FMI alerta bancos centrais para serem claros sobre rumo das taxas de juro

Fundo avisa que incerteza económica é elevada e que surpresas adversas podem provocar turbulência nas bolsas. Por isso, bancos centrais devem comunicar com clareza sobre o rumo da política monetária.

Os investidores estão a apostar em múltiplos cortes nas taxas diretores por parte dos principais bancos centrais, mas a “incerteza económica é elevada” e podem surgir “surpresas adversas” na economia e inflação com impacto nas bolsas. Por isso, recomenda o Fundo Monetário Internacional (FMI), os bancos centrais devem comunicar com clareza sobre o rumo a política monetária para mitigar riscos para estabilidade financeira.

“Embora a política monetária deva sempre depender dos dados, comunicações claras por parte dos bancos centrais de que a trajetória das taxas diretoras não deve reagir excessivamente a qualquer dado individual ajudaria a atenuar a incerteza, sustentando o seu compromisso em alcançar os seus objetivos”, consideram os analistas do FMI no Relatório de Estabilidade Financeira Global divulgado esta terça-feira.

Para o Fundo, nos países ou regiões onde a economia e a inflação continuem a abrandar, “os bancos centrais devem flexibilizar gradualmente a política monetária no sentido de uma postura mais neutra”.

Mas, nas situações em que a inflação persiste acima do objetivo, “os bancos centrais devem reagir contra as expectativas excessivamente otimistas dos investidores quanto à flexibilização da política monetária”, acrescenta.

De acordo com o FMI, os mercados estão a apostar em cortes de 125 pontos base por parte do Banco Central Europeu (BCE) e de 150 pontos base por parte da Reserva Federal americana (Fed) até final do próximo ano.

Embora se espere um alívio geral da política monetária a nível global, o ritmo e a dimensão dos cortes vão variar de banco central para banco central, diz o Fundo, lembrando o recente o episódio de crash na bolsa japonesa em agosto: não causou dano à estabilidade financeira global, mas mostra como o otimismo dos mercados podem facilmente mudar.

Cuidado para a redução do balanço não secar o mercado

Ainda segundo o mesmo relatório, os bancos centrais têm conseguido reduzir os seus balanços de dívida de “forma ordenada até ao momento”. Ainda assim, uma vez que mais bancos centrais estão simultaneamente em situação de desalavancagem, exige-se que façam “uma monitorização cuidadosa e preparação para o impacto nos mercados de financiamento”.

“Os bancos centrais devem monitorizar um amplo espetro de indicadores que abranjam tanto as condições de liquidez como as taxas de financiamento nos mercados monetários, e permanecer atentos à potencial distribuição desigual da liquidez e das reservas do banco central entre os bancos, estando simultaneamente preparados para fazer face às tensões do mercado”, frisa o Fundo.

Nesse sentido, os bancos centrais devem “comunicar claramente os objetivos e as medidas para eliminar a liquidez”.

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Powerdot vence prémio de empreendedor do ano da Fábrica de Unicórnios

  • Joana Abrantes Gomes
  • 22 Outubro 2024

Prémio atribuído pela Fábrica de Unicórnios distingue, desde 2019, a startup ou empreendedor com maior destaque no ano. Vencedora opera segunda maior rede de postos de carregamento elétrico no país.

A Powerdot, startup portuguesa de operação de postos de carregamento elétricos, venceu a edição deste ano do Prémio João Vasconcelos – Empreendedor do Ano, atribuído pela Fábrica de Unicórnios de Lisboa. Este galardão garante à empresa a oportunidade de apresentar o seu projeto no palco da próxima Web Summit, que decorre entre 11 e 14 de novembro.

A startup, cofundada em 2018 por José Sacadura, Luís Santiago Pinto e Thomas Monteiro, conta com 8.400 postos de carregamento normal, rápido e ultrarrápido de viaturas elétricas na Europa, dos quais 1.800 em Portugal, onde opera a segunda maior rede do país, apenas atrás da Galp.

José Sacadura, General Manager da Powerdot em Portugal

Esta foi a sexta edição de um prémio que nasceu em 2019 como homenagem ao ex-secretário de Estado da Indústria, João Vasconcelos, que foi o diretor fundador da Fábrica de Unicórnios de Lisboa — na altura denominada Startup Lisboa.

Além do Prémio João Vasconcelos, foram entregues o Prémio Ecossistema a Virgílio Bento, fundador e CEO da Sword Health; o Prémio Startup Mais Promissora à Framedrop; o Prémio Melhor Startup de Impacto à Goparity; e o Prémio Melhor Startup Universitária à Lampsy.

Foram ainda anunciados os nove finalistas do Prémio de Inovação Social — “Lisboa Innovation for All” –, que incluem seis projetos portugueses e três internacionais (do Reino Unido, Coreia do Sul e Finlândia). Trata-se de uma iniciativa da Câmara de Lisboa, organizada pela Fábrica de Unicórnios e apoiada pelo Conselho Europeu de Inovação.

Os nove finalistas, que se distribuem por três categorias (Qualidade da Educação, Acesso a Cuidados de Saúde e Integração de Migrantes), vão agora desenvolver um piloto nos próximos seis meses, cujo propósito é aperfeiçoar e testar os projetos em Lisboa. Findo esse período, com a ajuda de especialistas, o projeto vencedor de cada área será escolhido pelos lisboetas, ganhando um prémio financeiro de 120 mil euros e o apoio contínuo da cidade para implementar a solução que desenvolveram.

“Os Entrepreneurship Awards são um grande momento da Fábrica de Unicórnios, em que reconhecemos os melhores entre os melhores. Mas este ano decidimos ir mais além, com o maior prémio de inovação social da Europa. É o momento em que colocamos a criatividade e as competências do setor tecnológico ao serviço das pessoas”, disse o autarca de Lisboa, Carlos Moedas, citado em comunicado.

Já o diretor executivo da Fábrica de Unicórnios, Gil Azevedo, realça que os prémios de empreendedorismo “celebram o trabalho realizado no desenvolvimento de inovação em Portugal pelos empreendedores, crítico para o crescimento da economia, através da captação de investimento e criação de postos de trabalho, objetivos-chave da UnicornFactory Lisboa”.

Acerca dos prémios Lisboa Innovation For All, Gil Azevedo acrescenta que, “como idealizado pelo presidente da Câmara de Lisboa, a inovação tem a capacidade de ser um forte pilar de inovação social e de trazer soluções e impacto” para a cidade, uma vez que “permite usar o empreendedorismo para responder aos desafios enfrentados pelas cidades modernas”.

(Notícia atualizada às 15h41 para corrigir a legenda da foto)

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Distribuidora de eletrodomésticos investe 13,5 milhões de euros para duplicar capacidade de armazenamento em Condeixa-a-Nova

Prome antecipa faturar 75 milhões de euros este ano e expandir para novos mercados internacionais, afirmando-se como player no setor do comércio por grosso e distribuição de eletrodomésticos.

Prome, em Condeixa-a-Nova22 outubro, 2024

A empresa Prome, especializada no comércio por grosso e distribuição de eletrodomésticos em Portugal, vai investir 13,5 milhões de euros na remodelação das atuais instalações em Condeixa-a-Nova e na ampliação do espaço de armazenamento num terreno contíguo que entretanto adquiriu. A empresa antecipa faturar 75 milhões de euros este ano e expandir para novos mercados internacionais.

Face à crescente procura dos seus produtos pelos setores da construção, promoção imobiliária e hotelaria, a empresa aumenta agora a capacidade de armazenamento para “consolidar-se como o maior player no setor, com 34.000 m² de área logística nos próximos dois a três anos”, explana a Prome, pertencente ao Grupo Testa.

Este investimento representa um marco decisivo para a Prome, permitindo-nos não só duplicar a nossa capacidade de armazenamento, como também fortalecer o nosso compromisso com os setores em crescimento da construção, imobiliário e hotelaria, tanto a nível nacional como internacional”, começa por afirmar Ezequiel Ferreira, CEO da Prome, citado num comunicado.

Ezequiel Ferreira, CEO da Prome22 outubro, 2024

Além do investimento na expansão do espaço de armazenamento num terreno contíguo, cerca de 1,5 milhões de euros do total da verba aplicada destinam-se à remodelação e adaptação das atuais instalações da empresa, que emprega mais de 40 funcionários. Projetadas pelo arquiteto Licínio Faim, as novas instalações da Prome vão incluir ainda um showroom inovador que “será uma referência a nível nacional e internacional”, sublinha a empresa. A expetativa dos seus responsáveis é de expansão para o mercado externo, assim como integração de algumas novas marcas ao seu portefólio, no qual já se incluem AEG, Bosch, Haier, LG, Samsung, Siemens, Teka, Vulcano, Whirlpool.

Com quase 30 anos de experiência, “a Prome detém atualmente um armazém de 17.000 m² e gere um stock de 16 milhões de euros e uma oferta de 14.000 referências de produtos“, detalha o gestor.

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PSD quer “botão de pânico” nos TVDE e filtro a motoristas pela língua

  • Lusa
  • 22 Outubro 2024

Projeto de resolução do PSD recomenda ainda ao Governo que limite os exames de certificação de motoristas TVDE ao Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT).

O PSD recomenda ao Governo que limite os exames de certificação de motoristas TVDE ao Instituto da Mobilidade e Transportes (IMT) e garanta a possibilidade dos utilizadores destas plataformas selecionarem as línguas faladas pelos motoristas.

Num projeto de resolução apresentado em conferência de imprensa na Assembleia da República pelo deputado João Vale e Azevedo, o partido propõe – entre oito recomendações – que o Governo avance com o fim da certificação de motoristas TVDE nas escolas de condução, limitando-a ao IMT.

Com esta medida, explicou o deputado, não se pretende criar “uma nova barreira” à emissão destes certificados, uma vez que deverá também ser garantida pelo Governo a celeridade destes processos.

João Vale e Azevedo, deputado do PSDLusa

Os social-democratas pedem também que o Governo garanta que os utilizadores destas plataformas digitais de transporte de passageiros possam escolher a língua falada pelo condutor, “através de um filtro que mostra quais são as línguas faladas pelos motoristas”.

“Nós não estamos a exigir que os condutores de TVDE dominem o português, achamos que seria desproporcional nesta altura e injustificável do ponto de vista económico e da atividade, mas percebemos que há pessoas que o exigem, pessoas que querem falar português”, frisou Vale e Azevedo.

O partido recomenda ainda o Governo a instar os operadores de TVDE a criarem medidas de promoção de segurança destas plataformas como, exemplificou o deputado, um “botão de pânico para efeitos de segurança que permita a partilha da localização ou um telefonema à esquadra mais próxima”.

O partido apela também ao executivo que acelere a implementação da plataforma de dados já anunciada pelo IMT para combater a falsificação de documentos dos TVDE e defende que o curso de renovação TVDE seja dispensado para os detentores do curso de táxi.

O deputado social-democrata lamentou o que diz serem “dificuldades de fiscalização e regulação da atividade por parte das autoridades no terreno”, mas sublinhou que não é intenção do PSD criar “barreiras adicionais que impeçam a entrada de novos veículos e novos condutores”.

“Quem cumpra a lei deve ter a mesma facilidade que tem hoje em dia. Apenas queremos maior rigor. E, portanto, recomendamos ao Governo que fiscalize o setor com rigor”, acrescentou.

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Mais otimista do que o Governo, FMI prevê economia portuguesa a crescer 1,9% em 2024 e 2,3% em 2025

Fundo Monetário Internacional prevê um crescimento da economia portuguesa de 1,9% em 2024 e 2,3% em 2025, acima das estimativas do Ministério das Finanças e da média da zona euro.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais otimista do que o Governo sobre o desempenho da economia portuguesa este ano e no próximo. Na atualização das projeções económicas mundiais, divulgadas esta terça-feira, a instituição liderada por Kristalina Georgieva prevê uma taxa de 1,9% em 2024 e de 2,3% em 2025, uma décima e duas décimas, respetivamente, a mais do que o estimado pelo Ministério das Finanças.

As previsões da instituição de Bretton Woods estão em linha com o relatório divulgado, em 2 de outubro, na sequência da visita ao país em setembro para avaliar a economia nacional ao abrigo do Artigo IV. Os técnicos reviram em baixa de uma décima a previsão de crescimento da economia portuguesa deste ano, para 1,9%, face à análise divulgada em julho, refletindo “a fraca procura externa, enquanto a procura interna seria apoiada por um mercado de trabalho restritivo e políticas orçamentais expansionistas”, prevendo um acelerar para 2,3% em 2025.

O FMI prevê que o Produto Interno Bruto (PIB) português irá crescer acima da zona euro, para a qual espera uma subida de 0,8% em 2024 e de 1,2% em 2025, como também mais do estimado pelo Governo português no Orçamento do Estado para 2025 (OE2025): 1,8% em 2024 e 2,1% em 2025.

As projeções para 2024 comparam com os 1,8% esperados pelo Conselho das Finanças Públicas (CFP), de 1,7% pela Comissão Europeia e de 1,6% pelo Banco de Portugal (BdP) e pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). Para 2025, o CFP aponta para 2,4%, o BdP para 2,1%, a OCDE para 2% e a Comissão Europeia para 1,9%.

No que toca à inflação, o FMI também mantém as previsões face a setembro e prevê que o Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português recue para 2,5% em 2024 e 2,1% e 2025. O Ministério das Finanças aponta para uma inflação de 2,6% este ano e de 2,3% no próximo.

A instituição com sede em Washington aponta ainda para uma taxa de desemprego em Portugal de 6,5% este ano e de 6,4% em 2025.

No relatório divulgado esta terça-feira, no âmbito das reuniões anuais do FMI e do Banco Mundial em Washington, a instituição liderada por Kristalina Georgieva destaca que o crescimento económico mundial deverá manter-se estável, mas face a perspetivas fracas e ao aumento de ameaças, o mundo precisa de alterações de políticas.

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FMI corta crescimento da Zona Euro para 0,8% este ano

Fundo Monetário Internacional reviu em baixa as projeções de crescimento dos países do euro em 2024 e 2025 e prevê que inflação global caia para 3,5% até ao final de 2025.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) está mais pessimista sobre a economia da zona euro. No World Economic Outlook (WEO), divulgado esta terça-feira, a instituição com sede em Washington reviu em baixa o crescimento da Zona Euro para 0,8% este ano e 1,2% em 2025, menos uma décima e menos três décimas, respetivamente, do que no relatório de julho.

Depois de uma expansão do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,4% em 2023, ainda do que o previsto anteriormente, o FMI espera uma ligeira recuperação dos países do euro este ano, suportado por um melhor desempenho das exportações, em particular dos bens. Para 2025, as previsões assentam num crescimento da procura interna.

Espera-se que o aumento dos salários reais aumente o consumo e um relaxamento gradual da política monetária apoie o investimento“, considera. No entanto, aponta que a “persistente” fraqueza na indústria pesa sobre o crescimento para países como Alemanha e Itália, ainda que assinale que a procura interna italiana deve beneficiar do Plano de Recuperação e Resiliência. Por outro lado, a Alemanha está a enfrentar a pressão da consolidação orçamental e uma forte queda nos preços do imobiliário.

O FMI prevê, assim, que o Produto Interno Bruto (PIB) alemão passe de uma contração de 0,3% em 2023 para 0% em 2024 e 0,8% em 2025 (menos duas décimas e cinco décimas, respetivamente, face a julho), enquanto o italiano avance 0,7% este ano e 0,8% em 2025.

Para França estima uma estabilização de 1,1% nos dois anos, enquanto para Espanha projeta um avanço de 2,9% este ano (mais cinco décimas), desacelerando para 2,1% em 2025.

Fonte: World Economic Outlook, outubro de 2024

O corte das projeções para os principais países europeus é, em parte, compensado por uma melhoria para os Estados Unidos, para o qual prevê um crescimento de 1,8% em 2024 e 2025, contribuindo para um crescimento global estimado em 3,2% em ambos os anos.

A última previsão para o crescimento global daqui a cinco anos – de 3,1% – continua medíocre em comparação com a média pré-pandemia. Persistentes ventos contrários estruturais – como o envelhecimento da população e a fraca produtividade – estão a travar o crescimento potencial em muitas economias”, alerta.

Inflação da Zona Euro atinge meta do BCE em 2025

O FMI mostra-se confiante na desaceleração da inflação nos países do euro, prevendo que passe de uma taxa de 5,4% em 2023 para 2,4% em 2024 e para 2% em 2025, ano para o qual prevê que atinja a meta do Banco Central Europeu (BCE).

A instituição destaca que a batalha global contra a inflação está a ser ganha em grande parte, embora as pressões sobre os preços persistam em alguns países. Depois de atingir o pico de 9,4%, na comparação homóloga, no terceiro trimestre de 2022, a taxa de inflação global está agora projetada para atingir 3,5% até ao final de 2025, abaixo do nível médio de 3,6% entre 2000 e 2019.

Apesar de um aperto acentuado e sincronizado da política monetária a nível mundial, a economia global continuou extraordinariamente resiliente ao longo do processo desinflacionista, evitando uma recessão global“, realça.

No entanto alerta que, embora a descida global da inflação seja “um marco importante”, os riscos descendentes estão a aumentar e dominam agora as perspetivas. Entre estes elencam: uma escalada nos conflitos regionais, política restritiva durante demasiado tempo, um eventual ressurgimento da volatilidade dos mercados financeiros com efeitos adversos nos mercados de dívida soberana, uma desaceleração mais profunda do crescimento na China e o contínuo aumento das políticas protecionistas.

“Os governos recentemente eleitos (cerca de metade da população mundial foi ou irá às urnas em 2024) poderão introduzir mudanças significativas no comércio e na política orçamental”, aponta.

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Aumento das tarifas entre EUA, Zona Euro e China afetaria um quarto do comércio mundial

Fundo Monetário Internacional estima que tarifas comerciais de 10% entre EUA, a Zona Euro e a China afetaria o correspondente a 6% do PIB mundial. Atividade seria afetada em todas as regiões.

Um aumento das tensões comerciais que leve a uma subida permanente das tarifas comerciais a partir de meados de 2025 irá afetar de forma considerável o comércio mundial. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que se os Estados Unidos, a Zona Euro e a China impusessem tarifas de 10% sobre os fluxos comerciais entre as três regiões – e os norte-americanos sobre as restantes regiões também -, o impacto abrangeria cerca de um quarto do comércio mundial de mercadorias.

No World Economic Outlook (WEO), publicado esta terça-feira no âmbito das reuniões anuais entre o FMI e o Banco Mundial, a instituição liderada por Kristalina Georgieva faz uma simulação sobre o impacto de medidas protecionistas e conclui que afetaria “cerca de 6% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial“.

“O aumento das tarifas afeta a atividade em todas as regiões. A imposição de tarifas sobre as importações aumenta os custos internos dos fatores de produção e tarifas mais altas sobre as exportações reduzem a procura externa. O efeito líquido sobre a inflação depende na força relativa desses dois canais, mas é pequeno”, considera.

Estima, contudo, que o impacto negativo no investimento é pequeno, uma vez que a receita das tarifas é transferida de volta para as famílias, contribuindo para o consumo. Entre regiões, prevê que o impacto é maior nos Estados Unidos, porque os fluxos comerciais dos norte-americanos estão inteiramente sujeitos a novas tarifas: o PIB contrai-se 0,4% em 2025 e em 0,6% em 2026.

O impacto noutras regiões e no mundo atingirá -0,3% do PIB até 2026, e as importações e exportações globais também caem cerca 4%, em relação ao cenário base. “Os efeitos no PIB são, no entanto, permanentes”, adverte.

Aliado ao aumento das tarifas, se a incerteza geopolítica também se agravar, o impacto também se fará sentir no investimento. Os técnicos de Washington estimam ainda que o efeito mais imediato será na atividade global. O investimento global cai perto de 2% até 2026, reduzindo o PIB em 0,4% mesmo período, enquanto a inflação global cai em 10 pontos base.

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CA Vida cria mascote que apela ao rastreio do cancro da mama

  • ECO Seguros
  • 22 Outubro 2024

A campanha de sensibilização da CA Vida 'Levante os Braços por uma boa causa' desafia as mulheres a levantar os braços na luta contra a doença e apela à realização do autoexame e rastreio regular.

A seguradora do Grupo Crédito Agrícola renovou o seu apoio à Corrida Sempre Mulher como Patrocinador Oficial do Boné e, desta vez, criou uma mascote para apelar ao rastreio do cancro da mama e aproximar a sua marca dos participantes.

A iniciativa solidária decorreu nesta segunda-feira na zona do Parque das Nações, em Lisboa, contou com mais de 12.000 participantes e angariou mais de 132 mil euros a favor da Associação Portuguesa de Apoio à Mulher com Cancro da Mama – organização sem fins lucrativos que se dedica ao diagnóstico precoce da doença e se foca em prestar cuidados de medicina preventiva, curativa e reabilitação de utentes com doença oncológica, avança a CA Vida em comunicado.

À boleia do trocadilho, a campanha de sensibilização da CA Vida ‘Levante os Braços por uma boa causa’ desafia as mulheres a levantar os braços na luta contra a doença e apela à realização do autoexame e rastreio regular – “um ato simples que poderá ajudar a identificar de forma precoce o cancro da mama, aumentando as hipóteses de um tratamento eficaz”.

O desafio foi lançado através da mascote de um telemóvel mimo que tinha nas traseiras o mote “CA Vida vai consigo para todo o lado” com um código para aceder aos novos canais digitais através de um smartphone – site CA Vida, MyVida Clientes – Área Clientes e APP. Através desta ‘estratégia de proximidade’, a CA Vida procurou apresentar-se “como uma seguradora mais ligada, humana e próxima” dos seus clientes. É a terceira vez que a marca apoia a Corrida Sempre Mulher.

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AAMTLEGAL tem três novos associados

Fernando Bergantino Sosa e João Sawaya foram promovidos a associados. Já Zuzanna Maria Sadlowska foi contratada par reforçar o departamento de laboral da AAMTLEGAL.

A AAMTLEGAL tem três novos associados: Fernando Bergantino Sosa e João Sawaya, que foram promovidos, e Zuzanna Maria Sadlowska, que integra o escritório depois de passar pela Caiado Guerreiro.

Fernando Bergantino Sosa integra o departamento de Corporate da AAMTLEGAL. Já João Sawaya encontra-se inserido no departamento de Contencioso e Resolução de Litígios da firma.

A sociedade de advogados fundada por Inês Azevedo e João Ascenso contratou ainda uma nova associada, Zuzanna Maria Sadlowska. Transitando da Caiado Guerreiro, a advogada vai reforçar o departamento de laboral da AAMTLEGAL.

“Com as novas aquisições e promoções, a AAMTLEGAL reforça o seu estatuto de sociedade focada na prestação de um serviço de excelência, aliando o conhecimento e prática profissional à história de vida dos seus recursos humanos, que são ferramentas transversais e especializadas de forma a garantir o acompanhamento personalizado de quem procura Portugal para viver, trabalhar e investir”, referem em comunicado.

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Investimento da Repsol em Portugal é “estruturante”, avalia Pedro Reis

Repsol desvia para Sines investimento de 15 milhões em hidrogénio. Questionado pelo ECO sobre eventual fim da contribuição sobre setor energético, o ministro respondeu apenas: “Não vou entrar por aí”.

“O investimento espanhol é muitíssimo bem-vindo a Portugal. É muitíssimo estruturante e já está em Portugal”. É desta forma que o ministro da Economia, Pedro Reis, reage à notícia de que a Repsol decidiu suspender todos os investimentos de hidrogénio previstos em Espanha, e vai avançar com a construção do novo eletrolisador em Sines.

Pedro Reis admite que não sabe se outras empresas espanholas vão seguir o caminho da Repsol. Mas, à margem do congresso dos gestores portugueses, esta terça-feira, sublinhou que “seja um reforço ou um novo investimento, todo o investimento externo é importante para nós e, por maioria de razão, o espanhol é particularmente próximo, interessante e complementar”.

A relocalização do eletrolisador para Portugal e a suspensão de uma carteira de investimentos de hidrogénio em Espanha foram decididas como forma de protesto contra a decisão do Governo espanhol de tornar permanente um imposto extraordinário cobrado em 2022. Isso “faz com que o ambiente regulamentar não seja propício a grandes investimentos industriais a longo prazo”, disse ao ECO fonte oficial da Repsol.

No entanto, Portugal também tem uma contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE), que é cobrada desde 2014 e que este ano deverá render aos cofres do Estado cerca de 125 milhões de euros. Apesar de ter um caráter temporário, já foi renovada pela 12.ª vez consecutiva.

A proposta de Orçamento do Estado para 2025 admite arrecadar 563 milhões de euros com a CESE, o Adicional ao IMI (AIMI), a Contribuição sobre o Setor Bancário (CSB) e o Adicional de Solidariedade sobre o Setor Bancário (ASSB).

Questionado pelo ECO sobre se este é um sinal de que Portugal deveria pôr fim à contribuição sobre o setor energético, Pedro Reis atirou apenas: “Não vou entrar por aí”.

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Política é o tema preferido dos portugueses nos jornais. Assuntos de sociedade lideram nas revistas

  • + M
  • 22 Outubro 2024

O tempo médio de leitura de imprensa situa-se perto dos 48 minutos, apresento algumas oscilações consoante a tipologia de jornal ou revista.

A política continua a ser o tema preferencial dos portugueses, no que toca à leitura de jornais de informação geral. Já no que diz respeito às revistas, a preferência recai sobre os temas de sociedade.

Aos temas de política, que recolhem 53% de referências por parte dos inquiridos no estudo Press Insights, do Bareme Imprensa da Marktest — contou com uma amostra anual de 5040 entrevistas –, seguem-se os de sociedade (51%) e o internacional (44,9%). O top cinco de temas destacados como mais interessantes pelos leitores de jornais fica completo com a opinião (43,7) e economia (42,7).

Já entre os leitores de revistas, a preferência vai de forma expressiva para os temas de sociedade (65%), recaindo depois sobre os espaços de opinião (57%) e os temas de ciência e tecnologia (47,5%), seguindo-se de muito perto os temas de política (47,2%). Um pouco mais distante surge o internacional (41,4%).

Já no que diz respeito ao tempo médio de leitura de imprensa, este situou-se perto dos 48 minutos, apresentando-se algumas oscilações consoante a tipologia de jornal ou revista.

O tempo dedicado à leitura de jornais generalistas, por exemplo, foi o mais alto, atingindo cerca de 52 minutos. Já na leitura de jornais desportivos verifica-se um tempo médio na ordem dos 36 minutos.

Entre as revistas, o tempo médio dedicado aos títulos mensais é de cerca de 50 minutos, contra 42 minutos dedicados às revistas semanais.

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Continente, Dentsu Media e VML lideram publicidade em setembro

No acumulado do ano, o Modelo Continente é o maior anunciante. Dentsu Media e VML lideram nas agências.

O Continente voltou a ser em setembro o maior anunciante do país, posição que não ocupava desde abril. A marca liderada por Filipa Appleton investiu a preços de tabela — ou seja, sem os descontos negociados com os meios — 58,7 milhões de euros em publicidade. Destes, e sempre a preços de tabela, 57,1 milhões foram canalizados pera televisão, 926 mil para rádio, 383 mil para internet, 215 mil para imprensa e 65 mil euros para outdoor, mostra o relatório mensal elaborado pela MediaMonitor.

No último mês, na segunda posição surge a Vodafone Portugal, com 51 milhões de euros, e na terceira a Unilever-Fima, com 38,9 milhões. Ediclube, Lidl, Renault, L’Oréal Portugal, Nos, Pingo Doce e Procter & Gamble encerram o ranking dos 10 maiores anunciantes do país.

Nas agências de meios há troca de posições, com a Dentsu Media a subir ao primeiro lugar e a Arena a passar para o segundo, ao contrário do que aconteceu em agosto. Seguem-se a Wavemaker e OMD, que também trocaram de posições, a Initiative, a Zenith, a EssenceMediacom, a Havas Media, a Mindshare e, a fechar o top 10, a Starcom MediaVest Group.

No ranking das maiores agências criativas também há trocas de posições, com a VML a subir um posto, para a primeira posição, a Fuel a subir à segunda e a O Escritório a descer à terceira.

No acumulado dos primeiros nove meses do ano, os maiores anunciantes continuam a ser Modelo Continente, Unilever Fima e Ediclube. A Dentsu Media, OMD e Arena continuam a ocupar as primeiras posições do ranking das agências de meios, mas agora com a agência liderada por Samuel Godinho a subir da terceira para a primeira posição, a agência dirigida por Bernardo Rodo a descer à segunda e a maior agência do grupo Havas a passar para a terceira. Nas criativas, VML, Fuel e O Escritório mantém as primeiras posições.

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