5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 6 Maio 2025

O Novobanco e a Nos vão divulgar as contas referentes ao primeiro trimestre deste ano. O Banco de Portugal vai apresentar os dados de março relativos às taxas de juro e montantes de novos empréstimos.

Esta terça-feira, o Novobanco e a Nos vão divulgar as contas referentes ao primeiro trimestre deste ano. O Banco de Portugal vai apresentar os dados de março relativos às taxas de juro e montantes de novos empréstimos e depósitos. A marcar o dia está ainda o início da reunião de dois dias dos governadores do Banco Central Europeu em Portugal e o início da reunião do Comité de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed) norte-americana.

Novobanco apresenta resultados

Em época de apresentação de resultados trimestrais, o Novobanco vai divulgar as contas referentes ao primeiro trimestre deste ano nesta terça-feira antes da abertura do mercado. Em 2024, os lucros do Novobanco totalizaram 744,6 milhões de euros, um resultado líquido recorde que superou por apenas 1,5 milhões de euros o alcançado em 2023. Os lucros do banco aumentaram, assim, apenas 0,2%.

Nos apresenta resultados

Esta terça-feira, a Nos vai divulgar os resultados do primeiro trimestre de 2025. Em 2024, a operadora lucrou 273,1 milhões de euros, um crescimento superior a 50%, se contabilizados os efeitos “não recorrentes”. A melhoria do resultado líquido consolidado prendeu-se principalmente com as mais-valias da venda de torres de telecomunicações, concluída pela Nos no ano passado, e com um efeito extraordinário referente a taxas de atividade, que lhe foram devolvidas pela Anacom, na sequência de decisões favoráveis e de “inconstitucionalidades” reconhecidas em processos judiciais movidos pela operadora.

Banco de Portugal revela taxas de juro

O Banco de Portugal vai apresentar os dados de março relativos às taxas de juro e montantes de novos empréstimos e depósitos. Em fevereiro, a taxa de juro média dos novos depósitos a prazo de particulares diminuiu pelo 14.º mês consecutivo, para 1,83%. Já a taxa de juro média das novas operações de crédito à habitação foi de 3,17%, o valor mais baixo desde dezembro de 2022.

Governadores do BCE reúnem-se em Portugal

Esta terça-feira começa a reunião de dois dias dos governadores do Banco Central Europeu (BCE), organizada pelo Banco de Portugal. Neste conselho anual à porta fechada a presidente Christine Lagarde e os governadores dos bancos centrais nacionais irão discutir o curso da política monetária. Em abril, a presidente do BCE deixou o aviso de que a escalada das tensões comerciais está a lançar uma nuvem de incerteza sobre as perspetivas de inflação a nível mundial.

Começa reunião de política monetária da Fed norte-americana

Começa esta terça-feira a reunião de dois dias do Comité de Mercado Aberto da Reserva Federal (Fed) norte-americana. As perspetivas em torno da economia dos Estados Unidos pioraram, devido à crescente incerteza causada pelas tarifas anunciadas pela administração Trump. O mais recente inquérito do banco central sobre a economia mostra ainda que muitas empresas já foram avisadas pelos fornecedores que os preços vão subir, com os consumidores a comprarem mais carros antes das tarifas, ao passo que o turismo está a baixar.

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Auditora de Gaia entra como ‘listing sponsor’ na Euronext Dublin para fundos de investimento abertos

Consultora de auditoria e gestão Carmo e Cerqueira dá “salto para outro campeonato” com a credenciação como 'listing sponsor' na Euronext Dublin para cotar fundos de investimento abertos.

A portuguesa Carmo e Cerqueira (C.) foi confirmada oficialmente como tier 1 listing sponsor na Euronext Dublin, adiantou ao ECO o cofundador e presidente executivo, José Carmo. A consultora de auditoria e gestão avançou com esta acreditação com o objetivo de cotar fundos de investimento abertos — algo que só é possível fazer na Irlanda ou nos Países Baixos (Amesterdão). É que em Lisboa, onde nos últimos anos tem participado em várias operações nos mercados secundários (Access e Growth), só poderia cotar fundos de investimento fechados.

“Tivemos de demonstrar o nosso background e o conhecimento que temos do mercado de capitais e de fundos em Portugal. Facilitou o facto de já sermos listing sponsors da Euronext em Lisboa, no Access e no Growth. Mas tivemos de demonstrar também que cumprimos com algumas exigências, nomeadamente em termos de independência. Por exemplo, que não somos auditores dos fundos que estamos a apresentar, que há chinese walls entre a auditoria e o advisory, que não somos revisores e listing sponsors da mesma entidade”, resume.

Estamos a falar de outro campeonato. Já não são empresas de cinco ou dez milhões, mas fundos de 150 milhões. Do ponto de visto de remuneração também é outro nível.

José Carmo

CEO e cofundador da C. (Carmo e Cerqueira)

José Carmo destaca que a consultora de auditoria e gestão de Gaia fica “apta a prestar esse serviço também a empresas estrangeiras – e aí é competitiva do ponto de vista de preço” – e que esta acreditação será atrativa em termos de negócio, sendo que atualmente esta atividade como listing sponsor vale ‘apenas’ 7,5% da faturação. “Dando este salto e passando a listar fundos, estamos a falar de outro campeonato. Já não são empresas de cinco ou dez milhões, mas fundos de 150 milhões. Do ponto de visto de remuneração também é outro nível, nomeadamente no acompanhamento. E até do ponto de vista de cadência de faturação garante um nível de remuneração que é interessante”, aponta.

“Se quiser investir num fundo de investimento fechado, a pessoa tem de se registar em Portugal, ter um número de contribuinte português ou passar por todo o processo de KYC [Know Your Customer] dos bancos portugueses [para mitigar riscos nas operações financeiras]. Se tiver um fundo de investimento aberto que está cotado, a partir do broker lá fora pode comprar unidades de participação no fundo, sem ter de passar por todas as exigências de KYC e de branqueamento de capitais no país de destino, fazendo o investimento diretamente como faz em ações normais. Há fundos portugueses que têm esse interesse e vamos tentar fazer o listing desses fundos em Dublin”, acrescenta o gestor.

José Carmo, CEO e cofundador da consultora C. (antiga Carmo e Cerqueira)Ricardo Castelo/ECO

Qual o trabalho de um listing sponsor? Em resumo, numa primeira fase está responsável pelo processo de due diligence e em ajudar a reestruturar as empresas para que possam ser colocadas em bolsa, verificando se está ou não em condições de ser listada. Numa segunda fase, ajuda igualmente na elaboração do documento informativo – na maior parte dos casos não é preciso um prospeto porque o valor do investimento é baixo. Uma vez listada a empresa, compete-lhe depois fazer o papel do public relations, especificando, por exemplo, o que tem ou não de divulgar, quando é que deve publicar as contas e outras informações do género.

Nos últimos anos, a C. tem apostado nesta atividade como listing sponsor nos mercados secundários da Euronext Lisbon, com destaque para três operações que avançaram por motivos diferentes. No caso da Farminvest, o objetivo era facilitar as trocas de participações entre os proprietários das farmácias e foi criada uma classe específica de ações que está listada. Na Vila dos Números, organizar os investimentos do ponto de vista familiar e otimizá-los do ponto de vista fiscal: constituíram uma SIGI, que obriga a uma dispersão de capital num mercado e o Euronext Access serve esse propósito.

No caso mais recente da Samba Digital, que é neste momento a única empresa portuguesa no Euronext Growth, a startup de marketing desportivo quis listar-se para facilitar a entrada de investidores. No início deste ano, a empresa fundada em 2018 nos EUA anunciou um aumento de capital de quatro milhões de euros para financiar o desenvolvimento de uma plataforma de inteligência artificial para organizações desportivas.

Escritório da consultora C. no Candal Park, em Vila Nova de Gaia.Ricardo Castelo/ECO

Cofundada por José Carmo e David Cerqueira, ambos ex-quadros da PwC e que já se conheciam da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP), a C. tem também Bruno Neves como sócio desde o final de 2017: era senior manager no escritório da KPMG no Porto e foi convidado nessa altura para liderar o departamento de fiscalidade.

Com clientes nos setores da banca, indústria, farmacêutico, advocacia, hotelaria ou imobiliário, esta sociedade de revisores oficiais de contas e consultora especializada em corporate finance, fiscalidade e mercado de capitais emprega atualmente 27 pessoas e fechou o último exercício com uma faturação de dois milhões de euros, com a auditoria a equivaler a cerca de 45% do negócio.

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Apagão ibérico relança debate sobre ‘corredor elétrico’ na Europa

Especialistas consideram que o dia 28 de abril, quando Portugal e Espanha ficaram às escuras, pode dar ímpeto ao antigo apelo às interligações, mas depende da "vontade de Bruxelas de agir".

O apagão histórico que deixou Portugal e Espanha às escuras esta segunda-feira não só expôs as fragilidades do sistema elétrico como levantou questões sobre a autonomia das redes de eletricidade na Europa. O facto de a Península Ibérica funcionar como uma ‘ilha energética’ dentro da Europa tem sido questionado há mais de uma década – sem desenvolvimentos – e as opiniões continuam divididas sobre as vantagens de incluir mais países neste bloco de energia.

Miguel Moreira da Silva, antigo coordenador de gestão de ativos na REN e managing partner da consultora Wiimer, afirma que esta situação traz de volta o debate público sobre o reforço das interligações energéticas, mas alerta que as falhas ocorreriam mesmo se Portugal estivesse interligado a mais países.

“Não haja equívocos. Mesmo que a interligação entre Espanha e França estivesse em linha com a meta de 2030 (15% de capacidade de interligação), provavelmente esse corredor elétrico não seria suficiente para auxiliar a abrupta descida de produção em Espanha. O sistema espanhol perdeu cerca de metade da sua ponta máxima. Se estivessem disponíveis os 5GW -atualmente apenas estão disponíveis 2,8GW – de interligação nos Pirinéus, estaríamos muito distantes do colapso de 15GW”, explica Miguel Moreira da Silva ao ECO.

Enquanto Espanha tem algumas ligações com França, Portugal está exclusivamente conectado a nuestros hermanos, embora ambos estejam a tentar alterar esta situação e aumentar as interligações, pelo menos desde 2015, durante o Governo de Pedro Passos Coelho. Desde então, poucos avanços foram feitos nesse sentido.

Para o académico João Pedro Pereira, professor da Nova SBE, “seria bom haver mais linhas de transmissão elétrica” entre Espanha e França, desde que os custos fossem devidamente contabilizados. “Atualmente há cinco, de acordo com o mapa abaixo, mas é difícil – leia-se muito caro – construir mais linhas. É preciso analisar os benefícios de mais integração, quer ao nível dos preços da eletricidade no dia a dia, quer ao nível da segurança adicional contra eventos como o de segunda-feira”, sublinha o especialista em finanças energéticas, precificação de ativos e risco de crédito.

A Turbogás, concessionária da central da Tapada do Outeiro, declara que é “imperativo” avançar com mais investimentos em infraestruturas, incluindo novas interligações com o resto da Europa, apesar de a conexão ibérica permitir “manifestas vantagens económicas” para os consumidores ao dar acesso a energia mais barata em determinadas horas do dia.

“Contudo, a transição energética – marcada pela crescente incorporação de fontes renováveis – traz novos desafios à estabilidade e fiabilidade do sistema, exigindo decisões assentes em análises técnicas rigorosas e não em discursos simplistas ou apenas generalistas. A construção de uma Europa energética mais integrada deve ser feita de forma gradual, segura e tecnicamente sustentada”, esclarece fonte oficial da Turbogás, em declarações ao ECO.

Para acabar com esta ‘ilha energética’ luso-espanhola, a empresa de Gondomar diz que é preciso investir em infraestruturas de interligação além de França.

Na mesma linha de pensamento, a advogada Margarida Ramires Ramos, que foi adjunta do secretário de Estado da Energia e do ministro do Planeamento e das Infraestruturas no XXI Governo Constitucional, considera que “Portugal tem de estar ligado a Espanha e ao resto do continente europeu”. Contudo, essa ligação “depende da vontade política da Comissão Europeia em agir”.

A consorciada da Legal Joint Venture acredita que o dia 28 de abril de 2025 “poderá contribuir” para que os esforços dos últimos anos “sejam alcançados”, referindo-se à declaração conjunta de 2015, ao Grupo de Alto Nível criado por Bruxelas em junho desse ano após a cimeira de Madrid, em março, e ao memorando de entendimento de dezembro de 2023, no qual o grupo se comprometeu a cooperar em projetos estratégicos, entre os quais as interconexões transfronteiriças na eletricidade. “Diga-se que a ligação a Espanha também e benéfica para os consumidores, uma vez que permite comprar energia a um preço mais atrativo, uma vez que Espanha tem excesso de produção de energia de fonte solar”, ressalva Margarida Ramires Ramos, defensora da independência energética da Europa.

Ivone Rocha, fundadora da EFELA – European Federation of Energy Law Association e membro da direção da APDEN – Associação Portuguesa de Direito de Energia, diz que o apagão “é mais uma demonstração” da necessidade de fortalecer a ligação energética entre a Península Ibéria e o resto da Europa e defende a sinergia ibérica.

“Ao contrário do que tenho ouvido, é essencial a Portugal estar ligado a Espanha. Ainda bem que temos um mercado ibérico de energia, essencial a uma boa formulação de preços, bem como à própria segurança de abastecimento”, argumenta a sócia da Telles. “A questão está na pressão colocada na gestão da rede e no seu reforço, sobretudo na ligação da Península Ibérica com o resto da Europa. Ainda não temos dados concretos e conclusões concretas sobre o que se passou, mas tudo indica para uma oscilação súbita nos fluxos de potência, que provocou o isolamento da rede ibérica”, acrescenta Ivone Rocha.

Corredor elétrico, a “importante batalha” de Passos Coelho

A advogada especializada em energia reconhece que a interligação foi uma “importante batalha do XIX Governo” em conjunto com o Executivo de Espanha, embora admita que “os avanços estão abaixo do esperado”. “Impõe-se retomar e implementar, mas também se impõe olhar para a gestão de redes e de sistemas, com implementação de sistemas de backup, com por exemplo uso de baterias”, apela.

Já Miguel Moreira da Silva considera fundamental reforçar o investimento nas redes, na garantia de inércia mínima, na partilha de informação e no desenvolvimento de sistemas autónomos de gestão de incidentes através de Inteligência Artificial (IA) capaz de prever, detetar e atuar perante anomalias. “Será necessário investir em dispositivos para apoio à estabilidade das redes, como baterias, controlo de tensão, previsão de energia solar, gestão do risco, regras entre agentes do sistema e modelos para planeamento e operação do sistema elétrico utilizando IA”, defende.

Montenegro preocupado com dependência espanhola

Quando falou ao país, o primeiro-ministro alertou para a dependência de Portugal em relação a Espanha e garantiu que o país tem lutado, no contexto da União Europeia, pelo “reforço das interligações na Europa de forma a ter mais autonomia para receber e vender energia”.

“Ao contrário de Espanha, que teve a ajuda das outras ligações que tem, nomeadamente com França e Marrocos, nós estamos dependentes numa situação de constrangimentos da ligação que temos a Espanha. É verdade que a circunstância de Espanha ter, nomeadamente com a Europa, limitações de interligação também afeta a capacidade de fornecimento de Portugal”, referiu Luís Montenegro.

No momento da falha, o sistema elétrico nacional estava a importar eletricidade de Espanha. Trata-se de um procedimento comum – e que, segundo administrador da REN, “tem sido normal nestes últimos dias” – para utilizar energia mais barata produzida em Espanha, uma vez que há uma elevada penetração de centrais solares do outro lado da fronteira. Luís Montenegro desvalorizou o facto de estar a ocorrer importação de energia aquando do apagão, até porque teria ocorrido na mesma, diz.

“É verdade que, por razões financeiras, estávamos a importar energia de Espanha, porque estava a um preço mais competitivo, mas mesmo que assim não fosse, fruto dessa ligação, o apagão em Espanha teria provocado o mesmo apagão em Portugal”, defendeu o primeiro-ministro.

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Santander deixa Polónia. CEO do BCP rejeita fazer o mesmo

O Santander anunciou esta segunda-feira a venda da quase totalidade da participação no seu banco na Polónia. O presidente executivo do BCP garante que não seguirá o caminho do rival espanhol.

“Não está em cima da mesa sair da Polónia”, afirma, perentório, o presidente executivo do BCP, numa entrevista ao ECO a propósito dos prémios Investor Relations and Governance Awards, uma iniciativa da Deloiite. Miguel Maya rejeita assim seguir a estratégia do Santander, que esta segunda-feira anunciou a venda da quase totalidade da sua participação na sua unidade polaca.

O Santander entrou na Polónia em 2011 através da aquisição do Bank Zachodni WBK, consolidou-o com o Kredyt Bank, e criou a terceira maior instituição financeira do país, com uma quota de mercado de 8% em 2024. Esta segunda-feira, o banco espanhol anunciou a venda de 49% do capital ao austríaco Erste Group Bank pelo equivalente a 6,8 mil milhões de euros, mantendo uma participação de 13%. Alienou ainda a sua posição de 50% no negócio de gestão de ativos por 200 milhões.

“A Polónia é uma operação muito interessante, que fez ela própria um processo de recuperação”, destacou Miguel Maya ao ECO. “A nossa gestão é baseada em factos, em dados, e, portanto, questionamos tudo: o crédito pessoal, o crédito à habitação, as operações, a rentabilidade, investimentos, sucursais. Tudo isto, não damos nada por adquirido, estamos permanentemente a fazer um assessement”, apontou, assegurando, no entanto, que “não está em cima da mesa sair da Polónia”.

O BCP está na Polónia desde o ano 2000, quando entrou no capital do BIG Bank GDAŃSKI, rebatizado para Bank Millennium, detendo atualmente uma participação de 50,1%. A instituição registou um crescimento dos lucros de 31,7% no ano passado, para os 167,1 milhões de euros, conseguindo um resultado positivo pelo segundo ano consecutivo, mas durante um longo período pesou nas contas do BCP, devido a várias “tormentas”, expressão usada por Miguel Maya em 2022.

O banco foi obrigado a constituir provisões para fazer face às contingências na carteira de crédito hipotecário em francos suíços e, mais tarde, devido à aprovação de uma nova lei sobre moratórias de crédito. Nas contas do ano passado, contabilizava provisões de 460 milhões para o stock de 750,2 milhões de euros em empréstimos na divisa suíça e mais 26,2 milhões para as moratórias. Foi também criado um Fundo de Proteção Institucional (IPS, na sigla em inglês), para assegurar a estabilidade do setor, para o qual o Bank Millinnium também teve de contribuir.

A presidente do Santander, Ana Botín, justifica a venda na Polónia como “mais um passo-chave no foco estratégico de criação de valor para o acionista” e “o crescimento da escala do grupo em geografias com mercados altamente conectados”. Metade da mais-valia de 3,2 mil milhões de euros será usada para acelerar o programa de recompra de ações, que é antecipado para o início de 2026, podendo o montante total de até 10 mil milhões ser aumentado.

O Santander desinveste num mercado cuja economia deverá crescer 3,2% este ano, contra apenas 1,5% na média da União Europeia, e num banco que em 2024 apresentou um retorno do capital (RoTE) de 22%, acima dos 16,3% registados pelo grupo espanhol.

“Estamos a concretizar um objetivo estratégico de longa data: enquanto principal financiador na Europa Central e de Leste, continuamos a alargar a nossa presença na região e a expandir-nos num dos mercados bancários mais dinâmicos e rentáveis da Europa”, reagiu o CEO do Erste Group, Peter Bosek.

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Economia tem de crescer entre 2,8% a 3% nos próximos nove meses para atingir metas do PS e da AD

Projeções da AD e do PS para a totalidade do ano revelam-se mais desafiantes perante dados do 1º trimestre, alertam economistas. PIB terá de recuperar fortemente, mas ainda há o efeito 'apagão'.

  • O ECO vai divulgar cinco séries semanais de trabalhos sobre temas cruciais para o país, no período que antecede as eleições legislativas de 18 de maio. Os rendimentos das famílias, a execução dos fundos europeus, o crescimento da economia nacional, a crise da habitação e o investimento na Defesa vão estar em foco. O ECO vai fazer o ponto da situação destes temas, sintetizar as propostas dos principais partidos e ouvir a avaliação dos especialistas.

Depois do fraco desempenho no arranque do ano, a economia portuguesa precisará de crescer entre 2,8% a 3% entre abril e dezembro para alcançar as previsões do PS e da AD, respetivamente, para a totalidade deste ano, de acordo com cálculos do ECO. Um cenário desafiante face à incerteza internacional, particularmente devido às tarifas, alertam os economistas.

O crescimento da economia portuguesa desacelerou no arranque do ano. Um quadro esperado pelos economistas, mas cuja dimensão do abrandamento surpreendeu. Os dados preliminares do Instituto Nacional de Estatística (INE) revelam que o Produto Interno Bruto (PIB) avançou 1,6% em termos homólogos nos primeiros três meses, depois de ter aumentado 2,8% no trimestre precedente. Uma evolução que resulta do abrandamento do consumo privado e da desaceleração das exportações de bens e serviços.

Os dados indicam ainda que o PIB contraiu-se 0,5% na comparação em cadeia, quando no trimestre anterior tinha subido 1,4%. Segundo o INE, um resultado que reflete a combinação de um contributo nulo da procura interna (após ter sido positiva nos últimos três meses de 2024) e do contributo negativo da procura externa líquida.

Perante este desempenho, de acordo com cálculos do ECO (com base nos dados do INE a preços de mercado e ajustados de sazonalidade), a economia terá de crescer cerca de 3% entre abril e dezembro para alcançar a meta anual de 2,4% projetada pelo Ministério das Finanças, no Relatório de Progressos do Plano Orçamento de Médio Prazo enviado a Bruxelas, e pela Aliança Democrática (AD) no seu programa eleitoral. Significa isto que, em média, o PIB terá de avançar perto de 1% em cadeia em cada um dos trimestres que se seguem.

Para cumprir a projeção do PS de um crescimento de 2,3% este ano (a mesma que o Banco de Portugal), é preciso que o PIB suba cerca de 2,8% em nove meses, a que corresponde uma taxa em cadeia de pouco mais de 0,9% em cada trimestre.

Em condições normais seria extremamente difícil, com a conjuntura internacional que temos é praticamente impossível.

Pedro Braz Teixeira

Diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade

Em condições normais seria extremamente difícil, com a conjuntura internacional que temos é praticamente impossível“, considera Pedro Braz Teixeira, diretor do gabinete de estudos do Fórum para a Competitividade, em declarações ao ECO quando questionado sobre a probabilidade de alcançar estes valores.

Além da incerteza internacional, poderá verificar-se algum impacto do apagão, mesmo que ligeiro, no segundo trimestre. Segundo contas de Pedro Braz Teixeira, a falha que paralisou o país dia 28 de abril poderá “retirar 0,1% a 0,2% ao crescimento do segundo trimestre”, devido à paragem da produção não compensada.

“Se considerarmos a paralisação da produção talvez chegamos a uma perda de 1%, mas alguma é compensada nas semanas seguintes. Porém, há sempre atividade que não se compensa“, aponta.

Pedro Braz Teixeira calcula que apagão retire 0,1% a 0,2% ao crescimento do segundo trimestre. Ricardo Ferraz aponta para um custo à volta de 400 milhões de euros ao PIB deste ano.

Na mesma linha, Ricardo Ferraz, professor no ISEG e na Universidade Lusófona, em declarações ao ECO, considera que “além da conjuntura externa, que não é a melhor, uma parte relevante da história poderá estar relacionada com efeitos pontuais”. Porém, “de qualquer forma, estes dados parecem tornar mais difícil alcançar um crescimento económico próximo dos 2,5% no conjunto de 2025″.

O economista também sinaliza o impacto do apagão no segundo trimestre, o que de acordo com os seus cálculos, poderá ter custado cerca de 400 milhões de euros ao PIB deste ano. “Ainda assim difícil não é sinónimo de impossível. Tudo vai depender do comportamento da nossa economia nos próximos trimestres, sendo que a evolução da conjuntura externa vai ser determinante“, acrescenta.

Tudo vai depender do comportamento da nossa economia nos próximos trimestres, sendo que a evolução da conjuntura externa vai ser determinante.

Ricardo Ferraz

Professor do ISEG e da Lusófona

Para já, do lado do Governo mantém-se a confiança na projeção para a totalidade do ano. “Temos todas as condições para chegar ao final com todas as nossas estimativas cumpridas. Evidentemente que temos de ser prudentes, mas também temos de ser ambiciosos”, afirmou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, durante o debate televisivo entre os oito líderes dos partidos com assento parlamentar.

Uma posição sobre a qual o secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, discorda. “O crescimento económico para 2025 já vai ter de ser revisto em baixa, o que torna o programa da AD uma impossibilidade completa“, aposta.

Uma opinião partilhada por Pedro Braz Teixeira. “Com os dados do primeiro trimestre crescer sequer 2% é extremamente difícil, muito menos crescer 2,3% ou 2,4%. Os dados do 4º trimestre foram muito melhor do que o esperado e levaram a um otimismo e revisão em alta das estimativas para este ano, agora os dados do primeiro trimestre foram muito pior do que o esperado e obrigam a uma revisão em baixa“, considerou.

Legislativas 2025, debate com todos os partidos na RTP. Luís Montenegro (PSD) e Pedro Nuno Santos (PS)Pedro Pina - RTP 4 Maio, 2025

O ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, procurou desvalorizar a questão. “Não nos deve surpreender muito [os números do primeiro trimestre], porque o crescimento em cadeia do quarto trimestre foi o mais elevado desde a entrada no Euro, com exceção da pandemia“, disse durante um almoço-debate na segunda-feira.

Apesar dos dados do INE ainda darem pouca visibilidade sobre os contributos para o PIB, Miranda Sarmento elenca entre os prováveis fatores de influência uma desaceleração no investimento em construção, medido pelo INE através do consumo de cimento, cujas compras cresceram mais de 20% em novembro e dezembro, e que agora terão ficado abaixo dessa taxa. A este indicador junta-se um crescimento do investimento privado menor do que o previsto, bem como uma desaceleração do consumo privado.

A retração do consumo das famílias era esperada pelos economistas, que assinalavam o impacto do aumento de rendimentos devido às alterações do IRS com retroativos e ao bónus para os pensionistas e reformados no último trimestre do ano passado. O Banco de Portugal antecipou para os primeiros três meses deste ano uma redução de 1,2% do rendimento disponível nominal, com reflexos no consumo.

Ainda assim, os dados surpreenderam os economistas do BPI, que assinalam que “os comportamentos de diversos indicadores disponíveis até fevereiro não sugeriam contração do PIB em cadeia“. No consumo, destacam que embora os levantamentos e compras com cartões apresentassem uma queda, indicadores mais globais como as vendas a retalho deflacionadas e vendas de automóveis sugeriam que o consumo se mantinha robusto. Paralelamente, a faturação na indústria e nos serviços avançou 0,8% e 3,8% respetivamente, apontam.

Ministro das Finanças aponta para desaceleração no investimento em construção, medido pelo INE através do consumo de cimento, e do investimento privado, bem como do consumo das famílias. Paralelamente, as importações aceleraram.

O ministro das Finanças destacou ainda o impacto para o desempenho do primeiro trimestre da aceleração verificada nas importações, o que, admite, “poderá ou não já ter a ver com alguma antecipação do efeito das tarifas“. Efeito esse que Pedro Braz Teixeira alerta que terá impacto ao longo do ano.

“Ainda não sabemos nada do que aí vem [as tarifas estão suspensas, enquanto decorrem negociações], mas sabemos que as tarifas são negativas e a incerteza aumentou. Quando os EUA decidem uma coisa numa semana e na seguinte recuam, estamos num mundo em que temos o máximo de incerteza, o que tem um impacto muito grande“, argumenta.

O economista recorda que “no meio da incerteza, as empresas não investem e não contratam e as famílias não fazem grandes aquisições, pelo que há impactos sobre investimento e consumo“. Ademais, os efeitos poderão chegar a Portugal por via indireta, através da menor procura dos parceiros comerciais.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) cortou recentemente a expansão do PIB mundial para 2,8% este ano, face aos 3,3% que apontou em janeiro, e para 0,8% o da Zona Euro, menos duas décimas do que projetava anteriormente. A instituição de Bretton Woods reviu em baixa as projeções para as principais economias europeias, com exceção de Espanha, apontando para uma estagnação na Alemanha. Cenário que o Governo alemão também admite. Na semana passada, passou de uma taxa de 0,3% para 0%.

Certo é que o efeito Trump já se sente nos EUA. A economia americana registou uma contração homóloga de 0,3% no primeiro trimestre, o que não acontecia desde o primeiro trimestre de 2022. O presidente norte-americano admitiu que o cenário de recessão no curto prazo pode ser uma realidade, ainda que defenda que a época é de transição e as terras de ‘Uncle Sam’ irão assistir “ao maior ‘boom’ económico da história”.

Entre as instituições económicas, o Conselho das Finanças Públicas – que na semana passada, considerou que a projeção de 2,4% é “provável”, mas não é “prudente” – prevê um crescimento para Portugal de 2,2% este ano, o FMI e a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) de 2% e a Comissão Europeia de 1,9%.

Os economistas do BPI destacam que “é muito possível que o crescimento trimestral em 2025 se revele muito volátil, com movimentos ascendentes e descendentes que pouco refletirão o comportamento real da economia“.

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Novobanco dá mais um passo no IPO: acionistas aprovam a 4 de junho admissão à bolsa

IPO do Novobanco começa a ganhar forma. Daqui a um mês os acionistas vão decidir sobre a admissão de ações em bolsa, abrindo caminho para o IPO. Assessores preparam prospeto da operação.

Passo a passo, o Novobanco vai fazendo o seu caminho rumo à bolsa de Lisboa. E uma das etapas decisivas deste processo acontece dentro de menos de um mês. O banco acabou de marcar uma assembleia geral extraordinária para o dia 4 de junho para que os seus acionistas deliberem sobre a admissão à negociação de ações no mercado regulamentado da Euronext Lisbon.

A luz verde dos acionistas — designadamente, o fundo Lone Star, o Fundo de Resolução e a Direção-Geral do Tesouro e Finanças (DGTF) — para que o capital do Novobanco possa ser admitido na bolsa é um passo decisivo e precedente à oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) que o banco liderado por Mark Bourke tem vindo a preparar desde que a 13 de fevereiro anunciou o mandato atribuído pelo fundo americano para avançar com a operação.

Outra das cinco propostas em cima desta assembleia geral extraordinária diz respeito à “revisão integral dos estatutos” do Novobanco de forma a garantir que cumpre “as regras que lhe serão aplicáveis” quando estiver a cotar na bolsa, de acordo com a convocatória anunciada pelo banco.

Por essa altura, e segundo as informações recolhidas pelo ECO, o banco liderado por Mark Bourke já deverá ter uma ideia mais clara sobre o calendário da operação – que ficou mais incerto com a enorme instabilidade nas bolsas internacionais na sequência do anúncio de tarifas por parte do Presidente dos EUA no início de abril.

Há duas datas em cima da mesa para avançar com o IPO: realizar a operação até ao final de junho ou deixar passar o verão e concretizar o negócio apenas em setembro. Desde o início deste processo que o banco tem frisado que o timing será ditado pelas condições do mercado.

Além do calendário, ainda está por definir a percentagem de capital a dispersar no IPO – sendo previsível uma dispersão entre 25% a 30% do capital do banco – e também a quem se destinará a oferta, se apenas a investidores institucionais ou também ao retalho.

Nas últimas semanas, os bancos de investimento que estão a apoiar o Novobanco têm vindo a trabalhar no prospeto da oferta. É um documento indispensável — com toda a informação necessária sobre o banco e o IPO — para que a operação possa ter lugar, carecendo de aprovação do regulador da bolsa, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Apesar de o cenário do IPO estar a ganhar cada vez mais forma, fonte ligada ao processo lembrou que os americanos continuam a correr em duas pistas. Além do mercado de capitais, também admitem vender diretamente o banco a alguma outra instituição que acene com o valor certo. O ECO avançou há três semanas que os donos do Natixis estavam a avaliar a compra do Novobanco, mas os bancos portugueses — nomeadamente a Caixa — também podem surgir nesta corrida.

Esta segunda-feira foi dado mais um passo rumo à venda — seja em que moldes possa vir a acontecer. Os acionistas aprovaram esta segunda-feira uma redução do capital do banco em 1,1 mil milhões de euros. Era capital em excesso que o Novobanco foi acumulado nos últimos anos em que estava impedido de dar dividendos. Com isso, a Lone Star vai encaixar 825 milhões de euros — em cima dos 168,5 milhões de dividendos que já recebeu por conta dos resultados do ano passado. Ou seja, já recuperou os mil milhões de euros investidos em 2017, aquando da compra de 75% do capital da instituição portuguesa.

Certo é que a operação surgirá numa altura de contração dos resultados do setor. Depois da escalada dos juros ter impulsionado os lucros da banca para recordes, a inversão das taxas do Banco Central Europeu (BCE) e dos indexantes do crédito já estão a fazer-se sentir nas contas dos bancos.

Esta segunda-feira o BPI revelou uma quebra da margem financeira e não fossem os dividendos de Angola e teria registado uma quebra do lucro no primeiro trimestre. Ainda assim, o CEO João Pedro Oliveira e Costa adiantou que os resultados irão descer este ano devido à descida dos juros.

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Ex-CEO da corretora AON vai liderar Sabseg em Espanha

Eduardo Dávila vai ser o novo presidente e CEO da Sabseg em Espanha, enquanto Miguel Machado continua à frente do negócio em Portugal e Brasil. Carlos Martins passa a administrador.

Eduardo Dávila, operating partner da Miura Partners e Senior Advisor na consultora McKinsey, foi nomeado presidente e CEO da Sabseg em Espanha, “com o objetivo de ajudar a impulsionar o crescimento e a consolidação do mercado de corretagem de seguros no sul da Europa”, afirma fonte da empresa.

Eduardo Dávila entra com a missão de “impulsionar o crescimento e a consolidação do mercado de corretagem de seguros da Sabseg no sul da Europa”.

Dávila vem de uma carreira de mais de 23 anos como executivo de topo na corretora AON, onde foi CEO da região EMEA (Europa, médio Oriente e África) e, até janeiro deste ano, conselheiro de Greg Case, presidente mundial da AON.

Miguel Machado considera-se totalmente alinhado com esta nova fase estratégica e comprometido em partilhar toda a experiência e conhecimento.

Miguel Machado, Presidente e CEO da Sabseg em Portugal e Brasil, afirma “grande entusiasmo” com a chegada de Eduardo Dávila à Sabseg: “Estou totalmente alinhado com esta nova fase estratégica e comprometido em partilhar toda a experiência e conhecimento acumulado ao longo dos últimos anos, através da estratégia de crescimento bem-sucedida que implementámos em Portugal e Brasil”, disse.

Também foi revelada a nomeação de Carlos Martins como novo Administrador em Portugal. “A sua solidez e experiência reforçarão a nossa capacidade de execução e inovação”, comentou Miguel Machado. Carlos Martins junta-se aos atuais administradores Fernando Araújo e José Pereira.

Carlos Martins, COO da corretora em Portugal, vai reforçar a administração da Sabseg na operação portuguesa.

Juan Leach, sócio fundador da Miura Partners, maior acionista do grupo Sabseg, referiu que “a nomeação do Eduardo Dávila como Presidente e CEO da Sabseg em Espanha, a par da continuidade do Miguel Machado como Presidente e CEO para Portugal e Brasil reforça a ambição estratégica da empresa”, acrescentando estar certo de que “esta combinação de competências será determinante para consolidar a posição de liderança da Sabseg no espaço ibérico e lusófono”, conclui.

Segundo a corretora, a Sabseg gere atualmente mais de 650 milhões de euros em prémios, contando com mais de 310 mil clientes, 710 colaboradores, 56 escritórios e 2 mil agentes.

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BESA: Ex-braço-direito de Salgado diz que Sobrinho reportava diretamente ao ex-banqueiro

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

O ex-braço-direito de Salgado disse em tribunal que, quando em 2012 assumiu o pelouro do BESA, o banqueiro informou-o que Álvaro Sobrinho, líder do BESA, não iria reportar-lhe.

O ex-braço-direito de Ricardo Salgado disse esta segunda-feira em tribunal que, quando em 2012 assumiu o pelouro do Banco Espírito Santo Angola (BESA), o banqueiro informou-o que Álvaro Sobrinho, líder do BESA, não iria reportar-lhe.

No primeiro dia do julgamento em que responde por abuso de confiança e burla, em Lisboa, Amílcar Morais Pires assegurou que, na altura, pediu ao então presidente do Banco Espírito Santo (BES) que o informasse sobre as questões “pendentes no dossiê de Angola” e desse orientações sobre como discutir com o BESA a situação financeira da instituição, tendo-lhe Ricardo Salgado respondido que, mesmo tendo o pelouro, não poderia contactar com Álvaro Sobrinho.

“O Dr. Ricardo [Salgado] disse que ia ver o assunto. Não teria acolhimento que o Dr. Álvaro Sobrinho reportasse a mim. Ele continuaria a reportar ao Dr. Ricardo [Salgado]“, afirmou o economista, de 63 anos.

Questionado pelo juiz-presidente se tal significava que o ex-banqueiro tinha o pelouro material do BESA, Amílcar Morais Pires respondeu que sim. “O Dr. Ricardo [Salgado] disse-me: ‘eu falo primeiro com o Álvaro [Sobrinho] antes de te passar a pasta’. Até novembro, até à Assembleia-Geral de 06 de novembro de 2012, não tive contacto com Álvaro Sobrinho”, acrescentou.

Amílcar Morais Pires tinha assumido o pelouro do BESA em maio de 2012, no âmbito de uma reorganização interna.

O arguido garantiu que só soube dos desequilíbrios na subsidiária angolana do BES e dos riscos que tal constituía para o banco português em junho de 2012, numa reunião com representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco de Portugal, numa altura em que o país estava sob assistência financeira.

Três dias mais tarde, o alerta do FMI foi discutido na Comissão Executiva do BES, assegurou.

“A minha atuação ao longo do meu mandato foi sempre referendada com os membros da Comissão Executiva [do BES]”, frisou, rejeitando a imputação de que tenha omitido informações.

Em causa neste processo está, nomeadamente, o alegado desvio, entre 2007 e 2012, de fundos de um financiamento do BES ao BESA em linhas de crédito do Mercado Monetário Interbancário (MMI) e em descoberto bancário.

Amílcar Morais Pires recordou, a propósito da subscrição há cerca de 20 anos pelo BESA de dívida pública angolana, que “sempre houve, pelo menos durante uma fase, uma cobertura institucional por parte do Estado angolano” na relação entre os dois bancos, traduzida, por exemplo, no depósito significativo na esfera do BES de “reservas externas” do Banco Nacional de Angola (BNA).

Num depoimento que vai prosseguir na sexta-feira, o economista associou ainda a subscrição da dívida pública a uma necessidade de mostrar um “compromisso com Angola” numa altura em que existiam rumores de nacionalização de bancos no país africano.

Além de Amílcar Morais Pires, estão a ser julgados Ricardo Salgado, de 80 anos e doente de Alzheimer, Álvaro Sobrinho, de 62, o empresário luso-angolano Helder Bataglia, de 78, e o ex-administrador do BES Rui Silveira.

Na primeira sessão do julgamento estiveram presentes apenas Amílcar Morais Pires e Rui Silveira.

Ricardo Salgado foi autorizado pelo coletivo de juízes a não estar presente devido ao seu estado de saúde e Helder Bataglia por residir em Angola.

Álvaro Sobrinho, que alegou não ter o visto necessário para se deslocar a Portugal para ser julgado, foi multado pelo tribunal em 204 euros por ter faltado.

Em geral, os arguidos respondem por abuso de confiança, branqueamento e burla e negam a prática dos crimes.

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“Cavaco Silva, 13 dias antes do BES cair, disse que estava tudo bem”, lembra Pedro Nuno Santos

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

Cavaco Silva defendeu, num artigo, que o primeiro-ministro foi alvo de uma "campanha de suspeitas e insinuações" da oposição e de "alguma comunicação social".

O líder do PS recordou esta segunda-feira que, 13 dias antes da queda do BES, Cavaco Silva “disse que estava tudo bem” com o banco, ao comentar um artigo do antigo Presidente da República a defender Luís Montenegro.

À entrada para o comício da campanha para as legislativas, em Viseu, Pedro Nuno Santos foi questionado pelos jornalistas sobre o artigo de Cavaco Silva publicado no Observador, no qual defendeu que o primeiro-ministro foi alvo de uma “campanha de suspeitas e insinuações” da oposição e de “alguma comunicação social”.

“Eu lembro que Cavaco Silva, 13 dias antes de o BES cair, disse que estava tudo bem”, respondeu apenas e em movimento enquanto se dirigia para o anfiteatro onde decorre o comício.

Sobre as acusações do primeiro-ministro, esta manhã no debate das rádios, de que Pedro Nuno Santos fez um “re-styling” para esta campanha e que agora estava a aparecer na última semana nos debates, o líder do PS respondeu: “Eu sou genuíno, eu sou aquilo que as pessoas veem. Luís Montenegro não é”.

“[Estas acusações são] de um homem que não está de forma séria na política, que está habituado a mentir e a enganar as pessoas e acha que são todos iguais. Eu não engano ninguém, eu sou genuíno, sou transparente”, assegurou. O antigo Presidente de República Aníbal Cavaco Silva defendeu esta segunda-feira que o primeiro-ministro foi alvo de uma “campanha de suspeitas e insinuações” da oposição e de “alguma comunicação social”, centrada “em boa parte” na devassa da sua vida privada.

Num artigo de opinião publicado no jornal online Observador, Cavaco Silva reiterou ainda a defesa da postura ética e moral do primeiro-ministro e presidente do PSD, Luís Montenegro, assim como da sua superioridade técnica e política relativamente aos outros líderes partidários e estabeleceu um paralelismo entre a moção de confiança chumbada pelo parlamento e a que ele próprio também apresentou, mas que foi aprovada em 1986.

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Montenegro pede a pensionistas que “ignorem medo”

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

“Os pensionistas e reformados portugueses sabem que nós somos mesmo de confiança, nós somos mesmo de cumprir a nossa palavra”, disse o líder da AD.

O líder do PSD pediu esta segunda-feira aos pensionistas e reformados que “ignorem o medo e as tentativas de contaminação do debate com novos temores”, dizendo que a AD cumpriu todas as promessas que fez aos idosos.

Num comício em Castelo Branco, Luís Montenegro recordou os vários compromissos que, há pouco mais de um ano, deixou aos mais velhos, como o aumento de todas as pensões segundo a lei e do Complemento Solidário para Idosos, dizendo que não só “cumpriram estas promessas”, como as excederam ao dar um suplemento extraordinário às reformas mais baixas a meio do ano.

“É altura de todos ignorarem o medo, ignorarem as tentativas de contaminação do debate com as velhas táticas de criar novos temores. Há um ano já não havia muito como colar, mas agora é que não há mesmo nada como colar: desta vez respondemos por aquilo que fizemos e estamos a fazer”, defendeu.

O líder do PSD escolheu centrar grande parte da sua intervenção neste tema ao recordar que, antes das últimas legislativas antecipadas de março de 2024, veio a Castelo Branco elencar os seus compromissos para com os pensionistas e reformados e as dúvidas que se geraram na oposição.

“Tanto medo quiseram cria: ‘vem aí isto e vem aí aquilo, e eles não vão cumprir, e eles cortam pensões, e eles são aqueles dos 600 milhões e querem privatizar a segurança social’. Aquela conversa que toda a gente já estava fartinha de ouvir. E nós dissemos: isso não é verdade, nós temos palavra”, recordou.

Um ano e dois meses depois, disse querer prestar contas: “Os pensionistas e reformados portugueses sabem que nós somos mesmo de confiança, nós somos mesmo de cumprir a nossa palavra”, disse, numa resposta implícita às críticas do líder do PS que tem acusado a AD de querer privatizar a Segurança Social.

Neste comício, Montenegro repetiu uma mensagem que tem sido uma constante nestes primeiros dias: que apenas o voto na AD pode significar um Governo mais estável a partir de 18 de maio. “Quero dizer aos portugueses que veem na estabilidade um elemento fundamental: votem mesmo na AD porque este é único que dá esta garantia”, defendeu.

O também recandidato a primeiro-ministro voltou a referir que “as pessoas estão cansadas de eleições”, e considerou que, além da escolha de um programa, nas próximas eleições está em causa escolher um Governo que tenha condições para o executar. Por isso, apelou ao voto na AD de todos os que priorizam um Governo estável, mesmo que não concordem “a 100% com as suas ideias”, mas no essencial aprovam o que tem sido feito em áreas como salários, pensões, imigração, segurança, saúde ou educação.

“Só no domingo, dia 18, é que há uma possibilidade de dar estabilidade ao país. Na segunda-feira, dia 19, já não é possível. Não é possível corrigir na segunda-feira aquilo que se fez no domingo”, disse, noutra mensagem constante desta campanha.

Perante algumas centenas de pessoas que encheram o cineteatro de Castelo Branco, Luís Montenegro justificou a escolha de Pedro Reis, ministro da Economia, como cabeça de lista para este círculo, substituindo a professora universitária Liliana Reis, que este ano nem integrou a lista de deputados da AD.

“O Pedro Reis está em Castelo Branco para que nós possamos dizer a todos aqueles que aqui vivem e trabalham que a nossa aposta é termos uma economia forte com indústria, com serviços, com comércio, com turismo, com agricultura, e com isso poder fixar as populações”, disse, considerando a escolha “um sinal inequívoco” da importância que a AD dá não só ao distrito, mas também a todos os territórios de baixa densidade.

Para Montenegro, “estas são terras de baixa densidade, mas de elevado potencial, desde logo humano”.

“De gente de princípios, de valores, gente de trabalho, gente que quer acrescentar, gente positiva, gente alegre, gente que está disponível para acrescentar valor ao país”, disse. A alegria do Governo PSD/CDS-PP foi, aliás, outro dos argumentos usados pelo primeiro-ministro para pedir o voto na AD. “Nós somos um país alegre, um governo alegre, que confia naquilo que é a raiz e a alma do ser português”, elogiou.

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Lucro da Vista Alegre caiu 34% em 2024

  • Lusa
  • 5 Maio 2025

O grupo registou um volume de negócios de 137 milhões de euros, um crescimento de 5,5% face ao ano anterior.

O Grupo Vista Alegre registou um lucro de 4,5 milhões de euros no exercício de 2024 o que corresponde a uma quebra de 34% face ao mesmo período do ano anterior. Segundo os resultados enviados à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), que ainda vão ser aprovados em assembleia-geral, agendada para 27 de maio, o grupo registou um volume de negócios de 137 milhões de euros, um crescimento de 5,5% face ao ano anterior.

Em 2024, os produtos da marca Vista Alegre e Bordallo Pinheiro apresentaram uma evolução positiva no retalho, quer nas lojas físicas quer online, a nível nacional e internacional, resultando num crescimento de 3,4% face ao mesmo período de 2023. O grupo com sede em Ílhavo, distrito de Aveiro, destaca ainda a “evolução significativa das vendas na Polónia e Alemanha, com um aumento de 83,3% e 49%, respetivamente, face ao período homólogo”.

O mercado externo representou 69,2% do volume de negócios, com 94,7 milhões de euros de vendas. O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) atingiu os 27,4 milhões de euros, um decréscimo de 3% face ao exercício homólogo. Já a margem EBITDA situou-se nos 20% apresentando uma redução de 1,8 pontos percentuais face ao ano anterior.

A empresa justifica esta redução com o aumento dos custos de energia, refletindo uma margem menor no negócio da Vista Alegre. O resultado operacional do exercício de 2024 registou um decréscimo de 7,8% face ao período homólogo, situando-se nos 12,9 milhões de euros.

“Devido aos recentes investimentos realizados pelas empresas da Vista Alegre, as amortizações tiveram um aumento de 0,7 milhões de euros que impactou negativamente o resultado operacional”, explica a empresa. O Grupo Vista Alegre é constituído por 16 empresas e está dividido por quatro áreas de negócio: porcelana, faiança, grés e cristal e vidro manual.

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Associação Comercial do Porto parceira de rede mundial para aumentar exportações e relações com diáspora

A Associação Comercial do Porto junta-se à Rede das Câmaras de Comércio Portuguesas no Mundo para impulsionar exportações e posicionar ainda mais as empresas nortenhas no mapa internacional.

Atrair investimento direto para a região nortenha assim como reforçar as exportações e posicionar o tecido empresarial local como motor de crescimento da economia nacional; além de incrementar as relações económicas com a diáspora portuguesa. São estes os principais objetivos que estão na base do protocolo que a Associação Comercial do Porto – Câmara de Comércio e Indústria (ACP-CCIP) assinou, nesta segunda-feira, com a Rede das Câmaras de Comércio Portuguesas no Mundo (RCCPM).

A cerimónia antecedeu o jantar anual de associados da ACP-CCIP, no Palácio da Bolsa, que teve o ex-CEO da Stellantis Carlos Tavares como convidado de honra, num momento de reflexão sobre o panorama empresarial português e internacional. A este propósito, Nuno Botelho, presidente da ACP-CCIP, chamou a atenção para o “contexto económico internacional instável” que se vive e aproveitou, por isso, a oportunidade para lançar um repto aos associados no sentido “de tirarem partido deste acordo para atração de investimento direto e criação de valor acrescentado dos produtos” portugueses.

Para Nuno Botelho, esta parceria com a RCCPM representa “um passo estratégico no cumprimento da missão de apoiar as empresas da região, promover a internacionalização e reforçar o papel do Porto como motor económico do país”.

Portugal precisa de desenvolver reformas necessárias à melhoria da competitividade e carece de uma sociedade civil mais forte e participativa.

Nuno Botelho

Presidente da Associação Comercial do Porto – Câmara de Comércio e Indústria (ACP-CCIP)

Segundo o empresário, “este protocolo vai permitir estreitar laços com a diáspora, identificar oportunidades concretas de negócio e abrir novas portas à capacidade exportadora das empresas”, contribuindo ainda mais para “o empreendedorismo português”. Não deixou, contudo, de deixar um alerta: “Portugal precisa de desenvolver reformas necessárias à melhoria da competitividade e carece de uma sociedade civil mais forte e participativa“.

Também o presidente da RCCPM, Carlos Vinhas Pereira, realçou a importância deste acordo: “É uma etapa importante com vista a criar oportunidades para os nossos associados e empresários, desenvolver partilhas de know-how entre as nossas instituições e reforçar dinâmicas que permitam o crescimento da presença empresarial portuguesa nos mercados onde estamos presentes”.

O mapeamento de oportunidades de investimento e de negócio para as comunidades empresariais que fazem parte das duas instituições, bem como a realização de ações de promoção e de missões empresariais constituem mais alguns dos propósitos desta parceria.

Para levar a bom porto este desígnio, a ACP e a RCCPM vão criar um grupo de trabalho constituído por três representantes de cada uma das entidades.

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