Fim de portagens em Espanha fez disparar sinistralidade e tirou receitas ao Estado

Associação de concessionárias portuguesas considera fim das portagens um "duro golpe" para o financiamento das autoestradas e alerta que serão necessários investimentos de 4.000 milhões.

O fim das portagens num grande número de autoestradas em Espanha fez disparar a sinistralidade rodoviária e retirou 409 mil milhões de euros por ano em receitas ao Estado, segundo um estudo apresentado no VII Congresso da Associação Portuguesa das Sociedades Concessionárias de Autoestradas ou Pontes com Portagem (APCAP), que decorre esta quarta-feira no auditório do Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Lisboa.

Bruno de la Fuente, diretor de concessões e do departamento de economia da Asociacion de Empresas Constructoras y Concesionarias de Infraestructuras (SEOPAN), apresentou números, com base em estatísticas oficiais, que apontam para um aumento de 37,7% no número de feridos não hospitalizados, de 94,2% nos feridos hospitalizados e de 134,2% no número de mortos.

Números que refletem um aumento expressivo de tráfego nas vias que deixaram de ter portagem, contabilizado em 40% nos veículos ligeiros e 89% nos pesados.

O responsável da associação que representa as concessionárias de autoestradas espanholas referiu ainda que existiu uma perda de 409,8 milhões de euros em receita fiscal por ano e a eliminação de 1.283 milhões de empregos.

Estes dados ilustraram as críticas deixadas pelo presidente da APCAP no arranque do Congresso ao fim das portagens em autoestradas do interior, que considerou um golpe para o modelo de financiamento baseado no princípio utilizador-poluidor/pagador.

O início de 2025 fica negativamente marcado pela abolição total de portagens no interior destinada, supostamente, a estimular a coesão territorial, a que, aliás, todos somos sensíveis”, apontou o presidente da APCAP. A decisão “resultará numa perda anual de receitas de pelo menos 180 milhões de euros, tendo implicações financeiras adicionais, ainda em análise, designadamente no reequilíbrio dos atuais contratos de concessão das concessionárias afetadas, acrecentou.

É um golpe duro no sistema utilizador-poluídor/pagador, com riscos para o sistema nacional e contrariando as recomendações das diretivas europeias“, apontou Manuel Melo Ramos. “Os próximos tempos são críticos porque continuará a haver pressão para acabar com as portagens”, disse ainda.

O presidente da APCAP defendeu que “a portagem é claramente o melhor vetor de financiamento das centenas de milhões de euros necessários nos próximos anos”. “Num contexto de necessidade de não onerar o Orçamento do Estado, a portagem é a ferramenta mais eficaz parra assegurar a qualidade de manutenção das autoestradas, a sua operação e a assistência a clientes, bem como assegurar os investimentos futuros”, afirmou.

Foi também apresentado um estudo da PwC que aponta que “a transformação do setor da mobilidade requer investimentos em sustentabilidade, segurança e infraestruturas digitais para modernizar a rede europeia”. Manuel Melo Ramos contabilizou, a partir do relatório, que os investimentos necessários em Portugal na próxima década rondem os 4 mil milhões de euros.

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Projetos de hidrogénio verde com “grande dificuldade” na execução

"Há uma corrida à compra de eletrolisadores no mercado europeu e mundial e portanto há aqui dificuldades a executar", justificou a ministra.

O diretor do Fundo Ambiental, Marco Rebelo, afirma que 2025 é um ano de “execução” no que diz respeito aos projetos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) que estão sob gestão deste fundo. A taxa de execução está para já nos 17%, mas o responsável espera que “aumente significativamente” ao longo deste ano. Contudo, os projetos de hidrogénio verde estão a criar incerteza quanto à execução. “Os promotores estão a dizer-nos que há uma grande dificuldade em executar todos estes projetos“, confirma a ministra do Ambiente.

A ministra do Ambiente, Maria da Graça Carvalho, assim como o diretor do Fundo Ambiental, falavam numa audição parlamentar que teve lugar esta terça-feira, na Assembleia da República.

“Temos um investimento muito grande no PRR em hidrogénio, cerca de 255 milhões, entre três avisos diferentes. Os promotores estão a dizer-nos que há uma grande dificuldade em executar todos estes projetos“, indicou a governante. Uma dificuldade justificada pela falta de equipamentos para produzir hidrogénio verde, os eletrolisadores. “Não estão disponíveis eletrolisadores para entrega no mercado. O que está acontecer em Portugal está a acontecer no resto da Europa. Há uma corrida à compra de eletrolisadores no mercado europeu e mundial e portanto há aqui dificuldades a executar”, concluiu.

A taxa de execução dos mais de 1.700 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência cuja gestão cabe, para já, ao Fundo Ambiental, é neste momento de cerca de 17%, informou Marco Rebelo, ressalvando que “não estará muito longe da taxa de execução global”.

Em relação às perspetivas, assumiu que é uma questão “mais difícil”, desde logo porque aqui cabem os investimentos em hidrogénio verde e gases renováveis, “onde a incerteza é grande”, apesar dos contratos celebrados com beneficiários. De qualquer forma, “este ano, efetivamente, teremos parte significativa da execução a acontecer”, garantiu.

A convicção de que 2025 é um ano de execução justifica-se com o dado de que “já não há muitos avisos a lançar”, e portanto os contratos feitos até ao momento estão em curso. “Esperamos que aumente significativamente a taxa de execução durante o corrente ano“, afirmou.

O Fundo Ambiental, enquadrou o respetivo diretor no início da sessão, é o intermediário de 7 das 21 componentes do PRR. Estão em causa os apoios nas áreas das florestas, eficiência hídrica, bioeconomia, eficiência energética, hidrogénio e gases renováveis, descarbonização dos transportes e a componente de reforço do programa Repower.

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Crescimento das importações supera o das vendas ao exterior no final do ano

Exportações e importações cresceram 4,1% e 5,1%, respetivamente, entre outubro e dezembro de 2024 em relação ao período homólogo. É o terceiro trimestre consecutivo de crescimento.

As exportações cresceram 4,1% no último trimestre de 2024, naquela que foi a terceira progressão trimestral consecutiva, revela a estimativa rápida divulgada esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). No entanto, as importações estão a crescer mais rapidamente — 5,1% nos últimos três meses do ano, face ao período homólogo. Além disso, o ritmo de progressão das transações de bens comerciais abrandou.

Figura 1. Comércio Internacional – Taxas de variação homóloga trimestrais das Exportações e ImportaçõesInstituto Nacional de Estatística

Segundo o INE, “as transações de bens aumentaram, assim, pelo terceiro trimestre consecutivo” face ao período homólogo, tendo as variações homólogas no trimestre anterior sido de 9,7% nas exportações e 7% nas importações.

No entanto, o gabinete de estatística realça que, à semelhança do trimestre anterior, estas variações nas transações de bem refletem “acréscimos nas transações de bens com vista a ou na sequência de trabalhos por encomenda, sem mudança de propriedade, embora de menor magnitude”.

Esta terça-feira, o INE deu nota dos resultados do inquérito sobre perspetivas de exportação de bens para este ano com as empresas portuguesas a preverem um aumento nominal de 4,6% das exportações de bens em 2025, “seguindo a trajetória de acréscimo” registada entre janeiro e novembro do ano passado, em que as vendas ao exterior cresceram 3%.

Os resultados mostram que o maior acréscimo é esperado nas exportações de material de transporte e acessórios (7,2%) e na categoria de fornecimentos industriais (+6,9%).

Os dados surgem na sequência das projeções divulgadas pelo ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, e preveem vários economistas e que sugerem que a economia portuguesa terá acelerado no final de 2024. As estimativas dos economistas consultados pela agência Lusa para o crescimento no último trimestre variam entre 1,2% e 2,1%, em termos homólogos, e 0,2% e 1% em cadeia.

O ministro das Finanças já tinha sinalizado, na audição na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública em 15 de janeiro, que “os números do quarto trimestre foram significativamente bons, com aceleração económica“.

Apesar de serem ainda números provisórios, já indicam um bom desempenho no final do ano passado e isso “traz maior robustez na previsão de crescimento para 2025 de 2,1%”, salientou Joaquim Miranda Sarmento.

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“Os municípios não podem estar divorciados das empresas”, diz ex-ministro

Da redução do IMT e IMI à atribuição de apoios, estas são algumas medidas que os municípios devem adotar para ajudar as empresas a serem mais competitivas, segundo o antigo ministro Arlindo Cunha.

O antigo ministro da Agricultura Arlindo Cunha defende que “os municípios não podem estar divorciados das empresas” e que devem contribuir para a sua competitividade económica face aos desafios que se avizinham. Aponta como medidas a redução da carga fiscal, a atribuição de apoios e a dinamização de uma estratégia de desenvolvimento territorial.

As câmaras municipais devem, por isso, ter um papel ativo em prol da competitividade das empresas nos mercados nacional e internacional, criando uma rede dinamizadora e impulsionadora de riqueza e emprego.

Arlindo Cunha, professor de Economia na Universidade Católica do Porto, vai esta quarta-feira dar conta dessa necessidade no Europarque, em Santa Maria da Feira, durante a apresentação do relatório “Novos desafios das cidades: notas para uma reflexão necessária”. Desenvolveu o estudo para o Eixo Atlântico, que junta o Norte de Portugal e a Galiza, em coautoria com o antigo presidente da Junta da Galiza, Fernando González Laxe, também professor de Economia Aplicada na Universidade da Corunha e ex-senador do Reino de Espanha.

No entender do antigo ministro, “uma liderança local tem de estar sistematicamente envolvida em tudo que sejam redes que incluam as empresas dos seus territórios e as suas preocupações, porque é a partir daí que detetam as necessidades e as podem ajudar nos variadíssimos domínios que têm a ver com a sua competitividade”.

Os municípios podem ter um papel ativo e, no caso de Portugal, ao nível da competitividade fiscal das empresas.

Arlindo Cunha

Antigo ministro da Agricultura e professor de Economia na Universidade Católica do Porto

Com este estudo, Arlindo Cunha e Fernando González Laxe procuraram saber “como é que os governos locais tinham de se preparar para encarar os novos desafios” que afetam as populações, como as crises económicas e os conflitos geopolíticos, por forma a terem cidades mais resilientes, inclusivas e sustentáveis.

“Neste relatório procurámos estruturar as agendas prioritárias que os municípios devem ter”, seja económica, social, ambiental ou institucional, detalha Arlindo Cunha em declarações ao ECO/Local Online. Considera mesmo que “os municípios podem ter um papel ativo e, no caso de Portugal, ao nível da competitividade fiscal das empresas”, por exemplo reduzindo o Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) e o Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI).

O antigo ministro aponta ainda a necessidade dos presidentes de câmara dinamizarem “uma estratégia de desenvolvimento territorial que inclua, por exemplo, a promoção de eventos de produtos locais, oportunidades de mercado e financiamentos” com vista à competitividade económica das empresas instaladas nos seus territórios. Acresce ainda encontrar respostas às questões energéticas e tecnológicas.

O professor adverte, contudo, que estas conclusões do estudo são contributos para que as autarquias tenham uma intervenção mais ativa na competitividade das empresas instaladas nos seus territórios. “Os responsáveis institucionais deverão, cada um ao seu nível de responsabilidade territorial de governação, criar, reforçar ou ajustar, condições para uma base económica sólida, diversificada e competitiva”, sublinha.

Além da sustentabilidade económica, o antigo ministro elenca ainda a necessidade dos autarcas apostarem no domínio ambiental, social e institucional para enfrentarem os atuais desafios económicos e sociais. “Se algum destes falha, os outros também ficam coxos”, alerta.

Por fim, o professor destaca a crescente importância da governação institucional para garantir uma gestão eficaz e transparente, mantendo os munícipes informados sobre as políticas do Executivo ou, por exemplo, mediante a implementação de orçamentos participativos.

Além dos autores do estudo, a sessão de apresentação conta com a presença do presidente do Eixo Atlântico, Luís Nobre, e do secretário-geral, Xoán Vázquez Mao.

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Pedro Duarte vai ao “senado da cidade” antes das autárquicas no Porto. Nuno Cardoso avança como independente

Ministro Pedro Duarte, favorito no PSD à Câmara, é próximo convidado das “Conversas na Bolsa”, iniciativa da Associação Comercial do Porto. Já um ex-autarca socialista tenta voltar como independente.

Pedro Duarte, um dos favoritos do PSD para uma candidatura à Câmara do Porto, a par de José Pedro Aguiar-Branco, é o primeiro convidado de 2025 das “Conversas na Bolsa”, uma iniciativa da Associação Comercial do Porto, conhecida como o “Senado da cidade” e liderada por Nuno Botelho.

O atual ministro dos Assuntos Parlamentares e também líder da distrital do partido aceitou participar nesta sessão de debate, agendada para sexta-feira, 31 de janeiro, em que vai “refletir sobre os desafios que o país atravessa nos próximos anos”, segundo uma nota da organização, onde se explica que esta é uma ação “aberta à sociedade civil do Porto e do Norte”.

Confirmado na corrida está o socialista Manuel Pizarro, que concorre pela terceira vez ao cargo, depois de sair derrotado nas urnas em 2013 e em 2017. Filipe Araújo, número dois do atual Executivo, poderá avançar com o apoio do movimento que suportou Rui Moreira, apesar das tentativas do PSD de montar uma aliança.

Nuno Cardoso, que liderou a Câmara do Porto entre 1999 e 2022 depois da saída de Fernando Gomes para ministro, vai concorrer como independente nas próximas eleições autárquicas. É a segunda vez que ex-autarca socialista, que na altura entregou a liderança ao município a Rui Rio, tenta voltar ao cargo, depois de em 2013 já ter protagonizado igualmente uma candidatura independente.

Nuno Cardoso

A candidatura será apresentada também na sexta-feira de manhã na Cooperativa Árvore e é apoiada pela associação “Pensar o Porto”, presidida precisamente por Nuno Cardoso e da qual foi um dos fundadores, em junho de 2023.

“O movimento independente que se tem mobilizado em torno da personalidade de Nuno Cardoso pretende aproveitar a sua larga experiência autárquica e de gestão da cidade do Porto no período das grandes transformações ocorridas entre os anos 1990 e 2002, para relançar a cidade para os desafios atuais”, refere em comunicado.

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Assembleia de credores da dona da Visão reúne-se esta quarta-feira

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2025

Os credores da Trust in News avaliam as propostas do administrador de insolvência, que recomenda a continuidade da empresa e a suspensão da liquidação da massa insolvente. 

A assembleia de credores da Trust in News (TiN) reúne-se na manhã desta quarta-feira, tendo em cima da mesa a continuidade ou liquidação da empresa, dona de várias publicações.

O administrador de insolvência da TiN propôs a continuidade da empresa e suspensão da liquidação da massa insolvente e, caso os credores chumbem, o caminho será a liquidação do património da insolvente e o seu encerramento. Esta informação consta do relatório do administrador de insolvência da dona da Visão e de outros títulos, André Pais.

No que respeita à solução proposta para deliberação dos credores, o administrador de insolvência apresenta dois pontos, sendo que o primeiro respeita a “continuidade da empresa e a suspensão da liquidação da massa insolvente, mediante a aprovação de um Plano de Insolvência a votar em assembleia a convocar para esse efeito“.

Até à votação do Plano de Insolvência (segundo ponto), “a administração da insolvente deve ser atribuída à anterior gerência, ainda que sujeita a fiscalização pelo aqui administrador de insolvência, nos moldes previstos no artigo 226.º do CIRE, ou como entendam melhor os senhores credores”, lê-se no documento.

Caso este segundo ponto não tenha concordância, é proposto, “em último recurso, e caso seja essa a vontade dos senhores credores, a continuação da administração do estabelecimento pelo aqui administrador da insolvência até à data de apreciação e votação de um Plano de Insolvência, sendo que nesse sentido o aqui signatário propõe uma remuneração mensal de oito mil euros a que deverá acrescer um montante de 500 euros para deslocações e outras despesas”.

Caso os credores entendam que a proposta não deverá ser acolhida e em caso de não aprovação do ponto um, o administrador de insolvência propõe o “prosseguimento dos autos para a liquidação do património da insolvente e, consequentemente o encerramento do estabelecimento da mesma, ainda que tal encerramento possa ocorrer em data posterior à do início da liquidação, permitindo assim, eventualmente, a manutenção de forma temporária, e se for o caso, de algumas atividades e operações que sejam indispensáveis à não deterioração do valor dos ativos apreendidos”.

Consequentemente, será feita uma comunicação oficiosa, por parte dos serviços do tribunal, ao serviço de Finanças e à Segurança Social da cessação da atividade da Trust in News e seu encerramento definitivo.

Adicionalmente, o administrador de insolvência propõe “a votação de toda e qualquer proposta ou moção que possa ser colocada à consideração da assembleia por credor ou conjunto de credores que representem pelo menos 10% do total dos créditos constantes na lista provisória” que está no relatório.

O administrador de insolvência da TiN tem indicação do sócio único da empresa, Luís Delgado, que este irá colocar, antes da assembleia de credores, à disposição da massa insolvente valores que permitam liquidar de imediato dívidas vencidas. Fundada em 2017, a Trust in News de Luís Delgado é detentora de 16 órgãos de comunicação social, em papel e digital.

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192,7 mil milhões de euros: nunca as famílias guardaram tanto dinheiro no banco

Depósitos bancários cresceram 12,9 mil milhões de euros no ano passado, o valor mais elevado desde a crise financeira de 2008.

As famílias portuguesas nunca tiveram tanto dinheiro guardado no banco: 192,7 mil milhões de euros era o montante que estava aplicado em depósitos bancários em dezembro do ano passado, de acordo com os dados revelados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal.

Em 2024, os depósitos tiveram um reforço de 12,9 mil milhões de euros, à boleia da remuneração atrativa oferecida pelos bancos, correspondendo ao aumento mais pronunciado desde 2008, ano da crise do subprime nos EUA.

Aproximadamente 112,5 mil milhões de euros estavam aplicados em depósitos a prazo no final do ano passado, cerca de 60% do total das poupanças guardadas no banco, depois de um aumento de 13,4 mil milhões em 2024. Cerca de 80,2 mil milhões estavam ‘parados’ em contas à ordem, menos 500 milhões face há um ano.

Nos últimos dois anos, por força da política monetária do Banco Central Europeu (BCE) para controlar a inflação, os bancos subiram a remuneração dos depósitos a prazo, atraindo as poupanças das famílias. Mas da mesma forma que aumentar as taxas dos depósitos, já estão a baixar devido ao alívio do BCE desde o verão passado.

O Banco de Portugal nota que desde 2020 que o crescimento dos depósitos vinha a desacelerar, tendo mesmo sido registado um decréscimo de 1,4% em 2023. “Em 2024, esta tendência inverteu-se, observando-se uma taxa de variação anual de 7,3%”, observa o regulador.

No que diz respeito às empresas, o montante de depósitos totalizava os 69,4 mil milhões de euros, mais 5,3 mil milhões do que no final de 2023.

Depósitos de particulares atingem 193 mil milhões

Fonte: Banco de Portugal

Norte e Lisboa concentram 58% dos depósitos das famílias

O Banco de Portugal adianta ainda que as regiões do Norte e de Lisboa concentravam a maior parte dos depósitos dos particulares, com 57 mil milhões de euros e 55 mil milhões, respetivamente.

Nos depósitos de empresas, há uma troca de posições: Lisboa (28 mil milhões de euros) detinha a maior parcela dos depósitos, seguida da região Norte (21 mil milhões), segundo os dados do supervisor. As duas regiões concentram 70% do total de depósitos das empresas.

(Notícia atualizada às 11h38)

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Desemprego recuou ligeiramente no último mês de 2024. População empregada em máximos

Taxa de desemprego recuou em cadeia e estabilizou em termos homólogos, fixando-se em 6,4% em dezembro. Já a população empregada (assim como a população ativa) manteve-se em máximos históricos.

O último mês do ano foi sinónimo de um recuo ligeiro do desemprego, tendo a taxa passado de 6,6% em novembro para 6,4% em dezembro. Já a população empregada manteve-se no valor mais elevado desde 1998, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) esta quarta-feira.

“A taxa de desemprego foi estimada em 6,4%, valor inferior ao de novembro (menos 0,2 pontos percentuais) e igual ao de dezembro de 2023“, informa o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã. De notar que a taxa de desemprego registada em dezembro corresponde ao valor mais baixo desde agosto de 2024, quando o indicador igualou esse valor.

No total, no último mês de 2024, Portugal contava com 352,4 mil pessoas desempregadas, menos sete mil do que no mês anterior.

Por outro lado, a taxa de emprego registou uma melhoria, tendo passado de 64,2% em novembro para 64,4% em dezembro. E também em termos homólogos verificou-se uma subida. Em causa está um acréscimo de 0,3 pontos percentuais, tendo o indicador em causa passado de 64,1% em dezembro de 2023 para 64,4% em dezembro de 2024.

No total, em torno de 5,1 milhões de pessoas tinham trabalho em Portugal em dezembro, o que significa que a população empregada manteve-se em máximos de fevereiro de 1998.

Também em valores recorde ficou a população ativa, que em dezembro era composta por cerca de 5,5 milhões de pessoas, valor que reflete aumentos tanto em cadeia (0,2%), como em termos homólogos (1,4%).

a população inativa diminuiu relativamente ao mês anterior e ao mês homólogo (0,2%, em ambos), para cerca de 2,5 milhões de indivíduos.

No destaque publicado esta manhã, o INE dá conta também que a taxa de subutilização do trabalho ficou em 10,9% em dezembro, valor igual a novembro, mas inferior em 0,5 pontos percentuais ao do mesmo mês de 2023.

(Atualizada às 11h28)

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Contribuintes noruegueses lucram 213 mil milhões à boleia das gigantes tecnológicas

O gigantesco fundo soberano norueguês ganhou 13% em 2024, à conta da exposição ao mercado acionistas, particularmente às grandes tecnológicas que ocupam 9 das 10 principais posições do seu portefólio.

O Fundo Soberano da Noruega, o maior do mundo com ativos sob gestão de 1,7 biliões de euros, registou em 2024 uma rendibilidade de 13%, que se traduziram em ganhos de cerca de 213 mil milhões de euros, o equivalente a 81% do PIB de Portugal.

“O fundo obteve rendimentos muito bons em 2024, em resultado de um mercado de ações muito forte. As ações tecnológicas americanas, em particular, tiveram um desempenho muito bom”, refere Trond Grande, CEO do Norges Bank Investment Management (NBIM), entidade responsável pela gestão do fundo soberano, em comunicado.

Apesar deste desempenho, o fundo ficou ligeiramente aquém do seu índice de referência, com uma diferença de 0,45 pontos percentuais. No entanto, este desvio não ofusca os resultados alcançados desde a sua fundação, em janeiro de 1998, que se traduz numa rendibilidade anualizada de 6,3%, se traduz num desempenho 0,25 pontos percentuais acima do seu benchmark fixado pelo Ministério das Finanças.

A puxar pelo desempenho do fundo soberano em 2024 estiveram, uma vez mais, as ações, que pesam 71,5% dos ativos da carteira do fundo norueguês. “Foi um ano muito, muito forte para as ações”, referiu Trond Grande, no decorrer da apresentação dos resultados do fundo esta manhã.

Destaque particularmente para as grandes tecnológicas mundiais, como a Apple, Microsoft, Nvidia, Alphabet, Amazon e Meta que figuram entre as seis maiores posições do fundo com uma exposição agregada de 201 mil milhões de euros, que dominaram os mercados em 2024 com fortes valorizações, contribuindo significativamente para o desempenho global do fundo no ano passado.

Analisando mais detalhadamente os resultados por classe de ativos, o fundo revela que a carteira de ações brilhou com um retorno de 18%, enquanto os investimentos em rendimento fixo apresentaram um modesto ganho de 1%. Por outro lado, os investimentos em bens imobiliários não cotados sofreram uma ligeira perda de 1%, e as infraestruturas de energias renováveis não cotadas registaram um declínio mais acentuado de 10%.

Fonte: Nicolai Tangen, gestor do fundo soberano da Noruega, que em 2024 alcançou uma rendibilidade de 13%.

Exposição do maior fundo soberano a Portugal

O Fundo Soberano da Noruega, oficialmente conhecido como Fundo de Pensões do Governo Global (GPFG) tem como objetivo principal gerir as receitas excedentes provenientes da exploração de petróleo e gás natural da Noruega, visando assegurar a prosperidade das gerações futuras.

A sua criação foi motivada pela necessidade de diversificar a economia norueguesa e garantir a sustentabilidade das finanças públicas a longo prazo, daí que conte com mais de 11 mil investimentos espalhados por 70 países. Um desses países é Portugal.

De acordo com a carteira mais recente do GPFG, o fundo tem posições acionistas em dez empresas cotadas na bolsa nacional, com destaque para os 5,6% do capital da EDP e 1,39% da Galp Energia. Estas duas posições representam 78,1% do investimento total de 1.138 milhões de euros que o fundo norueguês detinha na bolsa portuguesa no final do ano passado, que corresponde a apenas 0,1% do total dos seus investimentos em ações mundialmente.

O desempenho do Fundo Soberano da Noruega em 2024 reafirma a sua posição como um dos investidores institucionais mais influentes do mundo, mas também destaca a importância crescente do setor tecnológico na economia global.

Mas a exposição do fundo soberano norueguês a Portugal não se limita ao mercado acionista. Inclui também 560 milhões de euros investidos em obrigações de entidades nacionais, como seja uma posição de 134 milhões de euros aplicados em títulos de dívida do Novobanco e de 216 milhões em obrigações do Tesouro, até 14,5 milhões em obrigações da Região Autónoma dos Açores.

Estes números revelam uma estratégia de investimento cuidadosamente ponderada em Portugal, combinando participações em empresas líderes com investimentos em dívida soberana e corporativa. Embora representem uma fração pequena do portefólio global do GPFG, estes investimentos são significativos para o mercado português, proporcionando liquidez e confiança importantes.

O desempenho do Fundo Soberano da Noruega em 2024 reafirma a sua posição como um dos investidores institucionais mais influentes do mundo, mas também destaca a importância crescente do setor tecnológico na economia global e a importância de uma estratégia de investimento devidamente orientada para o longo prazo.

A capacidade do fundo de capitalizar as tendências de mercado, mantendo simultaneamente uma carteira diversificada, demonstra uma gestão astuta e uma visão de longo prazo.

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Euribor cai a três meses para novo mínimo e sobe a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 29 Janeiro 2025

Com as alterações desta quarta-feira, a taxa a três meses, que baixou para 2,612%, continuou acima da taxa a seis meses (2,598%) e da taxa a 12 meses (2,535%).

A Euribor desceu esta quarta-feira a três meses para um novo mínimo desde fevereiro de 2023 e subiu a seis e a 12 meses em relação a terça-feira, e manteve-se acima de 2,5% nos três prazos.

Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,612%, continuou acima da taxa a seis meses (2,598%) e da taxa a 12 meses (2,535%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta quarta-feira para 2,598%, mais 0,007 pontos do que na terça-feira. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a novembro mostram que a Euribor a seis meses representava 37,47% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,92% e 25,58%, respetivamente.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também subiu esta quarta-feira, para 2,535%, mais 0,001 pontos.
  • Em sentido contrário, a Euribor a três meses caiu esta quarta-feira, ao ser fixada em 2,612%, menos 0,003 pontos e um novo mínimo desde 09 de fevereiro de 2023.

A próxima reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE) realiza-se na quinta-feira em Frankfurt.

Na anterior reunião, em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez em 2024 e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.

Em dezembro, a média da Euribor desceu de novo a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em novembro e com mais intensidade no prazo mais curto.

A média da Euribor em dezembro desceu 0,182 pontos para 2,825% a três meses (contra 3,007% em novembro), 0,156 pontos para 2,632% a seis meses (contra 2,788%) e 0,070 pontos para 2,436% a 12 meses (contra 2,506%).

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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“No início de carreira, é muito importante a presença no escritório”. Ouça o podcast “Trinta e oito vírgula quatro”

Os portugueses trabalham, em média, 38,4 anos. É esse o valor que dá título a este podcast que se debruça em entrevistas quinzenais sobre os temas mais quentes do mundo do trabalho.

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O trabalho remoto ou híbrido é uma exigência de muitos dos jovens que estão a chegar ao mercado de trabalho. Mas, particularmente, no início de carreira, há vantagens em experimentar o modelo presencial. O aviso é deixado por Vasco Falcão, CEO da Konica Minolta para Portugal e Espanha, no novo episódio do podcast “Trinta e oito vírgula quatro”.

O responsável dá o seu próprio exemplo, dizendo que não seria o profissional que é hoje se não tivesse estado “cara a cara” com outros profissionais que o foram marcando. Ainda assim, Vasco Falcão sublinha que a tecnologia pode facilitar o regime híbrido ou à distância, ao contrário do que acontecia há uns anos.

Neste episódio, o CEO da Konica Minolta fala ainda sobre conflitos entre gerações, sobre atração de talento e sobre as diferenças entre Portugal e Espanha, e até entre Portugal e Japão, país onde viveu durante um ano.

O “Trinta e oito vírgula quatro” é um podcast de entrevistas quinzenais sobre as tendências que estão a fazer mexer o mercado de trabalho.

Estamos a viver mais, mas, à boleia, também estamos a trabalhar durante mais tempo. Numa década, a duração média estimada da vida de trabalho dos portugueses cresceu dois anos para 38,4. É esse o valor que dá título a este podcast e torna obrigatória a pergunta: afinal, se empenhamos tanto do nosso tempo a trabalhar, como podemos fazê-lo melhor?

Neste mês de janeiro, vamos explorar essa questão do ponto de atração de talento.

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“Em rigor, não há atrasos”. Programa das janelas tem 47 mil candidaturas por analisar

"É razoável as pessoas estarem à espera um ano? Não é", concede o diretor do Fundo Ambiental, apesar de afirmar que não existem atrasos face ao regulamento.

O secretário de Estado do Ambiente e diretor do Fundo Ambiental, Marco Rebelo, indica que à data de 28 de janeiro tinham sido pagas — ou estão em processo de pagamento — 20.363 candidaturas ao Programa Apoio a Edifícios Mais Sustentáveis (PAE+S) e restam, por analisar, 47.033 candidaturas.

Do ponto de vista regulamentar, em rigor, não há atrasos“, afirmou Rebelo, perante os deputados da Assembleia da República, numa audição parlamentar que decorre esta quarta-feira. Isto porque o regulamento deste aviso, não havia qualquer compromisso com a data de início da análise das candidaturas (definia-se que decorriam a partir de 24 de janeiro de 2024, sem especificar) e, em paralelo, que deveria existir uma decisão sobre cada candidatura 60 dias após o início da avaliação. “Todas as candidaturas foram analisadas num prazo de 60 dias após o início da avaliação“, indica o responsável.

As avaliações são feitas de forma sequencial e por ordem de entrada. “Cada processo tem de ser avaliado e escrutinado com rigor. Rigor implica tempo e tempo demora”, explica. “É razoável as pessoas estarem à espera um ano? Não é. Mas é a circunstância em que nos encontramos“, concede.

Para acelerar o processo, está agora a ser feita é comparação entre dados submetidos manualmente e no suporte documental com o recurso a inteligência artificial. Sobre a possibilidade de atendimento presencial para dar resposta às candidaturas, o responsável do Fundo Ambiental afirma que para já não existe. Essa iniciativa “implica seguramente recursos adicionais a trabalhar no Fundo Ambiental”, defendeu.

Até ao dia 28 de janeiro, foram entregues ao Fundo Ambiental cerca de 81.000 candidaturas. Destas, 3.098 optaram pela desistência, 30.938 foram objeto de análise técnica e financeira, e por analisar ficaram 47.033 candidaturas. Das candidaturas analisadas, 20.363 foram consideradas elegíveis e foram pagas ou estão em processo de pagamento, até ao limite dos 30 milhões de dotação. Na passada quinta-feira, atingiu-se o limite de dotação de 30 milhões de euros, pelo que o ministério do Ambiente procedeu a um reforço, já anunciado, de 60 milhões de euros.

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