Rosalino concordou com Centeno que Banco de Portugal não deveria pagar salário de secretário-geral

Governador do Banco de Portugal garante que Hélder Rosalino partilhava do entendimento defendido por Mário Centeno. "É uma não questão", disse.

O governador do Banco de Portugal (BdP) revelou esta terça-feira que Hélder Rosalino partilhava da opinião de que a instituição não deveria ser responsável pelo seu salário como secretário-geral do Governo. Mário Centeno considerou que o tema “é uma não questão”, invocando novamente as regras do Eurosistema.

Houve conversas entre mim e o doutor Hélder Rosalino, conversas posteriores e esse é também o entendimento do doutor Hélder Rosalino. Não consigo perceber bem o seguimento que esta questão teve. É uma não questão. Ponto final”, afirmou Mário Centeno, na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública.

O ex-administrador do Banco de Portugal Hélder Rosalino, que foi apontado para exercer funções como secretário-geral do Governo, desistiu do cargo, após a polémica em torno da sua remuneração e da alteração levada a cabo pelo Governo às regras de remuneração dos quadros dirigentes da nova estrutura. Esta alteração permitia a Rosalino auferir um salário mensal de cerca de 15 mil euros, isto é superior ao do primeiro-ministro.

O Banco de Portugal comunicou na altura que não iria arcar com os custos, invocando estar proibido pelo Eurosistema. Durante a audição, Centeno voltou a defender que a proibição do financiamento monetário encontra-se prevista no Artigo 123.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia e no artigo 21.º dos Estatutos do Sistema Europeu de Bancos Centrais e do Banco Central Europeu (BCE), estando também consagrada no artigo 18.º da Lei Orgânica do Banco de Portugal.

O governador considerou ainda que “falar de salários é sempre uma coisa muito sensível“. Ainda assim, recordou quando em 2016, em resposta a uma questão do CDS, citou o sketch de Herman José com José Severino, conhecido pela expressão “Eu é mais bolos“.

Quando estamos a preencher um lugar devemos obviamente ter muito claro quais são as qualificações, quais são as exigências e os salários que lhes compete e temos de levá-las até ao fim. Aquilo que não me parece normal é que se tome essa decisão e depois se diga o BdP paga”, afirmou.

Mário Centeno indicou também que “houve casos entre 2011 e 2013 de dívidas acumuladas por não pagamento ao Banco de Portugal” de trabalhadores em mobilidade, mas garantiu que desde 2013 que a instituição não paga nenhum salário nessa circunstância.

O Governo anunciou, em janeiro, que Hélder Rosalino comunicou a indisponibilidade para assumir o cargo de secretário-geral do Governo, responsabilizando Mário Centeno. “A solução encontrada permitia que Dr. Hélder Rosalino mantivesse o vencimento auferido há vários anos no Banco de Portugal, o qual foi por este definido. E permitiria ao Estado português, no seu conjunto, a poupança de um segundo salário, correspondente à tabela legal para o Secretário-Geral do Governo”, disse em comunicado.

Na quarta-feira é a vez do ministro da Presidência, António Leitão Amaro, ser ouvido na COFAP sobre o tema.

(Notícia atualizada às 15h29)

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Uría e Cuatrecasas em operação de refinanciamento de quatro retail parks

A Uría assessorou a Frux Capital no refinanciamento de quatro Retail Parks detidos pelo Fundo Fechado de Investimento Imobiliário Sertorius, gerido pela Fundbox. A Cuatrecasas esteve do lado do fundo.

A Uría Menéndez assessorou a Frux Capital no refinanciamento de quatro Retail Parks, detidos pelo Fundo Fechado de Investimento Imobiliário Sertorius, gerido pela Fundbox, por via de emissão de obrigações pelo Fundo com um valor de emissão inicial de 23.600.000 euros. Os imóveis estão localizados em Famalicão, Setúbal, Vila Nova de Gaia e Viseu. A Cuatrecasas assessorou a Fundbox.

“A assessoria prestada pela Uría Menéndez cobriu todas as fases da transação, desde a due diligence, à negociação e estruturação da emissão das obrigações pelo Fundo“, refere o escritório de advogados.

A equipa da Uría Menéndez envolvida na operação foi liderada pelo sócio David Sequeira Dinis e pelo associado principal José António Reymão Nogueira, contando também com a participação do associado sénior Diogo Zambujo e do estagiário Tomás Aires Abreu, bem como com a coordenação da sócia Rita Xavier de Brito, do associado coordenador Pedro Teixeira de Sousa e do associado sénior João Fernandes Tomás.

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Aposta nos certificados regista primeira quebra desde 2012

Famílias portuguesas tinham perto de 44,5 mil milhões de euros aplicados em Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro no final do ano passado. São menos 600 milhões em relação a 2023.

A aposta das famílias portuguesas em Certificados de Aforro e Certificados do Tesouro registou no ano passado a primeira quebra desde 2012. Aproximadamente 44,5 mil milhões de euros estavam aplicados nestes certificados em dezembro de 2024, traduzindo uma redução de 604,9 milhões em relação ao ano anterior, de acordo com os dados divulgados esta terça-feira pelo Banco de Portugal.

Isto acontece depois de os aforradores portugueses terem subscrito um valor líquido recorde mais de dez mil milhões de euros nestes títulos de poupança do Estado em 2023, na sequência do frenesim em torno dos Certificados de Aforro.

Embora os Certificados de Aforro tenham voltado a captar poupanças no ano passado, foi um valor residual em comparação com 2023: apenas 684,38 milhões de euros (comparando com os 14,4 mil milhões de subscrições líquidas um ano antes).

Ainda assim, não foi suficiente para compensar as saídas líquidas nos Certificados do Tesouro, cujas subscrições se encontram em terreno negativo há 38 meses. Em 2024, ‘perderam’ 1,29 mil milhões de euros.

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Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para abrir o gráfico.

Certificados de Aforro com valor mais alto em ano e meio

Em dezembro, as famílias aplicaram 352 milhões de euros nos Certificados de Aforro, o valor mais elevado desde julho de 2023. Tratou-se do terceiro mês seguido com subscrições positivas, depois de um ano de saídas.

O regresso do interesse nos Certificados de Aforro tem sobretudo duas razões: por um lado, o facto de os bancos estarem a cortar a remuneração dos depósitos há vários meses tornou estes títulos mais atrativos; por outro, o aumento dos limites máximos para a subscrição de certificados dos 50 mil euros para os 100 mil euros está a impulsionar a procura.

No último mês do ano passado encontravam-se aplicados um valor histórico de 34,7 mil milhões de euros nos Certificados de Aforro.

(Notícia atualizada às 12h30)

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Vic Properties avança com projeto de 1,7 mil milhões no Pinheirinho da Comporta

Cinco anos após comprar o Pinheirinho, a promotora imobiliária avança com um empreendimento de luxo em Melides. Projeto inclui 2 hotéis de luxo, branded residences, moradias e apartamentos.

A VIC Properties anunciou esta terça-feira que vai arrancar com o projeto do Pinheirinho, localizado na zona da Comporta. O empreendimento turístico de luxo, que representa um investimento de 1,7 mil milhões de euros, vai incluir dois hotéis de luxo “branded residences“, moradias, apartamentos e um campo de golfe, que já está construído.

A promotora imobiliária adianta que “durante a fase de construção, o projeto criará mais de 2.000 postos de trabalho diretos, bem como mais de 1.000 postos de trabalho permanentes [quando] o empreendimento estiver totalmente concluído”.

Atualmente com uma área com cerca de 400 hectares, inseridos numa reserva natural, o Pinheirinho foi adquirido pela VIC em 2020, “tendo posteriormente sido adicionados ao projeto mais de 200 hectares de pinhal e dunas não urbanizáveis”.

Com acesso direto ao areal da praia do Pinheirinho, a promotora imobiliária portuguesa realça ainda que a “propriedade vai incluir uma variedade de instalações desportivas, amenities para famílias, bem como lojas e serviços, e acesso a um clube de praia para hóspedes e proprietários”. O projeto terá aproximadamente 200 mil metros quadros de área bruta de construção acima do solo.

Estamos muito entusiasmados por dar vida a este extraordinário projeto na Comporta”, comenta o cofundador e CEO da VIC Properties. “O Pinheirinho reflete não só a nossa dedicação em criar espaços que realcem a beleza natural da sua envolvente, mas também a nossa responsabilidade para com a comunidade local e o seu ambiente, um verdadeiro compromisso com o nosso legado na Comporta e em toda a região do Alentejo”, nota João Cabaça, citado em comunicado.

Já no arranque das vendas, os compradores vão poder escolher entre lotes para a construção de moradias ou moradias chave-na-mão, estando já em construção algumas destas mesmas residências, detalha a promotora imobiliária, que mudou de mãos em 2023.

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Von der Leyen chama Trump: “Estamos prontos para negociar”

Comissão Europeia ainda não agendou uma reunião com Trump mas mantém-se disponível para dialogar com os EUA. No entanto, deixa um aviso: "Vamos defender os nossos interesses", disse, em Davos.

Um dia depois de Donald Trump ter tomado posse como 47.º Presidente dos Estados Unidos e já ter sinalizado a intenção de avançar com tarifas aduaneiras contra o México e Canadá, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, mostrou-se disponível para dialogar e negociar” com a nova Administração norte-americana.

A nossa prioridade será dialogar rapidamente, discutir interesses comuns e estar prontos para negociar” referiu a presidente da Comissão Europeia num discurso no Fórum Mundial Económico, em Davos, esta terça-feira.

Embora disponível, Von der Leyen deixou, no entanto, um aviso: “Vamos ser pragmáticos mas iremos sempre defender os nossos princípios, os nossos interesses e respeitar os nossos valores”, garantiu a presidente da Comissão Europeia naquela que foi a sua primeira intervenção pública depois de ter estado a recuperar de uma pneumonia severa em Hannover, na Alemanha.

A mensagem de Von der Leyen surge um dia depois de Donald Trump ter ameaçado o comércio internacional com tarifas se os países não incrementarem as compras de petróleo e gás natural aos EUA — sobretudo a União Europeia que procura desvincular-se do fornecimento de energia russa e tem apostado no abastecimento norte-americano, em alternativa. Von der Leyen já se tinha disponibilizado para reforçar este fornecimento, justificando ser uma alternativa “mais barata”.

No entanto, o contacto entre os dois blocos ainda está por acontecer. A porta-voz da Comissão Europeia, Paula Pinho ter revelou esta segunda-feira numa conferência de imprensa, em Bruxelas, que embora o executivo comunitário tenha feito “várias tentativas para agendar uma reunião” entre a Comissão e a administração Trump, “ainda não existe uma data” para o tal encontro. Bruxelas mantém-se ainda assim convicta de que tal irá acontecer nas próximas semanas, tendo a presidente felicitado Donald Trump pelo novo mandato na Casa Branca, esta segunda-feira.

Durante o discurso em Davos, Ursula von der Leyen referiu ainda que o comércio entre o bloco e os Estados Unidos representa um volume de negócios de 1,5 biliões de euros, “cerca de 30% do comércio mundial”, alertando, por isso, “estar muito em jogo”.

Nenhuma outra economia está tão integrada como estamos. De todos os ativos americanos no estrangeiro, dois terços estão na Europa e os EUA fornecem 50% do nosso gás natural liquefeito (GNL). As empresas europeias contratam cerca de 3,5 milhões de americanos, e outros milhões de empregos dependem do comércio com Europa”, declarou Von der Leyen.

Mas a presidente da Comissão Europeia deixou ainda uma nota a Donald Trump que, no primeiro dia do mandato, avançou com uma série de ordens executivas, algumas para reverter as políticas do seu antecessor, Joe Biden. Entre elas, retirar os Estados Unidos ao Acordo de Paris.

“O Acordo de Paris continua a ser a nossa melhor esperança para a humanidade. A Europa vai manter-se comprometida e vai trabalhar com todas as nações que queiram proteger a natureza e parar o aquecimento global“, defendeu.

A intervenção de Ursula Von der Leyen também se focou na mudança de paradigma da geopolítica mundial, salientando que “as regras do jogo estão a mudar“.

“Não devemos tomar nada por garantindo e embora parte da União Europeia não esteja preparada, nós [Comissão Europeia] estamos prontos para lidar com isso”, proferiu, acrescentando que para o bloco europeu continuar a “defender” os seus valores “num mundo em constante mudança”, os 27 têm de “mudar a forma como atuam”.

“Temos de aproveitar as novas oportunidades onde quer que elas surjam“, defendeu, assegurando que a Europa vai continuar a cooperar não só com os seus parceiros, “mas com qualquer país” que partilhe os mesmos interesses.

“A nossa mensagem é simples: se há benefícios mútuos, estamos prontos para dialogar“, disse, referindo os novos acordos comerciais acordados com a América do Sul (Mercosul) e a Suíça, e, futuramente com a Índia, “o maior país e a maior democracia do mundo”, e a China, apesar das tensões comerciais.

“Estamos preparados para continuar as nossas discussões construtivas com a China para encontrar soluções que sirvam os nossos interesses comuns”, disse recordando que este ano assinala-se o 50º aniversário desde de que os dois blocos iniciaram as suas relações comerciais. “Esta na hora de encontrar uma relação mais equilibrada com a China” vincou.

Bruxelas apresenta Bússola para a Competitividade na próxima semana

Depois de um adiamento por motivos de saúde da chefe dos 27, a Comissão Europeia dará a conhecer a estratégia para reforçar a competitividade e inovação na União Europeia na próxima semana, um documento que tem por base o relatório de Mario Draghi, entregue a Bruxelas em setembro de 2024.

“Para sustentar o nosso crescimento no próximo quarto de século, a Europa tem de mudar de velocidade. Foi por esta razão que pedi a Mario Draghi que apresentasse um relatório sobre a competitividade europeia”, referiu Von der Leyen ainda durante o seu discuro, dando nota de que o roteiro a apresentar será executado nos próximos cinco anos.

“A tónica será colocada no aumento da produtividade, colmatando o défice de inovação. Um plano conjunto para a descarbonização e a competitividade para ultrapassar a escassez de competências e de mão-de-obra e reduzir a burocracia”, explicou Von der Leyen, sublinhando que o roteiro vai procurar “tornar o crescimento mais rápido, mais limpo e mais equitativo, assegurando que todos os europeus possam beneficiar da evolução tecnológica”.

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TAP transportou 16,1 milhões de passageiros em 2024, mais 1,6% que no ano anterior

Rotas da América do Norte e Brasil registaram os maiores aumentos percentuais no ano passado. Taxa de ocupação dos voos da transportadora também melhorou.

A TAP revelou esta terça-feira os primeiros números sobre a atividade no ano passado. A companhia aérea portuguesa transportou 16,1 milhões de passageiros em 2024, um aumento de 1,6% face ao período homólogo. O crescimento veio sobretudo da América do Norte e do Brasil.

Os Estados Unidos e o Canadá destacaram-se com um crescimento de 8,9% no número de passageiros, para um total de 1,59 milhões. As rotas entre o Brasil e a Europa registaram um aumento de 7,1%, com mais de dois milhões de passageiros transportados. Um novo recorde, informa a companhia.

Mais contida foi a evolução no tráfego para a Europa, que registou um crescimento de 1,3% face ao ano anterior. No tráfego internacional, nota ainda para a redução ligeira de 0,1% nas rotas a partir de África.

A TAP transportou também mais 3,3% de passageiros entre a Madeira e o continente e mais 1,3% entre os Açores e o continente.

A companhia aérea portuguesa revelou ainda que a receita por lugar-quilómetro (número total de passageiros multiplicado pelos quilómetros voados) aumentou 3,4% em 2024, beneficiando também da ligeira melhoria da taxa de ocupação (load factor) para 82,3%.

A TAP só mais tarde irá revelar os resultados completos do ano passado. Até setembro tinha registado um lucro de 118,2 milhões de euros, menos 85,3% que no mesmo período do ano anterior.

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Banco de Portugal tem seis consultores e “não paga salários fora da tabela”, assegura Centeno

Mário Centeno rejeitou qualquer discricionariedade na política salarial do supervisor. Governador adianta que há seis consultores num universo de 1.700 trabalhadores do Banco de Portugal.

Mário Centeno adiantou esta terça-feira que o Banco de Portugal tem seis consultores, sendo um deles Hélder Rosalino, que está na origem de toda a polémica em relação aos salários praticados no supervisor. O governador rejeitou qualquer discricionariedade na política salarial: “Não há salários fora da tabela”, disse, garantindo que os todos salários seguem o acordo coletivo de trabalho do setor bancário.

“Neste momento existem seis consultores, 0,35% da força de trabalho do Banco de Portugal”, revelou Mário Centeno na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública. Contudo, este número deverá reduzir-se: “Há uma expectativa que esse número venha a evoluir, porque todos estes consultores estão em idade de aposentação. Têm tarefas atribuídas dentro dessa situação e depois o vínculo laboral ao banco cessa”, acrescentou.

O governador explicou que “na última década e meia, o máximo foi em 2004″, quando “foram 13 e eram dois em 2022”, este o número mais baixo “provavelmente desde sempre”. Centeno adiantou ainda que desde que tomou posse nomeou cinco consultores: três devido a fim de mandatos nas funções que estavam a desempenhar e dois por transição de funções dentro do banco. “O número vem sendo reduzido muito significativamente e é sempre um número muitíssimo residual num universo de 1.700 trabalhadores no Banco de Portugal”, sublinhou.

Centeno rejeitou que o Banco de Portugal pague salários “fora da tabela”. “Não há nenhuma discricionariedade nos salários “, frisou aos deputados. O governador explicou que a política salarial do regulador “segue um instrumento de regulação coletiva” e existem essencialmente duas carreiras no supervisor: a carreira técnica e a da direção.

“Estas duas carreiras cobrem mais de 95% dos trabalhadores do BdP. Posso tornar muito claro que consultor da Administração não é uma carreira, é uma função e à qual apenas tem acesso os diretores do BdP“, explicou, frisando que por este motivo não existe qualquer concurso de acesso e a remuneração de um consultor corresponde à que auferia na função de diretor.

O responsável do regulador bancário insistiu que “não existe concurso” e que a função é temporária, embora tenha reconhecido que existem situações mais temporárias do que outras. É o caso de Pedro Duarte Neves, antigo vice-governador do Banco de Portugal, o consultor que está há mais tempo em funções – desde 2017.

“A tabela remunerativa de um consultor é a de um diretor do Banco de Portugal. Há uma diferença muito grande nos [salários dos] consultores, porque há experiências e trajetórias distintas dentro destes consultores. Não está de todo, insisto, ancorada ao salário de administrador”, realçou. Como exemplo apontou o período em que foi consultor da Administração – entre o final de 2013, 2014 e parte de 2015 – e recebeu “o mesmíssimo vencimento que recebia como diretor do departamento de estudos económicos”.

O responsável do supervisor realçou que a nomeação de consultores seguem “regras internas do banco muito restritas”, à qual têm acesso “trabalhadores do banco com carreiras relevantes quer no banco, quer em serviços públicos“, apontando três exemplos do passado: Aníbal Cavaco Silva, Vítor Gaspar e Vítor Constâncio.

Centeno insistiu que a instituição se pauta pela transparência: “A vida do Banco de Portugal é do mais democrático que podemos encontrar em Portugal. Podem igualar, mas não superar“, afirmou, acrescentando que “o Banco de Portugal não é um alçapão e se é um alçapão muito iluminado”.

De acordo com as contas do governador, atualmente há 93 trabalhadores do banco a exercer funções fora da instituição. “Estes trabalhadores por lei quando retornam ao banco são classificados de acordo com aquilo que é a progressão normal”, ou seja, estimando a progressão na carreira que teriam tido.

Reunir comissão de vencimentos é tão “natural” como não reuni-la

O governador do Banco de Portugal defendeu que “a comissão de vencimentos é um órgão que reúne quando é solicitado para tal pelo ministro as Finanças” e considerou que “é tão natural convocá-la como não convocá-la“.

O ministro das Finanças decidiu convocar a comissão, após a polémica em torno do salário de Hélder Rosalino, e considerou recentemente “estranho” que esta não reunisse há mais de uma década.

Mário Centeno realçou que a comissão “não tem nenhuma incidência ou mandato nas remunerações [gerais] do BdP”, incidindo apenas sobre os vencimentos dos membros do Conselho de Administração.

(Notícia atualizada às 13h40)

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China com novo recorde mundial de capacidade instalada em energia renovável

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2025

O país, que está a construir mais capacidade de energia solar e eólica do que o resto do mundo todo junto, investiu mais de 50 mil milhões de dólares, entre 2011 e 2022.

A China bateu, em 2024, o seu próprio recorde mundial em capacidade instalada de energias renováveis, de acordo com dados oficiais divulgados esta terça-feira, ilustrando o crescente domínio do país asiático naquele setor emergente.

No ano passado, o país instalou cerca de 277 gigawatts (GW) de nova capacidade de energia solar, em comparação com 217 GW em 2023, e 80 GW de nova capacidade de energia eólica, também mais do que no ano anterior, de acordo com os números publicados pela Administração Nacional de Energia (NEA), uma agência do Governo chinês.

A China, que é o maior emissor mundial de gases com efeito de estufa, registou o aumento mais meteórico na instalação de capacidade renovável nos últimos anos.

Pequim quer atingir o seu pico de emissões de CO2 em 2030 e tornar-se neutra em termos de carbono até 2060.

A sua capacidade total instalada de energia solar e eólica é atualmente de 887 GW e 521 GW, respetivamente, mais de 15% do que o objetivo de 1.200 GW instalados até 2030, fixado pelo Presidente chinês, Xi Jinping, em 2020.

O país, que está a construir mais capacidade de energia solar e eólica do que o resto do mundo todo junto, investiu mais de 50 mil milhões de dólares (48 mil milhões de euros) neste domínio, entre 2011 e 2022, de acordo com dados da Agência Internacional da Energia.

A segunda maior economia do mundo continua fortemente dependente do carvão, mas reduziu em 83% o número de autorizações de construção de centrais elétricas alimentadas por aquele combustível fóssil no primeiro semestre de 2024.

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Secretário de Estado recusa ilegalidades em processo investigado

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2025

O secretário de Estado Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade na alegada investigação da Procuradoria Europeia por suspeita de contrapartidas quando foi presidente de Bragança.

O secretário de Estado da Administração Local, Hernâni Dias, recusou esta terça-feira ter cometido qualquer ilegalidade na alegada investigação da Procuradoria Europeia por suspeita de contrapartidas quando foi presidente da Câmara de Bragança.

Estou convicto de que agi com total transparência e dentro da legalidade […] e estou de consciência absolutamente tranquila”, afirma o governante, num comunicado enviado à agência Lusa, mostrando-se “ao dispor das autoridades competentes para prestar todos os esclarecimentos”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência bancária, conforme contrato”.

As explicações surgem tendo em conta “as várias notícias que têm sido difundidas pelos órgãos de comunicação social relativas a factos ocorridos enquanto exerci funções como Presidente da Câmara Municipal de Bragança”.

A RTP noticiou que Hernâni Dias está a ser investigado pela Procuradoria Europeia e é suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

De acordo com a RTP, a propriedade de um imóvel ocupado no Porto pelo filho de Hernâni Dias pertence ao filho de um dos sócios de uma construtora que ganhou o concurso para a ampliação da zona industrial de Bragança.

Relativamente à empreitada, Hernâni Dias diz que “após algumas dúvidas que surgiram durante a execução” da mesma pediu, a 05 de fevereiro de 2019, ao Procurador da República junto do Ministério Público de Bragança, “uma investigação à obra, no sentido de apurar se tinha existido alguma ilegalidade ou a eventual prática de atos dos quais tivessem resultado prejuízos para o município”.

Por outro lado, o ex-autarca adjudicou ao LNEC “uma auditoria à obra, por forma a averiguar a execução dos trabalhos em conformidade com o projeto, com o contrato […] e em consonância com os requisitos estabelecidos no caderno de encargos”.

Na auditoria, o LNEC “confirmou que, na generalidade, os trabalhos executados que foram objeto de alteração contratual tiveram correspondência com documentos” e que “as soluções executadas em obra, embora diferentes das de projeto, não se revelam desadequadas aos objetivos e função da infraestrutura”.

A obra, segundo o secretário de Estado, “ficou 328.492,86 euros mais barata do que o valor pelo qual tinha sido adjudicada“.

“Tratando-se de uma obra financiada pelo PT 2020 [fundos comunitários], os relatórios da auditoria foram expostos à Autoridade de Gestão, com as correções sugeridas pelo LNEC, expurgados os valores dos artigos objeto de alteração no âmbito da auditoria”, acrescenta.

Hernâni Dias esclarece que o filho “foi estudar para a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto no final de 2016, tendo ficado alojado num apartamento partilhado com outro colega amigo, também de Bragança”.

“Numa fase posterior, o apartamento foi também partilhado com mais outro colega igualmente de Bragança. O valor das rendas foi pago por transferência bancária, conforme contrato. Ao dia de hoje, ainda moram no referido apartamento três jovens de Bragança, dois dos quais moraram com o meu filho”, descreve.

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Presidente da ERSE assume que hidrogénio verde levanta “muitas incertezas”

"Portugal ainda não começou a sério no hidrogénio [verde]" e "não há nada na produção de hidrogénio verde que nos faça sentir confortáveis", afirma, em paralelo, o líder da DGEG.

O presidente da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE), Pedro Verdelho, acredita que o biometano “é que devia ser o gás natural” enquanto, relativamente ao hidrogénio verde, assume que existem “muitas incertezas”. Também o responsável da Direção Geral da Energia e Geologia assinala a falta de projetos estruturantes de hidrogénio verde e acusa desconforto quanto ao desenvolvimento deste gás.

Sobre o hidrogénio verde temos muitas incertezas. O custo das tecnologias é elevado. Há um caminho longo a percorrer“, afirmou Verdelho, que discursou na abertura da conferência Indústria do Futuro, organizada em parceria com a distribuidora Floene. O presidente do regulador indica que o cruzamento entre a produção, consumo e redes “é uma dificuldade”, já que todos estes investimentos devem surgir de forma síncrona, uma vez que “um desalinhamento representa um custo adicional”.

Também na abertura da conferência, o presidente da Direção Geral de Energia e Geologia, Paulo Carmona, afere que “Portugal ainda não começou a sério no hidrogénio [verde]” e “não há nada na produção de hidrogénio verde que nos faça sentir confortáveis”. Existem projetos-piloto, “que dão esperança, mas também frustração. Queríamos mais”, indica, ao mesmo tempo que assinala que “faltam projetos grandes, estruturantes, que consigam ligação com o sistema elétrico, já que são eletrointensivos”.

Em oposição, o biometano vai lançado. A Europa já produz, atualmente, 5 bcm (mil milhões de metros cúbicos) deste gás, o equivalente a todo o consumo de gás em Portugal. “Esse é que devia ser o gás natural, é o metano limpo, enquanto o gás natural é metano fóssil. A molécula é a mesma“, explicou Verdelho.

Neste caso, Paulo Carmona também se revela insatisfeito. “Não temos nada para mostrar” no biometano, enquanto Espanha tem quatro projetos operacionais e sete em pipeline“, aventou. O líder da DGEG desafiou a indústria a dialogar com esta entidade de forma a explicar o que está a travar os projetos. “Digam-nos o que podemos fazer para o biometano ser uma realidade em Portugal”, apelou.

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Grupo Cegid compra tecnológica portuguesa PHC Software

A tecnológica portuguesa PHC Software foi vendida ao grupo Cegid. Donos da Primavera BSS já tinham tentado comprar a PHC em 2022.

Ricardo Parreira, CEO da PHC Software, em entrevista ao Podcast 38,4 - 26MAR24
Ricardo Parreira, CEO da PHC SoftwareHugo Amaral/ECO

A tecnológica portuguesa PHC Software, liderada por Ricardo Parreira e com sede no Taguspark, rendeu-se à segunda investida da Cegid, líder europeu de soluções empresariais na cloud para finanças, recursos humanos, retalho e setores empresariais, depois de uma primeira oferta em 2022, apurou o ECO junto de duas fontes que acompanharam a operação.

A PHC apresentou resultados líquidos de 4,9 milhões em 2023, últimos números oficiais conhecidos, um resultado operacional ajustado (EBITDA) de 5,2 milhões e vendas superiores a 16,5 milhões de euros.

Fundada em 1989, a PHC Software é um dos principais players no mercado português de PMEs, e desenvolve soluções de gestão, que são especificamente concebidas para otimizar a gestão das empresas e responder às principais necessidades das empresas de mid-market, em vários setores de atividade. Não foi divulgado o valor da aquisição da PHC, que foi assessorada pela consultora de M&A independente Clearwater, mas outra fonte de mercado garante que terá sido com base num múltiplo de dois dígitos sobre o EBITDA.

No âmbito deste acordo, Ricardo Parreira decidiu deixar a liderança da PHC Software para se focar noutros projetos, e João Sampaio, que até então era diretor da unidade de negócios internacionais da empresa, foi nomeado diretor geral. A nomeação tem efeitos imediatos.

Na rede social Linkedin, João Sampaio reagiu a este momento, dizendo que “representa mais do que uma transição” e também “o início de uma nova etapa, onde ambição e inovação se alinham“. “Agradeço ao Ricardo Parreira, Miguel Capelão e Francisco Caselli, cuja visão, dedicação e trabalho incansável deram vida a uma empresa incrível. O legado que construíram é uma inspiração e o alicerce sobre o qual iremos construir um futuro ambicioso e transformador”, recordou. E deu também a entender que a escolha do seu nome foi da responsabilidade de Pascal Houillon, CEO da Cegid, e Javier Torres, responsável pelo grupo gaulês em Portugal, Espanha, América Latina e África.

A PHC Business Software, com os seus 262 colaboradores e equipa de gestão, alinha-se perfeitamente com a Cegid. Iremos fortalecer os ativos principais da PHC e dar suporte ao seu crescimento impressionante com tecnologias de valor acrescentado como a Inteligência Artificial [IA] generativa, para melhor servir o nosso mercado. O nosso Centro de Excelência em IA, localizado em Braga, será, naturalmente, mobilizado para o efeito”, comentou o empresário francês Pascal Houillon, CEO da Cegid, mais tarde, em comunicado.

O ECO sabe que a operação foi assinada ontem. Já na semana passada, a Cegid, que desenvolve soluções de gestão empresarial na cloud para profissionais das áreas financeira (tesouraria, fiscalidade e ERP), Recursos Humanos (processamento salarial e gestão de talento), contabilidade, retalho e empreendedorismo, anunciou a expansão da sua oferta de soluções de faturação eletrónica em Espanha com a aquisição da Microdata. É um grupo, já há alguns anos, com uma visão compradora para agregar recursos que não possui ou pretende explorar.

Em 2021, a Oakley Capital Investments chegou a acordo para a aquisição da empresa portuguesa de tecnologia Primavera BSS, que se juntou a outras seis empresas espanholas adquiridas nos dois anos anteriores. Posteriormente, em fevereiro de 2023, o Grupo Primavera desapareceu enquanto marca e passou a operar sob o nome Cegid.

“O poder de uma só marca é incomparável e era evidente para nós a importância de dar este passo o quanto antes. O fundamental é manter a nossa proximidade com os nossos clientes, parceiros e ecossistema, aumentar a nossa capacidade de acrescentar valor e inovação, assim como expandir as possibilidades de crescermos juntos”, justificou, então, em em nota de imprensa Santiago Solanas, CEO da Cegid Ibéria, Latam e África Portuguesa.

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Euribor sobem a três e a 12 meses e desce a seis meses

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2025

Taxas que servem de base para o cálculo da prestação da casa tiveram comportamentos diferentes. Subiram no prazo a três meses e 12 meses e desceram a seis meses.

As taxas Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação da casa, subiram a três e a 12 meses e desceu a seis meses em relação a segunda-feira.

  • A taxa Euribor a seis meses baixou para 2,606%, menos 0,013 pontos do que na segunda-feira.
  • Já no prazo de 12 meses, a taxa Euribor avançou para 2,489%, mais 0,006 pontos.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses subiu para 2,681%, mais 0,004 pontos do que na sessão anterior.

Em dezembro, a média da Euribor desceu de novo a três, a seis e a 12 meses, menos acentuadamente do que em novembro e com mais intensidade no prazo mais curto.

A média da Euribor em dezembro desceu 0,182 pontos para 2,825% a três meses (contra 3,007% em novembro), 0,156 pontos para 2,632% a seis meses (contra 2,788%) e 0,070 pontos para 2,436% a 12 meses (contra 2,506%).

Em 12 de dezembro, como esperado pelos mercados, o BCE cortou, pela quarta vez em 2024 e pela terceira reunião consecutiva, as taxas diretoras em 25 pontos base.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 30 de janeiro em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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