Inglês, Geografia, Física e Química, Biologia e Geologia, e História estão também entre as disciplinas com maior falta de professores.

O novo concurso, que o Governo antecipa que possa ficar concluído até novembro, procura resolver as falhas identificadas no concurso de vinculação extraordinário realizado pelo anterior executivo, que deixou 3.000 horários sem professor atribuído, 19.000 professores sem colocação e 1.600 professores sem horário.

Poderão candidatar-se apenas os professores contratados, deixando de fora aqueles que já entraram para os quadros do Ministério da Educação, mas, ao contrário dos anteriores, o novo concurso é alargado aos docentes com habilitação própria, ou seja, sem a habilitação profissional necessária para integrarem a carreira docente e que implica um mestrado em Ensino.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

CA Seguros dá prioridade a resposta a fogos florestais

Com forte implantação em zonas rurais, dado pertencer ao Crédito Agrícola, a seguradora considera prioritária a resposta aos danos causados por incêndios florestais.

Apesar da sua presença massiva em áreas agrícolas, a CA Seguros, pertencente ao Grupo Crédito Agrícola, não tinha registo de sinistros até ao fim da tarde desta terça-feira envolvendo clientes localizados nas zonas afetadas pelos incêndios florestais.

“Estamos a acompanhar de perto a evolução dos incêndios florestais, com um contacto contínuo e próximo com as nossas agências do Crédito Agrícola nas regiões afetadas”, respondeu fonte da CA Seguros, quando inquirida por ECOseguros, acrescentando que “todas as situações são monitorizadas em tempo real, permitindo uma resposta proativa”. Fonte da seguradora refere ainda que as equipas de peritos “estão preparadas para intervir de forma imediata e eficaz, assegurando que os nossos clientes recebem o apoio necessário com a máxima brevidade”

A companhia afirma que “os sinistros relacionados com eventos como incêndios florestais são tratados com caráter prioritário. Assim que são identificados, explica fonte da CA Seguros, as equipas de peritos são mobilizadas de forma rápida para as áreas afetadas, com o objetivo de realizar uma avaliação precisa e célere dos danos.

“Desta forma, garantimos uma resposta ágil e adequada às necessidades dos nossos clientes, minimizando o impacto e o tempo de espera”, diz.

Quanto a indemnizações, a CA Seguros garante que no caso de sinistros cobertos pelas apólices em vigor, “asseguramos que as indemnizações serão processadas com a máxima rapidez”. Assim que a documentação necessária for verificada e a avaliação dos danos estiver concluída, procederemos ao pagamento das indemnizações, reafirmando o nosso compromisso com a celeridade e eficiência na resolução de sinistros.

A CA seguros afirma continuar “a acompanhar atentamente a evolução da situação e estamos preparados para atuar prontamente assim que necessário”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Lucro da Unicâmbio cai 40% em 2023

  • Lusa
  • 17 Setembro 2024

Já em meados de 2025 será possível aos clientes comprar e vender criptoativos, tendo a empresa licença do Banco de Portugal.

A Unicâmbio teve lucros de 2,2 milhões de euros em 2023, 40% abaixo dos 3,7 milhões de euros de 2022, disse esta terça-feira a empresa portuguesa, que lançou a carteira digital ‘Unimoney’ e quer apostar na digitalização do negócio.

Num encontro com jornalistas, os administradores do grupo indicaram que, em 2023, os lucros foram de 2,2 milhões de euros. Sobre a descida dos lucros face a 2022 (3,7 milhões de euros), explicaram que se deveu a esse ter sido um “ano excecional”, sobretudo relacionado com o pós-pandemia.

A Unicâmbio apresentou a carteira digital ‘Unimoney’, uma app através da qual o cliente, após carregar com dinheiro, pode fazer câmbio de moeda, agendar levantamento de moeda estrangeira num balcão Unicâmbio, enviar dinheiro para contactos ou contas da área de pagamentos europeia SEPA, fazer transferências dentro da rede Western Union ou carregar telemóvel. Nos próximos meses também será possível fazer pagamentos de serviços e ao Estado.

Já em meados de 2025 será possível aos clientes comprar e vender criptoativos, tendo a empresa licença do Banco de Portugal. Segundo a administradora Adriana Jerónimo, a ‘Unimoney’ representou um investimento de dois milhões de euros e tem para já dois mil clientes, mas ainda está em fase de lançamento, pelo que o objetivo é que cerca de metade dos 1,5 milhões de clientes atuais da Unicâmbio usem a ‘Unimoney’ a médio prazo.

O objetivo é que, em cinco anos, “30% a 40% das receitas [do grupo] venham do digital”. A empresa liderada por Paulo Jerónimo, Carlos Lilaia, e Adriana Jerónimo tem como principal negócio os câmbios mas também atua no comércio de ouro usado e concede crédito pessoal (em parceria com BBVA). A Unicâmbio tem 82 lojas em Portugal, 36 na Alemanha, duas em Marrocos (ambas no aeroporto de Casablanca) e uma em Angola. Tem 344 trabalhadores em Portugal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.