JinkoSolar associa-se ao Manchester City Football Club num campo com painéis solares

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  • 12 Novembro 2024

A Jinko Solar vai alimentar o campo de treinos do Manchester City com painéis fotovoltaicos Tiger Neo, com o objetivo de abrir caminho para um futuro de zero emissões no futebol.

A JinkoSolar, um dos principais fornecedores mundiais de sistemas fotovoltaicos e de armazenamento de energia, anunciou uma parceria global de vários anos com o Manchester City Football Club, na qual irá fornecer mais de 10500 painéis fotovoltaicos avançados Tiger Neo para alimentar o campo de treinos do Manchester City – a City Football Academy.

Esta colaboração contribuirá para melhorar as infraestruturas e as operações do estádio do Manchester City, permitindo ao clube produzir energia renovável suficiente para compensar as suas necessidades anuais de eletricidade.

Ao ser submetido a uma atualização abrangente, com o apoio técnico da JinkoSolar, o projeto fará com que o clube se torne um dos maiores produtores de energia renovável no futebol mundial. Esta parceria representa não só uma inovação no mundo do futebol, mas também um passo fundamental para um Net-Zero para o clube.

“Estamos entusiasmados por colaborar com o Manchester City Football Club e contribuir para o seu percurso sustentável. Este projeto apoiará o objetivo Net Zero do Man City para 2030 e representa um passo importante na missão da JinkoSolar de otimizar o portfólio de energia e impulsionar a transformação energética a nível global. Ao instalar os módulos fotovoltaicos Tiger Neo no campo de treinos do Manchester City, esperamos mostrar o imenso potencial das energias renováveis no desporto e inspirar mais pessoas a adotar um estilo de vida sustentável”, referiu Dany Qian, Vice-Presidente da JinkoSolar.

A confiança na JinkoSolar surgiu devido às suas capacidades de I&D e ao seu vasto alcance no mercado. Inclusivamente, no último relatório trimestral 2024 Q2 ModuleTech Bankability Ratings Report da PV Tech, a JinkoSolar voltou a liderar a lista, obtendo a classificação máxima “AAA”. Esta distinção reflete a competitividade da JinkoSolar no mercado global e mostra as contribuições ativas da empresa para a promoção da transição energética global.

Até à data, os envios globais de painéis Tiger Neo ultrapassaram os 120 GW, com envios acumulados de painéis de mais de 280 GW. No caso dos painéis Tiger Neo de 54 células, utilizados no campo de treinos do Manchester City, estes contam com a tecnologia TOPCon de tipo N, oferecendo múltiplas vantagens e adaptando-se perfeitamente às condições ambientais variáveis de Manchester.

Tendo em conta que Manchester fica localizada numa região de elevada latitude, regista alterações sazonais significativas, com horas de luz do dia mais curtas no inverno. Mas, mesmo em condições de baixa radiação solar, a Tiger Neo maximiza a eficiência da produção de energia devido ao seu bom desempenho em condições de pouca luz. Além disso, o clima nublado, chuvoso e ventoso da cidade apresenta requisitos mais elevados para a dissipação de calor e estabilidade dos módulos fotovoltaicos. Contudo, as características de vedação e anti-PID da Tiger Neo garantirão energia limpa e estável para o campo de treinos do Manchester City.

“Todos no clube estão entusiasmados com a instalação de mais de 10500 painéis solares na Academia de Futebol do City. Embora continuemos a beneficiar de energia 100% renovável ao abrigo de um contrato de aquisição de energia, a transição para o autoabastecimento de energia renovável transformará a forma como alimentamos as nossas operações quotidianas, garantindo um fornecimento consistente de energia limpa“, disse Pete Bradshaw, Diretor de Sustentabilidade do Manchester City.

Globalmente, a instalação de painéis solares está a ser dividida em duas fases. A primeira fase envolve a colocação de painéis nos telhados de vários edifícios da City Football Academy e prevê-se que esteja concluída até ao final de 2024. A segunda fase incluirá a adição de milhares de painéis montados no solo em toda a instalação de treino, com conclusão prevista antes da conclusão da época 2024/25.

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Ministra da Saúde assume “total responsabilidade pelo que correu menos bem” e promete “refundar” o INEM

Ministra da Saúde lamenta as mortes provocadas pelos atrasos no socorro, revelando que a 4 de novembro "houve duas greves e, pelo menos, um dos turnos de oito horas não cumpriu os serviços mínimos".

“Assumo total responsabilidade pelo que correu menos bem e comprometo-me a refundar o INEM”, afirmou esta terça-feira a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, no Parlamento, no âmbito da apreciação na especialidade do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025). A governante indicou que “a 4 de novembro, houve em simultâneo duas greves e, pelo menos, um dos turnos de oito horas não cumpriu os serviços mínimos por falta de recursos humanos”.

“Lamento profundamente a situação que muitas famílias viveram, os concidadãos para quem houve um desfecho fatal. Para as suas famílias, vai a nossa expressão de pesar pelas perdas sentida e a promessa solene que tudo faremos e em tudo colaboraremos para determinar se houve uma relação entre estes acontecimentos fatais e a falta ou atraso de meios de socorro e de emergência”, declarou, durante uma audição na Comissão de Orçamento e Administração Pública (COFAP) da Assembleia da República.

Ana Paula Martins espera que “os inquéritos em curso possam clarificar estas dúvidas”. Para além disso, “foi aberta uma inspeção pela Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS), porque é muito importante que haja uma avaliação aprofundada, tendo em conta a gravidade da situação, sobre se os serviços mínimos foram ou não cumpridos, foram ou não convocados em tempo útil e se todos os procedimentos aconteceram”, sinalizou. Para a governante, “esta dúvida não pode subsistir, porque poderia indiciar negligência dos trabalhadores ou do INEM”. Da informação de que dispõe, e, tendo em conta “a muito falta de profissionais no CODU, é difícil garantir os serviços mínimos, que são 80%, sobretudo quando duas greves se juntam, mesmo mobilizando todos os técnicos para o CODU”, reconhece.

Uma vez quem um turno corresponde a oito horas, “basta um não cumprir os serviços mínimos para criar muitíssimas dificuldades e ter impactos muito sérios”, sublinhou. A mesma responsável referiu ainda que, “durante os turnos”, é possível “monitorizar as chamadas do ponto de vista digital”. Assim, “toda esta investigação vai ser feita para saber se houve um padrão assimétrico nesses dias”, destacou.

Responsabilizando o anterior Executivo, de António Costa, pela degradação do INEM, a ministra diz que o instituto “esteve praticamente abandonado” nos últimos anos, a ministra indicou que “o número de chamadas diárias tem aumentado, sendo hoje quatro mil por dia e o número de técnicos do INEM no CODU [Centros de Orientação de Doentes Urgentes] tem diminuído. Temos hoje menos 483 técnicos face ao previsto, que deviam ser 1.341″, assinalou. Para colmatar a falta de recursos humanos, a ministra afirmou que vão ser contratados 200 técnicos e será aberto “um segundo concurso, no início do ano,” para recrutar mais 200 funcionários. A governante explicou ainda que “não é possível integrar” no imediato os 400 técnicos, porque não é possível formar todos os profissionais ao mesmo tempo, uma vez que essa competência é exclusiva do próprio do INEM.

Para além disso, “os tempos de atendimento das chamadas tem aumentado”, sinalizou. Em 2022, eram 12 segundos, em 2023 passou para 36 segundos e, em 2024, aumentou para 68 segundos.

Reconhecendo que são “necessários investimentos fundamentais”, a governante sublinhou que, “no dia 7 de novembro, foi assinado o primeiro acordo de sempre de negociação com o Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-hospitalar”. “No próximo dia 22, está marcada uma reunião para dar início às negociações, começando pela grelha salarial para que se devolva a paz ao INEM e as condições de vida a todos os trabalhadores que fazem este instituto funcionar”, acrescentou.

Ana Paula Martins prefere “continuar a trabalhar para resolver o que está mal”. E rejeita demitir-se do seu cargo: “Não fujo, não minto, não me escondo. Continuarei o trajeto que estamos a fazer, de resultado em resultados. Saberei sempre interpretar a minha capacidade de liderar este processo”. No entanto, a governante sublinhou que saberá “interpretar os resultados” dos inquéritos que foram instaurados às mortes provocadas pelos atrasos no socorro durante a greve às horas extraordinárias do INEM.

Não dependo deste lugar para sobreviver e para viver. Se houver responsabilidades que a ministra da Saúde entenda que podia ter evitado, pode ter a certeza que saberei interpretar esses resultados.

Ana Paula Martins

Ministra da Saúde

“Desejo profundamente que estes inquéritos apurem o mais depressa possível as responsabilidades que ocorreram por falta de meios socorro ou que chegaram tarde ou que foram inadequados para que fique claro o sacar de responsabilidades. Não dependo deste lugar para sobreviver e para viver. Se houver responsabilidades que a ministra da Saúde entenda que podia ter evitado, pode ter a certeza que saberei interpretar esses resultados“, afirmou em resposta ao deputado do CDS, João Almeida.

Questionada pelo deputado socialista, João Paulo Correio, por que razão não tentou evitar a paralisação às horas extraordinárias, a ministra da Saúde indicou que, “desde junho”, a tutela estava a trabalhar para “iniciar uma negociação sindical”. “Não reunimos antes com os técnicos por uma razão: precisávamos de uma tabela salarial absolutamente sólida para propormos ao sindicato”, esclareceu. E voltou mostrar-se surpreendida com “as duas greves em simultâneo no mesmo dia”. Além da paralisação dos técnicos superiores de emergência pré-hospitalar às horas extraordinárias, “houve também uma greve da Administração Pública a 4 de novembro e não era suposto ter impacto no INEM”, anotou.

Ana Paula Martins explicou ainda que o INEM “tem receitas próprias, não vive de verbas do Orçamento do Estado e esse orçamento que foi dedicado ao INEM vive dos seguros rodoviários e do seguros de vida têm que ser investidos no INEM”. “Desde o momento que entramos, estamos a procurar fazer duas coisas: a transição de saldos de 2023 que pertencem ao INEM e que não foram transitados e a possibilidade de custear tudo o que estamos a fazer este ano”, afirmou.

A governante referiu ainda que o Governo espera poder “usar os certificados de dívida pública que foram comprados anteriormente com dinheiro do INEM e que foram retirados ao INEM nas suas capacidades de investimento em meios humanos”. “É nossa prioridade que o orçamento do INEM esteja disponível, porque nunca o esteve”, acrescentou.

Deputados acusam ministra de “esconder” a conta do SNS

As deputadas do PS, Mariana Vieira da Silva, e do PCP, Paula Santos, criticaram ainda o envio tardio da nota explicativa do Orçamento do Estado para Saúde, pelas 19h desta segunda-feira, e a ausência da conta consolidada do SNS no mesmo documento.

“A equipa governativa que lidera já não tem qualquer credibilidade. Pela primeira vez, a nota explicativa não tem uma estimativa da conta para o SNS, ninguém sabe quanto vai crescer o investimento, o Parlamento não sabe nada, toda a informação foi escondida. Vamos ter acesso à conta consolidada do SNS? E qual a despesa prevista para a portaria das convenções [com os privados]? Não sabemos quanto custa e é uma inversão na política de internalização”, criticou a antiga ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Na resposta, a ministra da Saúde garantiu que “aquilo que possa faltar será enviado antes do final do dia aos deputados”. “Não há nenhuma intenção de esconder coisa nenhuma”, sublinhou. Ana Paula Martins anotou ainda que “o Orçamento do Estado para a Saúde, em 2025, é o maior de sempre, é de 16,8 mil milhões de euros”. Trata-se de um aumento de 9% face a 2024.

Entretanto, pelas 11h30, o Ministério da Saúde já enviou aos deputados o quadro em falta na nota explicativa sobre o orçamento do SNS.

A deputada do BE, Marisa Matias, questionou a governante se, na Saúde, também será aplicada a regra de um para um, no que diz respeito à contratação de funcionários públicos, isto é, se haverá também um congelamento no recrutamento tal como o Governo prevê para o resto da Administração Pública em 2025. Ana Paula Martins respondeu que, as últimas projeções da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), e que “entram em linha de conta com as reformas”, apontam para 3.300 novas contratações podendo ir até sete mil, até 2026″, sendo que poderão ir até “13 mil”. “Só no caso dos médicos, desde que entrámos, já foram contratados 886 médicos especialistas. No caso dos enfermeiros, temos espaço para a contratação de enfermeiros para as ULS [Unidades Locais de Saúde], porque o inverno é muito duro para manter os serviços de urgências e camas abertas”, declarou.

Governo promete rever a carreira dos técnicos de diagnóstico e terapêutica

Tal como o Governo avançou com a revisão da carreira dos técnicos de emergência pré-hospitalar, que irá aumentar salários, também os técnicos superiores de diagnóstica e terapêutica (TSDT) serão incluídos neste “plano de motivação dos profissionais de saúde”, revelou a ministra da Saúde.

“Os TSDT são carreiras com enorme importância, são o cimento dentro da saúde, porque são profissões com enorme diferenciação, em todo o ciclo, desde a prevenção até à reabilitação e até mesmo nos cuidados paliativos. Os TSDT não deixarão de ser incluídos nas conversas e negociações que o Ministério da Saúde vai continuar a ter e isto liga-se ao plano de motivação das profissões de saúde”, indicou Ana Paula Martins.

Tal como ECO noticiou, o presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos Superiores de Diagnóstico e Terapêutica (STSS), Luís Dupont, espera que, “até ao final do mês de novembro, o Ministério da Saúde arranque com as negociações para a valorização da carreira à semelhança do que já fez para outras carreiras especiais como a dos enfermeiros”. Caso contrário, o dirigente sindical admite “novas formas de luta, incluindo manifestações e greves”.

Apesar desta carreira ter sido revista em 2022, através de uma iniciativa do Parlamento, “a tabela remuneratória encontra-se desatualizada comparativamente com a de técnico superior da carreira geral e com a de enfermeiro”, refere Dupont. O salário de entrada de um técnico superior de diagnóstico começa no nível 15, o que corresponde a um vencimento mensal ilíquido de 1.333,35 euros, enquanto o ordenado mínimo de um técnico superior da carreira geral arranca no patamar 16, o que dá 1.385,99 euros por mês, de acordo com o sistema remuneratório da Administração Pública para 2024.

Os enfermeiros também estavam no nível remuneratório 15, mas a recente assinatura de acordo para a valorização da carreira permitiu elevar esse patamar, já com efeitos em novembro, para o número 18 da Tabela Remuneratória Única (TRU), o que fez crescer a base salarial desta profissão em 157,9 euros para 1.491,25 euros face aos 1.333,35 euros que estavam em vigor. Nos próximo anos e até ao final da legislatura, a carreira de enfermagem terá novas valorizações, de forma faseada, até o ordenado de entrada desta profissão atingir o nível 21, isto é, os 1.649,15 euros da TRU atual.

O STSS exige “uma atualização da tabela remuneratória da nossa carreira à luz dos princípios das carreiras especiais da saúde, nomeadamente a dos enfermeiros”. Mas o objetivo não é ficar nos 1.649,15 euros (nível remuneratório 21) para o salário de entrada, mas sim “chegar ao nível 23”, o que se traduz num vencimento de 1.754,41 euros, “tal como reivindicaram os enfermeiros”, salienta Luís Dupont. “Vamos ver até onde conseguimos nas negociações”, assinalou.

Para além da valorização salarial, “o plano de motivação” integra ainda matérias relacionadas com “progressões, reorganização dos modelos de trabalho e revisão dos modelos de avaliação”, referiu a governante. “Nós, enquanto Estado, não conseguimos acompanhar a modernidade que estas profissões necessitam. Deparamo-nos com modelos de avaliação para os médicos, técnicos de diagnóstica e terapêutica, enfermeiros, técnicos de emergência médica que não são iguais aos dos professores ou polícias”, destacou. Ou seja, a ministra admite também rever o modelo de avaliação destes profissionais, consoante as suas especificidades, distinguindo-o do sistema de avaliação geral dos funcionários da Administração Pública (SIADAP).

Aliás, outra das matérias que o sindicato dos técnicos de diagnóstico e terapêutica pretende ver “rapidamente resolvida” é “a correta contagem dos pontos para avaliação de desempenho dos técnicos pelas várias instituições do Serviço Nacional de Saúde e do setor empresarial do Estado, designadamente os hospitais”.

Em 2018, quando houve o descongelamento das carreiras da Função Pública, “o Ministério das Finanças e a DGAEP – Direção-Geral da Administração e do Emprego Público consideraram que o sistema de avaliação dos técnicos superiores de diagnóstico, que dá 1,5 pontos com satisfaz e -1 com não satisfaz, tinha caducado”, relata o sindicalista. “Desde então, várias instituições não têm dado o ponto e meio a quem teria direito, atribuindo só um ponto ou nenhum”, denuncia, exigindo que, no âmbito das negociações com a tutela, “esta matéria seja clarificada”. “Temos inclusivamente vários tribunais a dar razão aos trabalhadores, por isso, queremos que todos os pontos sejam contados com efeitos retroativos a 2018″, sublinha.

Mas o sindicato quer passar a ser “avaliado pelo novo SIADAP, porque é muito mais vantajoso”. Enquanto o regime dos técnicos de diagnóstico é trianual, exige 10 pontos para progredir na carreira e apenas tem duas menções (satisfaz que dá 1,5 pontos e não satisfaz que dá -1), o novo sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP) é anual, requer oito pontos para subir uma posição remuneratória e tem cinco classificações: excelente que dá três pontos; muito bom que atribui dois; bom com 1,5 pontos; regular com um ponto; e, na menção adequado, o trabalhador tem zero pontos, deixando de existir pontos negativos.

(Notícia atualizada às 14h58)

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Marco Rubio vai liderar diplomacia americana. Conheça as escolhas de Trump

  • ECO e Lusa
  • 12 Novembro 2024

Além do senador da Florida, que está a ser apontado para o cargo de secretário de Estado, veja as outras escolhas já assumidas pelo republicano para a formação da nova administração norte-americana.

O presidente eleito dos Estados Unidos da Americana (EUA), Donald Trump, deve nomear o senador da Florida, Marco Rubio, para o cargo de secretário de Estado, avança a Reuters.

Rubio, de 53 anos, um influente político de origem cubana e vice-presidente da Comissão de Inteligência do Senado, tem mantido uma posição agressiva em matéria de política externa, assumindo linhas duras em relação à China e ao Irão, em particular, e manifestando uma posição a favor do fim da guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

De acordo com a imprensa norte-americana, Trump convidou, também na segunda-feira, o congressista republicano Mike Waltz para o cargo de conselheiro de segurança nacional, um cargo chave na tomada de decisões em conflitos como a guerra entre a Rússia e a Ucrânia.

Trump já anunciou que vai nomear como “czar das fronteiras” Tom Homan, antigo responsável pela imigração no primeiro mandato do republicano. Foi diretor interino da agência de Imigração e Fiscalização Aduaneira (ICE, na sigla em inglês) entre janeiro de 2017 e junho de 2018. Além de supervisionar as fronteiras sul e norte e “a segurança marítima e aérea”, Trump disse que Homan “será responsável por toda a deportação de estrangeiros ilegais de volta para o país de origem”.

O presidente eleito, de 78 anos, prometeu lançar, no primeiro dia do segundo mandato, a maior operação de deportação de migrantes ilegais da história dos Estados Unidos.

Já a deputada republicana Elise Stefanik será a próxima embaixadora norte-americana junto das Nações Unidas. “Elise é uma lutadora incrivelmente forte, tenaz e inteligente pela América”, disse Trump, numa declaração ao The New York Post, no domingo à noite.

Lee Zeldin, o ex-congressista republicano, vai chefiar a Agência de Proteção Ambiental (EPA). “Ele irá garantir decisões desreguladoras justas e rápidas que serão promulgadas de forma a libertar o poder das empresas americanas, enquanto mantém os mais elevados padrões ambientais, incluindo o ar e a água mais limpos do planeta”, disse Trump numa publicação na rede social Truth Social.

O magnata foi eleito o 47.º Presidente dos Estados Unidos, tendo superado os 270 votos necessários no colégio eleitoral, quando ainda decorre o apuramento dos resultados.

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SIBS vai à Web Summit mostrar o futuro dos pagamentos digitais

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  • 12 Novembro 2024

Em entrevista ao ECO, Madalena Cascais Tomé confirma que a empresa irá apresentar um projeto de interoperabilidade entre os sistemas de pagamento de Portugal, Espanha e Itália. Cimeira arranca hoje.

Será feita a primeira transação real entre o MB WAY e duas outras plataformas semelhantes de Espanha e Itália (Bizum e Bancomat) já esta semana durante a Web Summit Lisboa, que arranca esta segunda-feira. A inovação é do EuroPA encabeçado pela SIBS/MB WAY, que volta a ser Exclusive Cashless Partner do evento e que, desta forma, pode alcançar até 45 milhões de utilizadores dos três países. “É um grande progresso na visão da Europa para sistemas de pagamento mais digitais”, acredita Madalena Cascais Tomé.

A CEO do Grupo SIBS esteve esta manhã à conversa com o ECO em antecipação do que será a presença da fintech portuguesa na Web Summit, mas também para partilhar a sua visão sobre o futuro dos pagamentos na Europa. A cimeira tecnológica decorre no Parque das Nações até quinta-feira, dia 14.

Que importância tem esta parceria entre a SIBS e a Web Summit? Como é que se prepara um evento desta dimensão?

De facto, a SIBS é parceira da Web Summit desde a sua primeira edição em Lisboa. Para nós fazia todo o sentido, na medida em que estamos a falar do principal evento de tecnologia europeu, e sendo a SIBS uma empresa tecnológica, uma das principais empresas tecnológicas de base portuguesa/nacional, fazia sentido fazer esta associação desde a primeira hora. Desde a terceira edição somos o Exclusive Cashless Partner da Web Summit, asseguramos todas as transações financeiras que existem no evento e, obviamente, tudo o que está em redor.

Aliás, acho que uma parte importante da escolha de Lisboa como local para termos a Web Summit parte muito daquilo que são as infraestruturas tecnológicas que temos. Do ponto de vista de pagamentos, somos uma referência a nível europeu. É algo que se prepara com muita antecedência, o antes, o durante e, naturalmente, o após. Fazemos essa preparação toda com muita antecedência, e depois, durante o evento, temos também uma equipa destacada no local a fazer todo o apoio e monitorização. No ano passado, tivemos 85 mil transações no evento, 80% das quais de visitantes estrangeiros e de mais de 111 nacionalidades.

Vão ter presença física, através de um stand, no evento. Porque é que é importante estar presente?

Hoje, a SIBS é uma empresa que está presente em vários mercados à escala global, em mais de 25 mercados e, desde logo, na Europa. Faz todo o sentido que também estejamos presentes. Vamos ter uma agenda muito preenchida no nosso stand, para além da demonstração das nossas capacidades tecnológicas e das soluções que estão disponíveis. Vamos ter mais de 20 parceiros, não só nacionais, mas internacionais, e vamos querer estar a debater as nossas inovações e as perspetivas futuras no setor dos pagamentos. Sem dúvida que vai ser um momento muito importante para receber os nossos clientes, os nossos parceiros e para mostrar a nossa presença nos vários mercados onde estamos.

Há alguma coisa que nos possa antecipar em relação à agenda da SIBS na Web Summit?

Vamos lançar uma iniciativa muito inovadora e com grande visibilidade a nível europeu, que é a iniciativa de interoperabilidade entre três dos principais sistemas de pagamentos à escala europeia. O MB WAY foi a primeira solução de pagamentos digitais da Zona Euro, e é até à data de hoje a mais completa e uma das mais avançadas. Tem sido um case study a nível europeu. E o que vamos lançar é a interoperabilidade do MB WAY com duas outras soluções europeias, a Bizum, que está sobretudo em Espanha, e a Bancomat, que está sobretudo em Itália. Esta iniciativa tão pioneira vai permitir fazer transferências entre pessoas com estas três soluções, o que vai juntar potencialmente mais de 45 milhões de utilizadores a nível europeu. E isso, sem dúvida, é um grande progresso na visão da Europa para sistemas de pagamento mais digitais.

Madalena Cascais Tomé, CEO do grupo SIBS

Falando na interoperabilidade entre as três plataformas, em que ponto está este projeto hoje? Quando é que o serviço vai estar operacional?

Não deixa de ser muito reconhecido pela indústria o facto de termos assinado este acordo e termos lançado esta iniciativa no final do ano passado e, em menos de 12 meses, estarmos a fazer o que vamos fazer na Web Summit, que vão ser exatamente as primeiras transações em real life. E se pensarmos que numa transação de pagamento, para além das mensagens e da conectividade, é preciso de facto haver uma transferência efetiva de fundos e que essa transferência efetiva de fundos entre o utilizador do MB WAY e, por exemplo, o utilizador da Bancomat acontece em tempo real, acho que demonstra o grau de ambição que temos com esta iniciativa.

Ainda sobre a Europa, a SIBS vai apresentar o projeto euroPA – European Payments Alliance. Que projeto é este?

Como referi, o MB WAY foi pioneiro quando surgiu em 2015, mas nos últimos anos têm surgido várias iniciativas digitais no contexto europeu e, portanto, este projeto tem a visão de conseguir juntar estes diferentes sistemas europeus e conseguirmos fazer a interoperabilidade.

Este é um primeiro passo muito concreto menos de 12 meses depois de termos lançado a iniciativa. A partir de janeiro do próximo ano vamos ter a disseminação em produção para todos os utilizadores e para todas as instituições financeiras aderentes. Estamos a falar de mais de 180 instituições financeiras que são aderentes a estes três serviços. Mas neste ecossistema europeu tão vibrante e com tantas iniciativas, a nossa perspetiva é depois estender esta aliança a outras iniciativas. e tornar cada vez mais o MB WAY uma solução abrangente no contexto europeu.

Que papel tem o MB WAY?

Desde logo, o facto de estarmos a liderar esta iniciativa a partir de Portugal mostra bem o empenho e o perfil ativo que temos tido nesta iniciativa. Vamos, inclusivamente, ter no evento alguns dos nossos parceiros da EMPSA, a European Mobile Payments Alliance, e muitos deles vêm partilhar as suas experiências com o MB WAY.

Um outro aspeto que sublinho é que somos, para além da inovação e do número de funcionalidades que o MB WAY tem, muitas das soluções que implementámos, nomeadamente ao nível de segurança, são também uma referência a nível europeu.

A SIBS vai contar com a presença de perto de duas dezenas de parceiros durante a cimeira. Como é que a empresa olha para o futuro dos pagamentos na Europa?

Vamos mostrar todo o trabalho que estamos a fazer com muitas empresas portuguesas, integradoras tecnológicas, e que muitas vezes acabam por desenvolver as suas soluções baseadas nas soluções SIBS – e, nomeadamente, no MB WAY -, desenvolvendo novos casos de uso. Estes parceiros do SIBS Lab vão estar a apresentar algumas das suas soluções inovadoras e também, em conjunto com eles, queremos fazer este caminho de internacionalização.

Sobre o futuro dos pagamentos, é, sem dúvida, super entusiasmante estar na área de pagamentos e tecnologia porque há muita coisa a acontecer. A interoperabilidade é uma palavra-chave, porque o setor dos pagamentos na Europa é vibrante, há dezenas de iniciativas que estão a surgir e acreditamos que a forma mais fácil de tirar partido de toda esta inovação é através de colaboração.

Há também, cada vez mais, uma preocupação de soberania e, portanto, nós estamos inclusivamente no contexto desta iniciativa Europa a fazer uma migração tecnológica para também podermos suportar um modelo europeu de pagamentos instantâneos sobre conta-a-conta, no MB WAY. Queremos estar na linha da frente. E depois temos já em discussão o projeto do Euro Digital, que também irá marcar a agenda da Europa, pelo menos na discussão legislativa. Temos estado amplamente envolvidos no sentido de sermos uma referência a nível europeu e do MB WAY ser a solução que tem inspirado muito daquilo que é o desenho do Euro Digital, porque é a única que tem todas as funcionalidades e os casos de uso.

Web Summit é sinónimo de inovação. Entre as soluções que vão ter presentes na Web Summit, já fazem exportação de algumas destas tecnologias?

Hoje já temos até MULTIBANCO, com a própria marca MULTIBANCO, na Roménia, que é um dos mercados onde estamos presentes. Temos, de facto, levado a nossa tecnologia a mais de 25 mercados, que é usada diariamente por mais de 150 milhões de utilizadores nos quatro continentes: Europa, África, Ásia e Austrália. Tudo a partir de um mercado com 10 milhões de pessoas e de uma empresa de base portuguesa, num contexto e num setor que é um que é altamente dinâmico, competitivo e cujos principais atores são atores globais.

Assista à conversa na íntegra aqui:

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Entrevista a Rogério Fernandes Ferreira. Edição de novembro da Advocatus

  • ADVOCATUS
  • 12 Novembro 2024

Na Advocatus de novembro pode ler a entrevista a Rogério Fernandes Ferreira, fundador da RFF, e ainda especiais sobre o setor de M&A e sobre a proposta de OE para 2025.

Com uma carreira de mais de 35 anos dedicados ao direito fiscal, Rogério Fernandes Ferreira é fundador da RFF Advogados, a primeira boutique de fiscal do país, criada em maio de 2012. No currículo, o advogado inclui uma passagem pelo Governo como secretário de Estado dos Assuntos Fiscais, com o socialista e líder do Executivo, António Guterres. Agora, em julho, o Governo criou uma comissão para acelerar os processos entre a Autoridade Tributária e os contribuintes. A Comissão para a Revisão do Processo e Procedimento Tributário e das ­Garantias dos Contribuintes terá de apresentar “um projeto de alterações legislativas no prazo de seis meses que será presidida pelo advogado fiscalista.

O sócio fundador da RFF Advogados considera que as reformas na legislação processual tributária levam tempo a produzir efeitos concretos e que é “lamentável” o número de muitas das questões laterais trazidas a público e que criam ruído numa discussão que devia ser “serena, informada e sobre a política financeira e orçamental do ano seguinte”. Adianta ainda que o principal risco deste OE está no “equilíbrio orçamental”.

Rogério Fernandes Ferreira, sócio fundador e managing partner da RFF Lawyers, em entrevista ao ECO/AdvocatusHugo Amaral/ECO

No dia 10 de outubro, o ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, entregou a proposta do Orçamento do Estado para 2025 (OE2025) ao presidente da Assembleia da República, José Pedro Aguiar-Branco. A Advocatus foi saber junto de seis advogados fiscalistas quais são os pontos positivos e negativos da proposta de Orçamento do Estado para 2025 do Governo.

Nesta edição pode ainda ler um especial sobre o setor de M&A. Os advogados contactados pela Advocatus estão expectantes com o último trimestre no setor de M&A. Ainda assim, não estão muito otimistas quanto aos resultados finais do ano, prevendo que o volume de fusões e aquisições fique aquém do verificado em 2023.

Marta Silva é a advogada do mês desta edição. A associada sénior da Cerejeira Namora, Marinho Falcão revelou que quis fazer parte da firma por ser um projeto “sólido” e que promove “grandes ambições”. À Advocatus, assegura que a área de Direito do Trabalho enfrenta “desafios significativos” e que é “essencial” revisitar algumas matérias inseridas no âmbito da Agenda do Trabalho Digno. Sobre o OE2025, considera que muitas das propostas laborais acabam por aumentar o custo para as empresas sem garantir a “melhoria da produtividade ou da competitividade”.

Isabel Abalada Matos e Isabel Moraes Cardoso, sócias fundadoras da AMMC Legal, fizeram um balanço dos primeiros nove anos da boutique que é focada em urbanismo. Sublinharam que a pandemia foi um ponto de viragem no negócio, expandindo a equipa, volume de trabalho e faturação, mas não só: lançaram-se a uma nova área de energia e biocombustíveis. Nos próximos anos esperam consolidar/crescer nas novas áreas. Descubra todos os pormenores na rubrica sociedade do

Isabel Abalada Matos e Isabel Moraes Cardoso, sócias da AMMC LegalHugo Amaral/ECO

A RSN Advogados foi o responsável pela assessoria prestada à Sociedade Perfect Improvment Lda, detida por Hedi El Ayoubi, e integrante do Grupo familiar El Ayoubi, na aquisição, através de um share deal, de 50% do edifício de escritórios Noto Office Center, em Matosinhos. Descubra todos os pormenores da operação na rubrica negócio do mês da 161.ª edição.

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Governo italiano e Lufthansa chegam a acordo para venda da ITA Airways

  • Lusa
  • 12 Novembro 2024

Criada em outubro de 2020, a companhia aérea italiana de bandeira ITA sucedeu à Alitalia, que encerrou após mais de 70 anos de atividade e depois de várias tentativas falhadas de torná-la lucrativa.

Lufthansa e Roma ultrapassaram as diferenças sobre o preço final da venda da ITA Airways ao gigante aéreo alemão e chegaram a acordo, anunciou na segunda-feira à noite o Ministério da Economia italiano.

Os acordos relativos aos ‘remédios’ a enviar para Bruxelas para garantir a concorrência “foram enviados à Direção-Geral da Concorrência da Comissão Europeia”, nos prazos estabelecidos, destacou a mesma fonte.

“As condições económicas previstas não se alteraram face ao acordo já assinado” em maio de 2023, sublinhou o ministério italiano, em comunicado.

A empresa alemã e o Governo italiano respeitaram assim o prazo, fixado para a meia-noite de segunda-feira, para enviar à Comissão Europeia o pacote de soluções que deveriam garantir a manutenção da concorrência.

O ministro da Economia italiano, Giancarlo Giorgetti, acabou por assinar o documento negociado com Bruxelas, que previa a transferência de uma série de slots (faixas horárias para descolagem e aterragem) para outras empresas, para salvaguardar a concorrência.

O Estado italiano e a Lufthansa selaram em maio de 2023 um acordo sobre a entrada do grupo alemão no capital da ITA Airways, após anos de buscas infrutíferas por um comprador para a sua antecessora Alitalia.

Ao abrigo deste acordo, a Lufthansa pretende adquirir inicialmente uma participação minoritária de 41% da empresa pública italiana por 325 milhões de euros, reservando-se a opção de aumentar para 100% a médio prazo.

Segundo a comunicação social italiana, a Lufthansa terá solicitado, em última análise, em vão, um desconto de 10 milhões de euros relativamente à fase sucessiva que prevê a aquisição de uma participação adicional de 49% por também 325 milhões de euros.

Aproveitando cláusulas de revisão previstas no contrato, a Lufthansa terá invocado uma perda de valor da ITA Airways prevista para o último trimestre de 2024 para justificar uma redução de preço.

“A Itália não está a vender a sua companhia aérea”, garantiu na semana passada a agência France-Presse (AFP) fonte governamental.

Em julho, a Comissão Europeia tinha aprovado a compra de 41% da companhia aérea italiana de bandeira ITA Airways pelo grupo de aviação alemão Lufthansa, mas sujeita ao cumprimento de ‘remédios’ por temer restrições à concorrência e preços mais altos.

Bruxelas vincou na altura que a aprovação estava “condicionada ao cumprimento integral das medidas corretivas propostas pela Lufthansa e pelo Ministério da Economia e das Finanças”, assentando elas no acesso das companhias concorrentes às rotas de curta e longa distância através de acordos e na cedência de ‘slots’ no aeroporto de Milão Linate.

Criada em outubro de 2020, a companhia aérea italiana de bandeira ITA veio suceder à Alitalia, que encerrou após mais de 70 anos de atividade e depois de várias tentativas falhadas de tornar a empresa lucrativa.

À semelhança da antecessora, a ITA era detida na totalidade pelo Governo italiano através do seu Ministério da Economia e das Finanças.

Numa altura em que o Governo português já anunciou a intenção de privatizar pelo menos 51% da TAP, a companhia área alemã Lufthansa foi uma das transportadoras que manifestou interesse no negócio.

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Hoje nas notícias: bancos, alojamento local e Saúde

  • ECO
  • 12 Novembro 2024

Dos jornais aos sites, passando pelas rádios e televisões, leia as notícias que vão marcar o dia.

Os lucros registados pelos maiores bancos portugueses este ano podem levar a dividendos na casa dos 2,9 mil milhões de euros, acima do valor distribuído pelos acionistas em 2023. Havia 73.371 apartamentos a funcionar como alojamento local até 8 de novembro, menos 2,1% face aos valores de há um ano. Conheça as notícias em destaque na imprensa nacional esta terça-feira.

Banca prepara-se para “jackpot” de dividendos

Os dividendos a entregar no próximo ano pela Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BCP, o BPI e o Santander aos seus acionistas deverão atingir os 2,9 mil milhões de euros. Trata-se de um valor superior aos 2,4 mil milhões pagos em dividendos este ano e que não inclui a potencial remuneração do Novobanco, caso este e o Fundo de Resolução consigam ver fechado antecipadamente o Acordo de Capital Contingente, que impede a instituição de remunerar os seus acionistas.

Leia a notícia completa no Jornal de Negócios (acesso pago)

Apartamentos em alojamento local recuam e contrariam crescimento do setor

Os dados do registo nacional de alojamento local (RNAL) a 8 de novembro apontam para uma subida, ainda que residual, de 0,8% nos estabelecimentos registados face ao final do ano passado, para um total de 120.589. O aumento de 6,5% verificado na tipologia de moradias, que totalizam 37.322 alojamentos locais, é o que mais sustentou este crescimento. No entanto, os apartamentos registados como AL — que têm atualmente um peso de 60,8% neste universo — apresentam uma tendência contrária, ao terem descido 2,1%, para 73.371, em comparação com os valores registados no final de 2023.

Leia a notícia completa no Público (acesso pago)

Hospitais universitários passam a Centros Académicos Clínicos

A grande reforma na orgânica do Serviço Nacional de Saúde, nomeadamente a generalização a todo o país das Unidades Locais de Saúde (ULS), levada a cabo pelo anterior diretor executivo, Fernando Araújo, vai ser revertida nos sete centros hospitalares universitários, conforme uma recomendação do grupo de trabalho que a ministra da Saúde nomeou em setembro com a qual Ana Paula Martins deverá concordar. Dos sete centros que vão deixar de estar organizados no modelo de ULS, seis vão passar a funcionar num modelo, amplamente testado internacionalmente, que agrega cuidados assistenciais, ensino e investigação: os Centros Académicos Clínicos.

Leia a notícia completa no Observador (acesso pago)

Taxa de ocupação do subsolo cobrada a consumidores de gás natural vai ter teto máximo

O Ministério do Ambiente e da Energia prepara-se para criar um teto máximo para impedir que os valores cobrados pela taxa de ocupação do subsolo sejam desproporcionais e sujeitos à aleatoriedade dos municípios, tal como acontece atualmente. A nova versão desta taxa vai ter também uma nova metodologia de fixação, que, segundo o ministério tutelado por Maria da Graça Carvalho, vai ser “um percentual sobre as tarifas de acesso, da responsabilidade da ERSE, enquanto entidade reguladora, com um percentual máximo de 5%”.

Leia a notícia completa no Jornal Económico (acesso pago)

Atrasos do IHRU põem em causa construção de casas

Os atrasos do Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) na análise das candidaturas ao programa 1.º Direito estão a comprometer as estratégias municipais de habitação das câmaras, por todo o país. O aviso é de Fernando Queiroga, vogal da Associação Nacional de Municípios (ANMP), que diz que “os processos só começaram a andar há cerca de um mês, depois da entrada da nova direção presidida pelo ex-presidente da Câmara de Esposende [Benjamim Pereira]”.

Leia a notícia completa no Jornal de Notícias (acesso pago)

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Sintra, Abrantes e Grândola lideram rankings de melhor desempenho financeiro em 2023

  • Lusa
  • 12 Novembro 2024

Dos 100 municípios com melhor classificação, 13 são de grande dimensão, 39 médios e 48 pequenos. Distritos de Faro, Leiria, Lisboa e a Madeira integram metade ou mais dos seus municípios na lista.

As câmaras de Sintra, Abrantes e Grândola obtiveram as melhores pontuações nos respetivos rankings dos municípios de grande, média e pequena dimensão com melhor eficiência financeira em 2023, de acordo com o Anuário Financeiro dos Municípios.

Em 2023, mais de 70% dos 308 municípios demonstraram uma situação desfavorável tendo em conta a avaliação do ranking geral de desempenho e apenas 85 destas autarquias “se poderão considerar com um nível satisfatório de eficácia e eficiência financeira”, segundo o Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, da responsabilidade do Centro de Investigação em Contabilidade e Fiscalidade do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave (CICF/IPCA) e com o apoio da Ordem dos Contabilistas Certificados e do Tribunal de Contas, cuja 20.ª edição é apresentada esta terça-feira em Lisboa.

Os rankings do Anuário Financeiro foram elaborados com base na pontuação obtida pelos municípios em 10 indicadores, para um máximo de 1.900 pontos, relativos a eficiência e eficácia financeira, como a liquidez, o peso do passivo exigível no ativo, o passivo por habitante e os impostos diretos por habitante.

Segundo o Anuário, a pontuação máxima em 2023 foi obtida por grandes municípios, com a melhor pontuação a ser alcançada pela Câmara de Sintra (distrito de Lisboa), com 1.675 pontos, seguida dos municípios de Maia (distrito do Porto), com 1.592 pontos, e de Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro), com 1.583.

Tendo em conta apenas a lista de municípios de média dimensão, as câmaras de Abrantes (1.676), em Santarém, e as algarvias de Lagoa (1.543) e Tavira (1.470), no distrito de Faro, foram as que obtiveram melhores resultados.

À frente da lista de municípios pequenos com melhores resultados no global dos índices estão Grândola (1.687), em Setúbal, Santana (1.622), na Madeira, e Óbidos (1.594), em Leiria.

Câmara de Sintra obteve a melhor pontuação entre os municípios de maior dimensãoLusa

Segundo o documento, no ano passado 223 municípios (72,4% do total do universo de 308) obtiveram uma pontuação inferior a 950 pontos, abaixo dos 50% da pontuação total, demonstrando uma situação desfavorável.

Os restantes ficaram, na sua maioria (55 em 85 municípios) com pontuação entre 50% e 70% da pontuação total, pelo que neste ranking global “só 85 municípios se poderão considerar com um nível satisfatório de eficácia e eficiência financeira”, indicam os autores.

Destes 85 municípios, 55 obtiveram uma pontuação entre 50% e 70% da pontuação máxima possível, 20 municípios uma pontuação global superior ou igual a 70% e inferior a 80% da pontuação total e 10 municípios uma pontuação global superior ou igual a 80% da pontuação total.

Dos 100 municípios com melhor classificação, 13 são de grande dimensão, 39 de média dimensão e 48 de pequena dimensão.

“Representando os pequenos municípios 48,0% do total do universo, conclui-se que, genericamente, os municípios de pequena dimensão são os que apresentaram maior dificuldade em integrar o ranking dos 100 melhores municípios, em termos de eficácia e eficiência financeira, situação justificada, essencialmente, pelo baixo valor de receitas próprias, designadamente as provenientes de impostos”, é sublinhado.

Os distritos de Faro, Leiria, Lisboa e a Região Autónoma da Madeira foram os que conseguiram integrar metade ou mais dos seus municípios na lista dos 100 melhores municípios do país em termos de eficácia e eficiência financeira.

Os indicadores financeiros tidos em conta para esta organização dos resultados são a liquidez, a razão entre o EBITDA (resultados antes de depreciações e gastos de financiamento) e os proveitos operacionais, o peso do passivo exigível no ativo, o passivo por habitante, o grau de cobertura das despesas (despesa comprometida/receita liquidada líquida), o prazo médio de pagamentos, o grau de execução do saldo efetivo na ótica dos compromissos, o índice de dívida total, o índice de superavit e os impostos diretos por habitante.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 12 de novembro

  • ECO
  • 12 Novembro 2024

Ao longo desta terça-feira, 12 de novembro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Dr. Antonio Alcaraz, Prémio Merco-OdS para Liderança Reputacional no Campo da Urologia Clínica

  • Servimedia
  • 12 Novembro 2024

Este reconhecimento realça a excelência e o empenho do Dr. Alcaraz no domínio da urologia e valoriza a sua extraordinária contribuição para a medicina e a sua dedicação aos doentes.

O Dr. Antonio Alcaraz, urologista do Centro Médico Teknon, foi premiado na categoria de Liderança Reputacional na segunda edição dos Prémios Merco-OdS, que distinguem as instituições, políticas hospitalares e profissionais de saúde com a “melhor reputação em Espanha”.

O Dr. Alcaraz e a sua equipa são especialistas no diagnóstico e tratamento cirúrgico de tumores benignos e malignos da próstata, da bexiga e dos rins. O seu grupo evoluiu com os avanços nas técnicas cirúrgicas e é atualmente especialista em cirurgia laparoscópica, uma técnica minimamente invasiva que utiliza pequenas incisões para evitar os grandes cortes da cirurgia convencional, permitindo uma recuperação pós-operatória muito mais rápida e confortável.

Nos últimos anos, a equipa do Dr. Alcaraz incorporou inovações como a Notes (“natural orifice translumenal endoscopic surgery”), que permite a cirurgia através de orifícios naturais, e a LESS (“laparo-endoscopic single-site surgery”), uma técnica que requer uma única incisão no umbigo. A sua equipa foi pioneira a nível mundial na realização da primeira remoção transvaginal de um rim afetado por um tumor em 2009 e já realizou mais de 100 procedimentos de transplante de rim de dador vivo utilizando estas técnicas.

O Dr. Alcaraz é também especialista em cirurgia oncológica de tumores urológicos (próstata, rim e bexiga), cirurgia laparoscópica e robótica, e cirurgia de transplante renal. Foi pioneiro na cirurgia urológica com o sistema robótico Da Vinci, consolidando a sua posição de líder na aplicação de tecnologia avançada no domínio cirúrgico.

Os Prémios de Liderança Reputacional Merco-OdS são organizados anualmente pela Merco, o Monitor de Reputação em Saúde líder em Espanha e na América Latina, juntamente com a empresa de consultoria Observatorio de Salud (OdS), especializada no setor da saúde, e têm como objetivo reconhecer e promover a liderança reputacional de organizações, hospitais e especialistas em saúde em Espanha.

O Merco (Monitor Empresarial de Reputación Corporativa), monitor empresarial de referência na América Latina, avalia a reputação das empresas desde 2000, utilizando uma metodologia multi-stakeholder, que inclui seis avaliações e mais de vinte fontes de informação. É também o primeiro monitor auditado do mundo, com verificação independente pela KPMG, segundo a norma ISAE 3000.

Este ano, os Prémios MERCO-OdS reconheceram a liderança reputacional em três blocos distintos: administrações, hospitais e especialidades profissionais. Nesta edição, foram premiados oito projetos de saúde em diferentes comunidades autónomas, quatro hospitais pelas suas políticas hospitalares e 32 médicos, entre os quais o Dr. Alcaraz, que continua a consolidar a sua posição como um dos médicos especialistas mais reconhecidos do país, sendo este o segundo ano consecutivo em que recebe o prémio.

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Como as marcas reagiram à catástrofe da depressão DANA em Espanha

Depois do dilúvio que se abateu sobre Valência, em Espanha, foram várias as marcas que avançaram para ajudar. O que fizeram, como o comunicaram e o que não se deve fazer, segundo o Omnicom PR Group.

Depois de conhecido o impacto devastador da depressão DANA em vários locais da região de Valência, com centenas de mortes, dezenas de desaparecidos e milhares de milhões de euros em prejuízos, várias marcas lançaram e comunicaram iniciativas com as quais tentaram ajudar a colmatar as graves consequências do temporal.

A comunicação foi feita principalmente através das redes sociais, “onde há um maior imediatismo adequado à urgência com que a sociedade exige uma resposta a uma catástrofe desta magnitude e sem precedentes” em Espanha, refere-se num relatório do Omnicom PR Group que analisou as estratégias de comunicação de marcas nas redes sociais após a tragédia.

Através da análise, percebeu-se inclusive que nas redes sociais — e apesar da crise política — os cidadãos exigiram mais o apoio por parte de marcas e empresas do que do governo, o que é “um exemplo de como os cidadãos exigem ação, ajuda e responsabilidade” das marcas.

O relatório dá diversos exemplos de como algumas marcas reagiram face ao desastre e como o comunicaram. Por exemplo, foi através da Fundación Telefónica que a Telefónica ativou a sua campanha #MovilizadosPorLaDana, visando proporcionar aos cidadãos recursos económicos, humanos e digitais para ajudar a responder às necessidades mais prementes. A marca disponibilizou também dados móveis e chamadas nacionais gratuitas nas zonas afetadas pela tempestade, suspendendo temporariamente a cobrança de todos os serviços dessas zonas.

A marca de telecomunicações comunicou através das redes sociais “de forma proativa e constante, comunicando tanto as ações realizadas como o estado de recuperação dos serviços nas zonas afetadas”, refere-se no relatório, onde se aponta ainda que o CEO da empresa, José María Álvarez Pallete, “assumiu um papel de liderança na comunicação proativa no seu perfil [na rede social] X”.

A Vodafone e a Lowi (marca da Vodafone) também ativaram “imediatamente” dados ilimitados nos dispositivos móveis dos seus clientes na zona de Valência, visando facilitar as comunicações no contexto de emergência, tendo ambas também doado smartphones e carregadores.

Estas ações foram divulgadas nas redes sociais através de “uma comunicação mista que deu prioridade às comunicações relacionadas com o estado de recuperação da linha nas zonas afetadas“. A análise destaca ainda a comunicação da Lowi, que “paralisou as suas comunicações ao publicar um único tweet sobre os esforços desenvolvidos no restabelecimento do serviço”.

No caso da Uber, a marca ativou o “Uber Help” — através do qual os utilizadores puderam colaborar diretamente com a Cruz Vermelha através da sua app –, bem como um serviço de transporte gratuito para o envio de produtos de apoio para os centros de atendimento dos Mensajeros de la Paz. Nas redes sociais, a marca “comunicou de forma proativa através de diversas publicações nos seus diferentes canais explicando o trabalho realizado“.

Já a Plenoil ativou um protocolo visando a oferta de combustível nos postos de abastecimento em Valência e Castellón, de forma a apoiar as operações de resgate e assistência na região. No posto de combustível de Massanassa, a marca petrolífera apostou num serviço de doação de materiais de limpeza. Estas duas ações foram comunicadas através do LinkedIn e Instagram.

A Leroy Merlin optou por colaborações com a UME (Unidade Militar de Emergências), Cruz Vermelha e Acción contra el Hambre. No campo da comunicação, a marca francesa decidiu parar todas as suas comunicações habituais nas redes sociais, realizando uma comunicação reativa, respondendo aos pedidos de colaboração por parte de cidadãos ao comunicar o seu envolvimento, explica o relatório.

No caso da Mercadona, a retalhista tem colaborado através de doações de bens de primeira necessidade às autarquias afetadas e aos abrigos da cidade de Valência. Além disso, disponibilizou 1.200 paletes de água e montou uma “loja” em Saragoça, a pedido da UME, para servir como ponto de abastecimento. Juan Roig, presidente da Mercadona, juntou-se também aos cidadãos que acorreram às zonas mais afetadas para ajudar as vítimas.

Tendo primeiro apelado nas redes sociais a um consumo responsável — de forma a que fosse garantido o abastecimento nas zonas afetadas –, a marca enfrentou algumas críticas que apontavam a sua falta de envolvimento na resposta à calamidade, o que motivou uma segunda comunicação onde a retalhista explicou as ações de doação que estava a desenvolver, segundo o relatório do Omnicom PR Group.

Mas muitas outras marcas e entidades também se associaram no apoio às regiões e populações afetadas.

A Fundação Amancio Ortega, criada pelo dono da Inditex, grupo de empresas proprietária de marcas como a Zara ou a Massimo Dutti, anunciou a criação de um fundo de 100 milhões de euros para ajudar a fazer face às consequências do dilúvio que atingiu várias localidades de Valência, por exemplo.

Já a Kärcher doou 500 lavadoras de alta pressão como forma de contribuição para a limpeza de ruas e instalações, a MultiOpticas disponibilizou um desconto solidário para os afetados que precisem de cuidados visuais e o Idealista prestou-se a ajudar as pessoas afetadas pelas inundações a encontrar soluções habitacionais caso tivessem ficado impossibilitadas de utilizar as suas casas, segundo a Reason Why.

Ainda segundo o meio espanhol, que dedicou a newsletter apenas a notícias relacionadas com ações de apoio das marcas, a Repsol colocou ao serviço das autoridades e zonas afetadas vários dos seus equipamentos próprios, que vão desde ambulâncias, bombas de extração de água, geradores, camiões e gruas até equipas de profissionais especializados em emergências. A transportadora DHL também colocou os seus veículos à disposição das diversas organizações que se empenharam em ajudar as pessoas afetadas pela DANA.

Foram depois também várias as entidades que lançaram campanhas de angariação e avançaram com doações diretas, como o BMW Group Espanha (que doou 500 mil euros) a GLS (50 mil euros), a Grenergy (200 mil), o Banco Santander (dois milhões, assim como pacotes de ajuda financeira e linhas de crédito em condições especiais para ajudar os empresários afetados a reconstruir os seus negócios), o BBVA (quatro milhões e linhas de financiamento sem taxas de juro) ou o Real Madrid (um milhão de euros). O Atlético de Madrid fez também uma primeira doação financeira (cujo valor não partilhou) e comprometeu-se em fazer uma segunda contribuição no valor equivalente ao dos materiais essenciais que fossem doados no seu estádio para ajuda às populações afetadas.

O que as marcas devem (ou não) comunicar nestas situações

A análise do Omnicom PR Group deixa também um conjunto de recomendações às marcas, no que diz respeito ao que estas devem ou não fazer — em termos de comunicação — após um evento com consequências nefastas como o que ocorreu em Espanha.

É apontado desde logo que as condolências, “apesar de corretas e empáticas, não devem ser a mensagem de eleição nos casos em que não sejam acompanhadas de iniciativas ou donativos”, sendo que é preferível optar-se pelo silêncio “nos casos em que não estão a ser realizadas doações ou programas de apoio à situação de crise”.

A nossa recomendação para as marcas é que estas optem por uma comunicação discreta imediatamente após a crise, ativando as comunicações e ações que acrescentem algo“, aponta-se. Segundo o Omnicom PR Group, as marcas devem colocar a si mesmas a questão “será que esta comunicação será útil para melhorar a situação?”. Caso a resposta seja não, essa comunicação deve ser evitada ou adiada.

Enquanto boas práticas a serem adotadas nestas situações, o grupo observa que deve ser interrompida a atividade habitual da marca nas redes sociais, caso a mesma possa ter um envolvimento na mitigação da crise, como seja no caso de comercializar os produtos mais necessários e procurados. Deve também ser interrompida a comunicação de “conteúdos que convidem à celebração ou à socialização num momento de luto nacional”.

Por outro lado, deve ser mantida a atividade que se prenda com a comunicação de “iniciativas relacionadas com a crise” ou que coloquem “os canais da marca ao serviço dos cidadãos como altifalantes de iniciativas solidárias”.

São ainda bem vistos os cancelamentos de eventos ou interrupções de colaborações promocionais com criadores de conteúdo durante os dias seguintes à crise.

No sentido inverso, como más práticas a serem adotadas nestas alturas, o relatório aponta a de se ignorar a situação em causa e de se manter a normalidade total, “mesmo que após uma mensagem de condolências sem informações sobre como a marca esteve ou estará envolvida”.

Também, e sem surpresa, é considerada uma má prática usar-se a tragédia como forma de ganhar visibilidade. “A reação autêntica e comprometida das marcas nos momentos mais difíceis será fundamental para a sua reputação mais tarde“, refere-se.

As marcas devem também “evitar posicionar-se politicamente nestas situações“, sendo que “partilhar determinadas iniciativas também pode implicar tal posicionamento”.

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L’Oréal Portugal abraça diversidade geracional. Um quarto dos trabalhadores tem mais de 50 anos

L'Oréal tem feito esforço para rejuvenescer quadros, mas garante valorizar experiência. É isso que destaca numa nova campanha multimeios internacional, que tem como pilar os recursos humanos.

Ainda que tenha milhares de vagas abertas para jovens, a L’Oréal, pela voz da sua diretora de relações humanas, Sara Silva, defende que é a combinação de juventude e experiência que cria um “ambiente dinâmico e de alto desempenho“, daí que uma fatia significativa dos seus trabalhadores (24%, no caso do ramo português) tenha hoje mais de 50 anos. Ao ECO, a responsável sublinha que a diversidade geracional é cada vez mais relevante, em declarações no âmbito do lançamento de uma nova campanha multimeios que tem os recursos humanos como pilar.

“Na L’Oréal em Portugal, 24% dos nossos colaboradores (excluindo estágios) têm mais de 50 anos. Acreditamos que uma força de trabalho diversificada, incluindo pessoas experientes, traz uma riqueza de conhecimento e perspetivas que enriquece as nossas equipas e impulsiona a inovação“, afirma Sara Silva.

A diretora de relações humanas da L’Oréal Portuga frisa que até 2035 “metade da população da Europa terá mais de 45 anos“, pelo que esta gigante da beleza está empenhada em ser uma empresa onde “todos têm lugar, independentemente da idade ou experiência“.

“Com o mercado de trabalho a tornar-se cada vez mais multigeracional é essencial reconhecer e valorizar as contribuições únicas que cada geração traz para o ambiente de trabalho”, acrescenta ainda a mesma, que detalha que os mais jovens trazem “novas perspetivas, fluência digital e vontade de aprender” enquanto os mais experientes contribuem “com experiência valiosa, conhecimento institucional e redes estabelecidas”.

Com o mercado de trabalho a tornar-se cada vez mais multigeracional é essencial reconhecer e valorizar as contribuições únicas que cada geração traz para o ambiente de trabalho.

Sara Silva

Diretora de relações humanas da L’Oréal em Portugal

Esta colaboração intergeracional fomenta a mentoria, a transferência de conhecimento e uma abordagem equilibrada à resolução de problemas“, declara.

A fatia considerável de empregados com mais de 50 anos (são mais de 13 mil em todo o mundo) é, de resto, um dos números que a L’Oréal decidiu destacar na sua nova campanha multimeios (Youtube, televisão e outdoor) internacional, que tem como pilar os recursos humanos. Outro é o total de vagas abertas para jovens: 25 mil para profissionais abaixo dos 30 anos.

Questionada sobre quantas destas oportunidades estão disponíveis em Portugal, Sara Silva avança que nos dez meses e meio que 2024 já leve o ramo luso da L’Oréal recrutou 55 profissionais com menos de 30 anos, dos quais 33 para estágios.

“O número específico de vagas em aberto em Portugal varia consoante as necessidades atuais do negócio. Nesta fase final do ano, estamos a preparar o início de 2025 e temos cinco vagas a preencher até ao final do ano“, indica a responsável.

A diretora de recursos humanos argumenta ainda que a L’Oréal Portugal tem um “papel importante na ‘exportação‘ do melhor talento, principalmente para Espanha e França“. “Somos uma escola de talento em beleza e promovemos estes desafios além-fronteiras. Oferecemos mentoria, estágios e programas de formação concebidos para capacitar a próxima geração de líderes a nível mundial“, avança a mesma.

Sara Silva é diretora de relações humanas da L’Oréal Portugal.

Quanto aos jovens, a diretora de relações humanas assevera, assim, que os estágios em Portugal podem servir como porta para trabalhar noutros países, sendo que a taxa de conversão dessas primeiras experiências em contratos de trabalho ronda hoje os 80% na L’Oréal.

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