Lusíadas Saúde lembra Dia Mundial da Prevenção do Suicídio com campanha

  • + M
  • 10 Setembro 2024

Assinada pela McCann para o Hospital Lusíadas Monsanto, a campanha vai estar visível numa rede de 130 mupis em Lisboa, Amadora, Alfragide e Sintra e ainda num led digital no Saldanha.

Esta terça-feira, 10 de setembro, assinala-se o Dia Mundial da Prevenção do Suicídio. A data está a ser recordada pela Lusíadas Saúde com uma campanha que pretende alertar a população para a importância do tema e sensibilizar para a procura de ajuda profissional especializada.

“A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que mais de 800 mil pessoas morram por suicídio anualmente, e que em 90% dos casos estas pessoas apresentavam sintomas ou doenças mentais. Globalmente, o suicídio é a segunda causa de morte da Geração Z. Em Portugal calcula-se que três pessoas se suicidem diariamente“, justifica o grupo.

Assinada pela McCann, para o Hospital Lusíadas Monsanto, a campanha aborda a temática da prevenção do suicídio e a importância de procurar ajuda, invocando as memórias que se criam ultrapassado um momento difícil. “Com o mote “Se ele/a não tivesse procurado ajuda, esta memória não existiria”, esta campanha não só pretende combater o estigma em torno das doenças mentais, mas também oferecer esperança e apoio a todos os que estão a enfrentar momentos difíceis, incentivando-os a procurar ajuda para lidar com os seus problemas”, explica a Lusíadas Saúde em comunicado.

A campanha vai estar disponível numa rede de 130 mupis standard em Lisboa, Amadora, Alfragide e Sintra e também num led digital 4×3 no Saldanha.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais demite-se depois da fuga de cinco reclusos

Cinco reclusos fugiram no sábado do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre. Ministra da Justiça dá esta terça-feira uma conferência de imprensa.

O diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais demitiu-se, segundo avança a RTP. Rui Abrunhosa Gonçalves pôs esta manhã o lugar à disposição da ministra da Justiça e Rita Alarcão Júdice aceitou a demissão.

Na reunião realizada com a tutela, Rui Abrunhosa Gonçalves apresentou a Rita Júdice o relatório preliminar sobre a fuga dos cinco reclusos do Estabelecimento prisional de Vale dos Judeus, no sábado. O documento aponta falhas graves de segurança. Rui Abrunhosa foi nomeado para chefiar os serviços prisionais em agosto de 2022. É doutorado em Psicologia da Justiça, pela Universidade do Minho, onde é professor associado com agregação.

Rui Abrunhosa Gonçalves foi nomeado pela ex-ministra da Justiça Catarina Sarmento e Castro durante a última governação socialista, sucedendo então no cargo ao magistrado do Ministério Público Rómulo Mateus, que liderou a instituição desde fevereiro de 2019.

Psicólogo de formação e académico com trabalho na área das prisões, dos reclusos e da reinserção social, Rui Abrunhosa Gonçalves é doutorado em Psicologia da Justiça pela Universidade do Minho, onde trabalhou até 2022 como professor associado com agregação. Foi psicólogo forense da Unidade de Consulta em Psicologia da Justiça e Comunitária, onde se dedicou sobretudo à avaliação pericial e intervenção junto de ofensores violentos e perigosos. Desenvolveu e coordenou investigações sobre o sistema prisional, a psicopatia, os ofensores conjugais e os ofensores sexuais e a psicologia forense.

Além deste relatório, fonte do Ministério da Justiça salientou que está em curso outro inquérito interno dirigido por um magistrado do Ministério Público, no âmbito do Serviço de Auditoria e Inspeção da DGRSP, e que “estará pronto dentro de um mês”.

Já sobre o relatório e as informações entretanto apuradas sobre a fuga e as falhas de segurança, a DGRSP limita-se a indicar que essa matéria “está a ser objeto de averiguação interna por parte dos Serviços de Auditoria e Inspeção, coordenado por Magistrado do Ministério Público, bem como pelos Órgãos de Policia Criminal competente”, sublinhando que, por agora, “não é suscetível de partilha pública”.

Cinco reclusos fugiram no sábado do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, no concelho de Azambuja, distrito de Lisboa. A fuga foi registada pelos sistemas de videovigilância pelas 09h56, mas só foi detetada 40 minutos depois, quando os reclusos regressavam às suas celas.

Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos. Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

App da Carris Metropolitana terá horários e lotação em tempo real

  • Lusa
  • 10 Setembro 2024

A aplicação vai permitir que se veja, em tempo real, se um autocarro da Carris Metropolitana “está atrasado e qual a lotação”, colocando “mais pressão aos operadores para cumprir horários”.

A Carris Metropolitana lança na quinta-feira uma aplicação que irá dar informações aos passageiros, em tempo real, sobre horários e lotação dos autocarros da empresa, que prevê chegar a mais de 165 milhões de passageiros transportados este ano. A apresentação da aplicação (app) da Carris Metropolitana aos jornalistas decorreu esta terça-feira com os responsáveis pela aplicação e com os administradores da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML), Faustino Gomes e Rui Lopo.

O presidente do conselho de administração da TML, Faustino Gomes, explicou que a app “não é um planeador de viagens”, mas um sítio onde se fornecem informações aos passageiros de forma a “dar confiança para poder usar a Carris Metropolitana”. Rui Lopo, vogal da administração da TML, explicou que a app vai permitir que se veja, em tempo real, se um autocarro da Carris Metropolitana “está atrasado e qual a lotação”, colocando “mais pressão aos operadores para cumprir horários”.

A aplicação vai permitir ainda uma pesquisa por paragem e por linha (nº de autocarro), podendo ser colocados alertas e avisos personalizados. Para já ainda não estará disponível a 100% para utilizadores cegos, reconhecendo os responsáveis a necessidade de trabalhar em alguns pormenores.

Na ocasião, Rui Lopo lembrou que a empresa opera em 15 dos 18 concelhos da Área Metropolitana de Lisboa (exceto Lisboa, Cascais e Barreiro) e que o serviço “já chega a Vendas Novas”. “Por dia circulam 1.700 autocarros, conduzidos por três mil motoristas e transportando 620 mil passageiros/dia normalmente, tendo chegado aos 650 mil em pico”, disse Rui Lopo, referindo-se a passageiros com título válido, reconhecendo, que serão “muitos mais” a circular nas 730 linhas com 12.500 paragens.

O responsável adiantou que no final do ano prevê-se “mais 20% da procura do que existia em 2019”, avançando que, atualmente, os números, após o pico com a introdução do passe Navegante, faz com que a operação “esteja acima” dos valores de então. “É expectável chegar aos 165 milhões de passageiros transportados até dezembro deste ano”, disse, lembrando que em 2023 foram transportados 141 milhões de passageiros e que, entre janeiro e julho, houve concelhos que observaram um crescimento “acima dos 30%”.

Questionado sobre os problemas vividos no arranque da Carris Metropolitana, em 01 de junho de 2022, na área 4, que compreende os municípios de Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal, nomeadamente a falta de motoristas e viaturas, Rui Lopo admitiu não estar tudo completamente resolvido.

“Não podemos dizer que os problemas estão completamente resolvidos. A falta de mão-de-obra em transportes rodoviários é por toda a Europa e Estados Unidos, não é só nosso. Mas lembro que a TML não contrata motoristas, são os operadores. No entanto, ao dia de hoje não temos problemas de mão-de-obra e viaturas”, disse. Em termos de crescimento, a área 4 foi a que assistiu a um maior crescimento de procura, já que, de acordo com Rui Lopo “tinha muito pouca oferta”.

Rui Lopo adiantou ainda que o concelho de Sintra aumentou o número de passageiros utilizadores do serviço, tendo, em maio, transportado 25 mil pessoas. Por seu turno, Faustino Gomes adiantou que o objetivo é agregar todos os operadores [comboio, barcos] na aplicação, o que poderá acontecer “dentro de dois/três anos”, tendo em conta que há um grupo de trabalho e já houve uma candidatura conjunta a um projeto.

Quanto aos horários em papel e nas paragens, ambos os responsáveis reconheceram a complexidade de algo “aparentemente tão simples”, mas que depende de muitos fatores, além de que podem mudar de semestre em semestre consoante os horários escolares, que “ainda não se sabem”.

“O facto de um médico deixar um determinado horário num centro de saúde também pode vir a ser um fator para haver uma mudança de horário num autocarro já que é necessário servir as pessoas”, disse Rui Lopo. A Carris Metropolitana é uma marca criada pela TML, sob a qual operam os transportes públicos rodoviários municipais e intermunicipais na Área Metropolitana de Lisboa (AML).

Em termos de circulação de transportes, a AML ficou dividida por quatro áreas, sendo que a área 1 engloba as carreiras dos municípios da Amadora, Oeiras e Sintra, e intermunicipais de ligação a Lisboa e Cascais. A área 2 corresponde aos municípios de Mafra, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira e intermunicipais de ligação a Lisboa, enquanto a área 3 corresponde a Almada, Seixal e Sesimbra e a área 4 a Alcochete, Moita, Montijo, Palmela e Setúbal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Web Summit terá recorde de 2.750 startups

  • Lusa
  • 10 Setembro 2024

A organização do evento espera ainda receber “mais de 70.000 participantes, incluindo mais de 1.000 investidores".

A edição da Web Summit deste ano terá um recorde de 2.750 startups e são esperadas mais de 70 mil pessoas, numa ‘cimeira’ que terá como foco promover conexões “significativas” através de encontros alimentados pelo Summit Engine.

A Web Summit 2024 vai decorrer entre 11 e 14 de novembro, no MEO Arena, em Lisboa, esperando receber “mais de 70.000 participantes, incluindo mais de 1.000 investidores e um recorde histórico de 2.750 ‘startups’”, anunciou esta terça-feira a organização em comunicado enviado às redações. No ano passado eram também esperados mais de 70 mil participantes e cerca de 2.600 startups.

O evento deste ano terá como foco principal “promover conexões e comunidades significativas através de encontros, alimentados pelo Summit Engine, o software da Web Summit”, de modo a tornar o evento mais “pequeno e íntimo” para os participantes, acrescenta a nota.

Para tal, a organização vai convidar os participantes a realizarem “pelo menos um encontro”, sendo que estes serão selecionados com base em “interesses e objetivos semelhantes”, que vão desde IA, ou fintech à criptografia, sustentabilidade, entre outros. Esta tecnologia já foi testada na Web Summit do Rio de Janeiro em abril e na cimeira de Toronto, em junho.

“Os participantes podem utilizar a aplicação Web Summit para facilmente ligar-se e manter-se em contacto com aqueles que conheceram muito depois de o evento terminar em novembro”, garante a organização. “Este será o nosso maior, mas também o mais pequeno, evento de sempre”, aponta o CEO (presidente executivo) e fundador da cimeira tecnológica, antecipando que esperam “acolher milhares de encontros comunitários”.

Em comunicado, a organização apresenta uma lista de 13 oradores que já estão confirmados que vão participar na Web Summit deste ano entre os quais Lidiane Jones, CEO do Bumble, Omar Berrada, CEO do Manchester United, Meredith Whittaker, presidente da Signal, e o ator e comediante Munya Chawawa.

Na lista estão também oradores portugueses, dado que é o país anfitrião do evento, entre os quais o primeiro-ministro, Luís Montenegro, a ministra da Juventude e da Modernização, Margarida Balseiro Lopes, Vasco Pedro, cofundador e CEO da Unbabel, Cristina Fonseca, sócia da Indico Capital Partners, e a apresentadora Cristina Ferreira. Além disso, a organização adianta ainda que entre as empresas parceiras e/ou que vão falar no evento estão a Meta, Alibaba.com, Amazon Web Services, Adobe, Visa, Wiz, KPMG, Zoom, LVMH, Salesforce, Qualcomm, entre outras.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Caixa de Previdência despeja bastonária e equipa de sala da Ordem dos Advogados

A sala, até aqui usada para as reuniões da bastonária e da sua equipa do Conselho Geral desde 2006 de forma gratuita, sempre foi propriedade da Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores.

A Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS), liderada por Victor Alves Coelho, acaba de proibir o uso da sala do 3º piso da sede da Ordem dos Advogados (OA) e pede à bastonária e equipa que, no prazo de 30 dias, entregue o referido espaço “livre de pessoas e bens, assim como das respetivas chaves na sede da CPAS até ao dia 9 de Outubro”.

A sala, até aqui usada para as reuniões da bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro e a sua equipa do Conselho Geral, desde 2006, é propriedade da CPAS e o seu uso gratuito pela Ordem dos Advogados foi concedida, “ainda que verbalmente, sem convenção de prazo certo ou determinação do uso (em termos temporais), pelo que, diz a CPAS, esta “tem o direito de exigir a respetiva restituição”, segundo o ofício enviado à líder dos advogados no dia 6 de setembro e a que o ECO/Advocatus teve acesso.

A justificação da instituição prende-se com “uma expressiva falta de espaço nas suas instalações, não só para acomodar os seus serviços, como para receber entidades externas. Aliás, nesse sentido, irá ter início este mês de setembro de 2024 o processo de auditoria à CPAS por parte da Inspeção-Geral de Finanças (IGF) para apurar o seu património, encargos e responsabilidades futuras”, diz o mesmo ofício.

“A Ordem recebeu o ofício em causa na sexta-feira, está a analisar e a preparar a resposta ao mesmo, no entanto, não pode deixar de lamentar profundamente a atitude da direção, que notifica o Conselho Geral para devolver em 30 dias a Sala do Conselho, recentemente denominada Sala Regina Quintanilha e que está ao serviço da OA desde 2006“, segundo explica a bastonária, em declarações ao ECO.

Esta notificação e a tentativa anterior de não renovação do contrato de arrendamento do Prédio das Escadinhas (que já são instalações complementares dos serviços) demonstram bem que a OA não só necessita de novas instalações, como deve ser proprietária das mesmas, como foi proposto e pelo Conselho Geral e aprovado em Assembleia geral”, concluiu.

Do lado da CPAS, Pedro Mota Soares, vice da instituição, lamenta que “uma comunicação privada da CPAS à Ordem dos Advogados seja remetida à Comunicação Social mesmo antes” de receber uma resposta da OA. “Não obstante, confirmamos que solicitámos a devolução de instalações da CPAS, que são necessárias para acomodarmos serviços que nos permitem responder com qualidade aos nossos beneficiários e que estão a ser ocupados pela OA”, acrescenta.

Auditoria à CPAS para apurar o património

O Governo publicou no final de agosto, em Diário da República o despacho que determina uma auditoria à Caixa de Previdência dos Advogados e Solicitadores (CPAS) para apurar o seu património, encargos e responsabilidades futuras, a qual deverá estar concluída e homologada no prazo de cinco meses. A nova comissão vai analisar e ponderar os modelos de integração apresentados com base nos resultados apurados pela auditoria e no relatório do grupo técnico que vai também ser constituído.

“A complexidade da matéria em apreço, bem como o pretendido apuramento dos impactos da eventual integração dos beneficiários da CPAS no regime geral da Segurança Social, impõem não só a realização de uma auditoria ao património, encargos e responsabilidades futuras daquela entidade, tal como recomendado pela Assembleia da República, mas também uma análise técnica rigorosa aos resultados dessa mesma auditoria em função dos modelos em que tal integração poderá ocorrer”, lê-se em Diário da República.

Este despacho vem extinguir a comissão de avaliação criada em novembro de 2023, que tinha como objetivo analisar uma auditoria, que não foi realizada, e estudar a eventual integração dos beneficiários da CPAS no regime geral da Segurança Social, ou, em alternativa, de ponderar um novo modelo de proteção social, tendo tal comissão sido incumbida de apresentar um relatório no prazo de 12 meses. A comissão de avaliação vai iniciar funções no prazo de 45 dias após a publicação deste despacho.

Bastonária investe 3,4 milhões para novas instalações da Ordem dos Advogados

A bastonária da Ordem dos Advogados anunciou, em janeiro, a compra de um edifício na Av. Gago Coutinho, em Lisboa, para acomodar alguns serviços da OA. “Há uma necessidade há muito identificada de instalações complementares às já existentes para acomodar o bom funcionamento dos órgãos nacionais da Ordem dos Advogados”, diz o Plano de Atividades e Orçamento do Conselho Geral para 2024. Atualmente, as instalações da OA estão situadas no Largo de São Domingos, em Lisboa.

Para isso, o Orçamento para 2024 – que já foi aprovado – estima que, com esta aquisição, se gaste 3,4 milhões de euros. Feitas as contas, o valor para esse investimento na aquisição de um novo imóvel será de 3,1 milhões para a compra em si e 300 mil euros para as obras de adaptação do novo espaço. Inclui ainda o valor que se estima pagar em 2024, de capital e juro, decorrente do financiamento bancário planeado, no montante de 2,4 milhões de euros, projetando-se uma renda de 20 mil euros mensais. A este valor acresce ainda 233 mil euros relativos ao pagamento do Imposto sobre transações (IMT).

Salão Nobre da Sede da Ordem dos Advogados, no Largo de São Domingos, em LisboaHugo Amaral/ECO

Para isso, o CG planeia usufruir de mais 474 mil euros de saldos de tesouraria acumulados para essas despesas com o IMT, bem como para o pagamento das rendas (capital e juro) à entidade bancária de 20 mil euros mensais. E utilizar um milhão de euros do saldo de tesouraria acumulado de anos anteriores.

Mas essa despesa não foi vista com bons olhos pelo Conselho Fiscal da OA. No parecer desta proposta, o presidente Pedro Madeira de Brito, explica que “o Conselho Fiscal manifesta alguma preocupação com o facto do saldo orçamental global ser negativo e estar-se a consumir as reservas de tesouraria acumuladas e bem assim, com a assunção de encargos futuros com a contratualização de financiamento bancário, para além de não ter sido efetuada uma demonstração de custo benefício da opção tomada e do seu efeito no médio prazo”. Compete ao CF acompanhar e controlar a gestão financeira da Ordem dos Advogados bem como dar pareceres, fiscalizar e pronunciar-se sobre assuntos a nível orçamental, contabilístico, financeiro e fiscal.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Força Aérea e Neuraspace lançam telescópio ótico em Beja

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Setembro 2024

Objetivo do projeto, financiado em 25 milhões de euros pelo PRR, é garantir a segurança no espaço, evitando a colisão entre satélites ou com detritos espaciais.

A Neuraspace, empresa aeroespacial portuguesa, inaugurou esta terça-feira o primeiro telescópio ótico em Portugal, que resulta de uma parceria com a Força Aérea Portuguesa. O projeto, instalado na Base Aérea N.º 11, em Beja, contou com um financiamento de 25 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Em comunicado, a Neuraspace, sediada no Instituto Pedro Nunes, em Coimbra, explica que o objetivo do telescópio é “melhorar a segurança e a sustentabilidade do espaço exterior” e prestar “serviços complementares” a todas as empresas que operam no domínio aeroespacial.

Telescópio ótico instalado na Base Aérea N.º 11, em Beja, resulta de uma parceria entre a Neuraspace e a Força Aérea Portuguesa

Além disso, a empresa refere que permitirá “acrescentar valor” à Plataforma de Gestão de Tráfego Espacial da Neuraspace — que atualmente monitoriza mais de 300 satélites –, ajudando a “realizar operações espaciais seguras e evitar colisões com detritos espaciais e outros satélites”.

Quanto à parceria com a Força Aérea Portuguesa, o telescópio ótico, que “permitirá seguir objetos com elevada fiabilidade”, irá “reforçar as capacidades de Portugal nas áreas de Space Situational Awareness (SSA) e Space Surveillance and Tracking (SST) e a sua especialização no apoio ao avanço da segurança espacial“, detalha a empresa.

Esta parceria com a Neuraspace insere-se na estratégia de capacitação espacial da Força Aérea, que apoiará no conhecimento situacional espacial e desse modo contribuirá para o Space INTEL.

General Cartaxo Alves

Chefe do Estado-Maior da Força Aérea

Em conjunto com as suas capacidades de Inteligência Artificial, o telescópio vai também permitir à Força Aérea Portuguesa “otimizar a análise de dados espaciais, transformando informações complexas em conhecimentos valiosos para fins de defesa e proteção civil“.

“Esta parceria com a Neuraspace insere-se na estratégia de capacitação espacial da Força Aérea, que apoiará no conhecimento situacional espacial e desse modo contribuirá para o Space INTEL, que alavancará superioridade de informação e, por inerência, valor operacional”, afirma o Chefe do Estado-Maior da Força Aérea, General Cartaxo Alves, citado no comunicado.

Já a diretora-geral da Neuraspace, Chiara Manfletti, dá conta de que “poucas horas após a sua instalação, o telescópio já provou ser fundamental no apoio a vários clientes através da fase crítica Launch and Early Orbit Phase (LEOP), onde os operadores dependem fortemente da precisão exata para a localização de objetos”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Exportações de componentes automóveis recuaram 3,7% até julho

  • Lusa
  • 10 Setembro 2024

As vendas para o mercado europeu até julho tiveram uma quebra de 4,7%. Espanha continua a ser o principal destino dos componentes fabricados em Portugal.

As exportações de componentes automóveis recuaram 3,7%, entre janeiro e julho, para 7.200 milhões de euros, segundo dados divulgados esta terça-feira pela AFIA – Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel.

“No que se refere ao acumulado das exportações, entre janeiro e julho, as exportações de componentes automóveis atingiram os 7.200 milhões de euros, registando uma diminuição de 3,7% face ao período homólogo de 2023”, indicou, em comunicado. Só em julho, estas exportações tiveram um aumento de cerca de 1,3%, relativamente ao mesmo período do ano anterior, para 1.000 milhões de euros.

As vendas para o mercado europeu até julho tiveram uma quebra de 4,7%. Espanha continua a ser o principal destino dos componentes fabricados em Portugal (27,6%), seguida pela Alemanha (23,7%) e por França (8,3%).

“A indústria europeia passa por um período conturbado, no entanto, acreditamos na força da nossa indústria para que se consiga encontrar formas de ultrapassar estes desafios”, referiu, citado na mesma nota, o presidente da AFIA, José Couto. Os números hoje divulgados pela associação têm como base as estatísticas do comércio internacional de bens do Instituto Nacional de Estatística (INE).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ocupação de quartos na hotelaria do Algarve subiu 1,0% em agosto

  • Lusa
  • 10 Setembro 2024

Os mercados que registaram maiores crescimentos homólogos foram o alemão (+1,2pp), o norte-americano (+0,5pp) e o neerlandês (+0,4pp).

Os hotéis do Algarve registaram um aumento de 1,0% na ocupação de quartos em agosto, face ao ano passado, para 89,3%%, anunciou esta terça-feira a maior associação hoteleira da região sul do país.

De acordo com os dados provisórios avançados pela Associação dos Hotéis e Empreendimentos Turísticos do Algarve (AHETA), a taxa de ocupação das unidades de alojamento algarvias foi em agosto 0,9 pontos percentuais (pp) superior a um ano antes, tendo passado de 88,4% em 2023 para 89,3% este ano.

Segundo o resumo mensal da evolução da hotelaria elaborado por esta associação, os mercados que registaram maiores crescimentos homólogos foram o alemão (+1,2pp), o norte-americano (+0,5pp) e o neerlandês (+0,4pp). As maiores descidas em comparação com agosto de 2023 foram registadas no mercado nacional (-3,6pp) e no francês (-0,5pp).

Por outro lado, a estadia média foi de 4,8 noites, uma descida de 0,2 em relação ao mês homólogo do ano anterior. As estadias médias mais prolongadas foram as do mercado neerlandês (7 noites) e do irlandês (6).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Abreu Advogados reforça equipa com 14 novos associados

Depois de terem concluído com "sucesso" o programa de estágio, a Abreu Advogados promoveu 14 advogados a associados. Esta ronda de promoções foi o "dobro" das registadas no ano passado.

A Abreu Advogados promoveu 14 estagiários a associados, depois de terem concluído com “sucesso” o programa de estágio. Segundo o escritório, esta ronda de promoções foi o “dobro” das registadas no ano passado e reforça a aposta no “talento jovem e inovador”.

“Os mais recentes associados cumpriram, ao longo dos últimos dois anos, o programa de estágio da Abreu Advogados, onde tiveram oportunidade de trabalhar em várias áreas de prática e setores, com um acompanhamento personalizado e num modelo pensado para potenciar o desenvolvimento das competências técnicas e pessoais de cada um”, explica em comunicado a firma.

Entre os 14 novos associados está Catarina Mata (Trabalho), Diogo Pimenta (Bancário e Financeiro), Francisca Seixas Barata (Fiscal), Francisco Esteves de Almeida (Imobiliário), Gabriela Almeida Picanço (Trabalho), Inês Miranda Rodrigues (Contencioso & Arbitragem), Mafalda Santos Cordeiro (Financeiro), Margarida de Oliveira Pedro (Público e Ambiente), Maria Rubina Silva (Propriedade Intelectual e Tecnologias de Informação), Mariana Brito e Esteves (Societário, Comercial e M&A), Mariana Pedro (Contencioso & Arbitragem), Pedro Hemsworth (Propriedade Intelectual e Tecnologias de Informação), Rosário Mexia Alves (Trabalho) e Soraia Vale (Contencioso & Arbitragem).

O escritório de advogados explicou ainda que está atualmente a desenvolver a campanha de recrutamento para os estágios “People like you” e que tem desenvolvido diversas iniciativas que envolvem os estudantes, como Open Day, o Challenge Day e a Abreu Sustainability School.

“Um dos projetos diferenciadores da Sociedade passa por uma iniciativa chamada Projeto Olimpo. Este projeto é composto por um grupo alargado de elementos da Abreu Advogados, das mais variadas áreas, e tem como especial objetivo pensar, analisar e promover a atração e retenção de talento dentro da sociedade. Este grupo procura também olhar para o futuro e ver as mudanças do mercado, adaptando a busca e a análise dos vários perfis de talento jovem, aperfeiçoando a resposta e dinamismo no recrutamento, na atração e na retenção de futuros profissionais de Direito”, refere a firma.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Horários por preencher e professores por colocar. Ministro da Educação admite “dificuldades” no arranque do ano letivo

Fernando Alexandre promete reduzir em 90% o número de alunos no primeiro período completo sem aulas a uma disciplina e refere que a revisão da carreira dos professores irá além da dimensão salarial.

O ministro da Educação, Fernando Alexandre, garantiu esta terça-feira que os diretores das escolas e os professores estão a “trabalhar para que o ano letivo decorra com mais normalidade do que nos anos anteriores”, mas reconhece que o setor educativo em Portugal vai continuar a “ter dificuldades”.

“É público que há horários por preencher ainda. Há [cerca de 20 mil] professores que não estão colocados, mas estamos a trabalhar para que haja o mínimo de disrupções nas famílias, no percurso dos alunos. Quando falamos de educação, o centro são os alunos, são as famílias. É a elas que temos de responder”, referiu o governante.

Em declarações aos jornalistas, o ministro assumiu o objetivo de “reduzir em 90% os alunos no primeiro período completo sem aulas a uma disciplina”, notando que “resolver definitivamente o problema dos alunos sem aulas exige medidas mais estruturais e que vão demorar mais tempo”. “São medidas inovadoras”, acrescentou, salientando o subsídio de 450 euros atribuído a professores colocados a mais de 300 quilómetros.

Questionado sobre novos aumentos salariais para tornar a carreira de professor mais atrativa, no dia em que um relatório mostrou que os professores portugueses recebem menos 9,4% do que a média da OCDE, Fernando Alexandre começou por notar que este Governo já negociou a recuperação do tempo de serviço dos professores, que vai “permitir uma valorização salarial muito significativa ao longo dos próximos dois a três anos”.

“Foi um passo que não foi dado anteriormente e que penalizou salarialmente os trabalhadores e que desincentivou para a profissão. Essa dimensão vai ter, aliás, um impacto significativo na ordem dos 300 milhões de euros anuais, o que mostra a aposta que o Governo faz precisamente na profissão de professor e da sua importância para o sistema educativo”, acrescentou.

Os efeitos da recuperação integral do tempo de serviço começam a chegar aos professores dos ensinos Básico e Secundário este mês, segundo as informações disponibilizadas pela tutela. Para já, há 5.924 docentes com dados já confirmados pelas escolas que vão receber o acerto salarial em setembro. Mas o universo da medida é de cerca de 100 mil professores.

No que toca à revisão da carreira dos professores, o ministro da Educação sublinhou que “obviamente a dimensão salarial vai ter de ser revista, mas com uma perspetiva global”. Ou seja, concluiu, o Executivo liderado por Luís Montenegro vai “ter de olhar para muitas dimensões da carreira, não apenas para a salarial”.

As negociações para a revisão do Estatuto da Carreira Docente arrancam a 21 de outubro, esperando o Governo que este processo esteja concluído no prazo de um ano. Em vésperas do regresso às aulas, o ministro da Educação, Ciência e Inovação escreveu aos professores para desejar um “excelente ano letivo” com a promessa de valorização da carreira docente.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Câmara de Braga encerra “história triste” da “PPP dos relvados sintéticos”

  • Lusa
  • 10 Setembro 2024

Autarquia recebeu ‘luz verde’ do Tribunal de Contas para adquirir os restantes 51% de participação na denominada “PPP dos relvados sintéticos”, passando a ser o seu único proprietário.

O presidente da Câmara de Braga anunciou esta terça-feira que o Tribunal de Contas (TdC) autorizou o município a adquirir o restante da participação privada na Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga (SGEB) e, assim, “encerrar uma história triste”.

Na reunião do Executivo camarário, Ricardo Rio deu conta do visto do TdC para que o município adquira os restantes 51% de participação da SGEB, uma Parceria Público Privada (PPP), conhecida como a “PPP dos relvados sintéticos”, por 15 milhões de euros, considerando este “o último passo” para encerrar este dossier que “atingiu o seu ponto de não retorno”.

“Teve o visto do Tribunal de Contas para aquilo que eram os dois instrumentos fundamentais: primeiro, o financiamento, que já tinha sido obtido, para a aquisição da participação privada, agora para o próprio processo da aquisição dessa mesma participação. De imediato, o município passará a ser o único proprietário da SGEB e irá proceder à respetiva internalização nos serviços municipais”, explicou o autarca aos jornalistas, no fim da reunião camarária.

Para Ricardo Rio, “isto é o encerramento de uma história triste, do ponto de vista da gestão municipal” de Braga e até do país. “Diria até da gestão pública a nível nacional, de um processo que custou muitas dezenas de milhões de euros aos cofres municipais, que, ano após ano, foi delapidando um valor substancial”, sublinhou o presidente do município.

Os próximos passos são a aquisição formal da SGEB, sendo que a internalização desta PPP decorrerá “nos próximos meses”. O município de Braga passa a ser, de imediato, o único proprietário, a poder gerir os equipamentos da SGEB e a celebrar “novos contratos de arrendamento”.

A câmara fica também com a dívida desta PPP que, há alguns meses, segundo Ricardo Rio, se cifrava entre os “45 e os 50 milhões de euros”. “Ainda assim, com tudo isto, ainda conseguimos salvar quase 30 milhões de euros aos cofres do município”, adiantou o autarca.

Em causa está a Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga, uma Parceria Público-Privada constituída em 2008, quando a Câmara era liderada pelo socialista Mesquita Machado, para a construção de 38 campos de futebol com relvado sintético e outros equipamentos desportivos e sociais.

A Câmara já detinha 49% do capital da Sociedade Gestora de Equipamentos de Braga, estando os restantes 51%, agora adquiridos, nas mãos de uma construtora. Desde 2009, a Câmara já investiu cerca de 91 milhões na SGEB, numa média de 6,5 milhões por ano.

A PPP previa um investimento de 65 milhões de euros, mas apenas foram concretizados 35 milhões, porque em 2013 a Câmara passou do PS para a coligação PSD/CDS/PPM e o novo Executivo determinou a paragem das obras.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Eventual demissão do diretor-geral dos serviços prisionais será “decisão política”

  • Lusa
  • 10 Setembro 2024

A eventual demissão do diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rui Abrunhosa Gonçalves, na sequência da fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus, será "uma decisão política".

A eventual demissão do diretor-geral de Reinserção e Serviços Prisionais, Rui Abrunhosa Gonçalves, na sequência da fuga de cinco reclusos da prisão de Vale de Judeus, será “uma decisão política”, disse esta terça-feira fonte oficial do Ministério da Justiça.

Segundo referiu a mesma fonte à Lusa, a ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice, recebeu esta terça-feira de manhã o relatório de auditoria à atuação dos serviços de vigilância e segurança, elaborado pela divisão de segurança da Direção-Geral de Reinserção e Serviços Prisionais (DGRSP), e está a analisar o documento, que irá apresentar de tarde em conferência de imprensa.

O relatório, sustentou a mesma fonte, resultou de um “inquérito urgente” e é uma “auditoria técnica”, que aborda apenas os factos em torno da fuga e da segurança na prisão, com indicações das horas dos acontecimentos e do que falhou para ser possível a fuga dos cinco reclusos na manhã de sábado, sem se pronunciar sobre questões de natureza política.

As primeiras declarações da governante sobre o caso da fuga dos cinco reclusos de Vale de Judeus, em Alcoentre, no sábado, foram anunciadas para as 17h00, mas deverão afinal começar mais tarde, previsivelmente pelas 17h30, para não se sobreporem às intervenções de partidos e Governo sobre o Orçamento do Estado igualmente previstas para esta terça-feira de tarde.

Rita Alarcão Júdice irá explicar o documento durante 10 a 12 minutos, apresentando de seguida as suas próprias conclusões e as decisões, sendo a continuidade do diretor da DGRSP uma das questões em causa neste processo. Haverá então um espaço de perguntas dos jornalistas, que está previsto durar 20 minutos.

Na conferência de imprensa estarão ainda presentes a secretária de Estado Adjunta e da Justiça, Maria Clara Figueiredo, que tem a tutela das prisões, e o inspetor-geral dos Serviços de Justiça, Gonçalo Cunha Pires.

Além deste relatório, a mesma fonte salientou que está em curso outro inquérito interno dirigido por um magistrado do Ministério Público, no âmbito do Serviço de Auditoria e Inspeção da DGRSP, e que “estará pronto dentro de um mês”.

Questionada pela Lusa se Rui Abrunhosa Gonçalves colocou o lugar à disposição do Ministério da Justiça, a DGRSP não se pronuncia e remete para a conferência de imprensa desta terça-feira.

Já sobre o relatório e as informações entretanto apuradas sobre a fuga e as falhas de segurança, a DGRSP limita-se a indicar que essa matéria “está a ser objeto de averiguação interna por parte dos Serviços de Auditoria e Inspeção, coordenado por Magistrado do Ministério Público, bem como pelos Órgãos de Policia Criminal competente”, sublinhando que, por agora, “não é suscetível de partilha pública”.

Cinco reclusos fugiram no sábado do Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus, em Alcoentre, no concelho de Azambuja, distrito de Lisboa. A fuga foi registada pelos sistemas de videovigilância pelas 09h56, mas só foi detetada 40 minutos depois, quando os reclusos regressavam às suas celas.

Os evadidos são dois cidadãos portugueses, Fernando Ribeiro Ferreira e Fábio Fernandes Santos Loureiro, um cidadão da Geórgia, Shergili Farjiani, um da Argentina, Rodolf José Lohrmann, e um do Reino Unido, Mark Cameron Roscaleer, com idades entre os 33 e os 61 anos.

Foram condenados a penas entre os sete e os 25 anos de prisão, por vários crimes, entre os quais tráfico de droga, associação criminosa, roubo, sequestro e branqueamento de capitais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.