APS e Instituto do Direito do Consumo da FDUL lançam curso de direito da responsabilidade civil

  • ECO Seguros
  • 9 Fevereiro 2025

O curso aprofunda os principais regimes de responsabilidade civil de direito privado e público, com foco na sua aplicação no setor segurador, é online e decorre entre 27 de fevereiro e 20 de maio.

A Associação Portuguesa de Seguradores (APS) e o Instituto do Direito do Consumo da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL) lançam um curso de pós-graduação em direito da responsabilidade civil aplicado à prática seguradora.

O curso aprofunda os principais regimes de responsabilidade civil de direito privado e direito público, com foco na sua aplicação no setor segurador.

“Num contexto de crescente exposição a riscos, a responsabilidade civil desempenha um papel essencial na proteção de empresas e profissionais contra impactos financeiros”, indica a APS. “Além dos seguros obrigatórios, os seguros facultativos de responsabilidade civil são fundamentais para mitigar riscos patrimoniais decorrentes de eventuais obrigações indemnizatórias.”, conclui a associação.

O curso está dividido em três módulos: O sistema português de responsabilidade civil (de 27 de fevereiro a 20 de março), áreas de incidência da responsabilidade civil na prática seguradora (de 25 de março a 6 de maio) e responsabilidade civil de direito público e responsabilidade privada de entes públicos (de 13 a 20 de maio).

Entre o corpo docente, encontram-se professores universitários, magistrados e advogados com experiência especializada de trabalho nesta área do contencioso. A coordenação é assegurada pelo professor catedrático José Alberto Vieira e pelo professor Rui de Mascarenhas Ataíde, professor auxiliar da Faculdade de Direito de Lisboa (FDUL) e presidente do Instituto de Direito de Consumo da FDUL.

A formação é online, no entanto, a primeira tem possibilidade de participar presencialmente. Interessados podem ter o curso completo ou módulos/sessões avulsas.

Para mais informações e inscrição, aqui.

 

(Nota: O título foi alterado às 10h59 para esclarecer que o parceiro da APS é o Instituto do Direito do Consumo da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa (FDUL), e não a universidade como um todo)

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Executar. A palavra de ordem dos fundos<span class='tag--premium'>premium</span>

Após um ano de recuperação do investimento, os fundos estão otimistas. Há dinheiro em caixa e vontade de executar. IA continuará a atrair, bem como deeptech, cibersegurança e sustentabilidade.

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Proposta de estatutos do BE prevê que militantes protejam “bom nome” do partido

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2025

Proposta de alteração aos estatutos do BE elaborada pela direção um "catálogo de deveres" dos militantes, que devem proteger o "bom nome" do partido. Oposição interna considera-a "perigosa".

Uma proposta de alteração aos estatutos do BE elaborada pela direção estabelece um “catálogo de deveres” dos militantes, que devem proteger o “bom nome” do partido, norma contestada pela oposição interna que a considera “perigosa”. A norma consta de uma proposta elaborada pelo Secretariado do BE, avançada pelo Público, e que foi aprovada pela Mesa Nacional no passado dia 01, com oito votos contra, uma abstenção, e 57 a favor.

Esta proposta, que vai ser debatida e votada na Convenção Nacional de 31 de maio e 01 de junho, altera os deveres dos militantes do partido, depois de o Tribunal Constitucional (TC) ter alertado que os bloquistas previam sanções mas não estabeleciam um “catálogo de deveres com a densidade necessária para que os aderentes possam deduzir os tipos de conduta suscetíveis de consubstanciar infrações disciplinares”.

Entre os deveres que os bloquistas devem respeitar, surge o de “abster-se de conduta que acarrete sério prejuízo ao bom nome do Partido”. Em declarações à Lusa, o dirigente do Secretariado Luís Fazenda defendeu que esta alteração visa proteger o partido de pessoas que “eventualmente pratiquem crimes graves” e sublinhou que o PS tem a mesma formulação nos seus estatutos.

Fazenda, um dos fundadores do partido, recusou qualquer intenção de limitar opiniões, afirmando que essa garantia está estabelecida no primeiro dever que estabelece que cabe aos bloquistas “respeitar os presentes Estatutos, bem como as decisões e deliberações dos órgãos do Partido, sem prejuízo da expressão de diferenças de opinião política”.

Interrogado sobre se seria possível especificar que tipo de condutas podem ser consideradas como prejudiciais do “bom nome” do partido, algo que esta proposta não prevê, Fazenda respondeu que “a alternativa é não ter nenhum dispositivo caso alguém cometa algum crime grave” e defendeu que outros partidos utilizam esta expressão “e não consta que haja lá caça às bruxas”.

Contudo, esta proposta não é pacífica. Carlos Matias, ex-deputado do BE que votou contra este texto na Mesa Nacional considera esta alteração “perigosa” face ao “padrão das práticas que têm vindo a ser prosseguidas dentro do partido”. “Acho que isto é dramático para o BE, porque é prosseguir um caminho de degradação política e organizativa que tem levado ao estado em que o Bloco está“, lamentou, acusando a direção de não querer proteger o partido de “condutas condenáveis” mas sim de críticas internas.

No caso de infração dos deveres, os militantes do BE poderão ser sujeitos a sanções que seguem uma ordem de gravidade: a leve é uma “advertência”, a grave é “suspensão de direitos até um ano” e a “muito grave” corresponde à exclusão.

A proposta prevê ainda outros deveres que os militantes do BE devem respeitar, como “agir com respeito e urbanidade”, “desempenhar com zelo os cargos para que tenha sido eleito ou eleita em listas partidárias” ou ainda “abster-se de participar em listas eleitorais concorrentes com o Partido”.

Sobre este último dever, os bloquistas voltam a enquadrar no artigo das sanções uma norma que estabelece que os direitos destes militantes são suspensos durante o inquérito, retirando-a do artigo relativo aos “direitos”, depois de o TC ter alertado que tal alteração significaria que os militantes deixariam de “beneficiar das garantias próprias do regime sancionatório”.

O BE clarifica ainda esta norma, prevendo que a suspensão de direitos seja “temporária, iniciando-se o respetivo inquérito”. Se não forem verificadas “garantias de defesa”, a aplicação de sanção é anulada.

Outro dos alertas do TC era relativo aos prazos para uma decisão em inquéritos internos. Esta proposta estabelece que o inquérito deve estar concluído em trinta dias úteis, a apreciação e decisão pela Mesa não pode exceder sessenta dias úteis, e a Comissão de Direitos tem de responder a eventuais recursos no prazo de trinta dias úteis.

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Novo governo alemão virado para a política doméstica

  • Lusa
  • 9 Fevereiro 2025

Numa situação económica de estagnação, e com eleições antecipadas a 23 de fevereiro, o novo governo alemão vai dar prioridade à política interna e secundarizar a política europeia.

A estagnação da Alemanha e os vários desafios internos vão impedir uma atenção maior do próximo governo à União Europeia (UE), antecipa o economista Alexander Kritikos. “Temo que a Alemanha nos próximos anos continue num período de estagnação. É possível que haja uma ligeira melhoria quando o novo governo entrar em funções porque é uma espécie de novo fôlego. Mas não teria muita esperança nesta ideia de que a Alemanha vai liderar e empurrar o resto da Europa para a frente”, defendeu o economista, membro da Comissão Executiva do Instituto Alemão de Investigação Económica (DIW).

A Alemanha vai a eleições daqui a cerca de duas semanas e tudo aponta para uma vitória do partido de centro-direita União Democrata Cristão (CDU), liderado por Friedrich Merz.

Acho que este governo terá de resolver e focar-se em tantos assuntos domésticos que, a União Europeia, apesar de ser algo positivo, e manter boas relações ser sempre algo importante, não vai estar no centro das atenções. Ou seja, não haverá um esforço adicional de desenvolver as relações e as capacidades da União Europeia. O novo governo não terá tempo nem capacidade para isso”, lamentou Kritikos.

Christian Dustmann, diretor do Instituto de Berlim da Fundação Rockwool para a Economia e o Futuro do Trabalho, acredita que a Alemanha, a maior economia da Europa e a terceira no mundo, vai continuar a desempenhar um papel importante em vários campos. “Acredito que possa ser uma economia forte e liderar a Europa. Precisamos de inovação especialmente em setores onde perdemos a nossa vantagem, produção de equipamentos digitais, tecnologias verdes, setores em que fomos ultrapassados pela China ou pelos Estados Unidos. Espero que a Alemanha tenha uma voz importante na condução da Europa na direção correta, do crescimento”, salientou à Lusa.

Dustmann recorda os episódios negros dos últimos meses em relação ao setor automóvel, com a Volkswagen, por exemplo, a anunciar cortes. “Ao mesmo tempo vemos uma subida dramática da produção de carros elétricos na China. Os chineses são muito competitivos e isso é um grande problema para a Alemanha”, destacou, sublinhando a importância ainda maior de uma União Europeia forte.

Sebastian Dullien, diretor do Instituto de Política Macroeconómica (IMK) da Fundação Hans-Böckler-Stiftung, explica que o mundo está atualmente caracterizado por uma escalada da luta pelo poder económico entre a China e os Estados Unidos da América. “A isto juntam-se as consequências do choque dos preços da energia causado pela perda do gás natural russo como fonte de energia fiável. As medidas de política económica do novo governo alemão devem ter em conta estes aspetos, se quiserem conduzir a uma viragem bem-sucedida da economia alemã”, sustentou.

“A política comercial da UE deve reagir de forma aberta, mas defensiva, se a China e os EUA, em particular, ignorarem cada vez mais as regras da Organização Mundial do Comércio. A política económica, em particular na Alemanha, deve ser orientada para ajudar a indústria transformadora a defender ou a recuperar a liderança tecnológica, a diversificar os mercados de vendas, a abrir novos mercados em crescimento e a criar as condições para uma autonomia estratégica na Europa, para além da necessária promoção do setor dos serviços”, explicou Dullien à Lusa.

O diretor do IMK realça que a “coordenação europeia da nova política industrial é crucial” e constitui uma “oportunidade para reforçar o projeto europeu comum”.

A Alemanha realiza em 23 de fevereiro eleições legislativas antecipadas – estavam previstas para 28 de setembro -, na sequência da queda da coligação governamental liderada por Olaf Scholz e composta por SPD, liberais do FDP e Verdes.

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Receitas da ANA superaram os 1.200 milhões em 2024. Vinci diz que proposta para Alcochete foi “bem recebida”

Volume de negócios da concessionária cresceu 15,7% para um novo recorde de 1.267 milhões de euros. Vinci considera que proposta para novo aeroporto de Alcochete foi bem recebida pelo Governo.

O negócio da ANA – Aeroportos de Portugal vai de vento em popa, com as receitas a subirem para um recorde de 1.267 milhões de euros em 2024, indicam os resultados do grupo Vinci, proprietário da concessionária. Projeto para o novo aeroporto de Lisboa foi bem recebido pelo Governo português, afirma responsável do conglomerado francês.

O ano que passou ficou marcado por um novo aumento do tráfego nos aeroportos portugueses. O número ficou muito perto dos 70 milhões de passageiros – mais 4,3% do que em 2023 –, dos quais metade no Humberto Delgado, em Lisboa. Portugal é o país que registou o valor mais elevado de passageiros entre os 14 onde a Vinci Airports está presente.

Esta evolução ajudou a puxar pelas receitas da concessionária, que aumentaram perto de 16% para 1.267 milhões de euros. O negócio da ANA deu um salto significativo desde o período pré-pandemia, com o volume de negócios a crescer 41% desde 2019. Recuando mais atrás, desde que a Vinci adquiriu a concessionária, em 2013, as receitas quase triplicaram (+188%).

Os meios libertos de exploração (EBITDA — resultados antes de encargos com juros, impostos, depreciações e amortizações) da concessionária subiram 17% no ano passado, para 865 milhões de euros. Face a 2019, o resultado aumentou 48%.

Estes resultados têm implícita uma ligeira melhoria da rentabilidade, com a margem EBITDA a situar-se nos 68,2%, ligeiramente acima dos 67,5% do ano anterior e muita acima dos 38,3% verificados em 2013.

Os resultados da ANA ajudaram a impulsionar as contas da Vinci Airports, cujas receitas cresceram 14,7% no ano passado, para 4.526 milhões de euros.

Vinci diz que Governo recebeu bem proposta para novo aeroporto

O futuro aeroporto Luís de Camões não passou ao lado da conferência telefónica de resultados do grupo francês, realizada na passada sexta-feira.

A proposta foi bem recebida pelo Governo e contêm o que é habitual neste tipo de projeto, como a extensão da duração do contrato, a evolução da regulação e a ordem de grandeza do investimento”, afirmou Nicolas Notebaert, CEO da Vinci Concessions, a empresa do grupo onde está inserida a Vinci Airports.

"A nossa proposta protege as modalidades de concretização deste tipo de projeto e o facto de ter sido bem recebido dá-nos confiança de que em três anos será possível chegar a um caminho comum quando tivermos as autorizações ambientais.”

Nicolas Notebaert

CEO da Vinci Concessions

“Estamos no início de um processo que levará três anos e que inclui o fecho da propostas e as autorizações ambientais. A boa notícia para a nossa concessão é o bom acolhimento do Governo a esta proposta“, reiterou o gestor.

“A nossa proposta protege as modalidades de concretização deste tipo de projeto e o facto de ter sido bem recebido dá-nos confiança de que em três anos será possível chegar a um caminho comum quando tivermos as autorizações ambientais”, acrescentou Nicolas Notebaert.

A ANA entregou a 17 de dezembro o Relatório Inicial do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, onde prevê que a obra esteja terminada em 2037 e tenha um custo de 8,5 mil milhões de euros.

O Governo mostrou concordância com vários pontos da proposta, como o layout proposto para a infraestrutura, a necessidade de encurtar prazos ou a ausência de contribuição direta do Orçamento do Estado. Manifestou, no entanto, reservas quanto ao valor total do investimento, a forma de financiamento que envolve um aumento significativo das taxas aeroportuárias a partir de 2026 ou a extensão da concessão por 30 anos.

Apesar das divergências, o Governo confirmou à ANA a intenção de que esta desenvolva o projeto do novo aeroporto de Lisboa. O acordo final só deverá ficar fechado dentro de três anos.

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Volvo EX30: A dieta nórdica aplicada aos automóveis

A nova coqueluche da marca sueca (mas detida por chineses) é um fenómeno de vendas em Portugal e na Europa, graças a um design altamente minimalista e sem perder o brilho na estrada.

O mercado automóvel europeu tem assistido a uma verdadeira revolução elétrica, e a Volvo não ficou para trás. O EX30, o mais recente SUV compacto da marca sueca (que desde 2010 faz parte do gigante chinês Geely), tem conquistado o coração dos consumidores, posicionando-se como um dos cinco carros elétricos mais vendidos na Europa em 2024, com cerca de 10 mil unidades comercializadas. Este sucesso não é por acaso.

O EX30 representa um marco importante para a Volvo, sendo o primeiro modelo da marca construído de raiz como um veículo elétrico. Na versão single motor Extended Range testada pelo ECO com pack de equipamento Plus, o EX30 apresenta uma potência de 200 kW e uma autonomia entre 462 e 476 quilómetros, números que o colocam numa posição competitiva no segmento dos SUV elétricos compactos. O preço de entrada na gama de 37.894 euros também ajuda a conquistar algumas carteiras — se bem que o preço da verão testada ascendia a mais de 49 mil euros.

Durante várias viagens pelas estradas sinuosas pelo centro da cidade de Lisboa, o EX30 demonstrou ser uma solução bem conseguida como utilitário diário. A sua agilidade e dimensões compactas revelaram-se uma mais-valia na navegação pelas ruas estreitas e movimentadas da capital. O desempenho do motor elétrico é sólido, oferecendo uma aceleração rápida e silenciosa, ideal para o ambiente urbano.

Um dos aspetos mais marcantes do EX30 é o seu design interior minimalista. A Volvo optou por uma abordagem radical, eliminando praticamente todos os botões físicos do habitáculo. Esta decisão divide opiniões: por um lado, confere ao interior um aspeto limpo e futurista; por outro, pode ser fonte de frustração para alguns utilizadores. O controlo de praticamente todas as funções do veículo é centralizado num tablet de 12,3 polegadas, incluindo a abertura do porta-luvas, que está posicionado ao centro do habitáculo.

Esta simplificação extrema estende-se aos comandos das janelas, que ao contrário da generalidade dos automóveis, não estão colocados na porta. Esse controlo, tanto dos vidros da frente como os de trás, é feito por dois pequenos botões colocados no encosto de braço ao centro do habitáculo. Embora esta solução possa parecer elegante, na prática, pode revelar-se pouco intuitiva e potencialmente distrativa durante a condução.

Apesar das suas dimensões exteriores compactas, o EX30 surpreende pelo aproveitamento do espaço interior. A Volvo conseguiu criar um habitáculo que transmite uma sensação de amplitude, com bom espaço para os ocupantes — se bem que a área para os passageiros de trás pudessem ser um pouco maior. No entanto, este aproveitamento tem um custo: com apenas 318 litros, a bagageira revela-se bastante reduzida, o que pode ser um ponto negativo para famílias ou para quem necessita de transportar objetos volumosos com frequência – apesar de ter um extra de 61 litros sob o piso da bagageira.

Em termos de condução, o EX30 não dececiona. A sua direção é precisa e a suspensão oferece um bom equilíbrio entre conforto e estabilidade. O sistema de travagem regenerativa é eficiente, permitindo uma condução maioritariamente com um só pedal em ambiente urbano, o que contribui para uma experiência de condução mais relaxada e eficiente.

A autonomia anunciada entre 462 e 476 quilómetros é competitiva, embora, como é habitual nos veículos elétricos, estes valores possam variar significativamente dependendo do estilo de condução e das condições climatéricas. No entanto, mesmo com uma utilização mais exigente, o EX30 deve ser capaz de satisfazer as necessidades diárias da maioria dos utilizadores sem causar ansiedade de autonomia. E precisando de energia com urência, a bateria de 69 kWh permite carregar até 80% em menos de 27 minutos.

Um aspeto que também merece destaque é o compromisso da Volvo com a sustentabilidade. O EX30 incorpora uma quantidade significativa de materiais reciclados na sua construção, incluindo plásticos provenientes de garrafas descartáveis e até mesmo de molduras de janelas em PVC. Esta abordagem não só reduz o impacto ambiental do veículo, como também contribui para reduzir os custos de produção. No entanto, nem tudo são elogios.

O sucesso de vendas na Europa e em Portugal demonstra que a Volvo acertou em muitos aspetos com este modelo. O EX30 não é apenas mais um carro elétrico; é um statement da marca sobre o futuro da mobilidade urbana.

O sistema de infoentretenimento, embora visualmente apelativo, pode ser complicado de usar em movimento. A necessidade de navegar por vários menus para aceder a funções básicas pode ser distrativa e potencialmente perigosa durante a condução. O mesmo sucede com os vários elementos de condução, como o velocímetro. O fato dessa informação estar disponibilizada somente no tablet, não havendo, por exemplo, um head-up display capaz de passar essa informação ao condutor, pode não ser do agrado de todos os condutores

O Volvo EX30 representa uma proposta interessante no segmento dos SUV elétricos compactos. Combina um design atraente, bom desempenho elétrico e uma abordagem minimalista no interior. Embora algumas das suas características possam dividir opiniões, é inegável que o EX30 oferece uma experiência de condução moderna e eficiente, especialmente adequada ao ambiente urbano.

O sucesso de vendas na Europa e em Portugal demonstra que a Volvo acertou em muitos aspetos com este modelo. O EX30 não é apenas mais um carro elétrico; é um statement da marca sobre o futuro da mobilidade urbana. Com o seu tamanho compacto, autonomia competitiva e abordagem minimalista, o EX30 posiciona-se como uma opção atrativa para quem procura um veículo elétrico prático e com estilo para o dia a dia na cidade.

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AIMA. Tribunal com 46.824 processos de imigração e asilo pendentes

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2025

O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa terminou 2024 com 46.824 processos de imigração e asilo pendentes, 80 vezes mais do que em 2023. O aumento deve-se à extinção do SEF e à criação da AIMA.

O Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa encerrou 2024 com 46.824 processos de imigração e asilo pendentes, um número 80 vezes superior ao de 2023 e que contraria a tendência geral de diminuição de pendências na área territorial que integra.

Segundo o Relatório de 2024 dos Tribunais Administrativos e Fiscais de Lisboa e Ilhas, a que a Lusa teve acesso, no ano passado deram entrada no Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa 54.222 dos chamados processos de 6.ª Espécie, relacionados com a Agência para Integração, Migrações e Asilo (AIMA), quando, a 31 de dezembro de 2023, havia apenas 575 pendentes.

Na prática, em 2024 foram concluídos 7.973 procedimentos, com o contributo de uma equipa especial composta por seis juízes (inicialmente cinco) e quatro oficiais de justiça daquele tribunal, alargada durante o verão a 135 juízes de todo o país, em articulação com o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais.

Se os processos de imigração e asilo não existissem, os Tribunais Administrativos e Fiscais de Lisboa e Ilhas teriam terminado o ano passado com 14.118 procedimentos pendentes, menos 1.929 do que em 2023. “Não fosse a entrada exponencial de processos de 6.ª Espécie — Intimação para defesa de direitos, liberdades e garantias –, o número de juízes de direito colocados na Zona Geográfica de Lisboa e Ilhas seria, na minha modesta opinião, suficiente para que a resposta às solicitações fosse dada em tempo razoável, tendo-se verificado uma diminuição das pendências nos processos mais antigos“, defende, no documento, o juiz conselheiro presidente dos Tribunais Administrativos e Fiscais de Lisboa.

No Relatório, Antero Pires Salvador atribui o atual cenário à extinção, em 29 de outubro de 2023, do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) e subsequente criação da AIMA, cuja única sede em Lisboa torna o Tribunal Administrativo de Círculo de Lisboa “o único territorialmente competente” para conhecer dos pedidos de intimação à Agência e decidir os requerimentos de asilo.

“Não fossem os processos ‘AIMA’, que consomem muitos recursos humanos, que poderiam ser utilizados noutras áreas para a melhoria do estado dos respetivos serviços, o futuro mostrar-se-ia mais risonho”, insiste o magistrado.

De acordo com o documento, aprovado na quinta-feira, a 31 de dezembro de 2024, estavam em funções nos quatro tribunais da área geográfica de Lisboa e Ilhas, incluindo os dois maiores do país na jurisdição administrativa e fiscal, 91 juízes (mais 26 do que o estabelecido no quadro legal) e 16 procuradores (-9). Na mesma data, havia 23 funcionários judiciais em falta.

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Conheça as tendências tecnológicas que vão transformar o setor da construção em 2025

Construção sustentável, modular e pré-fabricada, materiais inovadores e inteligência artificial são algumas das tendências para este ano, segundo a Stratesys.

O setor da construção está a passar por uma profunda transformação. Com desafios como a sustentabilidade, a digitalização e a escassez de mão-de-obra qualificada, o setor enfrenta uma pressão sem precedentes para modernizar-se.

De acordo com dados recentes do World Green Building Council, a construção e os edifícios são responsáveis por 39% das emissões globais de CO₂ relacionadas com a energia, sublinhando a urgência de adotar práticas mais sustentáveis e tecnologias avançadas.

“A transformação da indústria da construção não consiste apenas na implementação de novas tecnologias, mas na sua integração de forma a otimizar os processos, impulsionar a sustentabilidade e reforçar a segurança em todas as fases do ciclo de vida de um projeto”, afirma Pablo Meijide, managing partner, infrastructure, construction and real estate da Stratesys.

Veja as sete tendências identificadas pela tecnológica Stratesys:

1. Construção sustentável e materiais inovadores

Nos tempos modernos, a sustentabilidade já não é uma opção, mas sim um fator crucial. A multinacional tecnológica Stratesys assinala que a “utilização de materiais reciclados e amigos do ambiente, como o betão com baixo teor de carbono ou a madeira certificada, está a aumentar”. Entre as inovações destacam-se o “tijolo solar” espanhol, que integra células fotovoltaicas para gerar energia renovável.

A tecnológica assegura que “esta transição não só reduz o impacto ambiental, como também responde à crescente procura de práticas responsáveis por parte dos consumidores”.

2. Construção modular e pré-fabricada

A Stratesys antecipa que a “abordagem modular está a transformar a forma como construímos”, enumerando que ao fabricar componentes em ambientes controlados, “é possível reduzir os prazos de entrega e atenuar problemas como a falta de mão-de-obra qualificada”. Este método também minimiza o impacto ambiental e melhora a precisão, tornando o pré-fabrico uma opção viável e sustentável para projetos de grande escala.

3. Economia circular e eficiência energética:

A tecnológica assegura que a “economia circular está a transformar a forma como os edifícios são concebidos e construídos”. Facilitar a desmontagem e a reciclagem no final do ciclo de vida dos materiais incentiva a sua reutilização. Em simultâneo, é dada prioridade à eficiência energética, com conceções e tecnologias inovadoras que reduzem o consumo, em conformidade com os objetivos globais de sustentabilidade.

4. Segurança no trabalho e bem-estar dos trabalhadores:

Garantir a segurança no setor da construção continua a ser uma “prioridade máxima”. O estudo da multinacional refere que as “tecnologias como sensores vestíveis, capacetes inteligentes e exoesqueletos estão a transformar as condições de trabalho, reduzindo significativamente os riscos associados ao trabalho no local e aumentando a produtividade das equipas”. Esta evolução reflete um setor que não só está a adaptar-se aos desafios atuais, como também reafirma o seu compromisso com a inovação, a sustentabilidade e, acima de tudo, o bem-estar geral das pessoas.

5. Digitalização e BIM (Building Information Modelling)

A tecnológica Stratesys antecipa que a adoção de metodologias como o BIM permite a integração precisa de dados técnicos, favorecendo a colaboração e melhorando o planeamento dos projetos. “A sua implementação progressiva está a tornar-se um padrão, otimizando a eficiência e reduzindo os erros, além disso, o BIM possibilita a aplicação da inteligência artificial, transformando os dados recolhidos em informações úteis para o setor“, enumera.

6. Inteligência artificial e automação de processos

A inteligência artificial está a revolucionar a construção, ao otimizar o planeamento e reduzir os custos. Casos de utilização como o reconhecimento de imagens para segurança, drones para inspeções e robôs para tarefas repetitivas já são uma realidade. No entanto, a multinacional refere que a “indústria ainda precisa de superar desafios como a qualidade dos dados para aproveitar todo o potencial da IA”.

7. Cibersegurança na construção

O aumento da digitalização e da conectividade expõe o setor a riscos cibernéticos, como o roubo de dados ou a sabotagem operacional. A Stratesys nota que “tornou-se uma prioridade proteger os dados críticos, por meio de soluções como a encriptação, os sistemas de deteção de intrusão e a autenticação multifator“. Além disso, a regulamentação das infraestruturas críticas está a conduzir a normas mais rigorosas, tornando a cibersegurança um aspeto essencial da confiança operacional e da sustentabilidade.

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Pedro Nuno quer decisão sobre apoio a candidato presidencial tomada pelos órgãos do PS

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2025

Pedro Nuno Santos defendeu estas ideias na sua intervenção inicial na Comissão Nacional do PS, reunida este sábado, em Setúbal, para discutir as eleições presidenciais de 2026.

O líder socialista defendeu que a decisão sobre o candidato presidencial a apoiar pelo PS deve ser tomada pelos órgãos partidários e que a sua única preferência é por uma candidatura vencedora, lamentando ataques na praça pública contra socialistas.

Segundo informações adiantadas à agência Lusa, Pedro Nuno Santos defendeu estas ideias na sua intervenção inicial na Comissão Nacional do PS que está reunida este sábado, em Setúbal, para discutir as eleições presidenciais que se realizam no próximo ano.

O secretário-geral do PS afirmou que os candidatos presidenciais dependem exclusivamente da vontade dos próprios e que o PS depois apoiará, uma decisão que considerou que deve ser decidida pelos órgãos do partido.

Segundo as mesmas fontes socialistas, Pedro Nuno Santos referiu que a sua “única preferência” é por uma candidatura vencedora.

“Sou secretário-geral do PS e para mim é isso, e só isso, que quero: uma candidatura com potencial de vencer as eleições”, disse. O líder do PS lamentou ainda ataques feitos na praça pública contra socialistas, considerando que as críticas devem ser deixadas para os adversários do partido e apelou a uma discussão feita em público e não em ataques pessoais.

Pedro Nuno Santos insistiu ainda que a manifestação de vontade de quem pretende ser candidato seja feita rapidamente, recordando que Marques Mendes já avançou. “É importante passar para a fase da campanha e combate aos candidatos da direita”, defendeu.

Sobre Marques Mendes, o líder socialista “está em claras dificuldades” em relação ao PS. “O candidato que durante anos falou para milhões de pessoas está atrás nas sondagens em relação a socialistas que nem apresentaram candidatura”, disse.

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Presidente da República lembra Aga Khan IV “homem da paz” e prepara-se para receber sucessor

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2025

O Presidente da República participou hoje na cerimónia fúnebre do o príncipe Karim al Hussaini, 49.º, "um homem da paz". Recebe o sucessor, o príncipe Rahim, no início da próxima semana.

O Presidente da República lembrou hoje o príncipe Karim al Hussaini, 49.º imã hereditário dos muçulmanos ismaelitas, como “um homem da paz”, e revelou que vai receber o seu sucessor, o príncipe Rahim, na segunda-feira, no Palácio de Belém.

“Como grande líder espiritual, não apenas religioso mas espiritual, foi um homem da paz, foi um homem da concórdia, foi um homem da capacidade de diálogo”, afirmou o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, referindo-se ao legado do príncipe Karim al Hussaini, que morreu na terça-feira, em Lisboa, aos 88 anos.

O chefe de Estado português falava aos jornalistas à entrada do Centro Ismaili, em Lisboa, onde decorre hoje a cerimónia fúnebre do príncipe Karim al Hussaini (Aga Khan IV), 49.º imã hereditário dos muçulmanos ismaelitas

Entre o legado do príncipe Aga Khan IV, Marcelo Rebelo de Sousa destacou a decisão “histórica” para a comunidade Ismaili, do ramo xiita do Islão, de criar uma sede em Portugal, nomeadamente em Lisboa, lembrando que essa sede estava ultimamente na Suíça, mas tinha muito peso em países como o Reino Unido e o Canadá, além de uma presença fortíssima na Ásia e em África.

O Presidente da República realçou ainda o contributo do príncipe Aga Khan IV em Portugal como “pioneiro na introdução de robôs e no apoio ao Serviço Nacional de Saúde público na utilização de robôs para cirurgia”, assim como a ajuda em várias obras sociais.

“Na educação, na saúde, na solidariedade social, a comunidade ismaelita, por causa da influência do príncipe Aga Khan, teve nos últimos 10 anos, desde 2015/2016, um peso crescente na nossa sociedade, e nós isso nunca esqueceremos”, expôs Marcelo Rebelo de Sousa.

Referindo que privou “muitas vezes” com o príncipe Karim al Hussaini, o chefe de Estado disse que este líder religioso “sabia tudo sobre Portugal, tudo sobre a vida portuguesa e era um senhor, um homem de outra época, um homem que tinha conhecido figuras de outra época”.

O príncipe Aga Khan IV “foi o mais duradouro líder religioso e espiritual”, apontou Marcelo Rebelo de Sousa, indicando que ele viu passar vários Papas e várias personalidades de todas as confissões religiosas, porque “esteve praticamente quase 80 anos à frente” da comunidade Ismaili, uma vez que “começou muito novo”.

Relativamente ao seu sucessor, o seu filho mais velho, o príncipe Rahim, agora Aga Khan V, que iniciará funções “a partir da próxima terça-feira”, o Presidente da República disse que tem “exatamente a mesma visão” do seu pai, mas com “um estilo diferente”, porque “ainda viajou mais” e “conheceu muitas das comunidades que hoje são diferentes do que eram”.

Marcelo Rebelo de Sousa adiantou que o príncipe Rahim é “muito virado” para a juventude, para as novas questões sociais e para a questão “da paz e da guerra e dos entendimentos universais “.

“Vai ser agora o líder espiritual para um mundo que está a nascer”, perspetivou, considerando que Aga Khan V vai continuar o trabalho da comunidade Ismaili, “mas a renovação agora é profunda, porque o mundo está a mudar muito”.

Em relação ao posicionamento em Portugal, o Presidente da República revelou que, “na segunda-feira, o príncipe Rahim já pediu uma audiência e vai a Belém para apresentar cumprimentos e tornando claro que Portugal tem um papel fundamental e um papel diferente na relação com a comunidade ismaelita”.

O príncipe Aga Khan IV, que morreu na terça-feira aos 88 anos, terá uma cerimónia de acordo com as tradições ismaelitas, como a dos demais crentes, simples e centrada em orações que são, em grande parte, recitações de versículos do Corão.

O 49.º imã hereditário dos muçulmanos ismaelitas, nasceu em 13 de dezembro de 1936 na Suíça, cresceu e estudou no Quénia e nos Estados Unidos, e tem ligações ao Canadá, Irão e França, além de Portugal.

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Comissário europeu da Energia saúda desconexão dos países bálticos da rede elétrica russa

  • Lusa
  • 8 Fevereiro 2025

Estónia, Letónia e Lituânia vão sincronizar as suas redes de energia com as dos parceiros europeus, abandonando a ligação à Rússia.

O comissário europeu para a Energia congratulou-se hoje com o sucesso da desconexão das redes elétricas dos três países bálticos do sistema elétrico russo e bielorrusso, considerando que nenhum país europeu “deveria depender da Rússia para nada”.

“Nenhum país europeu deveria depender da Rússia para nada, por isso, a segurança é a principal prioridade. Mas trata-se também de competitividade e descarbonização”, afirmou Dan Jorgensen numa visita à capital da Estónia, Tallinn.

Estónia, Letónia e Lituânia vão sincronizar, no domingo, as respetivas redes com as dos restantes países europeus, ocasião que será assinalada numa cerimónia com a presença, entre outros, da presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen.

“Mesmo que não houvesse guerra, mesmo que não houvesse Rússia, continuaria a ser uma boa ideia, por motivos racionais, que nós, na Europa, estivéssemos melhor conectados, que os nossos sistemas energéticos estivessem melhor conectados, para fornecer energia mais barata, mais segura e mais verde aos nossos cidadãos”, acrescentou o comissário europeu em conferência de imprensa.

Na mesma conferência de imprensa, o presidente do Conselho de Administração do operador da rede de transporte de eletricidade da Estónia, Kalle Kilk, descreveu a medida, que os países bálticos preparavam desde 2007, como um “evento do século”.

Após o corte, registaram-se hoje incidentes em alguns hospitais da Letónia, que por iniciativa própria recorreram ao uso de geradores para evitar oscilações elétricas durante o período de 24 horas em que os três países bálticos formam uma “ilha energética” sem apoio externo.

De acordo com os meios de comunicação da Letónia, os telemóveis não podiam ser carregados nestes hospitais, mas à exceção dessa limitação continuaram a funcionar normalmente.

A Lituânia, em particular, também cortou as suas ligações com a rede elétrica do enclave russo de Kaliningrado, deixando o território completamente isolado, embora o Kremlin tenha indicado anteriormente que não estava preocupado com a segurança do abastecimento, uma vez que Kaliningrado se preparou para funcionar autonomamente neste sentido.

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Banco de horas e até teletrabalho. Lei do trabalho vai voltar a mudar?<span class='tag--premium'>premium</span>

O Governo já identificou pontos da lei do trabalho que estarão em discussão, nomeadamente o recurso a outsourcing após despedimentos, teletrabalho, banco de horas e trabalho nas plataformas.

Este artigo integra a 12.ª edição do ECO magazine. Pode comprar aqui.Ainda nem um ano se passara desde que a Agenda do Trabalho Digno entrara em vigor, e já o Governo de Luís Montenegro estava a anunciara intenção de revisitar as dezenas de mexidas na lei laboral feitas nesse âmbito. Para já, o Executivo não revela os detalhes do que pretende alterar, mas já foi deixando pistas do que poderá estar em discussão. O polémico travão ao outsourcingaplicado às empresas que fazem despedimentos coletivos é uma das medidas mais caras às confederações empresariais. Mas não é a única. As regras do trabalho nas plataformas digitais, por exemplo, são outro dos temas que prometem ser quentes em 2025, tendo em conta que a maioria das sentenças em Tribunal tem negadocontratos de trabalho aos

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