Mariana Leitão confia em crescimento da IL nas autárquicas mas conquistar câmaras será “muito difícil”

  • Lusa
  • 12 Julho 2025

Mariana Leitão, candidata única à liderança da IL, diz que o objetivo do partido nas eleições autárquicas de 12 de outubro vai ser crescer, mas não quis fixar uma meta eleitoral.

A candidata única à liderança da IL, Mariana Leitão, considera que conquistar uma câmara municipal nas próximas autárquicas vai ser “muito difícil”, mas manifesta-se convicta de que o partido vai ter um resultado “bastante melhor” do que em 2021.

Em entrevista à agência Lusa antes da X Convenção Nacional da IL, em 19 de julho em Alcobaça, Mariana Leitão disse que o objetivo do partido nas eleições autárquicas de 12 de outubro vai ser crescer, mas não quis fixar uma meta eleitoral.

Questionada se conquistar uma presidência de câmara lhe parece exequível, Mariana Leitão respondeu: “Presidente de Câmara nesta fase acho muito difícil”.

“Agora, uma coisa é certa: nós vamos conseguir eleger. (…) Vamo-nos candidatar a mais câmaras, a mais assembleias municipais, a mais assembleias de freguesia do que há quatro anos. Portanto, parece-me que, comparativamente com há quatro anos, o nosso resultado será bastante melhor”, disse.

A candidata única à liderança da IL observou ainda que o partido vai integrar algumas coligações autárquicas — por exemplo, no Porto — e espera, por isso, estar presente em executivos camarários.

Sobre as eleições presidenciais, Mariana Leitão disse que o partido pretende apoiar alguém que represente “os ideais liberais” e recusou que tenha de ser necessariamente um membro da IL.

Não acho que seja obrigatório ser um membro do partido ou não membro do partido. O que interessa é que seja alguém que tenha estas características, perceba a responsabilidade do cargo, o que é exigido a um Presidente da República, que saiba quando é que deve falar”, disse, remetendo uma decisão para depois da convenção.

Questionada se está descartado o apoio a qualquer dos candidatos presidenciais já anunciados, Mariana Leitão reiterou que “o objetivo primordial” da IL é ter alguém que represente os valores liberais. “Nenhum dos candidatos que se apresentou até agora o faz e, portanto, tão pouco representa este espaço. E, portanto, à partida estarão sempre excluídos”, disse.

Numa análise às razões para o resultado do partido nas últimas legislativas – nas quais a IL só obteve mais um deputado do que em 2024, o que precipitou a demissão do ex-líder de Rui Rocha –, Mariana Leitão considerou que se deveu em parte a “fenómenos externos”, designadamente “episódios que foram acontecendo durante a campanha”, e ao facto de ter havido um foco grande na Spinumviva.

A nível interno, Mariana Leitão considerou que o partido pode não ter conseguido passar bem a sua mensagem, que às vezes é “tecnicamente complexa” e insiste na necessidade de reformas e mudança, o que “traz sempre alguma apreensão” e “precisa de ser desmistificado”.

Em termos de prioridades para a sua liderança, Mariana Leitão afirmou que pretende manter as bandeiras principais do partido — como a simplificação fiscal, a reforma do Estado ou o plano para a saúde –, mas também “abraçar outras áreas”.

Entre essas áreas, Mariana Leitão destacou a legislação laboral, frisando que a IL quer “tornar o mercado de trabalho mais flexível” por considerar que, atualmente, é “rígido” e faz com que a “maior parte das empresas opte por contratar em situações de maior precariedade”.

Outra das matérias nas quais a IL pretende igualmente investir é nas alterações à lei da greve, com Mariana Leitão a salientar que o partido não vai pôr em causa o direito à greve, “que está constitucionalmente garantido”, mas pretende garantir que as pessoas deixam de ser “constantemente prejudicadas pela greve”.

“Tem de haver uma lógica de serviços mínimos garantidos que permitam que as pessoas consigam, por exemplo, quando há uma greve de transportes públicos, chegar aos seus trabalhos”, disse, considerando injusto que, “por uma reivindicação de um conjunto de trabalhadores, todas as outras pessoas fiquem prejudicadas”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

LaLiga participa no LIV Golf Andaluzia com um circuito de FootGolf inaugurado por Figo e Aduriz

  • Servimedia
  • 12 Julho 2025

Os embaixadores da LaLiga, Luis Figo e Aritz Aduriz, inauguraram este fim de semana o circuito de três buracos de FootGolf, projetado especialmente para a ocasião.

A LaLiga está presente este fim de semana no LIV Golf Andalucía, que se realiza no Real Club Valderrama de Golf de Cádiz, com a inclusão da disciplina FootGolf no âmbito do torneio, aproximando a bola de futebol dos greens num dos eventos de golfe mais reconhecidos no panorama desportivo nacional e internacional.

Os embaixadores da LaLiga, Luis Figo e Aritz Aduriz, inauguraram este fim de semana o circuito de três buracos de FootGolf, projetado especialmente para a ocasião. Um evento em que também estiveram presentes os golfistas Taylor Gooch e Juan Sebastián Muñoz, formando equipas de dois contra dois com os dois ex-futebolistas, demonstrando a sua surpreendente técnica, e que experimentaram a surpreendente disciplina de precisão com os pés com uma bola de futebol.

O percurso alternativo permanecerá aberto durante todo o fim de semana para que os participantes, tanto fãs de golfe como de futebol, possam testar a sua pontaria. Quem conseguir um hole-in-one receberá como prémio uma das duas bolas oficiais da temporada 2025-26 assinadas por Figo e Aduriz.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Crédito de 6,5 mil milhões do FEI vai financiar 40 mil empresas. A bola está do lado dos empresários

Garantia do FEI permitirá aos bancos parceiros oferecer condições de financiamento mais vantajosas através de juros mais baixos e menores exigências de colaterais e entradas iniciais reduzidas.

As PME portuguesas vão poder aceder a 6.500 milhões de euros de crédito acessível, garantido pelo Fundo Europeu de Investimento (FEI), para investirem em projetos de inovação, competitividade e sustentabilidade. O acordo foi assinado esta sexta-feira e a meta é financiar projetos desenvolvidos por mais de 40 mil empresas. Agora a bola está do lado dos empresários.

powered by Advanced iFrame free. Get the Pro version on CodeCanyon.

Têm de ser os empresários a encontrar a melhor forma de tirar partido destes apoios que lhes permite fazer uma modernização e reforçar a sua capacidade competitiva”, disse ao ECO o presidente executivo do BCP. “É um desafio que envolve todos: o BPF, os bancos comerciais e, sobretudo, os empresários”, acrescentou o Miguel Maya.

“Hoje já temos os instrumentos financeiros. Agora tem de haver o apetite das empresas”, disse ao ECO, por seu turno, o antigo ministro da Economia. António Costa Silva considera que Portugal tem “um tecido empresarial que precisa de fazer esses investimentos, mas as empresas têm de se mobilizar e ver se conseguem fazer a aplicação de todos esses instrumentos”.

“No fundo, é preciso que os empresários tenham projetos capazes de ser apoiados e que esgotem este modelo de financiamento”, acrescentou.

Para o atual ministro da Economia não há dúvidas: há apetite para estes 6,5 mil milhões e muito mais. “Estou confinante” que as empresas terão capacidade para absorver estas verbas e “já estamos a pensar que estas linhas possam ser reforçadas”, disse ao ECO, Manuel Castro Almeida.

O entusiasmo é partilhado pelo chairman do Banco de Fomento. Carlos Leiria Pinto disse ao ECO que estão “confiantes” porque “os resultados destes primeiros programas são excelente”. “A adesão das empresas tem sido enorme e temos de criar esta sequência de novos produtos para continuara injetar liquidez na economia portuguesa”, sublinhou o responsável.

O chairman do BPF recorda que este é “um programa em linha com o mandato” do banco, “que é apoiar as PME e os grandes projetos estruturantes para Portugal” e que vai “permitir ter poder de fogo para ajudar as empreas portuguesas a investir”. “É preciso dizer que este já vai ser o terceiro programa do nosso mandato. No primeiro semestre, lançámos um primeiro programa que teve imenso êxito, o InvestEU, e há três semanas lançámos o primeiro programa dirigido às empresas exportadoras, de forma a ajudá-las a enfrentar estes enormes desafios por causa das taxas da Administração Trump”, recorda o responsável.

“A economia portuguesa precisa de muito investimento que há-de vir de capitais próprios das empresas ou da banca. A banca, por sua vez, tem limites ao crédito que concede e aos riscos que corre”, afirmou o responsável.

“O Banco de Fomento vai ter o papel de garantir uma parte dos riscos, para que seja mais fácil aos bancos emprestar às empresas, a juros mais baixos, porque há uma parte do crédito que não tem risco nenhum porque a Europa cobre completamente o risco e da mesma forma como empresta com menos risco pode emprestar mais dinheiro”, sublinha o responsável que acumula agora a pasta da Economia e da Coesão.

“Podemos ter as empresas a ter o dobro do dinheiro a metade do preço, metade da taxa de juro, em números redondos”, rematou.

Além da redução da taxa de juro, a garantia do FEI permitirá aos bancos parceiros oferecer condições de financiamento mais vantajosas através de menores exigências de colaterais e entradas iniciais reduzidas”. As empresas vão ainda poder “disponibilizar prazos de reembolso mais longos, montantes de financiamento mais elevados e apoiar segmentos habitualmente excluídos, como as startups”, explicou o Ministério da Economia numa nota à imprensa.

As linhas de financiamento destinam-se a empresas que invistam nas áreas da inovação, digitalização, sustentabilidade, competitividade e agricultura.

Para os bancos comerciais portugueses poderem avançar, com estas linhas de crédito, terão agora de concorrer. E, segundo a nota do Ministério da Economia, o FEI já fez sair um aviso com um convite para “selecionar os bancos portugueses que irão operacionalizar os empréstimos garantidos ao abrigo do programa, sendo expectável que a assinatura das primeiras operações decorra antes do final de 2025”.

O “InvestEU Fomento-FEI” é apoiado por 450 milhões de euros do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), resultado da reprogramação da bazuca, 50 milhões de euros de garantia pública do Orçamento do Estado e 490 milhões de euros de recursos do FEI. Com este montante será possível mobilizar 6,5 mil milhões de euros em investimento.

O ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes, revelou que as empresas vão ter disponíveis 50 milhões de euros, nestes produtos, para ajudar a suportar os juros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TAP: Modelos europeus mostram vias distintas de privatização de companhias aéreas

  • Lusa
  • 12 Julho 2025

Especialistas dizem que a experiência de outros países mostra que o sucesso na privatização de companhias aéreas depende de processos estruturados e da gestão cuidadosa das relações laborais.

A experiência de países como Alemanha, França e Itália mostra que o sucesso na privatização de companhias aéreas depende de processos estruturados, equilíbrio entre controlo estatal e investimento privado e gestão cuidadosa das relações laborais, segundo especialistas ouvidos pela Lusa.

A Alemanha, através da Lufthansa, seguiu um modelo de privatização faseada e precedida por uma reestruturação interna profunda.

“A Lufthansa seguiu um modelo de privatização total, cuidadosamente faseado e precedido por uma forte reestruturação interna”, afirma Rui Quadros, especialista em aviação comercial e antigo gestor da Iberia e da PGA. Nesse processo, o Estado regressou ao capital apenas em contextos extraordinários, como durante a pandemia, através de um fundo de estabilização, sem interferência na gestão de longo prazo.

Por sua vez, a Air France manteve o Estado francês como acionista minoritário, com influência estratégica em momentos cruciais, como na fusão com a KLM ou no acesso a apoios públicos. Segundo Rui Quadros, este modelo “conferiu capacidade de influência em momentos críticos”.

Já a professora do ISEC Lisboa Maria Baltazar, acrescenta que “a Air France manteve o Estado francês como acionista minoritário durante vários anos, assegurando influência estratégica e apoio em momentos críticos, como durante a pandemia”.

A Alitalia representa o oposto: uma trajetória instável, com sucessivos apoios estatais, privatizações falhadas e, finalmente, a sua substituição pela ITA Airways em 2021.

Rui Quadros destaca que “o Estado italiano deixou a Alitalia colapsar e criou, em 2021, uma nova transportadora integralmente pública (ITA Airways)”, iniciando depois uma privatização parcial (41%) com a Lufthansa em 2023.

O fundador da consultora SkyExpert, Pedro Castro, acrescenta que “o Estado italiano foi obrigado a fechar por completo a Alitalia e a criar uma sucedânea menor, a ITA Airways”.

Em comum, os especialistas identificam a gestão das relações laborais como um fator crítico para o sucesso.

“A British Airways e a Lufthansa optaram por modelos negociados (…), enquanto a Air France enfrentou forte resistência sindical. A transição para a ITA Airways resultou em despedimentos em massa”, lembrou Rui Quadros.

Maria Baltazar sublinha que “todos estes processos demonstram que o diálogo com os sindicatos e a proteção dos trabalhadores são condições essenciais para uma privatização bem-sucedida”.

Uma posição semelhante à de Pedro Castro, que acrescenta que os desafios laborais não desaparecem com a privatização, mas tendem a ser mal geridos quando as companhias permanecem públicas.

Quanto à TAP, destacam que o atual modelo português inspira-se em algumas destas experiências, ao prever uma venda de até 44,9% do capital, mantendo o Estado como acionista maioritário e exigindo compromissos estratégicos ao investidor. Além disso, prevê um acordo parassocial para garantir a gestão operacional do dia a dia ao futuro comprador e, ao mesmo tempo, o Estado continuar a ter uma palavra a dizer nas decisões críticas.

“Estes princípios seguem boas práticas de referência”, refere Rui Quadros. No entanto, alerta: “É difícil de imaginar que um grupo internacional aceite investir avultadas quantias, assumir riscos operacionais e reputacionais, e ainda assim não possa participar plenamente nas decisões estratégicas da empresa”.

Maria Baltazar defende uma abordagem gradual e estratégica: “Portugal deve aprender com o que funcionou — e com o que falhou — noutras geografias. “Portugal não precisa apenas de privatizar — precisa de privatizar com inteligência, com estratégia e com responsabilidade”, diz.

Por fim, Pedro Castro lembra que nenhum processo está concluído sem propostas reais em cima da mesa e que o valor da TAP pode diminuir com o novo aeroporto. “Nenhuma privatização vive de intenções. Enquanto Lisboa for a Portela, esse é também o maior valor da TAP, que detém 50% dos movimentos desse aeroporto dito ‘congestionado’, e isso é muito valioso. Mesmo assim, a TAP não é a última coca-cola do deserto”, comenta.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Área ardida este ano quase triplicou face a 2024 e fogos aumentaram 68%

  • Lusa
  • 12 Julho 2025

Entre 1 de janeiro e 11 de julho, deflagraram 3.202 incêndios rurais que consumiram 9.974 hectares. No mesmo período do ano passado, tinham ocorrido 1.902 fogos e 3.246 hectares de área ardida.

A área ardida este ano quase que triplicou em relação ao mesmo período de 2024 e o número de incêndios rurais aumentou 68%, segundo as estatísticas do Sistema de Gestão Integrada de Fogos Rurais (SGIFR).

O SGIFR, da responsabilidade da Agência para a Gestão Integrada de Fogos Rurais (AGIF), tem um novo portal com informações para a população e comunicação social sobre o risco de incêndios, ocorrências de fogo ativas e medidas de proteção, bem como estatísticas sobre os incêndios e a área ardida.

O novo portal indica que, entre 1 de janeiro e 11 de julho (sexta-feira), deflagraram 3.202 incêndios rurais que consumiram 9.974 hectares. No mesmo período do ano passado, tinham ocorrido 1.902 fogos e 3.246 hectares de área ardida.

Os dados mostraram que a maioria dos incêndios rurais registou-se este ano na região Norte, com 1.761, seguido de Lisboa e Vale do Tejo (521), Centro (460), Alentejo (334) e Algarve (127).

Já os valores mais elevados da área ardida foram no Alentejo (4.616 hectares) e no Norte (4.591), seguido do Centro (602), Lisboa e Vale do Tejo (145) e Algarve (21 hectares).

Segundo as estatísticas do SGIFR, 28% dos fogos ocorreram este ano em dias de risco ‘muito elevado’ de incêndio e 10% em dias de risco “máximo”, enquanto as chamas consumiram mais área ardida em dias de risco ‘máximo’ (29%) e ‘extremo’ (17%).

Apesar de muitos fogos ainda estarem a ser investigados, os dados indicam que 24% das ocorrências de incêndio tiveram como causa o uso do fogo e 12% o incendiarismo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

APA assume Lactogal como responsável por descargas em Vila do Conde e manda reduzir produção de leite

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

A "alteração significativa" da qualidade da água do rio Onda, com danos nas praias, está "presumivelmente associada" a descargas da empresa Lactogal em Vila do Conde, aponta a APA.

A “alteração significativa” da qualidade da água do rio Onda está “presumivelmente associada” a descargas da empresa Lactogal em Vila do Conde, distrito do Porto, de acordo com resultados preliminares da análise da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).

Estas descargas no rio Onda já tinham levado a APA a desaconselhar desde banhos nas praias de Angeiras Norte, em Matosinhos, e Labruge, em Vila do Conde, ambos concelhos do distrito do Porto.

Em comunicado divulgado na noite desta sexta-feira, a agência do ambiente referiu que os “resultados preliminares [da análise] revelaram uma alteração significativa da qualidade da água do rio Onda, presumivelmente associada à descarga de águas residuais provenientes da Unidade Fabril de Modivas”, em Vila do Conde, da empresa Lactogal.

“Com o objetivo de mitigar os impactes ambientais decorrentes desta descarga, a APA notificou a referida empresa para proceder, de imediato, à redução da produção na instalação de processamento de leite e bebidas vegetais”, revelou ainda.

Esta medida visa adequar os volumes produzidos à atual capacidade de tratamento da Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR), acrescentou.

A situação foi detetada após uma ação de fiscalização do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR de Matosinhos, onde foram recolhidas várias amostras de água, posteriormente analisadas pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA), explicou ainda a agência.

“A APA continuará a acompanhar de forma rigorosa esta situação, em estreita articulação com as entidades competentes, nomeadamente o SEPNA da GNR”, garantiu ainda.

Na quinta-feira, a Câmara Municipal de Matosinhos exigiu à APA e à GNR que atuassem imediatamente perante o “grave foco de poluição” detetado na praia de Angeiras Norte.

“A Câmara de Matosinhos exige que as entidades competentes, nomeadamente o Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA) da GNR e a APA, assim como aos demais organismos com responsabilidade nesta matéria, que atuem com eficácia e urgência porque não basta monitorizar, é preciso agir”, referiu a autarquia liderada pela socialista Luísa Salgueiro, num comunicado enviado à Lusa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TAP. Marcelo foi previamente informado e considera posição do Estado salvaguardada

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

"Agora é uma solução, primeiro, que salvaguarda a posição dos trabalhadores. Segundo, que salvaguarda a prevalência de Portugal e do Estado português, porque é minoritária a parte estrangeira", disse.

O Presidente da República afirmou esta sexta-feira que foi previamente informado pelo primeiro-ministro do processo de privatização de 49,9% da TAP e considerou que a posição do Estado na empresa está salvaguardada, assim como a dos trabalhadores.

Interrogado pelos jornalistas, em São Tomé e Príncipe, se este processo de privatização tem o seu apoio, Marcelo Rebelo de Sousa começou por responder: “Eu, quando se colocou a questão em governos anteriores, achei que, na situação vivida naquela altura, já era uma situação não só a única possível como quase inevitável. E esteve praticamente para se concretizar”.

Agora é uma solução, primeiro, que salvaguarda a posição dos trabalhadores. Segundo, que salvaguarda a prevalência de Portugal e do Estado português, porque é minoritária a parte estrangeira, seja de um ou de dois dos candidatos ou três, os que forem. Depois, porque há certamente uma preocupação de encontrar uma solução que seja rápida, mas também muito respeitadora de procedimentos”, acrescentou.

Questionado se teve conversas com o Governo sobre esta matéria, o Presidente da República referiu que foi previamente informado por Luís Montenegro: “Claro, claro. O senhor primeiro-ministro foi – como o primeiro-ministro anterior tinha sempre sido – impecável. Isto é, apresentou o plano todo antes de, primeiro, o submeter ao Conselho de Ministros e, depois, de o anunciar aos portugueses”.

Quanto à possibilidade de se recuperar o dinheiro investido na companhia área, o chefe de Estado defendeu que “é prematuro estar a falar em valores”, tendo em conta a conjuntura internacional, e que é preciso “esperar para ver”, mas argumentou que a companhia aérea portuguesa tem um “valor estratégico”, pela “localização portuguesa”, com “rotas que são muito especiais e muito únicas, que é o caso por exemplo do Brasil ou de África”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Carneiro critica PSD por ficar “nas mãos da extrema-direita”

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

"Uma das opções que está a fazer e que para nós é muito grave tem a ver com a forma como está a tratar os cidadãos oriundos de países de língua portuguesa", disse o secretário-geral do PS.

O secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, criticou esta sexta-feira o PSD por estar nas mãos dos partidos de extrema-direita, referendo-se ao partido Chega, em matérias como a imigração.

“Aterraram onde não deviam aterrar, nas mãos da extrema-direita”, afirmou aos jornalistas José Luís Carneiro, à margem da apresentação do candidato autárquico à Câmara do Bombarral.

“Uma das opções que está a fazer e que para nós é muito grave tem a ver com a forma como está a tratar os cidadãos oriundos de países de língua portuguesa”, exemplificou, considerando que o tratamento dado aos cidadãos da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa “quebra valores históricos da nossa política externa”.

O líder socialista pede ao Governo que “inverta posições”, por defender que “colocam em causa as boas relações com os países de língua oficial portuguesa”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Estádio da Luz aumenta lotação para 68.100 lugares

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

Até ao fim da época passada, o recinto das águias tinha capacidade para 65.400 espetadores. 

O Benfica anunciou esta sexta-feira o aumento da lotação do Estádio da Luz em 2.700 lugares, para os 68.100, aproximando-se dos 70 mil anunciados em novembro pelo presidente Rui Costa.

“A primeira fase do aumento da lotação do Estádio da Luz foi concluída! A Catedral passa agora a contar com 68.100 lugares, reforçando o estatuto de maior e mais imponente estádio do país”, anunciaram no seu site oficial.

Até ao fim da época passada, o recinto das águias tinha capacidade para 65.400 espetadores. “Mais do que números, este crescimento é emoção redobrada: mais vozes, mais cor, mais Benfica. Em 2025/26, o ninho da águia abre portas a ainda mais adeptos”, completou o clube.

Em 30 de novembro, em Arouca, Rui Costa anunciou que estava em curso o projeto de incremento da lotação do Estádio da Luz para um total de 70 mil lugares, justificando essa opção com a elevada procura de lugares anuais.

“Ambicionamos que mais sócios e adeptos possam desfrutar da oportunidade única que é apoiar o nosso clube. Embora o Estádio da Luz seja já o maior e mais imponente estádio do país, anuncio hoje que iremos aumentar a lotação do nosso estádio para 70 mil lugares”, disse.

Na altura, o dirigente revelou que a média de assistência nos jogos em casa rondava os 60 mil lugares e que havia cerca de 14 mil pedidos em lista de espera para ter lugar cativo.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Ministro sublinha superávite de 800 milhões do setor do vinho em Portugal

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

Portugal exportou "muito mais" vinho do que importou, tendo registado um superávite de 800 milhões de euros. "Isto é muito importante para a nossa balança comercial", disse o ministro.

O ministro da Agricultura e Pescas, José Manuel Fernandes, sublinhou que Portugal teve, em 2024, um superávite de 800 milhões de euros no setor do vinho e criticou as “tentativas de diabolização” daquele produto. Em Braga, na sessão de inauguração da 12.ª edição da Vinho Verde Fest, José Manuel Fernandes disse que o vinho “não traz problemas para a saúde” de ninguém, desde que consumido “de forma responsável e com moderação”.

“O vinho faz parte das nossas tradições, até das rotinas religiosas. Não há nenhuma missa sem vinho”, referiu. O governante lembrou que, em 2024, Portugal exportou “muito mais” vinho do que importou, tendo registado um superávite de 800 milhões de euros. “Isto é muito importante para a nossa balança comercial”, acrescentou, vincando ainda a importância do vinho como fator de atração turística.

Concretamente em relação ao vinho verde, José Manuel Fernandes disse que, entre janeiro e abril deste ano, Portugal exportou 38 milhões de euros e defendeu que ainda é possível “fazer mais” em termos da promoção daquele produto e do preço a que é vendido no estrangeiro.

“Em termos de exportação, o vinho verde está a ser vendido a um custo médio de 2,45 euros por litro. Isso não corresponde, na minha opinião, embora haja um ataque ao vinho à escala global, à qualidade do vinho que temos”, referiu. Para o ministro da Agricultura, é preciso atuar para “baixar o nível do ataque que existe ao consumo do vinho”, à escala global.

“O vinho deve ser consumido de forma responsável e com moderação e se for consumido com moderação não traz problemas para a saúde”, garantiu. Disse mesmo que a região do Cávado, onde o vinho verde é rei, aliado a uma gastronomia que tem pratos como arroz pica no chão e sobremesas como o pudim Abade de Priscos, tem a maior longevidade do país.

“Comer e beber nunca passará de moda. Com moderação, sempre”, disse ainda. Na 12.ª da Vinho Verde Fest, marcam presença 33 expositores, com mais de 200 referências de vinho. Segundo a Associação Empresarial de Braga, a expectativa é vender 20 mil garrafas de vinho, sendo esperado um impacto económico de 350 mil euros.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Benfica e Jorge Jesus chegam a acordo na ação por incumprimento salarial

  • Lusa
  • 11 Julho 2025

Jorge Jesus moveu uma ação de arbitragem voluntária no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) contra a SAD do Benfica por incumprimento salarial, processo que foi agora ultrapassado.

O Benfica e o seu ex-treinador de futebol Jorge Jesus alcançaram um entendimento que terminou com a ação que o técnico moveu contra a SAD ‘encarnada’ por incumprimento salarial, revelou esta sexta-feira, em comunicado, o clube da Luz.

O Sport Lisboa e Benfica informa que chegou a um entendimento com o seu antigo treinador Jorge Jesus, relativamente a um acerto fiscal de IRS e que lhe era devido contratualmente”, lê-se na nota divulgada no site oficial do clube.

Na quarta-feira, Jorge Jesus moveu uma ação de arbitragem voluntária no Tribunal Arbitral do Desporto (TAD) contra a SAD do Benfica por incumprimento salarial, processo que foi agora ultrapassado. “O clube agradece a colaboração de Jorge Jesus e dos seus representantes na resolução de todo este processo que, desta forma, se encerra em definitivo”, assinalaram as ‘águias’.

O Benfica já tinha garantido que esperava resolver de forma amigável a ação que lhe foi movida, sendo que, na quinta-feira, o advogado de Jorge Jesus, Luís Miguel Henrique, assinalou à Lusa que não existia nenhum conflito entre as partes e que já havia uma plataforma de entendimento.

Jorge Jesus, de 70 anos, teve duas passagens pelo Benfica, a primeira entre 2009/10 e 2014/15, período no qual ganhou três campeonatos, uma Supertaça e uma Taça de Portugal, regressando na época de 2020/21. Acabaria por sair a meio da temporada seguinte (2021/22).

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 86 milhões de euros

  • ECO
  • 11 Julho 2025

O jackpot desta sexta-feira é de 86 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 86 milhões de euros, decorreu esta sexta-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta sexta-feira, 11 de julho:

Números: 8, 23, 24, 45 e 49

Estrelas: 2 e 10

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.