State Farm quer aumentar “provisoriamente” prémio do seguro para habitação

  • ECO Seguros
  • 4 Fevereiro 2025

A seguradora já recebeu mais de 8.700 pedidos de indemnização e pagou mais de mil milhões de dólares na sequência dos incêndios florestais, mas espera "pagar muito mais".

A State Farm General solicitou às autoridades estatais norte-americanas um aumento de 22%, com caráter provisório e de emergência, dos prémios dos seguros multirriscos para habitação. Segundo a CNN, maior seguradora da Califórnia justifica o pedido invocando que ficou com uma situação financeira “terrível” após os incêndios florestais que afetaram Los Angeles em janeiro.

Numa carta enviada ao Comissário de Seguros da Califórnia, Ricardo Lara, a seguradora informa que já recebeu mais de 8.700 pedidos de indemnização e pagou mais de mil milhões de dólares aos clientes na sequência dos incêndios florestais. A State Farm espera “pagar muito mais” e que o aumento provisório de emergência é necessário para “ajudar a evitar uma situação terrível” para os clientes e para o mercado de seguros no estado da Califórnia, indica no comunicado citado pela CNN.

Nesse sentido, State Farm declara que tem três pedidos de aumento dos prémios que ainda não foram aprovados pela agência e que um aumento provisório era necessário para “preservar a sua capacidade de pagamento de indemnizações”.

Importa referir que os proprietários da Califórnia já têm os seguros para habitação mais caros do país, o que acaba por pesar no orçamento familiar e chega mesmo fazer com que consumidores não tenham acesso ao produto, seja por ausência de cobertura, seja pelo preço elevado.

A Comissão de Seguros da Califórnia afirmou que o pedido da State Farm General levanta “sérias questões sobre a sua situação financeira” e que a agência vai responder “urgentemente” ao pedido.

Segundo a empresa, o excedente da State Farm General disponível para pagar os sinistros foi esgotado, em parte devido aos sinistros pagos na sequência de catástrofes naturais.

Não obstante, a seguradora tem sido alvo de críticas por reduzir a sua oferta de cobertura no Estado, deixando muitos proprietários sem seguro. No mês passado, depois de os incêndios de Palisades e Eaton, em Los Angeles, terem destruído milhares de casas, a comissão de seguros proibiu as empresas de seguros de não renovarem ou cancelarem as apólices de seguro de habitação nas zonas afetadas pelos incêndios florestais.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 38 milhões de euros

  • ECO
  • 4 Fevereiro 2025

O jackpot desta terça-feira é de 38 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 38 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 4 de fevereiro:

Números: 3, 4, 29, 39 e 43

Estrelas: 5 e 10

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Hospital de Santo Tirso passa para a Misericórdia a 31 de março

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2025

O PCP denuncia que este processo “corresponde à privatização encapotada desta unidade de saúde”, implicando as “políticas de desinvestimento”.

A passagem do Hospital Conde de São Bento, em Santo Tirso, para a misericórdia local, será em 31 de março, revelou o PCP, que se baseia numa comunicação interna desta terça-feira do conselho de administração daquela unidade de saúde.

No documento a que Lusa teve acesso e que é dirigido a “todos os profissionais da ULSMAve [Unidade Local de Saúde do Médio Ave, onde está inserido o hospital em causa]”, lê-se que “no seguimento da reunião mantida com a Secretária de Estado da Gestão da Saúde [não é indicado quando aconteceu] e do processo em curso de devolução do Hospital Conde de São Bento à Misericórdia, importa acautelar os impactos da medida na ULSMAve, nomeadamente na salvaguarda da atividade assistencial e no atendimento aos utentes”.

Para o efeito, prossegue a circular, foi nomeada “uma equipa de trabalho ad hoc” para “ponderar impactos da medida de devolução na atividade assistencial da ULSMAve e propor soluções em termos de reafetação de recursos humanos e reformulação/reafetação de espaços”.

No documento é também solicitado “a todas as Direções de Serviço propostas/sugestões neste âmbito, a apresentar até 21 de fevereiro”. O primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou em dezembro que a ministra da Saúde já está a trabalhar com algumas Misericórdias, como as de São João da Madeira e de Santo Tirso, “para a transferência dos respetivos hospitais para as mãos das Misericórdias”.

Em comunicado, o PCP denuncia que este processo “corresponde à privatização encapotada desta unidade de saúde”, implicando as “políticas de desinvestimento” de “sucessivos governos de PS e PSD/CDS” e sublinhando que a “manutenção do caráter público do hospital é inseparável de necessárias melhorias no mesmo, desde logo da construção de novas instalações”.

O processo de transferência para a Misericórdia, ambição antiga de PSD/CDS que em 2015 foi impedido de o fazer pelo PCP, beneficia do facto de, para lá das insuficiências do hospital, os terrenos onde se situa pertencerem à Misericórdia local”, prossegue a nota de imprensa.

Considerando que a transferência do hospital para a misericórdia “não significará uma melhoria do serviço prestado”, o PCP enfatiza que a lei em vigor “prevê uma redução de custos em pelo menos 25% neste tipo de situações, o que se traduzirá no encerramento de valências ou na extinção de postos de trabalho”.

Neste contexto, prossegue o comunicado, o PCP “reafirma a necessidade de defender o caráter público do Hospital Conde de São Bento, bem como um maior investimento que possibilite a construção de novas instalações”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tutti Frutti. Marcelo diz que justiça tardia “não é tão justa” quanto uma mais célere

Presidente da República afirmou que "uma justiça tardia não é uma justiça tão justa quanto uma justiça rápida".

O Presidente da República considerou esta terça-feira que uma justiça tardia “não é tão justa” quanto uma mais célere. Marcelo Rebelo de Sousa pronunciava-se assim sobre a acusação de 60 pessoas pelo Ministério Público, entre elas autarcas das mais importantes juntas de freguesia de Lisboa, funcionários e empresários, no âmbito do processo Tutti Frutti.

“Toda a gente sabe que uma justiça tardia não é uma justiça tão justa quanto uma justiça rápida”, disse aos jornalistas, em Praga, em declarações transmitidas pela RTP3.

O Chefe de Estado argumentou que é por isso que se fala “tanta” na reforma da justiça. Em causa na acusação conhecida esta terça-feira estão crimes de corrupção, prevaricação, abuso de poder, tráfico de influência e participação económica em negócio, segundo a acusação, a que o ECO/Advocatus teve acesso.

As imputações relativas a Fernando Medina, ex-ministro e ex-autarca socialista, foram todas arquivadas. Entre os arguidos acusados neste caso estão o presidente da Junta de Freguesia da Estrela, Luís Newton, o deputado do PSD Carlos Eduardo Reis e o ex-deputado social-democrata Sérgio Azevedo.

Em autoria estão em causa três de corrupção passiva (um agravado), dois de corrupção ativa, sete de branqueamento, dois de tráfico de influência. Além das dezenas de crimes imputados aos vários arguidos, o MP pediu ainda a perda de mandato para aqueles que foram eleitos para cargos autárquicos.

Resposta a Trump exige grande “unidade” da Europa

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu ainda que a resposta da União Europeia à política comercial do presidente norte-americano, Donald Trump, exige grande unidade.

“Tem de responder rápido, em conjunto, de forma firme. Se [a administração Trump] toma medidas em determinado sentido, nós tomamos” também, disse.

O Presidente da República considerou ainda que a Europa enfrenta o desafio acrescido de não crescer e considerou que Donald Trump “é um empresário que é um ótimo negociador”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Tecnológica InnoTech abre escritório no Porto e aponta mira aos países nórdicos

Depois dos Países Baixos, a tecnológica portuguesa está a planear entrada nos países nórdicos. Estima este ano atingir os 11 milhões de euros de faturação.

A tecnológica portuguesa InnoTech vai abrir escritório no Porto e depois dos Países Baixos aponta mira aos países nórdicos. Este ano quer reforçar a equipa com mais 100 trabalhadores, tanto na área tecnológica como de gestão.

Depois de em abril a empresa ter aberto escritório nos Países Baixos, o primeiro fora do país, prepara-se para uma nova fase de internacionalização. “Estamos a ir para os países nórdicos”, adianta José Padre Eterno, CEO da empresa, ao ECO.

Aliás, a contratação de “Pedro Freitas, enquanto nearshore business development manager, vem reforçar esta expansão da marca para mercados europeus”, completa.

A empresa está ainda a abrir escritório no Porto. “O modelo de trabalho é híbrido e o escritório serve de suporte às mais de 40 pessoas que já têm no Porto, o objetivo é estar mais próximo da equipa e doa clientes. A InnoTech espera duplicar esta presença nos próximos 12 meses”, adianta o CEO da empresa.

Empresa a recrutar

Com 150 colaboradores, a empresa quer este ano atingir os 250 trabalhadores. Ambição de crescimento da equipa que já tinha no ano passado. Não foi atingida “devido à escassez de talento de IT em Portugal e, em específico, alinhado com a cultura e mindset InnoTech. A InnoTech tem uma cultura muito própria e procura sempre que o talento esteja alinhado”, justifica.

Neste momento, há 100 vagas em aberto, tanto para reforçar a área tecnológica, como de gestão. A empresa procura project managers, profissionais de controlo de qualidade, testers, software developers, entre outros.

A empresa reforçou a sua política de benefícios extra-salariais tendo passado a oferecer 25 dias de férias anuais — incluindo dia de aniversário do colaborador, que pode ser usufruído em qualquer data durante o mês correspondente –; meio dia de férias no aniversário dos filhos até aos 13 anos; vale de material escolar para colaboradores com filhos entre o 1.º e o 12.º ano de escolaridade; dia de luto pelo animal doméstico e parcerias com entidades de promoção de saúde mental e física.

Depois de ter visto no ano passado a faturação subir mais 10% face a 2023, ano em que atingiu sete milhões de volume de negócios, a InnoTech estima faturar 11 milhões em 2025.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Atualização da app Crédito Agrícola obriga clientes a renovar credenciais

Clientes contam ao ECO que tiveram acessos bloqueados à CA Online e CA Mobile com as mexidas na aplicação. Banco destaca as melhorias e funcionalidades recentes e garante apoio na Linha Direta.

O banco Crédito Agrícola avançou com uma atualização da aplicação móvel que causou obstáculos aos utilizadores, obrigando-os a reinserir as credenciais de acesso à app. Segundo relatos enviados ao ECO, o processo tem estado a dar erro e os clientes com CA Online e CA Mobile acabam por ficar com os acessos bloqueados.

Questionado sobre a resposta das linhas de apoio aos clientes com dúvidas, após indicação de que não estavam a obter retorno das chamadas, o banco reconheceu que “alguns clientes precisaram de assistência para reintroduzir as credenciais”, mas o serviço Linha Direta “esteve disponível para ajudar”.

“Com vista a acompanhar a evolução e atualização das tecnologias, e a eficiência das aplicações oferecidas a clientes, o Crédito Agrícola disponibilizou em 28/01/2025 uma nova versão da aplicação CA Mobile para clientes que utilizam telemóveis com sistema operativo Android”, explica fonte oficial da instituição bancária ao ECO.

Esta nova versão permite melhorias significativas de desempenho, segurança e, de futuro, novas funcionalidades. A nova versão exigiu que os clientes reintroduzissem nos seus telemóveis as suas credenciais de segurança. Esta ação não requer que os clientes solicitem novas credenciais de acesso, bastando para esse efeito que registem na aplicação as credenciais que já estão na sua posse, sem necessidade de alteração”, refere o Crédito Agrícola.

O Crédito Agrícola tem apostado no digital nos últimos anos. Depois de ter sido o primeiro banco a disponibilizar o formato contactless em Portugal e o primeiro cartão de pagamento com chip, foi também pioneiro na disponibilização de pagamentos com Apple Pay aos clientes.

Nos primeiros nove meses do ano passado, bateu recordes de lucros ao apresentar um resultado líquido de 347,1 milhões de euros, o que corresponde a uma subida de 55% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Governo insiste em retirar leque salarial do benefício em IRC para quem aumente salários

Benefício para empresas que aumentem salários está vedado àqueles que aumentem diferenças entre salários mais altos e mais baixos. Governo tentou retirar condição, mas oposição travou. Vai insistir.

O Governo vai apresentar no Parlamento uma proposta para que o benefício em IRC para as empresas que aumentem os salários não fique dependente do leque salarial. Hoje, os empregadores que agravem a diferença entre os salários mais altos e mais baixos não têm acesso a esse benefício. No Orçamento do Estado para 2025, o Governo ainda tentou retirar essa condição, mas uma maioria negativa travou-o. O Governo vai agora insistir com a eliminação dessa norma, anunciou a ministra do Trabalho, à saída de uma reunião de Concertação Social.

“O Governo entende que se devem cumprir escrupulosamente os acordos que celebramos aqui [na Concertação Social]. Na discussão da lei do Orçamento, na especialidade, houve um ponto sobre a norma do leque salarial que não foi transposto consoante o acordo, ao contrário do que tinha sido proposto a norma do Governo. Portanto, o Governo está a preparar uma iniciativa para levar à Assembleia da República para corrigir, de forma a repor na íntegra o acordo de Concertação Social“, explicou Maria do Rosário Palma Ramalho aos jornalistas, esta terça-feira.

Já desde 2022, com o acordo de rendimentos assinado ainda pelo Governo de António Costa com os parceiros sociais, que está previsto um benefício em sede de IRC para as empresas que aumentem os salários em linha com o referencial definido em Concertação Social.

Tem estado definido (no Estatuto dos Benefícios Fiscais) que esse benefício só pode ser aplicado às empresas que não registem aumentos do leque salarial dos trabalhadores face ao anterior, isto é, não agravem as diferenças entre os salários mais elevados e mais baixos.

Porém, o acordo assinado em 2023 na Concertação Social pelo Governo agora liderada por Luís Montenegro já não faz qualquer referência a essa condição. E a proposta de Orçamento do Estado para 2025 previa mesmo a sua revogação.

Uma coligação negativa (PS, BE, PCP, Livre e Chega votaram contra, o PAN absteve-se) travou, no entanto, a eliminação dessa norma. Ou seja, está por cumprir o acordo assinado em outubro, pelo que o Governo vai insistir no Parlamento.

O Governo tinha proposto a revogação dessa norma. Portanto, vai propor a revogação dessa norma. É o acordo que celebrámos que o justifica. O Governo vai cumprir o acordo.

Maria do Rosário Palma Ramalho

Ministra do Trabalho

O Governo tinha proposto a revogação dessa norma. Portanto, vai propor a revogação dessa norma“, afirmou a ministra do Trabalho. “É o acordo que celebrámos que o justifica. O Governo vai cumprir o acordo. A oposição entendeu que não tinha de cumprir. Achamos que isso deve ser de novo levado à Assembleia da República“, declarou Palma Ramalho.

Questionada sobre a maioria negativa que travou a eliminação do leque salarial, a governante atirou: “dependerá da Assembleia, não do Governo“.

À saída da reunião desta terça-feira, vários parceiros sociais salientaram a importância de se retirar esta norma do benefício em IRC, de modo a cumprir o acordo. Mário Mourão, secretário-geral da UGT, por exemplo, sublinhou que essa é um tema que vai ter de ser resolvido. Francisco Calheiros, presidente da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), comentou que espera que o Governo tenha “engenho e arte” para conseguir que a proposta seja aprovada, desta vez.

E Armindo Monteiro, presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), destacou esse como um pontos do acordo celebrado em outubro que é preciso afinar. Outro, apontou o patrão dos patrões, é a tributação do chamado 15.º mês. Conforme escreveu o ECO, as empresas podem pagar prémios de produtividade isentos de IRS aos seus trabalhadores, mas é preciso fazer retenção na fonte.

Ou seja, como está a lei, no momento em que o prémio é pago pelo empregador ao trabalho, será sujeito a descontos de IRS. Depois, no acerto de contas anual com o Fisco, se a empresa tiver cumprido todos os requisitos para ter acesso à isenção fiscal, o trabalhador receberá o reembolso desse imposto. Ora, Armindo Monteiro considera que não deve haver lugar a essa retenção na fonte e apelou nesse sentido ao Governo.

Lei laboral e mexidas na Segurança Social

O ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento (E) acompanhado pela ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho (C) e ministro da Economia, Pedro Reis (D), durante a reunião plenária da Comissão Permanente de Concertação Social (CPCS) em Lisboa, 04 de fevereiro de 2025. TIAGO PETINGA/LUSATIAGO PETINGA/LUSA

À saída da reunião de Concertação Social, a ministra do Trabalho adiantou também aos jornalistas que apresentou aos parceiros sociais os “14 ou 15” pontos da lei do trabalho, que vão ser alvos de reflexão, no âmbito da revisitação do Código do Trabalho prevista no programa de Luís Montenegro.

Palma Ramalho – que não detalhou que pontos estão em causa, mas já sinalizou, noutras ocasiões, que estariam em cima da mesa, por exemplo, o trabalho nas plataformas, o outsourcing e o teletrabalho – explicou que a reflexão vai agora arrancar na Concertação Social, não estando fechado ainda um calendário. “[As propostas serão conhecidas] quando aí chegarmos pela evolução normal da negociação”, atirou a governante.

Sobre este ponto, João Vieira Lopes, presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), avançou que será criado um grupo de trabalho para fazer essa reflexão, estando o início dos trabalhos para breve. Para este responsável, as prioridades a rever serão: a organização do tempo de trabalho (bancos de horas), a simplificação da contratação e o trabalho nas plataformas.

Já sobre a Segurança Social, a ministra do Trabalho avançou aos jornalistas que esta legislatura servirá apenas para estudar o sistema, remetendo eventuais “alterações estruturais” para uma próxima legislatura. Nesta legislatura, só eventuais mudanças “incidentais”, nas palavras da governante.

Ainda no final de janeiro, o Governo criou um novo grupo de trabalho para analisar a sustentabilidade da Segurança Social e fazer recomendações. O Governo anterior também pediu a um grupo de peritos um estudo, que resultou no chamado livro verde, mas aborda apenas o sistema previdencial, o que a atual ministra já criticou.

O novo grupo de trabalho tem agora seis meses para fazer um relatório intercalar relativo aos regimes complementares, à reforma parcial e às pensões antecipadas. Os demais temas – como a TSU – serão alvo de um relatório que será apresentado daqui a um ano.

Sobre este ponto, Tiago Oliveira, secretário-geral da CGTP, mostrou grande preocupação, frisando que a criação desse grupo de trabalho “gera dúvidas”, tendo em conta que será coordenado por um nome – o economista Jorge Bravo – que colaborou, no passado, com o setor dos seguros e fundos de pensões.

Já Armindo Monteiro argumentou que é preciso mesmo fazer uma revisão do sistema em causa, tendo em conta que os atuais saldos positivos resultam dos contributos dos imigrantes. Ora, esses indivíduos serão, mais tarde, titulares de pensões, pelo que é preciso olhar para eles também do ponto de vista da potencial despesa.

Atualizada às 20h17

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Polícia sueca confirma 10 mortos em tiroteio em centro de educação

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2025

Tiroteio aconteceu num centro de educação de adultos em Örebro. O atirador não estava registado na polícia, que acredita que terá agido sozinho e não tem ligações a grupos criminosos.

A polícia sueca confirmou 10 mortos no tiroteio desta terça-feira num centro de educação de adultos em Örebro, 200 quilómetros a oeste de Estocolmo, acrescentando que o suspeito do crime estará entre as vítimas mortais.

Em conferência de imprensa, o chefe da polícia de Örebro, Roberto Eid Forest, acrescentou ainda decorrer o trabalho para identificar as vítimas do tiroteio, pelo que não podia informar sobre o número de feridos.

“Neste momento, temos a certeza de que não haverá mais ataques. As escolas onde professores e alunos estavam abrigados já foram evacuadas”, detalhou Forest, referindo-se a vários locais próximos da escola afetada e que foram utilizados como abrigo enquanto os agentes investigavam a zona.

O atirador não estava registado na polícia, que acredita que terá agido sozinho e não tem ligações a grupos criminosos, depois de num primeiro momento ter também afastado ligações a organizações terroristas. “Continuamos a acreditar que temos o principal autor do crime, embora não excluamos a possibilidade de haver mais pessoas ligadas”, acrescentou Forest.

Num primeiro balanço, a polícia tinha comunicado a existência de cinco feridos e recusado confirmar a informação dos meios de comunicação social suecos – incluindo a televisão pública SVT – de vários mortos. A polícia sueca, que recebeu um alerta depois das 12:30 locais (11:30 de Lisboa), indicou tentativa de homicídio, incêndio e crimes graves com armas.

O hospital de Örebro esvaziou as urgências e a unidade de cuidados intensivos para tratar os feridos, segundo a emissora pública Radio Sweden.

A escola Campus Risbergska é um centro de educação de adultos e, segundo Lena Warenmark, uma das professoras, relatou à televisão pública SVT, havia menos alunos do que o habitual nas instalações na altura do tiroteio, uma vez que muitos tinham ido para casa depois de terminarem os exames.

“Hoje é um dia muito doloroso para toda a Suécia. Os meus pensamentos estão com todos aqueles cujo dia escolar foi afetado pelo terror”, declarou o primeiro-ministro sueco, Ulf Kristersson, à agência noticiosa sueca TT.

A Campus Risbergska leciona cursos de ensino primário e secundário, bem como aulas de sueco para imigrantes, formação profissional e programas para pessoas com deficiências intelectuais. A violência armada nas escolas é muito rara na Suécia. Mas, nos últimos anos, registaram-se vários incidentes com registo de feridos ou mortos com outras armas, como facas ou machados.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

+M

Escolhidos representantes dos jornalistas para Comissão da Carteira

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2025

A Lista A, a única que se apresentou a votos e que conta com o apoio do SJ, avançou com várias linhas programáticas sob o mote "Credibilidade do jornalismo / Independência dos jornalistas".

Alexandra Correia (Visão), Paulo Agostinho (Lusa), Mariana Oliveira (Público) e Alexandra Inácio (JN) foram eleitos representantes dos jornalistas na Comissão da Carteira Profissional.

A Lista A, a única que se apresentou a votos e que conta com o apoio do Sindicato dos Jornalistas, avançou com várias linhas programáticas sob o mote: “Credibilidade do jornalismo / Independência dos jornalistas”.

“A lista A quer ser representativa da classe e é composta por jornalistas ligados a diversos órgãos de comunicação social, com percursos profissionais que refletem a diversidade dos meios e de diferentes grupos empresariais de comunicação social“, lê-se na apresentação da lista, que integrou jornalistas que se estreiam na CCPJ.

A eleição dos representantes dos jornalistas decorreu através de voto eletrónico, entre o dia 20 e hoje, e presencialmente, ao longo desta quarta-feira.

As entidades empregadoras nomeiam mais quatro jornalistas para um plenário, que vai eleger o presidente do organismo.

Em outubro, três membros da CCPJ renunciaram aos cargos em divergência com a presidente do órgão, Licínia Girão, segundo exposições ao plenário da entidade a que a Lusa teve acesso.

Depois de Anabela Natário e Isabel Magalhães terem renunciado ao cargo em 24 de outubro, Miguel Alexandre Ganhão apresentou no final do mês de outubro do ano passado a renúncia após reunião do plenário da CCPJ.

Estes três membros foram eleitos pelos jornalistas para o plenário do órgão.

“Não podemos aceitar mais a má gestão da CCPJ nem fazer de conta que nada se passa neste organismo, onde tentámos sempre trilhar o caminho para o qual fomos eleitas pelos nossos pares” e “é precisamente em nome do respeito à instituição, de modo a prevenir o futuro, que nos propusemos explicar neste documento a nossa decisão”, afirmam Anabela Natário e Isabel Magalhães, numa exposição datada de 24 de outubro.

Por sua vez, Miguel Alexandre Ganhão considerou que “o mandato da CCPJ nos últimos tempos tem sido enorme equívoco”, explicando as razões da sua renúncia.

Como não se antevê que até ao fim do mandato desta CCPJ seja mudada a orientação desta comissão, e estando eu de acordo com muitos dos reparos feitos pelas vogais Anabela Natário e Isabel Magalhães, não me resta outra alternativa que não seja a renúncia ao meu mandato com efeitos imediatos“, rematou.

Num comentário à Lusa, a presidente da Comissão da Carteira Profissional de Jornalistas (CCPJ), Licínia Girão, disse que “foi surpreendida” com o pedido de demissão de três membros do órgão, que diz terem “muitas dificuldades em lidar com a democracia”.

“A grande maioria das decisões tomadas pelo secretariado e pelo plenário — que tem nove membros – foram tomadas por unanimidade, entre as quais os relatórios de contas e de atividades, pelo que não se compreende as declarações proferidas“, afirmou, numa declaração à Lusa.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

TVI fecha janeiro com 0,8 pontos de vantagem em relação à SIC

A TVI entrou em 2025 como o canal líder de audiências e a CNN Portugal como o canal mais visto de informação. Nos generalistas, a SIC recuperou o prime-time, revela a análise da Dentsu/Carat.

A TVI fechou o primeiro mês do ano com um share de 16%, uma vantagem de 0,8 pontos percentuais em relação à SIC. Com uma audiência média de 4%, a estação da Media Capital foi acompanhada por uma média de 347,9 mil telespectadores. A SIC, por seu turno, registou em janeiro uma audiência de 3,8% e foi vista em média por 329,9 mil pessoas, revela a análise da Dentsu/Carat para o +M/ECO.

Já a RTP1, com um share de 11,8% e uma audiência média de 2,9%, foi seguida em média por 256,3 mil telespectadores e a RTP2, com um share de 0,8% e uma audiência média de 0,2%, foi seguida por 16,9 mil pessoas.

Analisando por horários, a estação da Media Capital liderou entre as 14h e as 18h e das 24h em diante. A SIC recuperou o período entre as 20h e as 24h e é também o canal mais visto das 12h às 14h e a RTP1 lidera nas manhãs e também no período de acesso ao prime-time.

Dos 15 programas mais vistos, seis são da SIC, cinco da TVI e quatro da RTP. A SIC, recorde-se, transmitiu dois jogos da final four da Taça da Liga, a meia-final Sporting CP x FC Porto, no dia 7 de janeiro, e a final, a 11 de janeiro, os programas mais vistos do mês.

 

No cabo, a CMTV segue na liderança, agora com um share de 5,9% e uma audiência média de 129,1 mil pessoas. Na informação a primeira posição continua com a CNN Portugal, com um share de 2,3% e uma audiência média de 50,9 mil telespectadores. Segue-se a SIC Notícias, com um share de 1,8% e uma audiência média de 38,1 mil telepectadores, e o News Now, com um share de 1,1% e uma audiência média de 23,9 mil pessoas.

Star Channel, Hollywood, Globo, SIC Mulher, Star Movies e Star Movies, Star Life e TVI Reality são os restantes canais que compõem o top 10 dos canais mais vistos.

Nos programas, composto na grande maioria por formatos da CMTV, de assinalar a entrada de dois programas da SIC Mulher em janeiro.

kkkkk

 

Nota Técnica para a produção da análise evolutiva e mensal
Dados: Yumi / Caem_TV Fonte: Mediamonitor/ GFK Análise Dentsu/Carat para o +M/ECO
Outros: Vídeo, DVD, VHS, Blu-Ray, satélite, consolas, unmatch (além dos 150 canais medidos e o time-shift com um delay de sete dias), plataforma dos operadores (vídeo clube, jogos)
Aud. Total: Percentagem de indivíduos que contactaram um canal, pelo menos uma vez.
Aud. Média: Audiência provável que contacta com o canal em qualquer momento do período respetivo.
Tempo médio despendido: Média do tempo que cada indivíduo contactado despendeu com um canal num determinado período.
Share Aud.: Percentagem de tempo que é despendido a ver um dado canal relativamente ao tempo total de visão do meio (televisão) num determinado período.

Top produzido para programas “Net” (TeleReport), com duração superior a três minutos. Audiência corresponde à média ponderada das partes do programa. Não são considerados como programas: Sorteios e Tempo de Antena.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Vencedora da Web Summit faz nova reestruturação e corta 25% dos trabalhadores

Em menos de um ano é a segunda reestruturação da Smartex.ai. Startup, que combate o desperdício têxtil com IA. Empresa justifica a medida face aos "desafios significativos" da indústria têxtil.

A Smartex.ai avançou com uma “reestruturação estratégica” para alinhar “recursos” num momento em que a indústria têxtil, setor onde a startup atua, enfrenta “desafios significativos”, resultando no corte de cerca de 25% do pessoal, um total de 25 pessoas. Em menos de um ano, é a segunda redução de pessoal efetuada na empresa.

“A Smartex realizou recentemente uma reestruturação estratégica para alinhar melhor os nossos recursos com a visão e os objetivos de longo prazo da empresa. Esta decisão não foi tomada de forma leviana, e permanecemos empenhados em apoiar os nossos colaboradores durante esta transição”, confirma António Rocha, cofundador da startup que aplica inteligência artificial na deteção de defeitos na produção têxtil, evitando o desperdício de material e reduzindo os custos.

A indústria têxtil global continua a enfrentar desafios significativos, incluindo a incerteza económica, interrupções na cadeia de abastecimento e exigências de mercado em constante evolução. Para enfrentar estas complexidades e garantir que a Smartex se mantenha competitiva e resiliente, tomámos a difícil decisão de reduzir a nossa equipa em aproximadamente 25%.

António Rocha

Cofundador da Smartex.ia

O atual momento da indústria têxtil é um dos motivos apontadas pela empresa para esta nova reorganização, depois de em novembro ter avançado com um corte de 13% da equipa, levando à redução de 18 postos de trabalho.

“A indústria têxtil global continua a enfrentar desafios significativos, incluindo a incerteza económica, interrupções na cadeia de abastecimento e exigências de mercado em constante evolução. Para enfrentar estas complexidades e garantir que a Smartex se mantenha competitiva e resiliente, tomámos a difícil decisão de reduzir a nossa equipa em aproximadamente 25%”, diz o cofundador. Ou seja, 25 pessoas.

“O processo foi anunciado ontem. O vínculo legal das pessoas afetadas ainda não terminou mas estas já não estão a trabalhar”, esclarece António Rocha.

“Apesar desta mudança, o nosso compromisso em impulsionar a inovação e a sustentabilidade na indústria têxtil permanece inabalável. Com uma equipa focada e dedicada, estamos confiantes na nossa capacidade de continuar a transformar o setor rumo a um futuro mais sustentável e transparente”, garante o responsável.

Vencedora do Prémio Pitch da Web Summit em 2021, a Smartex.ai recorre à IA para fazer a deteção de defeitos durante o processo de costura ou tecelagem evitando com isso o desperdício têxtil.

A última ronda de investimento da startup conhecida foi anunciada no início de novembro de 2022. A série A rendeu 24,7 milhões de dólares e foi liderada pela sociedade de capital de risco Lightspeed Venture Partners (EUA), e pelo estúdio Build Collective, de Tony Fadell, considerado o “pai do iPod”.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.

Caso Tutti Frutti. Ministério Público quer que 29 arguidos devolvam mais de 580 mil euros ao Estado

  • Lusa
  • 4 Fevereiro 2025

A Luís Newton ,o Ministério Público reclama a devolução de cerca de 14,6 mil euros. Já ao também deputado do PSD, Carlos Eduardo Reis, (e à empresa Ambigold) é reclamado quase 211 mil euros.

O Ministério Público (MP) quer recuperar para o Estado mais de 580 mil euros, resultantes da prática dos crimes imputados a 29 arguidos acusados no processo Operação Tutti Frutti.

Os arguidos obtiveram vantagens patrimoniais indevidas, para si e para terceiros, à custa do erário público, diretamente resultantes da prática dos crimes (…). Tais quantias deverão reverter a favor do Estado”, defende o MP na acusação no ponto sobre perda das vantagens do crime, no âmbito do qual quer ver restituídos aos cofres do Estado 588.135,10 euros, exigidos a 29 arguidos particulares e empresas.

O MP quer também ver declarados perdidas a favor do Estado as quantias apreendidas a três arguidos: 2.000 euros, em numerário, apreendidos a Nuno Firmo, que foi vogal na Junta de Freguesia de Santo António, em Lisboa; 1.640 euros a Pedro Rodrigues, jurista, militante do PSD e ex-presidente da JSD; e 6.680 euros a Paulo Quadrado, militante do PSD, antigo membro do Conselho Nacional do partido, ex-presidente da Junta de Freguesia da Graça e assessor da vereação PSD na Câmara Municipal de Lisboa e do grupo municipal do partido na Assembleia Municipal de Lisboa.

A Sérgio Azevedo, antigo deputado e líder da representação do PSD na Assembleia Municipal de Lisboa entre 2013 e 2017 por exemplo, são reclamados mais de 123 mil euros. A Carlos Eduardo Reis, deputado do PSD, e à empresa Ambigold são reclamados quase 211 mil euros; a Nuno Firmo e à empresa Valley Innovation mais de 110,5 mil euros.

A Luís Newton, presidente da Junta de Freguesia da Estrela, em Lisboa, e deputado do PSD, o MP reclama a devolução de mais de 14,6 mil euros e ao vereador Ângelo Moreira, do executivo lisboeta liderado por Carlos Moedas, a devolução de cerca de 600 euros, “relativo aos custos da viagem proporcionada pela INFORMANTEM”.

José Guilherme Aguiar, atualmente vereador eleito pelo PS na Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, deve ser obrigado a restituir 3.690 euros, defende o MP, relativos à celebração de contratos-programa de desenvolvimento desportivo entre a autarquia e clubes em benefício da Ambigold, empresa tutelada pelo também arguido e deputado do PSD Carlos Eduardo Reis.

O MP pede que os arguidos sejam condenados ao “pagamento destes valores e de todos os demais que venham a ser apurados em julgamento e que decorrem dos factos descritos na acusação como vantagem económica direta ou indiretamente resultante de tais factos”.

Os arguidos no processo são, genericamente, acusados de crimes de corrupção ativa e passiva, prevaricação, branqueamento de capitais, falsificação, entre outros. A operação denominada Tutti Frutti investigou desde 2018 alegados favorecimentos a militantes do PS e do PSD, através de avenças e contratos públicos, estando em causa suspeitas de corrupção passiva, tráfico de influência, participação económica em negócio e financiamento proibido.

Assine o ECO Premium

No momento em que a informação é mais importante do que nunca, apoie o jornalismo independente e rigoroso.

De que forma? Assine o ECO Premium e tenha acesso a notícias exclusivas, à opinião que conta, às reportagens e especiais que mostram o outro lado da história.

Esta assinatura é uma forma de apoiar o ECO e os seus jornalistas. A nossa contrapartida é o jornalismo independente, rigoroso e credível.