Musk critica investimento em inteligência artificial de Trump

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2025

OpenAI, Oracle e SoftBank anunciaram esta quarta-feira a criação da Stargate, num investimento de 500 mil milhões. Musk afirma que sabe de "fonte segura" que as empresas "não têm dinheiro".

Elon Musk criticou esta quarta-feira o projeto de Donald Trump para um investimento privado maciço em inteligência artificial (IA), afirmando que os parceiros desta nova empresa “não têm dinheiro” para o financiar, uma afirmação contestada pelo CEO da OpenAI, Sam Altman.

Num evento na Casa Branca, o Presidente dos Estados Unidos da América (EUA) anunciou a criação de uma nova entidade, a “Stargate”, que planeia investir “pelo menos 500 mil milhões de dólares” em infraestrutura ligada à IA. A “Stargate” resulta de uma parceria formada pela OpenAI, Oracle e SoftBank.

O CEO da SoftBank disse que a joint venture “começaria por investir 100 mil milhões de dólares imediatamente”, com o intuito de alcançar os 500 mil milhões em quatro anos. “Eles não têm dinheiro” para financiar este projeto, escreveu Elon Musk, numa publicação na sua conta da rede social X. “A SoftBank só tem garantidos 10 mil milhões de dólares”, disse, acrescentando: “Sei de fonte segura”.

O dono da Tesla gastou 277 milhões de dólares do seu próprio bolso para financiar a campanha de Donald Trump e foi incumbido de uma missão extra governamental para reduzir a despesa pública. “Falso, como provavelmente sabe”, reagiu o CEO da OpenAI, Sam Altman, também na rede social X, a estas acusações, oferecendo a Elon Musk a possibilidade de “visitar o primeiro local atualmente em construção”.

“Compreendo que o que é bom para o país nem sempre é bom para as vossas empresas, mas espero que, nas novas funções, ponham os Estados Unidos em primeiro lugar”, acrescentou Sam Altman.

Apontado como o homem mais rico do mundo, Elon Musk é um dos cofundadores da OpenAI e ataca regularmente Sam Altman, criticando-o em particular por se ter desviado da missão inicial da ‘startup’, que se centrava no desenvolvimento racional da IA.

A nova entidade, a “Stargate” ocupa-se principalmente da construção de centros e processamento de dados. Elon Musk está também envolvido na corrida à IA e as empresas que controla, nomeadamente a Tesla, têm investido fortemente nesta área.

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Candidatura a Património da Unesco do Queijo Serra da Estrela prevista para o verão

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2025

Em julho de 2024, 17 municípios da região do Queijo Serra da Estrela assinaram um protocolo de cooperação para a elaboração da candidatura à Unesco da salvaguarda daquele produto regional.

A Estrelacoop – Cooperativa Produtores de Queijo Serra da Estrela DOP prevê entregar no final do verão deste ano a candidatura do Queijo Serra da Estrela a Património Cultural e Imaterial da Humanidade da Unesco.

O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo presidente da cooperativa, Joaquim Lé de Matos, na apresentação da feira Tábua e Sabores da Beira, em Tábua, no interior do distrito de Coimbra, que integra a Região Demarcada do Queijo Serra da Estrela.

A salvaguarda do fabrico do Queijo da Serra da Estrela a Património Cultural e Imaterial da Humanidade é um trabalho que já está muito avançado e posso dizer, não caindo em promessas, que está tudo comprometido para entregarmos este verão as candidaturas junto do Estado português e na Unesco”, disse o responsável.

Em julho de 2024, 17 municípios da região do Queijo Serra da Estrela assinaram um protocolo de cooperação para a elaboração da candidatura à Unesco da salvaguarda daquele produto regional, com coordenação técnica e científica de Paulo Lima, que também foi responsável pelas candidaturas do Fado, do Cante Alentejano, do Fabrico de Chocalhos e da Morna (música tradicional de Cabo Verde).

O acordo envolveu também a Associação Nacional de Criadores de Ovinos da Serra da Estrela (ANCOSE). No total, a EstrelaCoop, a ANCOSE e os 17 municípios, que pertencem a três comunidades intermunicipais (CIM) – Beiras e Serra da Estrela, Viseu Dão Lafões e Região de Coimbra – financiam “em quase 80 mil euros a candidatura”.

A candidatura à Unesco para salvaguarda do fabrico do Queijo Serra da Estrela a Património Cultural e Imaterial da Humanidade pretende preservar toda a fileira do queijo, nomeadamente “o trabalho árduo dos produtores e, sobretudo, dos pastores”, tornando a atividade mais rentável para atrair jovens para o setor.

Outra salvaguarda necessária relaciona-se com o número de efetivos da raça autóctone da Serra da Estrela, que tem de ser [ovelha] Bordaleira ou Churra Mondegueira, porque, segundo os dados existentes, está a haver uma diminuição de ano para ano.

No entanto, o presidente da Estrelacoop salientou que, fruto do trabalho realizado pela ANCOSE e pelos pastores, aquelas raças não estão em vias de extinção graças ao Queijo Serra da Estrela, embora se tenha registado uma diminuição do número de ovelhas “não muito significativa” e, consequentemente, da produção de leite de Denominação de Origem Protegida (DOP).

“Nestes três últimos anos, a produção de Queijo Serra da Estrela tem andando entre 160 e 180 toneladas, com uma procura muito superior à produção”, frisou Joaquim Lé de Matos, salientando que o número de produtores na última década se manteve estável.

Para o dirigente, este é um motivo de satisfação já que a Estrelacoop não pretende criar escala na produção do Queijo Serra da Estrela por se tratar de “um produto único genuíno, que se pretende preservar”.

A região demarcada da produção Queijo da Serra da Estrela abrange os municípios de Carregal do Sal, Celorico da Beira, Fornos de Algodres, Gouveia, Mangualde, Manteigas, Nelas, Oliveira do Hospital, Penalva do Castelo, Seia, Aguiar da Beira, Arganil, Covilhã, Guarda, Tábua, Tondela, Trancoso e Viseu. Destes concelhos, só Arganil ficou de fora do protocolo de financiamento da candidatura à Unesco.

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Grupo alemão Bertelsmann fecha acordo para usar ChatGPT

  • Lusa
  • 22 Janeiro 2025

Na RTL Alemanha, os jornalistas serão apoiados pela tecnologia da OpenAI e as equipas de marketing da Penguin Random House poderão emitir recomendações personalizadas de livros nas redes sociais.

A gigante alemã de media Bertelsmann, dona da rádio RTL, anunciou que chegou a um acordo com a OpenAI para utilizar o ChatGPT, reforçando o uso da inteligência artificial (IA) nas suas atividades.

Segundo o acordo, Bertelsmann irá utilizar o ChatGPT para “tornar mais eficientes os processos existentes no trabalho diário (…) nos setores de media, nos serviços e educação“, indicou o grupo, que também detém a editora Penguin Random House, em comunicado.

Na RTL Alemanha, os jornalistas serão apoiados pela tecnologia da OpenAI e as equipas de marketing da Penguin Random House poderão emitir recomendações personalizadas de livros nas redes sociais, o que impulsionará as vendas desta editora, segundo o grupo.

A Bertelsmann não referiu eventuais consequências nos postos de trabalho.

Um dos precursores da utilização da IA, o concorrente alemão Axel Springer, por seu lado, anunciou cortes de empregos nos seus jornais diários Bild e Die Welt no início de 2023, alegando que a inteligência artificial poderia agora “substituir” certas tarefas, como a edição de conteúdos.

“Queremos ser uma empresa de media de vanguarda”, disse um porta-voz da Bertelsmann à AFP. Como o grupo não é uma empresa tecnológica, precisa de “parceiros e a OpenAI é um deles”, acrescentou a mesma fonte, sem revelar o valor da transação.

Ao contrário de Axel Springer, a Bertelsmann não será paga pela OpenAI, que não obtém quaisquer direitos sobre os arquivos do grupo.

Outros meios de comunicação social celebraram acordos que permitem aos atores de IA utilizar os seus conteúdos, como a AFP com a tecnológica francesa Mistral, ou o diário Le Monde, do grupo espanhol Prisa Media (El País, As) e o diário económico britânico Financial Times com a OpenAI.

Contrariamente a estes acordos, outros media, como o diário norte-americano The New York Times, optaram pelo braço de ferro e estão a levar os atores de IA a tribunal, acusando-os de usar conteúdo retirado da Internet sem pagar.

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EDP Renováveis aumenta produção em 6% em 2024. América do Norte representa 55%

A maior parte da produção de energia renovável da EDP Renováveis ocorreu na América do Norte (55%), enquanto a Europa representou mais de um terço (32%).

A EDP Renováveis (EDPR) registou um aumento de 6% na produção de energia no ano passado, comparativamente a 2023, informou esta terça-feira a subsidiária do grupo EDP num relatório publicado pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A produção de energia renovável da empresa, também liderada por Miguel Stilwell de Andrade, teve um crescimento para 36,6 Terawatts-hora (TWh), ligeiramente acima do intervalo entre 35 e 36 TWh que estava previsto na apresentação de resultados dos primeiros nove meses de 2023.

A maior parte da produção foi na América do Norte (55%), que se destacou após uma subida homóloga de 17% causada por “novas adições” e pela recuperação das condições de vento, enquanto a Europa representou mais de um terço (32%), mas caiu 1% devido a transações de rotação de ativos.

“Em termos de mix de tecnologias, 85% foi produção de energia eólica onshore, e a produção de energia solar aumentou de 8% em 2023 para 15% da produção em 2024, com a tecnologia solar a representar 74% do total das adições de capacidade em 2024. A produção de energia é líquida, não refletindo a atividade de gestão flexível da capacidade de armazenamento/baterias”, informa a EDPR.

Os dados operacionais previsionais de 2024, divulgados esta tarde, mostram também que a EDP Renováveis anexou um recorde de 3,8 gigawatts (GW) de capacidade renovável ano passado, em linha com a previsão até setembro, o que significou um acréscimo de 17% face a 2023.

A casa-mãe EDP viu a produção de eletricidade aumentar 2% em 2024, em relação ao ano anterior, com as energias renováveis a representarem quase o total, mais de 95%.

“A estratégia de investimento em energias renováveis, complementadas com tecnologias flexíveis como a bombagem hídrica, baterias e centrais a gás, assim como a forte redução da produção a carvão permitiu aumentar o peso de renováveis na produção de eletricidade da EDP a um forte ritmo face a 74% em 2022 e 87% em 2023, com um contributo decisivo para a transição energética”, esclareceu a elétrica, no mesmo documento enviado à CMVM.

As empresas pesaram nas vendas em Portugal e Espanha. No mercado ibérico, o volume de eletricidade comercializado recuou 9%, em termos homólogos, porque se registou uma queda dos volumes vendidos a clientes empresariais.

Notícia atualizada às 18h56

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Turismo de Portugal leva nova campanha focada na gastronomia à Fitur

  • + M
  • 22 Janeiro 2025

Assinada pela Dentsu Creative, a campanha convida a explorar Portugal "através dos sabores e experiências gastronómicas únicas", e é dirigida ao público nacional e internacional.

“Portugal, uma receita por escrever” é a nova campanha de promoção de Portugal enquanto destino turístico, apresentada pelo Turismo de Portugal. A campanha, que destaca a gastronomia como expressão da história, cultura e tradição do país, é levada à Feira Internacional de Turismo (Fitur) de Madrid, que decorre entre 22 e 26 de janeiro.

Assinada pela Dentsu Creative, a campanha “convida todos a explorar Portugal através dos sabores e experiências gastronómicas únicas” e é dirigida ao público nacional e internacional, especialmente aos mercados de Espanha, Alemanha, Estados Unidos, França e Reino Unido. Marca presença em plataformas digitais, como Facebook, Instagram, YouTube e connected TV.

Além desta, Portugal leva ainda à FITUR a campanha “Portugal is Art”, onde celebra o país como “destino de inspiração artística”, relacionando artistas e património histórico-cultural. A campanha, lançada no final de outubro e que contou com um investimento de um milhão de euros, mostra que se encontra arte em qualquer canto e nas mais variadas coisas de Portugal, desde as suas paisagens, aos vinhos, festivais e artesanato até ao surf.

Através destas campanhas destacam-se alguns dos muitos ativos que fazem de Portugal um destino único. Com uma abordagem sofisticada e inovadora, o país reforça a sua posição como um dos destinos mais competitivos, seguros e sustentáveis do mundo“, refere-se em nota de imprensa.

A presença portuguesa deste ano na 45ª edição da Feira Internacional de Turismo (Fitur) conta com a maior delegação de sempre, ocupando uma área de 880 m2 e incluindo sete Agências Regionais de Promoção Turística (ARPTS) e 119 empresas. Adjacente ao espaço ocupado pelo stand do Turismo de Portugal existirá ainda, pela segunda vez, uma área de 764m2 ocupada por diversas entidades nacionais (como comunidades intermunicipais ou municípios).

Com o intuito de reforçar a componente empresarial e dinamizar a participação nacional, a programação conta com apresentações, workshops, provas gastronómicas e de vinhos, bem como demonstrações de tradições portuguesas.

A presença nacional na FITUR é fundamental para reforçar o nosso compromisso em afirmar o país como destino turístico sustentável, que respeita e valoriza o meio ambiente, as comunidades e as tradições, com vista a promover a atividade turística e a consolidação dos fluxos do mercado espanhol”, diz o presidente do Turismo de Portugal, Carlos Abade, citado em comunicado.

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Esmeralda Dourado entra na administração do BCP

  • ECO
  • 22 Janeiro 2025

BCE já deu autorização e o nome vai ser ratificado na próxima assembleia geral de acionistas.

O BCP anunciou esta quarta-feira a nomeação de Esmeralda Dourado para administradora não executiva independente, “preenchendo assim a vaga no conselho de administração para o quadriénio 2022-2025”.

“A cooptação foi deliberada na sequência da obtenção de autorização por parte do Banco Central Europeu para o exercício de funções e será apresentada para ratificação na próxima Assembleia Geral do banco”, adianta a instituição no comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

Nuno Amado é o presidente do conselho de administração do BCP, sendo que a comissão executiva é liderada por Miguel Maya.

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Galp promove novo combustível Evologic Extra em campanha

  • + M
  • 22 Janeiro 2025

A campanha é assinada pela Bar Ogilvy e conta com produção da Krypton Films. Marca presença em televisão, rádio, outdoors, redes sociais e ativação através de influenciadores.

A Galp lançou uma nova campanha multimeios com o objetivo de promover o seu novo combustível Evologic Extra.

Com criatividade da Bar Ogilvy e produção da Krypton Films, a campanha marca presença em televisão, rádio e outdoors, contando ainda com uma “forte” componente digital, incluindo redes sociais e ativação através de influenciadores. O planeamento de meios ficou a cargo da EssenceMediacom.

Um carro de família é o protagonista do spot, que mostra que embora a vida de um carro “não seja fácil”, com dias que são uma correria, outros em que “parece que o céu nos cai em cima da cabeça” e onde nem nos dias de férias “deixamos de carregar um peso sobre os ombros”, há outros dias “em que nos sentimos o melhor carro do mundo”. Como aqueles em que os carros são atestados com o combustível Evologic Extra da Galp, mostra-se no vídeo.

Disponível nos postos de combustível da Galp em Portugal continental, na Madeira e em Espanha, o combustível Evologic Extra é assim o elemento central da campanha.

Enriquecidos com aditivos (substâncias extra) que garantem a limpeza e um desempenho superior dos motores, estes combustíveis são formulados para otimizar a eficiência da combustão e melhorar o rendimento do motor. Uma combinação que resulta numa redução do consumo de combustível, permitindo que os condutores possam fazer até mais 65 quilómetros adicionais por depósito, com a mesma quantidade de combustível”, refere-se em nota de imprensa.

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Costa deixa recado a Trump: Tarifas contra a UE “não são bom caminho”

Presidente do Conselho Europeu rejeita que exista um défice comercial entre a UE e os EUA e garante que o executivo comunitário está disponível para negociar. "Temos de encontrar um ponto de acordo".

O Presidente do Conselho Europeu garantiu que a União Europeia (UE) está disponível para dialogar com os Estados Unidos e “encontrar bases de cooperação económica” entre os dois blocos de forma a evitar um escalar de uma guerra comercial, nos próximos meses.

Vamos ver como é que é possível procurar encontrar bases de cooperação económica que ultrapassem esse défice“, respondeu António Costa numa entrevista à RTP, esta quarta-feira, aludindo às declarações de Donald Trump que disse existir um défice comercial entre os Estados Unidos e a União Europeia de 350 mil milhões de dólares. A Comissão Europeia corrigiu esses valores, salientando haver entre os dois blocos um excedente no comércio de bens e serviços.

Quanto a uma possível imposição de tarifas aduaneiras contra as exportações europeias, António Costa considera que estas são “uma questão de negociar”. No entanto, frisa que a solução proposta por Trump, e já concretizada contra o Canadá, México e China, “não são um bom caminho”.

“As tarifas são uma questão de negociar. Para a prosperidade da União Europeia e dos Estados Unidos, as tarifas não são um bom caminho“, disse, frisando que as políticas por esta via “não fomentam a exportação” e, em sentido contrário, “limitam a liberdade de escolha do consumidor americano” aumentando os preços.

Temos de encontrar um ponto de acordo. Da parte da União Europeia há total franqueza e abertura“, garantiu o presidente dos 27 Estados-membros dois dias depois de Donald Trump ter tomado posse como 47º presidente dos Estados Unidos.

Relativamente à NATO e aos orçamentos de despesa dos aliados, António Costa rejeitou a ameaça do presidente norte-americano de se retirar da organização, garantindo que os países europeus pertencentes à NATO já cumprem com a meta de 2% e estão preparados para ir mais longe.

“Os Estados Unidos dizem que a Europa tem de investir mais na defesa, mas desde de que Trump saiu, até hoje, houve uma enorme evolução”, garantiu o presidente do Conselho Europeu. “Os 23 Estados-membros da União Europeia, que também são aliados da NATO, no seu conjunto, já cumprem os 2%. Creio que estão preparados para que na próxima cimeira seja definida uma meta mais ambiciosa para aumentar investimentos“, acrescentou. Certo é que o tema estará em cima da mesa na próxima reunião informal do Conselho Europeu.

Tal como o ECO avançou, esta reunião está a agendada para o próximo dia 3 de fevereiro e será discutida a necessidade de os 27 aumentarem o seu orçamento com a defesa. Embora ainda não tenha sido definido um novo valor mínimo, os responsáveis da NATO e vários líderes europeus têm defendido a necessidade de esse valor subir para os 3% do PIB. Já Donald Trump quer que a percentagem seja de 5%.

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Trabalhadores da Decathlon podem tirar até 30 dias de férias por ano

Além dos 22 dias previstos na lei, Decathlon premeia assiduidade com três dias extra de férias, a que se soma o dia de aniversário do trabalhador. Empregados podem ainda "comprar" mais quatro dias.

Os trabalhadores da Decathlon Portugal vão passar a poder tirar até 30 dias de férias por ano. Além dos 22 dias previstos na lei do trabalho, a empresa já oferecia três dias para premiar a assiduidade. Passa agora a dar folga também no dia de aniversário do trabalhador e a permitir que os empregados “comprem” quatro outros dias de férias, sem impactar nos restantes benefícios.

“No ano em que celebra 25 anos, a Decathlon Portugal marca o seu forte compromisso em colocar as suas equipas no centro da organização, introduzindo novos benefícios que promovem maior flexibilidade e bem-estar nas vidas dos seus colaboradores. Em acréscimo aos 22 dias de férias e três dias de majoração que a empresa já oferecia, os colaboradores passaram a dispor da possibilidade de usufruir de ainda mais dias de descanso adicional“, informou a empresa, numa nota enviada esta tarde às redações.

No que diz respeito ao descanso no aniversário, fica estipulado que, caso a data coincida com o dia de descanso habitual, o trabalhador poderá usufruir desta folga extra no dia útil anterior ou seguinte. “Em alternativa, este dia pode ser utilizado no aniversário de um familiar“, esclarece a Decathlon.

Por outro lado, passa a ser possível “comprar” até quatro dias de descanso extra por ano civil. Questionada sobre esta medida em concreto, fonte oficial explicou ao ECO que o trabalhador adquire estes dias “mediante a correspondente dedução no salário”, mas “sem qualquer perda de direitos laborais ou impacto nos benefícios associados à assiduidade”.

Ou seja, o trabalhador perde o salário corresponde a esses dias, mas não arrisca perder, por exemplo, os dias extra atribuídos como prémio pela assiduidade.

“Esta medida permite uma maior flexibilidade na gestão do equilíbrio entre a vida pessoal e profissional, mantendo intactos todos os demais benefícios oferecidos pela empresa”, defende a empresa, em resposta enviada ao ECO.

Estas medidas produzem efeitos a 1 de janeiro de 2025 e são anunciadas poucas semanas depois da Decathlon ter subido o seu salário mínimo bruto para 950 euros, conforme escreveu o ECO. A nível nacional, a retribuição mínima garantida está hoje fixada em 870 euros brutos por mês.

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EDP vai rever plano de negócios até 2030, diz Stilwell de Andrade

Stilwell disse que a EDP está a rever o plano de negócios para analisar resultados das decisões de Trump, mas confia que maioria do investimento até 2026 irá avançar. Ações continuam a afundar.

A EDP EDP 0,61% acredita que os seus projetos onshore nos Estados Unidos não serão afetados pelas decisões de Donald Trump sobre energia eólica, afirmou esta quarta-feira o CEO da elétrica à Reuters, mas a empresa vai nos próximos meses rever o plano de negócios até ao final da década e as expectativas de crescimento.

“Nos próximos meses, vamos voltar ao mercado e apresentar números revistos para o próximo período até 2030. Isto não significa que daremos orientações até 2030, mas estamos obviamente a analisar as nossas expectativas de crescimento para os próximos anos”, afirmou Miguel Stilwell de Andrade, à margem do Fórum Económico Mundial em Davos, na Suiça.

Stilwell disse que a EDP está a rever o plano de negócios, em termos investimento, para analisar os resultados das decisões da administração Trump, ordens executivas e outros fatores.

“Estamos provavelmente a falar de 2 a 3 mil milhões de dólares nos próximos dois anos até 2026… mas eu diria que na maior parte disso vamos avançar de qualquer forma, porque parece estar em áreas que não são afetadas por estas ordens executivas”, acrescentou.

Stilwell disse que a EDP está a rever o seu plano de negócios, em termos do seu programa de despesas de capital, para analisar os resultados das decisões da administração Trump, ordens executivas e outros fatores.

A maioria dos investimentos da EDP nos EUA está focada na energia solar e no armazenamento de baterias, nos quais existem muitas oportunidades de crescimento, disse Stilwell.

As ações do grupo têm estado a cair esta semana, com as da ‘casa mãe’ EDP a recuarem 3,55% esta quarta-feira para 3,146 euros cada, acumulando perdas de 5,71% em três sessões. As da EDP Renováveis tombaram 4,81% para 8,82 euros na sessão, acumulando uma descida de 7,83% esta semana.

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Grupo madeirense investe dez milhões em edifício residencial no Porto

O Edifício Trawler Residence 01 é o segundo investimento do grupo madeirense na cidade do Porto. No total, a promotora já investiu 35 milhões na Invicta.

A promotora madeirense Socicorreia vai investir 10 milhões de euros num novo projeto habitacional composto por 11 frações na Avenida da Boavista, no Porto, com preços a partir dos 700 mil euros. Depois do Edifício Molhe da Montevideu, o Trawler Residence 01 é o segundo investimento o grupo madeirense na cidade do Porto, o que representa um investimento global na Invicta de 35 milhões de euros.

Situado na maior área verde urbana do país, o Trawler Residence 01 será composto por três pisos e as tipologias variam de T1 a T3. A Socicorreia destaca que o projeto “distingue-se ainda pelo conceito inovador ‘chave na mão’, que assegura aos clientes a entrega de apartamentos prontos a habitar, eliminando a necessidade de quaisquer ajustes ou intervenções adicionais”.

“Com um design contemporâneo que se integra harmoniosamente na paisagem da Avenida da Boavista, o Trawler Residence 01 privilegia a entrada de luz natural através de amplas janelas, criando espaços luminosos e vistas únicas sobre o oceano Atlântico”, nota a imobiliária em comunicado.

Trawler Residence 01Socicorreia

O ano passado, o grupo madeirense anunciou o primeiro investimento na cidade do Porto, o Edifício Molhe da Montevideu – projeto habitacional composto por 19 apartamentos na Foz do Douro representou um investimento de 25 milhões de euros. A promotora adianta que este projeto, com conclusão prevista para o primeiro semestre de 2026, “encontra-se já 50% comercializado”.

“A empresa reforça ainda o compromisso com a cidade e não descarta a possibilidade de novos projetos, dependendo de oportunidades que se alinhem com a sua estratégia de crescimento”, concluí.

A Socicorreia, que emprega 100 trabalhadores diretos e 200 indiretos, tem projetos na Madeira, Açores, Lisboa, Braga e Porto. O Grupo ultrapassou, em quase duas décadas, os 250 milhões de investimento.

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Há agora um consenso que precisamos da União dos Mercados de Capitais, diz Lagarde

A presidente do BCE defende que a União Europeia deve eliminar barreiras e acelerar a transição para um mercado único, posicionando-se para os desafios que a região enfrenta com Trump nos EUA.

A Europa enfrenta uma crise existencial e precisa preparar-se para a nova era Trump nos EUA, reconhece a presidente do Banco Central Europeu (BCE). Para Christine Lagarde, a região tem que jogar em equipa, ser mais ágil e acelerar a União dos Mercados de Capitais. A responsável apela à Comissão Europeia para acelerar este processo e pressionar a comissária para os Serviços Financeiros e União de Capitais, Maria Luís Albuquerque, a entregar resultados.

Temos de ser realistas sobre o momento que enfrentamos“, admitiu Christine Lagarde, em resposta à questão sobre se a Europa enfrenta uma crise existencial, num debate dedicado a analisar o potencial da região em Davos.

A presidente do BCE, que já tinha adiantado esta quarta-feira em entrevista à CNBC que a Europa tem que estar preparada para as tarifas de Trump e antecipar os seus efeitos, argumentou que a região tem “o talento, o dinheiro e as ideias”. Falta a ação.

A presidente da autoridade monetária defendeu que a Europa tem que se unir e eliminar “barreiras” criadas pelos próprios países, voltando a pôr o foco na importância de acelerar a União dos Mercados de Capitais e nas vantagens que esta união trará para os países da região.

Há agora um consenso – há exceção de dois ou três países [nos 27] – em concordar que precisamos da União dos Mercados de Capitais“, garantiu a responsável, acrescentando que “vai ter que se lidar com esses países [que não querem avançar com a União de Capitais]”, mas “vamos fazer esta transição”.

A presidente do BCE mostrou-se ainda agradada com o facto da presidente da Comissão Europeia ter falado da criação deste mercado único na sua intervenção em Davos. O que espero que a Ursula [van der Leyen] consiga fazer [agora] é voltar para a Comissão Europeia, que vá ter com [a comissária] Maria Luís Albuquerque e outros e dizer-lhes que têm uma lista de coisas para fazer e um deadline” para acelerar esta união e que quer “resultados até ao final de 2025”, acrescentou.

Para a responsável, a região precisa “focar-se em rapidez e resultados”.

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