Governo escolhe João Gonçalves para novo diretor-geral da Segurança Social

Cargo de diretor-geral da Segurança Social estava vago desde novembro. Governo escolhe João Gonçalves para esse lugar, em regime de substituição. CReSAP promove agora concurso.

O Governo escolheu João Gonçalves para o cargo de diretor-geral da Segurança Social, de acordo com um despacho publicado esta terça-feira em Diário da República. O novo responsável ficará em regime de substituição até que o concurso seja concluído. O lugar estava vago, uma vez que o antecessor cessou funções em novembro.

“Designo, em regime de substituição, o licenciado João Manuel Grossinho Gonçalves para exercer o cargo de diretor-geral da Segurança Social“, lê-se no despacho, que produz efeitos a 12 de fevereiro.

Doutorado em Ciências Sociais com especialização em Política Social pela Universidade de Lisboa, mestre em Políticas e Gestão de Recursos Humanos pelo ISCTE, licenciado em Gestão e Administração pela Universidade Técnica de Lisboa e em Segurança Social pelo Instituto Superior Politécnico Internacional, João Gonçalves é professor da Universidade Católica e do Instituto Superior de Tecnologias Avançadas de Lisboa.

“Tem trabalhado no domínio das políticas públicas, fundamentalmente no desenvolvimento de estudos e análises e ao nível da conceção, modernização e avaliação de medidas e programas no desempenho de funções técnicas superiores e de coordenação e direção no setor público“, salienta o Governo, no despacho publicado esta manhã.

No currículo conta dez anos como técnico superior na Direção-Geral da Segurança Social, aos quais somam sete anos como diretor de serviços de Estudos de Segurança Social e Ação Social. Desde 2019 que era diretor de serviços da definição de regimes da Direção-Geral da Segurança Social.

António Santos Luiz deixou o cargo de diretor-geral da Segurança Social em novembro, por ter completado 70 anos de idade. O Governo atribuiu-lhe louvor.

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Financial Times elege Porto como melhor cidade europeia na atração de investimento

São já quatro anos consecutivos em que o Porto se posiciona entre as "Cidades Europeias do Futuro" eleitas pelo Financial Times. Invicta supera cidades como Antuérpia, Glasgow, Leeds ou Düsseldorf.

O Porto foi novamente distinguido pelo Financial Times como a melhor cidade europeia do futuro em matéria de estratégia de atração de investimento direto estrangeiro (FDI, na sigla em inglês), na categoria de FDI Strategy – Grandes Cidades. Braga conquistou o segundo lugar entre as cidades mais pequenas.

“É com um profundo e sustentado sentimento de conquista que o Porto recebe, uma vez mais, esta ilustre distinção, prova da capacidade que a cidade tem para desenvolver uma estratégia de promoção de investimento que se mantém, consistentemente, como uma das mais bem-sucedidas da Europa”, afirma Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, citado em comunicado.

Este é o quarto ano consecutivo em que o Porto se posiciona entre as Cidades Europeias do Futuro. “Na edição de 2025, a política de atração de investimento do município superou a de Antuérpia (Bélgica), Glasgow (Escócia), Leeds (Reino Unido), Düsseldorf (Alemanha) ou Torino (Itália) “, realça a Câmara do Porto.

Fonte: fDi Intelligence

Rui Moreira assume que a cidade “se orgulha de receber um prémio que comprova e dá continuidade ao seu estatuto histórico enquanto um polo de iniciativa e desenvolvimento”.

A cidade orgulha-se de receber um prémio que comprova e dá continuidade ao seu estatuto histórico enquanto um polo de iniciativa e desenvolvimento.

Rui Moreira

Presidente da Câmara Municipal do Porto

A distinção, atribuída anualmente pela fDi Intelligence (que pertence ao grupo do Financial Times), premeia a estratégia de cidades e regiões europeias, avaliando os resultados no último ano e as políticas em vigor para os alcançar. A fDi Intelligence considerou o Porto “um importante núcleo de talento nos domínios da ciência, tecnologia, engenharia e matemática, assim como um emergente centro de negócios digitais inovadores na Europa”.

InvestPorto já atraiu mais de dois mil milhões e 28 mil empregos

A fDi Intelligence acrescenta que para este reconhecimento contribuiu a estratégia de desenvolvimento económico promovida pela InvestPorto, a divisão municipal especializada na captação e facilitação de projetos de investimento direto estrangeiro, cujo apoio a empresas já se materializou num investimento que ultrapassa os dois mil milhões de euros e na criação de perto de 28 mil postos de trabalho locais.

“O júri assumiu-se, ainda, impressionado com ações municipais de apoio a startups locais, como a ScaleUp Porto, e não deixou de referir o facto de a cidade ter atraído, também, a abertura de um escritório da Organização Mundial de Saúde, com foco na tecnologia, robótica e empreendedorismo na saúde, que ajudará a colocar Portugal na vanguarda da inovação tecnológica nos serviços de saúde”, lê-se ainda no mesmo comunicado autarquia liderada por Rui Moreira.

Braga conquista segundo lugar entre as pequenas cidades

Para além da Invicta, a cidade de Braga voltou a destacar-se no ranking, ocupando desta vez a segunda posição na categoria dedicada à estratégia de captação de investimento direto estrangeiro (IDE) entre as cidades com uma população entre os 100 mil e os 350 mil habitantes.

Fonte: fDi Intelligence

Ricardo Rio, presidente da Câmara Municipal de Braga, considera que esta distinção reforça, mais uma vez, o reconhecimento do “sucesso do trabalho desenvolvido, especialmente pela InvestBraga, nos últimos anos na atração de investimento para o concelho, promovendo a criação de valor e emprego qualificado“, lê-se numa publicação da InvestBraga.

O autarca destaca ainda que “o reconhecimento internacional de Braga, impulsionado pela participação da cidade em importantes redes de cidades internacionais, tem permitido, nos últimos anos, atrair investimentos de diversas multinacionais”. “A presença contínua de Braga nos primeiros lugares deste ranking evidencia a relevância da promoção das nossas vantagens competitivas a nível internacional, o que tem atraído o interesse de grandes multinacionais, que se estabelecem no concelho e geram novos postos de trabalho, particularmente em setores tecnológicos e inovadores”, afiança Ricardo Rio.

A presença contínua de Braga nos primeiros lugares deste ranking evidencia a relevância da promoção das nossas vantagens competitivas a nível internacional, o que tem atraído o interesse de grandes multinacionais, que se estabelecem no concelho e geram novos postos de trabalho, particularmente em setores tecnológicos e inovadores.

Ricardo Rio

Presidente da Câmara de Braga

Entre os exemplos de empresas instaladas em Braga encontram-se a Bosch Car Multimedia, Aptiv, Nestlé Business Services, Mercedes Benz.io, Critical Techworks, Deloitte, NTT Data, Accenture, Fujitsu, PTW, Fiducial, Uphold, Checkmarx, Eurofins, Nu Boyana, Innovayt e Ciellos.

A cerimónia de entrega dos prémios “fDi European Cities and Regions of the Future” vai decorrer a 11 de março, em Cannes, França, no decurso do MIPIM, uma das maiores feiras de investimento imobiliário da Europa, onde os municípios de Matosinhos, Porto e Vila Nova de Gaia estarão presentes pela primeira vez em conjunto através da iniciativa Greater Porto.

(Notícia atualizada com mais informação às 12h33)

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Antiga Amorim Turismo procura 400 trabalhadores para hotéis de Gaia ao Algarve

Há 400 vagas disponíveis nos hotéis do grupo Blue & Green Hotels & Resorts, detido pela Oxy Capital. Pede-se fluência em português e inglês, bem como "sólidas competências de comunicação".

O grupo Blue & Green Hotels & Resorts, detido pela Oxy Capital, tem 400 vagas de emprego abertas para reforçar as equipas em várias regiões do país, de Vila Nova de Gaia ao Algarve. Há oportunidades em diversas áreas, da cozinha à receção, passando pelo golfe e pelo casino.

De acordo com a nota enviada esta terça-feira às redações, em Vila Nova de Gaia há 27 vagas disponíveis no antigo The Lodge Hotel, que agora se chama Forte de Gaia – Autograph Collection. Já no Algarve, estão abertas 150 oportunidades no Vilalara Grand Hotel, em Porches, enquanto o Verdelago Resort, em Castro Marim, tem 85 posições abertas.

“Na região Oeste, o Praia D’El Rey Marriott, em Óbidos, disponibiliza 95 vagas, enquanto o Golf Course Praia D’El Rey tem três oportunidades. Em Troia, o Troia Design Hotel está a recrutar 45 colaboradores e o Casino Troia tem 15 vagas disponíveis”, acrescenta o grupo hoteleiro, anteriormente conhecido como Amorim Turismo.

As vagas disponíveis incluem funções de housekeeper, cozinha, mesa, bar, receção, caddie (golf) e pagador de banca (casino). O grupo está à procura de candidatos com fluência em português e inglês, “boa apresentação e sólidas competências de comunicação“.

As candidaturas podem ser feitas online, mas o recrutamento será feito presencialmente, nos dias abertos nos hotéis.

“O primeiro open day realiza-se a 24 de fevereiro no Marriott Praia D’El Rey, em Óbidos, seguindo-se o Troia Design Hotel, em Troia, no dia 25. No dia 26, o evento decorre no Verdelago Resort, em Castro Marim, terminando no dia 27 no Vilalara Grand Hotel, em Porches”, explica o grupo, que salienta que, mesmo quem não se inscreva previamente, pode comparecer entre as 11h e as 17h das datas mencionadas.

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Euribor sobe a três e 12 meses e desce a seis meses

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

Com as alterações desta terça-feira, a taxa a três meses, que avançou para 2,516%, continuou acima da taxa a seis meses (2,484%) e da taxa a 12 meses (2,444%).

A Euribor subiu esta terça-feira a três e a 12 meses e desceu a seis meses em relação a segunda-feira. Com estas alterações, a taxa a três meses, que avançou para 2,516%, continuou acima da taxa a seis meses (2,484%) e da taxa a 12 meses (2,444%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, baixou esta terça-feira para 2,484%, menos 0,005 pontos do que na segunda-feira. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a dezembro indicam que a Euribor a seis meses representava 37,64% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,69% e 25,6%, respetivamente.
  • Em sentido contrário, no prazo de 12 meses, a taxa Euribor subiu esta terça-feira para 2,444%, mais 0,020 pontos.
  • A Euribor a três meses também avançou esta terça-feira, ao ser fixada em 2,516%, mais 0,006 pontos que na segunda-feira.

A taxa Euribor a três meses entra no cálculo da taxa base dos Certificados de Aforro, que é determinada mensalmente no antepenúltimo dia útil de cada mês, para vigorar durante o mês seguinte, e que não pode ser superior a 2,50% nem inferior a 0%.

A taxa de juro bruta para novas subscrições de Certificados de Aforro, Série F, foi fixada em 2,500% em janeiro de 2025.

Em termos mensais, a média da Euribor em janeiro voltou a descer a três e a seis meses, mas subiu a 12 meses, pela primeira vez depois de nove meses a cair.

Enquanto a média da Euribor a 12 meses subiu 0,089 pontos para 2,525% em janeiro, as médias a três e a seis meses continuaram a cair, designadamente, para 2,704%, menos 0,121 pontos percentuais do que em dezembro, e para 2,614%, menos 0,018 pontos.

Na reunião de política monetária de 30 de janeiro e como antecipado pelos mercados, o BCE baixou de novo, pela quarta reunião consecutiva, a principal taxa diretora em 25 pontos base.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 05 e 06 de março em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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Fiscalistas criticam complexidade e burocracia do regime fiscal para novos residentes

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

A lista completa das profissões e atividades económicas elegíveis para beneficiar de uma taxa de IRS de 20% já foi divulgada e é mais restritiva do que o mecanismo anterior.

Complexo, burocrático e de difícil explicação aos potenciais interessados são algumas das desvantagens que fiscalistas ouvidos pela Lusa encontram no incentivo fiscal à investigação científica e inovação (IFICI), o novo regime fiscal criado para atrair profissionais de outros países.

Em causa o novo regime fiscal que veio substituir o do residente não habitual (RNH), com a inscrição a poder este ano ser feita, excecionalmente, até 15 de março para as pessoas elegíveis que tenham obtido residência em Portugal durante 2024.

Ambos os regimes contemplam a aplicação de uma taxa de IRS de 20% sobre os rendimentos de trabalho, tendo o RNH sido fechado a novas inscrições para restringir o acesso ao benefício a trabalhadores de elevado valor acrescentado em empresas que operam em atividades económicas consideradas como relevantes para a economia nacional.

A lista dos profissionais e das atividades económicas elegíveis já é conhecida, tendo o processo ficado concluído com a publicação de avisos do IAPMEI – Agência para a Competitividade e Inovação e da AICEP – Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal.

Ainda que considerem que as profissões e atividades listadas tenham vindo alargar o universo de potenciais beneficiários, os fiscalistas continuam a considerar o IFICI restritivo.

João Magalhães Ramalho, do departamento fiscal da Antas da Cunha Ecija, aponta logo o facto de a inscrição no IFICI depender de diversos requisitos, como seja, o perfil e natureza da atividade das entidades empregadoras, o histórico académico e profissional do contribuinte, e a natureza da profissão a exercer.

“Além do mais, o direito a ser tributado pelo IFICI depende, em cada ano, de o contribuinte continuar a auferir rendimentos resultantes do exercício das atividades relevantes (não podendo a interrupção ser superior a seis meses)”, acentua, defendendo que Portugal trocou uma “ferramenta competitiva e testada” por um regime “muito complexo e que compara mal face a outros regimes especiais europeus”.

Luís Leon, da consultora Ilya, também aponta ao facto de o IFICI exigir um “duplo critério – entidade empregadora elegível e profissão elegível -, tornando-o “muito mais restritivo”, além de excluir todos os pensionistas.

Antecipando vários problemas, Luís Leon considera que não se aprendeu nada, apontando os três anos (entre 2009 e 2012) necessários para o RNH funcionar. Como exemplos de detalhes que não estão explicados e que, acredita, irão complicar as inscrições no regime, refere as sociedades unipessoais, considerando que não é claro se são elegíveis.

Em paralelo, afirma, falta menos de um mês para as pessoas se poderem inscrever, mas a plataforma para o fazerem ainda não existe.

Já Nuno de Oliveira Garcia, responsável pela área fiscal da GAP em Portugal, vê estas restrições como positivas, considerando que a forma como está desenhado minimiza os riscos de atrair para Portugal investimentos “vazios de valor acrescentado”, uma vez que “depende da qualidade de trabalhador/gerente para ser atribuído”, além de permitir decrescer os custos de regresso dos emigrantes portugueses.

Patrick Dewerbe, da CMS Portugal, tem reservas: “15 anos depois da aprovação do RNH passamos de um regime simples e fácil de aplicar, para um regime que é complexo e difícil de explicar aos potenciais candidatos”.

Notando que parece pensado apenas na perspetiva das empresas que querem contratar talento, Patrick Dewerbe assinala que, por vezes, “o talento vem primeiro” que não se lhe deve fechar a porta.

Nuno de Oliveira Garcia assinala ainda que no que à parte fiscal diz respeito, o novo regime apresenta as mesmas taxas, mas, sem as mudar, “acabou por isentar uma série de realidades que no regime do RNH eram tributadas”.

Neste contexto, refere, o IFICI “não tem em consideração os tratados internacionais portugueses, tendo potencial para levar à denúncia dos mesmos pelos outros Estados como já aconteceu com a Suécia” e “aumenta as desigualdades de tratamento em sede de IRS”, privilegiando “a isenção dos rendimentos de capitais colocando mais encargos nos rendimentos de trabalho”.

De referir que é necessário não ter sido residente fiscal em Portugal nos cinco anos anteriores à inscrição no IFICI para se poder beneficiar deste regime, pelo que, tal como sucedia com o RNH, os emigrantes que tenham saído de Portugal (e mudado a residência fiscal) há mais de cinco anos, são elegíveis.

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Rússia aceita adesão de Kiev à UE mas não à NATO

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

Moscovo considera que a integração da Ucrânia na NATO, ou de qualquer outro país que se encontre na zona de influência russa, é uma linha vermelha.

A Rússia reconhece o direito da Ucrânia de aderir à União Europeia (UE), mas não à Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla inglesa), afirmou esta terça-feira o porta-voz do Kremlin (presidência russa).

“No que diz respeito à adesão da Ucrânia à UE, trata-se de um direito soberano de cada país”, disse Dmitri Peskov na conferência de imprensa telefónica diária, citado pela agência francesa AFP.

Peskov referiu que “ninguém tem o direito de ditar as regras a outro país”, mas considerou ser “completamente diferente quando se trata de questões de segurança e alianças militares”.

“A nossa abordagem neste domínio é diferente e bem conhecida”, acrescentou.

Moscovo considera que a integração da Ucrânia na NATO, ou de qualquer outro país que se encontre na zona de influência russa, é uma linha vermelha.

Em dezembro de 2021, quando o mundo ocidental se tentava mobilizar para impedir a invasão da Ucrânia, Moscovo enviou aos Estados Unidos uma série de exigências, descritas como “garantias de segurança” para a Rússia.

Um ponto central foi o desejo de congelar a geografia da NATO em 1997, com o acordo NATO-Rússia e antes da vaga de alargamento da aliança a Leste.

A Rússia queria impedir os aliados que colocaram soldados e armamento nos países que pertenceram à União Soviética que entretanto aderiram à NATO, exigindo a retirada das tropas já estacionadas nesses países.

Rússia e Estados Unidos estão reunidos esta terça-feira em Riade para discutir a relações e as opções para pôr fim à guerra na Ucrânia.EPA/GAVRIIL GRIGOROV / SPUTNIK / KREMLIN POOL

A lista inclui os Estados Bálticos e a Polónia, que fazem fronteira com a Rússia, e a Roménia e a Bulgária, na fronteira com o Mar Negro.

Em relação à Ucrânia, exigiu uma garantir em forma de tratado de que o país, bem como a Geórgia, nunca seria membro da NATO.

As exigências foram recusadas e a Rússia invadiu a Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022.

Peskov também reafirmou que o Presidente russo, Vladimir Putin, está disposto a negociar com Volodymyr Zelensky, mas questionou a legitimidade do atual líder ucraniano para assinar acordos entre as duas partes.

Segundo Putin, Zelensky deixou de ser um presidente legítimo em maio de 2024 por não ter convocado eleições presidenciais quando o mandato de cinco anos expirou, algo que Kiev rejeita categoricamente.

A lei marcial em vigor na Ucrânia desde fevereiro de 2022 devido à invasão russa exclui a realização de eleições.

Funcionários e órgãos de comunicação social russos sugeriram a opção de Zelensky participar nas negociações, mas não assinar os documentos resultantes, segundo a agência espanhola EFE

As declarações de Peskov coincidem com o primeiro contacto direto entre representantes russos e norte-americanos em três anos de guerra, a decorrer hoje na Arábia Saudita.

Os chefes da diplomacia russa, Serguei Lavrov, e norte-americana, Marco Rubio, reuniram-se esta terºa-feira em Riade, para discutir “o restabelecimento da cooperação numa série de projetos económicos”, segundo a TASS.

“A reunião também analisará a questão da preparação para a discussão do acordo ucraniano e para a reunião dos líderes da Rússia e dos Estados Unidos”, acrescentou a agência oficial russa.

Peskov disse que ainda não há um entendimento sobre o encontro entre Putin e o homólogo norte-americano, Donald Trump, mas admitiu que poderá sair das conversações em curso em Riade.

“Talvez surjam algumas estimativas com base nos resultados das negociações desta terça-feira, mas iremos saber isso mais tarde, após a conclusão deste diálogo”, afirmou.

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Trump deitou por terra “relação de confiança” entre Bruxelas e EUA, diz Teresa Ribera

  • ECO
  • 18 Fevereiro 2025

Responsável pela pasta da Concorrência na União Europeia defende que Bruxelas se deve concentrar em oferecer previsibilidade e estabilidade.

A vice-presidente da Comissão Europeia e responsável pela pasta da Concorrência, Teresa Ribera, disse que o Presidente dos Estados Unidos deitou por terra o “relacionamento de confiança” entre Bruxelas e Washington e defendeu que o bloco regional se deve concentrar em oferecer previsibilidade.

Em declarações à Reuters, Teresa Ribera defendeu que, embora a Europa precise de negociar com a Casa Branca e de ouvir as suas preocupações sobre comércio, não deve ser pressionada a fazer mudanças em leis que foram aprovadas pelos legisladores.

Precisamos ser flexíveis, mas não podemos transacionar direitos humanos nem vamos transacionar a unidade da Europa, e não vamos transacionar democracia e valores“, afirmou.

Teresa Ribera considerou que se existem problemas, os Estados Unidos devem identificá-los, mas “não é com intimidação” que se irá resolver, numa alusão às tarifas comerciais anunciadas por Donald Trump.

O Chefe de Estado norte-americano anunciou a imposição de tarifas de 25% sobre aço e alumínio a partir de 12 de março, tarifas recíprocas a partir de abril e tarifas autónomas sobre carros, produtos farmacêuticos e chips dos semicondutores.

De acordo com a Reuters, a responsável comunitária considerou que existe falta de certeza e previsibilidade do outro lado do Atlântico em comparação com a Europa. “Não vejo nenhuma previsibilidade, estabilidade ou viabilidade nesses anúncios, o que é um pouco chocante“, disse.

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Como acelerar os megaprocessos? Magistrados lançam propostas

O grupo de trabalho “Megaprocessos e processo penal: carta para a celeridade e melhor justiça” apresenta esta terça-feira as suas conclusões sobre os desafios e soluções para casos complexos.

Limitar a instrução ao debate instrutório e respetiva decisão, permitir o recurso a inteligência artificial para elaborar acórdãos, criação do assessor virtual para juízes, assessores técnicos privativos para juízes nos megaprocessos, taxas de justiça mais altas para os megaprocessos, multas contra “as demoras abusivas dos processos”, criação de equipas especiais de funcionários judiciais, tradução imediata de testemunhos ou peças processuais que não sejam em português, peças processuais distribuídas por módulos e salas de audiência com computadores, monitores e sistemas de som adequados.

Estas são as principais alterações propostas pelo grupo de trabalho “Megaprocessos e processo penal: carta para a celeridade e melhor justiça”, que apresenta esta terça-feira as suas conclusões sobre os desafios e soluções para a tramitação dos chamados “megaprocessos”, apesar de ter alargado o estudo aos processos penais, no geral. A apresentação conta com a presença do presidente do Supremo Tribunal de Justiça e do Conselho Superior da Magistratura (CSM). Este relatório resulta de um ano de trabalho dedicado à análise das razões para a morosidade dos megaprocessos e à proposta de soluções para tornar a justiça penal mais célere e eficiente. As suas conclusões foram recentemente apresentadas ao Plenário do CSM e remetidas à ministra da Justiça.

O grupo inclui seis juízes e Rui Cardoso, procurador-geral adjunto e atualmente diretor do DCIAP e é coordenado por Helena Susano, atualmente a magistrada responsável pelo julgamento do caso BES/GES, que julga Ricardo Salgado, ex-homem forte do BES.

Todos devem ser chamados, pois, a concorrer para a eficácia e eficiência da Justiça, aportando, objetivamente, ao nível do articulado e do texto, o seu contributo facilitador para o resultado final: a clareza, a transparência e a evidência da sua perspetiva quanto à matéria a decidir”, pode ler-se nas conclusões do relatório. “O tempo excessivo é inimigo da aplicação da Justiça, quer na perspetiva da acusação, quer na da defesa de boa-fé, que se deseja. Há, pois, que conjugar esforços, desenhando comportamentos processuais que impeçam que o processo seja, não um fio processual linear e escorreito, que compõe a tarefa no seu tempo razoável e útil, mas um emaranhado de fios que se entrelaçam e enodam, impedindo que o julgador, qual tecelão diligente, cumpra o desiderato que é a decisão final”.

Cerimónia de abertura do ano judicial 2020 - 06JAN20

Alterações na fase da instrução e porquê?

O grupo de magistrados alerta para o facto da fase de instrução muitas vezes servir para produzir a contraprova reunida no inquérito, com violação do objetivo inicial para a qual foi criada, o que resulta, nos processos de excecional complexidade, “adurações excessivas e à alocação de meios humanos e materiais que não lhe deveriam estar afetos”.

A instrução é uma fase facultativa do processo penal, que tem lugar após o encerramento do inquérito. Pode preceder o julgamento, se houver despacho instrutório de pronúncia. Pode fazer terminar o processo, se houver despacho de não pronúncia. Tem como finalidade verificar se a acusação ou o arquivamento se justificavam.

Por isso, propõem a restrição dos atos de instrução ao debate instrutório, com a possibilidade excecional de produção de prova mas apenas em situações concretas. “Com efeito, são variados os procedimentos judiciais que a conformaram numa fase meramente contraditória à do inquérito, com produção de prova ex novo, cujo escopo é o de contraditar os factos apurados em inquérito, com a perversidade processual que resulta da observância do princípio da imediação, perante o decisor, apenas quanto a essa nova prova”, Os juízes defendem que muitas vezes é usada como um pré-julgamento, “distorcendo a sua finalidade de confirmação da decisão de acusar ou de arquivar com base na prova adquirida em inquérito, o que, em rigor, se não consente na estrutura conceptual do nosso processo penal. Em concreto:

  • Consagra-se que a instrução será constituída apenas pelo debate instrutório, que deve ser agendado no despacho que admite o requerimento de abertura da instrução. E é nesse debate que se praticam os atos excecionais de produção de prova, se se justificarem;
  • Sinalizando-se de que não se trata de uma fase de contraprova da prova já adquirida, “mas tão-só, se necessário e nessa exata medida, da complementação desta última, para habilitar o julgador a ultrapassar a sua dúvida com vista à boa decisão da causa”.
  • Deixa-se, a título excecional, a possibilidade, seja pela natureza do ato, seja por outro motivo justificado, de que essa produção seja prévia ao debate instrutório.
  • Passa-se a prever a possibilidade de o despacho de pronúncia ou de não pronúncia ser notificado aos sujeitos processuais, sem obrigatoriedade de agendar diligência de leitura, o que não obsta a que o juiz, se o entender conveniente, a agende.
  • Deve então manter a instrução, mas limitando-a à discussão de questões de direito que tenham a virtualidade de evitar que o arguido vá a julgamento, e bem assim à análise da prova indiciária que sustenta a acusação ou que determinou o arquivamento;
  • Entende-se que o processo pode seguir para julgamento, mesmo no caso de alteração substancial de factos, permitindo ao arguido um prazo razoável para se defender, mais dilatado. Dizem os magistrados que se trata “de verdadeira alteração de factos (ainda que substancial) e não de um objeto processual (verdadeiramente) novo. Neste último caso só uma investigação do Ministério Público seria legítima”.

Quais as principais soluções propostas?

  • Com o objetivo de munir o sistema processual penal de mecanismos que permitam contrariar a dedução, na fase de recurso, de requerimentos e incidentes manifestamente infundados, utilizados como estratégia para evitar o cumprimento julgamento ou do trânsito em julgado, importa-se para o processo penal “a figura da defesa contra as demoras abusivas consagrada no artigo 670.º do Código de Processo Civil”. Pode assim o juiz condenar o visado no pagamento de uma soma entre 2 e 100 Unidades de Conta (UC). Ou seja, de cerca de 200 euros a 100 mil euros;
  • Aumentar os limites máximos da taxa de justiça em processo penal a pagar, com o objetivo de ajustar a tributação ao custo efetivo e às particularidades de cada processo de especial complexidade. Os limites mínimos devem permanecer inalterados;
  • Afetação de funcionários mais competentes e com mais experiência aos processos de especial complexidade, através da criação de equipas com preparação para o exercício de funções nesse contexto, a servirem o processo em exclusividade;
  • Valorização da cultura da síntese e clareza na redação das peças processuais e nas decisões judiciais;
  • Sistema automatizado de tradução de documentos que garanta a produção imediata de traduções, sem a demora e custos inerentes à contratação de profissionais para o efeito;
  • Interpretação linguística em tempo real, solução já em funcionamento noutros países como a Suécia, permitindo que, em audiência ou outra diligência processual, os participantes se exprimam na sua própria língua, podendo os restantes visualizar a interpretação em tempo real;
  • Criação do assistente virtual do juiz, que permita a recolha e agregação da informação relevante para a realização da decisão judicial, sobretudo no que toca a tarefas instrumentais que atualmente condicionam o seu tempo de execução. Em concreto, no quotidiano do juiz, há tarefas que podem ser realizadas de forma automatizada e que não requerem as especiais qualificações do magistrado;
  • Ferramentas de pesquisa para o juiz e assessores, com sistemas de inteligência artificial transparentes, rastreáveis e suscetíveis de serem controlados, permitindo pesquisas avançadas (isto é, não se cingindo à pesquisa por termos, datas ou códigos), através da interpretação dos elementos processuais, perceção do respetivo contexto e estabelecimento de relações entre os mesmos;
  • Novo modelo de elaboração e apresentação de peças processuais de elevada dimensão (acórdãos e decisões instrutórias), que permita a sua decomposição por módulos, de forma a simplificar a sua construção, bem como a comunicação ao cidadão;
  • Equipamento das salas de audiência com computadores, monitores e sistemas de som adequados, bem como de telemóveis capazes de estabelecer ligação com intervenientes processuais;
  • Disponibilização de computadores ágeis e ecrãs múltiplos aos magistrados, possibilitando a eficiente execução das aplicações informáticas e a consulta de processos em formato digital, com a ligação dos meios de prova;
  • Assessoria jurídica: Os juízes terão de ter um assessor de ciências jurídicas privativo. Esse assessor deve, sob a supervisão do juiz, realizar tarefas de mero expediente e de gestão quotidiana, a fim de libertar o juiz para a sua função jurisdicional;
  • Torna-se possível a delegação no assessor jurídico de funções específicas relativas ao agendamento das sessões de julgamento e das inquirições de testemunhas, da organização de ficheiros de prova, de recursos pendentes ou já concluídos, listagens temáticas, mas também a elaboração de projetos de despacho ou a pesquisa da legislação, jurisprudência e doutrina necessárias à preparação das decisões judiciais;
  • Assessoria técnica de especialistas, a constarem de uma lista de assessores. O assessor técnico, com previsão expressa no Código de Processo Civil, pode ser convocado a acompanhar o juiz pontualmente ou durante a audiência de julgamento;
  • Esclarecer expressamente que o MP pode arquivar o inquérito nos crimes particulares (ponderar a descriminalização da injúria e difamação, com reforço dos meios civis);
  • Garantir que o arguido tem o direito de se sentar junto do advogado durante o julgamento;
  • Reforçar o controlo do segredo de justiça, quando seja imposto.

O grupo de trabalho é composto por Ana Paula Conceição, juíza desembargadora no Tribunal da Relação de Lisboa, António Gomes, juiz desembargador no Tribunal da Relação do Porto e membro do GATEP e do ALTEC, Graça Pissarra, juíza de direito no Tribunal de Execução de Penas de Lisboa (atualmente em comissão de serviço no CSM), João Ferreira, juiz desembargador no Tribunal da Relação de Lisboa e membro do GATEP e do ALTEC, José Carlos Ramos, juiz de direito no Tribunal Central de Instrução Criminal (atualmente afeto ao ALTEC), Rui Cardoso, procurador-geral adjunto no Tribunal da Relação de Évora (atualmente diretor do DCIAP) e Helena Susano, juíza de direito no Juízo Central Criminal de Lisboa (coordenadora do grupo de trabalho).

Estas conclusões estão alinhadas com as Grandes Opções do Plano para 2024-2028, publicadas em Diário da República em janeiro, que identificam os megaprocessos como um dos maiores desafios para a justiça penal e reforçam a necessidade de alterações legislativas para acelerar a ação dos tribunais. O programa Governo também já sublinhou a importância de reformar a fase de instrução criminal e implementar medidas que garantam maior celeridade e eficiência, como a simplificação das notificações e a gestão processual mais eficaz. O relatório final será enviado à ministra da Justiça, aos grupos parlamentares e ao presidente da Assembleia da República.

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Campo de Tiro de Alcochete vai mudar-se para Mértola

  • ECO
  • 18 Fevereiro 2025

Com a construção do novo aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete, a infraestrutura da Força Aérea deve mudar-se para o sudeste alentejano.

O campo de tiro da Força Aérea deverá sair de Alcochete para Mértola, há vários anos considerada a localização mais provável. Segundo o Jornal de Negócios, a decisão do Governo sobre a mudança da infraestrutura, para dar lugar à construção do novo aeroporto, já está tomada.

O ECO contactou o Ministério das Infraestruturas para confirmar a informação, e ainda aguarda resposta. Pelo menos desde 2007 que a zona de Mértola é apontada como destino provável do campo de tiro, nomeadamente por ter uma muito baixa densidade populacional.

Conforme a ANA aponta no Relatório Inicial entregue em dezembro ao Governo, e já confirmado pelo próprio Executivo, caberá ao Estado custear a desminagem do Campo de Tiro de Alcochete e a sua transferência para a nova localização. Uma operação que, no passado, foi orçada entre 200 a 250 milhões de euros.

O Campo de Tiro de Alcochete tem aproximadamente 7.560 hectares e é usado para instrução e treino operacional da Força Aérea. Alberga ainda a Base Aérea n.º 6, onde está sediada a frota de aviões de transporte C130 e outras aeronaves.

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UTAO alerta que proposta de excluir gastos em Defesa das regras orçamentais da UE é “perigosa”

  • ECO
  • 18 Fevereiro 2025

Rui Baleiras lembra que, independentemente da contabilidade feita por Bruxelas, os europeus terão de pagar estes gastos, seja por mais impostos, dívida ou redução da despesa.

A possibilidade avançada pela Comissão Europeia de excluir os gastos com Defesa da contabilidade para as regras orçamentais comunitárias é “perigosa”, por retirar aos cidadãos parte da noção do seu impacto financeiro para as contas públicas dos Estados-membros, alerta o coordenador da Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO), Rui Baleiras.

Criar uma exceção à regra é criar uma ilusão aos cidadãos, que terão de a pagar, seja através de impostos acrescidos no presente, seja por menor despesa ou por mais impostos no futuro para pagar dívida”, disse o responsável, em declarações ao Jornal Económico (acesso pago).

Segundo Rui Baleiras, a economia define-se por ter “recursos escassos”, pelo que “não podemos iludir a necessidade de fazer escolhas”, mesmo em cenários como o atual, em que há várias prioridades a que a Europa terá de acorrer. Por isso, lembra que “não contar para a regra [orçamental europeia] não evita que essa despesa conte para quem tem de a pagar, que são os contribuintes”.

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“Eu conto com o turismo, porque mudou Portugal para melhor”

  • Conteúdo Patrocinado
  • 18 Fevereiro 2025

Luís Garção, piloto especializado em voos turísticos, explica como é que o turismo melhorou a sua atividade profissional e também a economia portuguesa.

Luís Garção, piloto especializado em voos turísticos e acrobáticos, depende diretamente do turismo para o sucesso do seu negócio. A crescente procura por adrenalina tem impulsionado a expansão da sua atividade, atraindo visitantes de diferentes países e culturas ao longo de todo o ano. O turismo não só sustenta o seu trabalho, mas também promove uma conexão especial entre os turistas e a beleza dos céus de Portugal, garantindo momentos inesquecíveis e contribuindo para o desenvolvimento da atividade.

O que é o projeto Eu conto com o Turismo?

Um empresário do têxtil, uma varina da Nazaré, um vendedor de bolas de Berlim, a proprietária de uma loja de produtos dos Açores, um piloto de voos de recreio, uma empresária do setor vinícola… e tantos, tantos outros. Todos nós, na verdade. Todos somos beneficiários do turismo e contamos com o turismo para melhorar as nossas vidas.

O turismo tem vindo a assumir um papel crescente na economia portuguesa e é o principal responsável pela maioria dos indicadores positivos dos últimos anos. Cria emprego, anima o tecido empresarial, revitaliza as cidades.

O projeto Eu conto com o Turismo tem como objetivo dar voz a pessoas, mais e menos conhecidas, das mais variadas atividades e regiões, que, de alguma forma, beneficiam do turismo.

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Subscrição de certificados pela App CTT subiu 80% em janeiro para 600 mil euros/dia

  • Lusa
  • 18 Fevereiro 2025

Valor médio de subscrições de certificados de aforro através da 'app' (aplicação) CTT rondou os 600 mil euros em janeiro, registando uma subida de mais de 80% face ao mês anterior.

O valor médio de subscrições de certificados de aforro através da ‘app’ (aplicação) CTT rondou os 600 mil euros em janeiro, registando uma subida de mais de 80% face ao mês anterior.

Estes dados foram adiantados, em resposta à Lusa, por fonte oficial dos CTT, numa altura em que mais de 35 mil clientes associaram a sua conta aforro a esta aplicação, que foi lançada em meados de julho do ano passado e através da qual os aforristas podem fazer subscrições e consultas de saldo.

Até 31 de janeiro, o valor global de certificados de aforro subscritos através do Aforro Digital ascendeu a 40 milhões de euros, segundo a mesma fonte oficial, que acrescenta que desde o seu lançamento foram efetuadas cerca de 200 mil operações através da App CTT.

“Em operações a app representou 6,1% do total das operações nas lojas “, precisou.

Os certificados de aforro terminaram o ano de 2024 com um total de 34.743 milhões de euros investidos, sendo este o valor mais elevado de sempre.

A procura por certificados intensificou-se a partir de julho de 2022, acompanhando a subida da remuneração deste tipo de poupança na sequência da subida das Euribor.

O encerramento da série então em comercialização (E) e a abertura de uma nova (F) com uma taxa de juro menos generosa no verão de 2023, refreou a colocação de dinheiro nestes títulos de dívida pública com a queda do volume global aplicado em certificados de aforro a registar vários meses de quedas consecutivas, entre novembro daquele ano e setembro de 2024.

A situação inverteu-se no último trimestre de 2024, e os certificados de aforro voltaram a captar a atenção dos aforradores e a registar volumes mensais de entradas de dinheiro (emissões) superiores às saídas (amortizações), terminando o ano a bater novo recorde.

Esta inversão da queda coincidiu com a entrada em vigor, em 7 de outubro, de novas regras que vieram aumentar de 50 mil para 100 mil euros o limite máximo de subscrição da série F e a subida do limite máximo conjunto das séries F e E de 250 mil para 350 mil euros.

Os 34.743 milhões de euros de saldo contabilizados em janeiro traduzem uma subida de 352 milhões de euros face ao valor do mês anterior e de 684 milhões de euros face ao mês homólogo de 2023.

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