Nuno Piteira Lopes é o escolhido do PSD para concorrer à câmara de Cascais

  • Lusa e ECO
  • 23 Janeiro 2025

Atual vice-presidente no Executivo de Carlos Carreiras, Piteira Lopes aposta na continuidade, mas com "um novo ciclo, uma nova dinâmica e uma nova ambição" numa câmara que o PSD lidera há 24 anos.

O PSD já escolheu o candidato à sucessão de Carlos Carreira na Câmara Municipal de Cascais. O gestor Nuno Piteira Lopes é o nome dos sociais-democratas para as eleições autárquicas deste ano, às quais o atual autarca já não pode concorrer, por ter atingido o limite de mandatos imposto pela lei autárquica.

Piteira Lopes, vice-presidente em Cascais desde a saída de Miguel Pinto Luz para o Governo de Luís Montenegro, pretende “dar continuidade ao trabalho feito”, segundo declarações prestadas à agência Lusa.

“Este é um projeto que eu pretendo desenvolver de continuidade, com tudo o de bom que tem sido feito em Cascais e que eu tenho tido, inclusivamente, a felicidade de participar”, afirmou. A candidatura de Nuno Piteira Lopes, de 46 anos, foi homologada na terça-feira à noite pela comissão política nacional do PSD, que confirmou o nome dos primeiros 43 candidatos autárquicos.

O responsável pelos pelouros do ambiente, reabilitação urbana e polícia municipal no atual Executivo considera que “existe um trabalho que ainda não está terminado e, por isso, é preciso continuar o que tem sido desenvolvido ao longo destes últimos anos, aproveitando também o enorme legado que o próprio Carlos Carreiras nos deixa, legado esse que foi iniciado em 2001 por António Capucho”, sublinhou.

Contudo, apesar de ser uma candidatura de continuidade, o autarca assume a vontade de trazer “um novo ciclo, uma nova dinâmica e uma nova ambição. Fazer crescer Cascais em áreas tão sensíveis e tão prioritárias como a habitação pública, a saúde, lazer e bem-estar, a educação e solidariedade social e a mobilidade e infraestruturas, entre outras, mas parece-me que estas são as mais prioritárias”.

O executivo de Cascais é composto por sete eleitos (incluindo o presidente) da coligação “Viva Cascais” (PSD/CDS-PP), três da coligação “Todos por Cascais” (PS/PAN/Livre) e um do Chega.

As eleições autárquicas irão decorrer entre setembro e outubro de 2025.

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Bankinter alcança lucro recorde em 2024 e resultado cresce 18% em Portugal

O banco espanhol obteve a nível global um resultado líquido histórico de 953 milhões de euros em 2024. Em Portugal, o resultado antes de impostos aumentou 18% e atingiu 195 milhões.

O grupo Bankinter alcançou um lucro recorde de 953 milhões de euros em 2024, depois de ter aumentado o resultado líquido em 12,8% face ao ano anterior. Em Portugal, o resultado antes de impostos do Bankinter aumentou 18% e atingiu 195 milhões de euros, informou o banco esta quinta-feira num comunicado.

“O banco regista crescimentos em todas as rubricas da conta de resultados. A margem bruta, que engloba a totalidade das receitas, cresce 9,1%, com contributo crescente das operações de Portugal e da Irlanda”, destaca na mesma nota a instituição comandada por Gloria Ortiz desde março de 2024. Essa margem bruta, onde se incluem também as comissões, subiu 9,1% no ano, para 2.901 milhões, sendo que as duas geografias representaram 15% desse valor.

O Bankinter justifica ainda o bom ano com “uma forte dinâmica da atividade comercial”. “O grupo soube conjugar com êxito a evolução negativa das taxas de juro registada ao longo do ano com um crescimento dos volumes de negócio, tanto em carteira de crédito como em recursos de clientes, especialmente os geridos fora de balanço, que concluem um ano histórico”, acrescenta.

Em 2024, a margem de juros, que corresponde à diferença entre os juros cobrados nos créditos e os que pagou aos aforradores, fechou o ano com uma subida de 2,9% face ao ano anterior, atingindo 2.278 milhões de euros.

Especificamente em Portugal, a carteira de crédito do banco fechou o ano nos dez mil milhões de euros, um crescimento de 8% em 2024. “O total dos recursos de clientes alcança um valor semelhante, com um crescimento de 14%. Os recursos geridos fora de balanço mais intermediação crescem 10% para os 9.000 milhões de euros. O resultado antes de impostos do Bankinter Portugal em 2024 foi de 195 milhões de euros, mais 18% do que no ano anterior”, resume a empresa.

No final do ano passado, grupo tinha ativos totais de 121.972 milhões de euros, mais 7,9% face ao final de 2023, com a carteira de crédito a clientes a situar-se nos 80.097 milhões de euros, um crescimento de 4,2% no mesmo período. Os recursos totais de clientes cresceram 13,1%, de acordo com a companhia.

(Notícia atualizada pela última vez às 8h07)

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Na reta final, Davos ouve Trump (em vídeo) e CEO da Sonae

O presidente norte-americano é o nome em destaque esta quinta-feira. A empresária Cláudia Azevedo, que é um 'habitué' no Fórum Económico Mundial, vai discursar sobre requalificação na era tecnológica.

O Fórum Económico Mundial de Davos está a chegar ao fim, mas é na véspera do adeus à 55ª edição que intervém um dos nomes mais esperados: o novo presidente dos Estados Unidos da América. Donald Trump vai discursar, através de videoconferência, no evento onde tem sido tema de destaque, três dias depois de chegar à Casa Branca.

A conversa de 45 minutos – sem um assunto em concreto – está prevista para as 17h00 (16h00 em Lisboa) e será moderada pelo fundador e CEO do fórum, Klaus Schwab e Børge Brende. Difícil de ignorar, até porque faz parte da agenda do certame, é o reforço das tarifas – algo que a própria presidente do BCE admite que a Europa deve estar preparada para os eventuais impactos. Christine Lagarde prevê tarifas “mais seletivas, focadas”. “O que precisamos de fazer aqui na Europa é estar preparados e antecipar o que irá acontecer para responder” a estas medidas, explicou, em entrevista ao canal CNBC a partir da estância que recebe os maiores líderes mundiais esta semana.

Portugal far-se-á representar em Davos esta quinta-feira por uma das mulheres mais poderosas do país, a CEO da Sonae, Cláudia Azevedo, que dividirá o palco com o CEO da consultora Deloitte, Joe Ucuzoglu, ou ministro indiano do Desenvolvimento de Competências e do Empreendedorismo, Jayant Chaudhary, para opinar sobre “Requalificação na Era da Inteligência”.

Com as empresas a investirem atualmente mais de 240 mil milhões de dólares anualmente em Inteligência Artificial e infraestrutura digital, a falta de competências continua a ser a principal barreira para desbloquear todo o potencial da transformação digital. Que esforço de colaboração é necessário para colmatar as lacunas e obter os benefícios para a competitividade, o crescimento e a produtividade?”, lê-se no resumo da sessão.

Cláudia Azevedo é habitué nesta grande conferência. Na edição do ano passado, escolheu o palco dos Alpes suíços para defender uma reforma da subsidiarização do ensino superior e mais parcerias público-privadas para a educação dos adultos.

“O modelo tradicional de subsidiarização da educação tem mesmo de mudar. Se nos quisermos requalificar aos 30, aos 40 anos ou até 50 anos – que preciso por causa dos empregos – já não existem os subsídios públicos como temos aos 18 anos. Provavelmente, o sistema de subsidiar universidades já não funciona”, afirmou a gestora no painel “The Race to Reskill” (“A Corrida para a Requalificação”).

E em 2023, um ano em que a batalha pelos melhores talentos estava no auge, falou numa sessão chamada “Atracting Talent” (“Atrair talento”) sobre como conquistar e reter recursos humanos nas organizações. Quando as economias ainda estavam a enfrentar os efeitos da pandemia de Covid-19, em 2022 debateu sobre a hipótese de uma “Rise of the Stay-at-Home Economy” (“Ascensão da Economia que Fica em Casa”) ligada ao setor do retalho, onde a Sonae se insere, nomeadamente quais as implicações do crescimento do comércio eletrónico (e-commerce) para as comunidades, consumidores e empresas.

No ano anterior é que se debruçou sobre uma temática ligeiramente diferente: a reorientação dos conselhos de administração para o longo prazo, onde abordou como os líderes das organizações podem tentar criar um tecido empresarial mais focado no valor para os stakeholders e para o ambiente.

A 55ª edição do Fórum Económico Mundial, que decorre entre os dias 20 e 24 de janeiro, está subordinada ao tema “Collaboration for the Intelligent Age” (“Colaboração para a Era da Inteligência”) e deverá receber cerca de três mil líderes mundiais de 130 países, entre os quais 60 chefes de governo e 900 CEO ou presidentes de empresas. A CEO da Sonae, Cláudia Azevedo, vai discursar na quinta-feira às 12h15 (hora de Lisboa) sobre como se pode garantir um acesso mais equitativo aos benefícios da inteligência artificial a nível global.

A agenda de hoje terá também um especial foco na Ucrânia, contando com a ministra ucraniana da Economia, Yuliia Svyrydenko, o responsável pela pasta dos Negócios Estrangeiros e Roberta Metsola, presidente do Parlamento Europeu.

Para receber todas estas individualidades, a segurança está reforçada em Davos desde o Natal através de cerca de cinco mil membros das Forças Armadas suíças que estão destacados para evitar e responder às ameaças de violência ou terrorismo. Desta vez, o contexto meteorológico é menos severo, comparativamente ao ano passado, quando as mínimas eram de -16ºC. Até sexta-feira, esperam-se temperaturas mínimas de – 6ºC e máximas de 7ºC.

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Longe da febre dos ‘tokens’, portuguesa Realfevr está à venda

Empresa das ligas de futebol de 'fantasia' apresentou insolvência, mas está em conversas avançadas com uma tecnológica de 'gaming' para um negócio de cerca de dois milhões de euros.

Em 2022, valia 45 milhões de euros. Em 2025, está à venda por até dois milhões de euros. A empresa portuguesa Realfevr, que ganhou mediatismo com os seus NFT (tokens não fungíveis) de futebol, está em negociações avançadas para ser integrada noutra empresa do setor do jogo online (gaming), apurou o ECO. A tecnológica que conquistou investidores norte-americanos está pronta para renascer das cinzas à medida que as criptomoedas voltam a valorizar.

A empresa de blockchain (Web3) ligada ao desporto encaixou mais de 12 milhões de euros entre 2021 e 2022, em rondas de investimento de capital de risco através das sociedades de venture capital, como a norte-americana ADvantage, as portuguesas Semapa Next, Shilling Capital Partners e Apex Capital, também a SportMultimédia, a Moonrock Capital e a Morningstar Ventures e alguns jogadores profissionais, inclusive Sérgio Oliveira (Galatasaray) e Xeka (Estoril).

O ECO sabe que o CEO, o ex-presidente da Associação Portuguesa de Blockchain e Criptomoedas (APBC) Fred Antunes, cessou funções no final de agosto e que o CEO da Semapa Next, Hugo Augusto, também saiu da gestão e não se encontra no conselho de administração da Realfevr desde setembro. Contactado pelo jornal, Fred Antunes não quis fazer comentários.

A Realfevr operava no mercado dos NFT (tokens não fungíveis ou Non-Fungible Tokens), que arrefeceu nos últimos anos, e acabou por levar a que a empresa se apresentasse à insolvência no Tribunal Judicial da Comarca de Lisboa Oeste – Unidade Central de Sintra, no início de setembro. Até porque existia um acordo parassocial que bloqueava a recapitalização da empresa.

Agora, o registo de falência permite que a transação ocorra sem ser necessário a aprovação por unanimidade da estrutura acionista. Certo é que os jogos da marca continuam disponíveis online, embora as funcionalidades da plataforma não estejam a ser desenvolvidas devido às mudanças societárias.

Fred Antunes, ex-CEO da RealFevr

 

O interesse neste tipo de investimento deve-se à recuperação dos ativos digitais, que se inspira no outro lado do Atlântico. O setor está a tentar reconstruir-se à boleia dessa valorização, desvinculando-se mais dos NFT – obras de arte (e não só) virtuais, cujo ímpeto aconteceu há cerca de três anos.

Ainda esta semana houve mais um movimento de consolidação com a venda da norte-americana das cripto Hashnote, que controla cerca de 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros) em ativos, à Circle.

Setor dos ativos digitais renasce pós-Trump

No dia da tomada de posse do 47º presidente dos Estados Unidos, fervoroso adepto das moedas virtuais, a bitcoin atingiu um recorde de 109.071 dólares (104.512 euros à cotação), pouco mais de um mês após chegar à marca dos 100 mil dólares (95,8 mil euros) pela primeira vez. Por volta das 15h25 desta terça-feira, a Bitcoin subia 1,40% 104,834.15 dólares.

Tanto na segunda-feira como em dezembro essas valorizações não foram em vão: além da chegada do ‘presidente cripto’ à Casa Branca, tornou-se oficial que o republicano Paul Atkins – também entusiasta das criptomoedas – seria nomeado para liderar o regulador SEC (Comissão de Valores Mobiliários). No entanto, enquanto não houver votação no Senado, o também republicano Mark Uyeda está a assumir a presidência interina da autoridade que supervisiona os mercados de capitais nos EUA.

A Realfevr ficou conhecida quando começou a fechar parcerias importantes ligadas ao jogo eletrónico, inclusive com a Playstation, e em 2021 criou o primeira loja online de NFT de vídeo de futebol e assinou acordos de propriedade intelectual com organizações desportivas, entre as quais a Liga Portugal, Federação Portuguesa de Futebol, Torino FC e Beach Soccer Worldwide, e até com atletas. Também esteve por detrás das ‘Fantasy Leagues’, que terminaram na plataforma no verão passado, gerando uma série de dúvidas que levaram a comentários na rede social Reddit.

Apesar de a Realfevr não ter operação comercial ativa neste momento, e de a casa-mãe Fantasy Revolution estar insolvente, como confirmou o Eco através de bases de dados empresariais, a empresa continua com a titularidade do software que lhe permite desenvolver esta indústria do gaming, o que desperta o interesse de outras empresas da área.

“Fundada em 2015, a missão da RealFevr é revolucionar completamente o ecossistema NFT desportivo, combinando tecnologia inovadora e descentralização de blockchain, além da exclusividade de colecionáveis em formato de vídeo, cuja utilidade vai além da perspetiva do mero colecionador, pois também serão itens jogáveis nos próximos jogos Web3”, sintetizam os investidores da ADvantage, apoiada pela Adidas, sobre a participada.

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O dia em direto nos mercados e na economia – 23 de janeiro

  • ECO
  • 23 Janeiro 2025

Ao longo desta quinta-feira, 23 de janeiro, o ECO traz-lhe as principais notícias com impacto nos mercados e nas economias. Acompanhe aqui em direto.

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Restalia lidera as vendas de cerveja com mais de 250 milhões de litros servidos nos seus 25 anos de história

  • Servimedia
  • 23 Janeiro 2025

Os dados relativos ao consumo de cerveja nos estabelecimentos da Restalia revelam um crescimento notável do consumo médio por estabelecimento de mais de 20% em relação a 2023.

A Restalia encerrou o ano de 2024 consolidando a sua posição de referência no mercado da cerveja, uma vez que os números mostram um aumento significativo do consumo global de cerveja, atingindo os 22 milhões de litros vendidos nos seus estabelecimentos no último ano, informou a empresa na quinta-feira.

O consumo médio por estabelecimento também registou um crescimento notável de mais de 20% em relação a 2023 e as suas vendas de cerveja equivalem a 1% do total de cerveja consumida anualmente em Espanha no canal Horeca. “A aposta firme, desde as suas origens, nos jarros de vidro com cerveja gelada foi sempre um elemento diferenciador dentro do segmento de restauração de serviço rápido, melhorando a experiência de consumo, o que lhe valeu a confiança dos clientes ao longo de 25 anos. Não é em vão que, em 25 anos de história, a empresa já vendeu mais de 250 milhões de litros de cerveja”, refere a empresa.

A Restalia, liderada pelo seu “porta-estandarte” ‘100 Montaditos’, “tornou-se assim um dos principais atores da cena cervejeira no nosso país. As suas já lendárias canecas Sancho e Quijote e as suas atrativas promoções transformaram os pontos de venda 100 Montaditos numa referência para o consumo de cerveja”, acrescenta.

A empresa prevê igualmente continuar a liderar e a aumentar as vendas de cerveja nos seus pontos de venda e atingir 25 milhões de litros até 2025. Estes números são ainda mais ambiciosos no seu plano estratégico a 5 anos que, juntamente com o seu plano de expansão, prevê atingir 160 milhões de litros servidos nos próximos cinco anos.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 23 Janeiro 2025

Em dia de reunião de Conselho de Ministros, o Alojamento Local será tema de debate na AR. Lá fora, Donald Trump junta-se remotamente ao Fórum Económico Mundial, onde vai discursar a CEO da Sonae.

Em dia de reunião do Conselho de Ministros, o Alojamento Local será tema de debate em São Bento e a Associação Automóvel de Portugal (ACAP) faz o balanço anual do mercado automóvel. Lá fora, o novo Presidente dos Estados Unidos junta-se remotamente ao Fórum Económico Mundial de Davos, onde a CEO da Sonae, Cláudia Azevedo, vai falar sobre a escassez de competências para impulsionar a transformação digital.

Reunião do Conselho de Ministros

Destaque esta quinta-feira para a reunião do Conselho de Ministros, na residência oficial do primeiro-ministro, em Lisboa, às 9h30. Cerca de meia hora antes, Luís Montenegro vai receber representantes da comunidade ucraniana em Portugal.

Alojamento local sob escrutínio no Parlamento

O Parlamento vai apreciar o regime jurídico dos estabelecimentos de alojamentos local (AL) aprovado pelo Decreto-Lei n.º 128/2014, de 29 de agosto, que revoga medidas no âmbito da habitação, a pedido do Partido Socialista. O Bloco de Esquerda vai mais longe ao apresentar um projeto de resolução para cessar a vigência do decreto.

Trump junta-se remotamente a Davos

O novo Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Donald Trump, vai juntar-se remotamente ao Fórum Económico Mundial de Davos nesta quinta-feira, penúltimo dia do evento que deverá contar com a participação de outros membros da nova administração norte-americana, mas não está ainda confirmado se um dos responsáveis será o empresário Elon Musk.

CEO da Sonae discursa em Davos

A CEO da Sonae, Cláudia Azevedo, vai também discursar no encontro anual do Fórum Económico Mundial. Será oradora no painel “Reskilling for the Intelligent Age” (“Requalificação para a Era Inteligente” em português, referindo-se a Inteligência Artificial). O foco do painel estará em debater formas de ultrapassar o que o fórum diz ser o principal obstáculo à libertação de todo o potencial da transformação digital – a falta de competências.

ACAP faz balanço anual do mercado automóvel

A Associação Automóvel de Portugal (ACAP) faz, em conferência de imprensa, o balanço anual do mercado automóvel esta quinta-feira. A ACAP já tinha adiantado que o país tinha produzido 332.546 veículos no ano passado, um crescimento de 4,5% em termos homólogos. Aliás, 2024 foi o segundo melhor ano de sempre para a produção automóvel doméstica, depois dos 345.688 automóveis produzidos em 2019.

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IGNITE teve um impacto em mais de 30 000 alunos e professores através dos seus programas pós-escolares e da ferramenta de IA IGNITE Copilot em 2024

  • Servimedia
  • 23 Janeiro 2025

A IGNITE, empresa do setor edtech espanhol consolidou a sua posição na educação de língua espanhola através de dois pilares fundamentais: programas pós-escolares STEM e a IGNITE Copilot.

Com mais de uma década de experiência, o IGNITE Serious Play oferece programas pós-escolares que integram ciência, tecnologia, engenharia, arte e matemática (STEAM). Estas atividades promovem competências críticas nos alunos, preparando-os para os desafios do século XXI. O IGNITE Serious Play encerrou 2024 com um volume de 8.150 alunos recorrentes todas as semanas nas escolas ou online.

Em 2024, o IGNITE voltou a colaborar com a Fundação Pfizer no desenvolvimento e execução do projeto Guardiões da Saúde 2030, uma iniciativa educativa focada na promoção de hábitos saudáveis e dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável nas escolas de Espanha.

O programa Guardiões da Saúde 2030, destinado a estudantes do ensino primário e secundário em toda a Espanha, combinou atividades práticas e workshops interativos com conteúdos inovadores, integrando os princípios da aprendizagem baseada em projetos (PBL) e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). A edição de 2024 do projeto teve impacto em mais de 10 000 alunos, que participaram ativamente em desafios concebidos para incentivar o seu envolvimento nos cuidados de saúde, tanto a nível pessoal como comunitário. O sucesso do projeto foi reconhecido com o prémio de Melhor Iniciativa de Educação para a Saúde, destacando a sua abordagem inclusiva e inovadora e o seu contributo para a educação holística.

PROFESSORES

Em 2024, o IGNITE lançou o projeto de inovação IGNITE Copilot, uma aplicação de Inteligência Artificial concebida para auxiliar professores e centros educativos na criação de conteúdos didáticos. Esta ferramenta permite gerar projetos, situações de aprendizagem e avaliações personalizadas, otimizando o tempo de preparação e adaptando-se às necessidades específicas de cada sala de aula.

O IGNITE Copilot foi desenvolvido por uma equipa multidisciplinar que inclui doutores em didática, engenharia e filosofia, garantindo uma aplicação transversal e detalhada, criada por e para professores. Desde o seu lançamento, foi adotada por mais de 13.000 professores em Espanha e no México, que destacam a sua capacidade de reduzir o tempo gasto em tarefas administrativas e de se concentrar na aprendizagem baseada em competências.

Ignacio Aso, CEO da IGNITE, destacou o papel da empresa como referência na transformação educativa e afirmou que “a IGNITE continua o seu compromisso com a inovação educativa, integrando tecnologias emergentes e metodologias pedagógicas avançadas para enriquecer a experiência de ensino e aprendizagem no ambiente escolar”.

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“Relacionamento económico entre Portugal e EUA tem sido mais ou menos imune às mudanças de administração”

  • ECO
  • 23 Janeiro 2025

A relação económica entre os Estados Unidos e Portugal foi o mote da conversa com os responsáveis da AmCham. Chegada de Trump ao poder traz ameaças mas também oportunidades.

As relações entre Portugal e os Estados Unidos têm vindo a consolidar-se ao longo dos anos, mantendo-se sólidas apesar das mudanças na Casa Branca. O regresso de Donald Trump ao poder não deverá alterar essa dinâmica.

Esta foi a principal ideia deixada na conversa com António Martins da Costa, Presidente da AmCham – Câmara de Comércio Americana em Portugal, Paulo Teixeira, CEO da Pfizer Portugal e presidente da Comissão Especializada de Saúde da Amcham, e João Bugalho, CEO do Arrow Global Group Portugal e presidente da Comissão Especializada de Imobiliário da AmCham.

Assista aqui à entrevista na íntegra:

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“Se olharmos para o histórico do relacionamento económico entre Portugal e EUA, ele tem sido mais ou menos imune às mudanças de administração americana”, referiu António Martins da Costa, sublinhando que, mesmo em cenários de mudança política, como a transição entre as administrações Obama, Trump e Biden, o crescimento do investimento e comércio com Portugal manteve-se sólido.

O presidente da AmCham antecipa uma alteração de políticas, mas considera que os gestores devem ser “de alguma forma imunes” e adaptar-se. “Nós temos que ser agnósticos relativamente à política. O que não significa que sejamos agnósticos relativamente às políticas”, diz.

António Martins da Costa, Presidente da AmCham

"Se olharmos para o histórico do relacionamento económico entre Portugal e EUA, ele tem sido mais ou menos imune às mudanças de administração americana.”

António Martins da Costa, Presidente da AmCham

Donald Trump escolheu Robert F. Kennedy Junior, um ativista antivacinas e crítico da indústria farmacêutica, para liderar o Departamento de Saúde. Paulo Teixeira não antecipa, ainda assim, mudanças substanciais. “Nós não acreditamos, independentemente daquelas que são as suas posições pessoais e aquilo que foi de alguma forma também veiculado na comunicação social durante a campanha eleitoral, que as coisas mudem naquilo que diz respeito às políticas que são implementadas“, considera.

O CEO da Pfizer Portugal salientou ainda o papel central dos Estados Unidos como motor da economia global no setor farmacêutico, enfatizando a crescente distância entre a competitividade europeia e americana. “O setor da saúde e o setor farmacêutico são dos principais motores da economia americana. O peso destes setores no mercado global aumentou nos últimos anos, muito devido à perda de competitividade da Europa”, destacou.

Os componentes para medicamentos são a categoria de produto que Portugal mais exporta para os EUA. Apesar da perspetiva de aumento das taxas aduaneiras, Paulo Teixeira acredita que os medicamentos e matérias-primas farmacêuticas não serão significativamente afetados, dado o impacto negativo que isso poderia ter nas próprias empresas americanas: “Portugal continua a aumentar as exportações neste segmento e acreditamos que esta dinâmica se manterá nos próximos anos”.

Paulo Teixeira, CEO da Pfizer Portugal

"O setor da saúde e o setor farmacêutico são dos principais motores da economia americana. O peso destes setores no mercado global aumentou nos últimos anos, muito devido à perda de competitividade da Europa.”

Paulo Teixeira, CEO da Pfizer Portugal

Muitos economistas temem que a política económica do novo Presidente dos EUA acelere a inflação e interrompa o ciclo de descida dos juros. João Bugalho, não antecipa um impacto negativo no mercado imobiliário, em particular o português. Para o CEO do Arrow Global Group Portugal, “há uma sustentação dos preços“, que resulta de um volume de procura internacional onde se destaca o mercado americano, “neste momento talvez o maior”.

“O mercado imobiliário português está top of the mind do cliente americano, muito por causa das características únicas do país, como o clima e a qualidade de vida”, afirmou João Bugalho. Apesar das limitações de escala do mercado português, sublinhou que os americanos valorizam serviços de qualidade e estão dispostos a pagar por eles, o que representa uma oportunidade transformadora para o setor imobiliário em Portugal. “Há um claro interesse por parte dos operadores locais para conseguir endereçar esse mercado e há muitos esforços a serem feitos nesse sentido”, sublinhou.

João Bugalho, CEO da Arrow Global Group Portugal

"Se alguma coisa mudar até pode ser positiva, estritamente do ponto de vista de mais americanos a virem visitar, mais americanos a comprarem a seguir à visita e mais americanos a olharem para Portugal como um país onde podem viver na reforma e ter uma qualidade de vida muito interessante.”

João Bugalho

CEO do Arrow Global Group Portugal

Como deve Portugal posicionar-se face ao novo contexto da política americana e um eventual aumento das taxas aduaneiras? António Martins da Costa destaca que para os EUA é uma mais-valia ter Portugal como parceiro transatlântico: “Portugal tem uma zona económica marítima exclusiva enorme, é um dos maiores países do mundo nesse aspeto, e os Açores representam uma ligação estratégica crucial entre os continentes americano e europeu”. O presidente da Amcham Portugal referiu também a relevância de infraestruturas como o porto de Sines, que está posicionado como uma porta de entrada na Europa para mercadorias provenientes do Pacífico, reforçando a posição de Portugal no comércio global.

António Martins da Costa destacou ainda o papel da diáspora portuguesa nos EUA. “A comunidade portuguesa é uma comunidade de grande capacidade de trabalho, de criação de riqueza. E neste momento temos uma segunda onda, que é a onda já de gestores, de académicos, de investigadores, que neste momento estão a reforçar os laços entre Portugal e os Estados Unidos”.

"A comunidade portuguesa é uma comunidade de grande capacidade de trabalho, de criação de riqueza. E neste momento temos uma segunda onda, que é a onda já de gestores, de académicos, de investigadores, que neste momento estão a reforçar os laços entre Portugal e os Estados Unidos.”

António Martins da Costa

Presidente da Amcham Portugal

Paulo Teixeira defendeu que Portugal deve fazer mais para reforçar o setor empresarial da saúde, apostando na inovação. “Falamos há anos sobre o potencial de Portugal para criar um verdadeiro ecossistema de saúde, que não só fomente a criação de empresas portuguesas, mas também atraia investimento estrangeiro”, apontou o CEO da Pfizer Portugal, lamentando a perda de tecido industrial ao longo dos anos e reiterando a importância de estratégias que recuperem e ampliem este setor.

O gestor considera que Portugal tem de reduzir os custos de contexto que o tornam menos competitivo. “Sentimos que é difícil nós conseguirmos atrair investimento e colocar Portugal no mapa, para que uma empresa americana possa olhar para Portugal”, desabafou. Paulo Teixeira apontou ainda que “Portugal demora muito tempo a conseguir aprovar a inovação terapêutica“, o que também penaliza a atração de investimento.

 

João Bugalho lamenta também os custos de contexto na habitação, mas está otimista para o mercado imobiliário. “É difícil explicar a um cliente americano porque é que uma casa demora quatro anos a fazer, mas mesmo assim há um interesse que continua a existir e uma procura sobre o produto português”.

Apesar dos desafios, todos os oradores concordaram que as relações entre Portugal e os Estados Unidos continuam robustas e prometem novas oportunidades de crescimento. Seja na saúde, no imobiliário, na tecnologia ou no comércio transatlântico, Portugal demonstra potencial para consolidar a sua posição como parceiro estratégico de um dos maiores players económicos mundiais.

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Grupo de Sintra controlado por fundos compra concorrente audiovisual Pixel Light

Controlada pelas capitais de risco Crest e HCapital, AVK consolida no setor do audiovisual com a vilafranquense Pixel Light, que fatura 12 milhões e deu som e vídeo ao Papa na Jornada da Juventude.

O ano de 2025 arranca com uma operação de consolidação relevante no setor do audiovisual. O grupo AVK, que reclama a liderança do mercado nacional na prestação de serviços para congressos e eventos corporativos, e que é controlado (76%) desde novembro de 2023 por dois fundos de capital de risco das sociedades Crest Capital Partners e HCapital, avançou para a compra da concorrente Pixel Light.

Fundada há 14 anos e especializada no comércio, aluguer e montagem de equipamentos audiovisuais, na gravação de som, vídeo e edição de música, e na produção e apoio a eventos, a Pixel Light tem sede em Vialonga, no concelho de Vila Franca de Xira, emprega mais de 30 pessoas e estava até agora nas mãos dos sócios-gerentes Tiago Correia (através da Last Planet) e Francisco Carvalho.

Após a queda a pique no primeiro ano da pandemia (2020), as vendas desta empresa que tem no currículo trabalhos com o Rock in Rio ou a produção do festival da Eurovisão em Lisboa (2018) recuperaram até 11,5 milhões de euros em 2023. Nesse ano em que lucrou 878 mil euros, destaque para o concurso público de 5,9 milhões para a Jornada Mundial da Juventude, com a adjudicação dos sistemas de áudio e vídeo, a iluminação ambiente e o respetivo abastecimento de energia para o Parque Tejo.

Caso a operação de concentração venha a ser aprovada pela Autoridade da Concorrência, que já foi notificada esta semana, a Pixel Light passa a integrar o grupo de soluções audiovisuais AVK.

Sediado em Rio de Moura (Sintra), além da empresa homónima e adquirente nesta operação, que registou lucros de quase três milhões de euros em 2023, integra também as participações na também portuguesa Euroservice e na espanhola Global Setup (Pontevedra, região da Galiza), que em setembro passou a deter a 100%.

De acordo com os dados oficiais mais recentes consultados pelo ECO, relativos a 2023, as sociedades de direito português geraram um volume de negócios conjunto próximo dos 20 milhões de euros e têm quase 200 funcionários .O negócio foi criado em 2010 por Inês Aguiar (atual presidente do conselho de administração), Jaime Alonso e Paulo Rodam.

Em 2024, a dupla de empresas registou uma faturação superior a 30 milhões de euros e fez mais de 5000 eventos.

Os fundadores continuaram com uma quota minoritária e na equipa de gestão depois da venda aos fundos (a Crest, que no verão passado comprou a bilheteira online BOL com a SIC, controla dois terços do capital), com o mandato expresso de “aprofundar a expansão geográfica” no mercado interno e “aumentar a penetração em Espanha”.

No portefólio da AVK — conta com 8.000 metros quadrados de capacidade para armazenamento, manutenção, controlo e operações logísticas — estão eventos como as últimas duas edições da Web Summit e o congresso do Partido Socialista em 2024, e empresas como Altice, Benfica, Deloitte, McDonald’s, Janssen ou Amazon, prestando atualmente assistência técnica em infraestruturas de “clientes especiais”, como o Banco de Portugal e a Federação Portuguesa de Futebol.

Contactada pelo ECO, a administradora da AVK, Inês Aguiar, escusou-se a adiantar mais pormenores sobre esta operação ou a explicar os planos para a nova empresa do grupo.

A Associação de Imagem Portuguesa (AIP) já avisou que o fim da publicidade na RTP, uma das 30 medidas do Plano de Ação para a Comunicação Social apresentado pela tutela em outubro, vai reduzir o investimento em produções nacionais e levar a perda de empregos nas produtoras, sejam elas associadas à emissora ou independentes.

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CTT enviaram plano de investimentos ao Governo para compensar utilizadores pelas falhas no correio

Obrigados a investir em melhorias por terem falhado todas as metas de desempenho em 2022, os CTT submeteram no início de dezembro uma proposta de investimentos que está a ser analisada pela tutela.

Os CTT propuseram ao Governo um plano de investimentos no início de dezembro para compensar os utilizadores do serviço postal universal por terem falhado, em 2022, todos os parâmetros de qualidade do correio. A informação foi confirmada ao ECO por fonte oficial do Ministério das Infraestruturas e ainda não há decisão final.

No âmbito do contrato de concessão, os CTT são obrigados a cumprir metas de desempenho que, até recentemente, eram as que tinham sido definidas pela Anacom em abril de 2021. Ora, em 2022, a empresa falhou o cumprimento de todos os indicadores com desvios que, num do parâmetros, foi superior a 20 pontos percentuais.

A lei prevê que o Estado pode acionar um mecanismo de compensação caso se confirme o incumprimento dos CTT num determinado ano. Essa compensação, até à renegociação da concessão, traduzia-se sempre em cortes nos preços do correio. Mas o anterior Governo socialista decidiu permitir a compensação dos utilizadores por via de investimentos.

Assim foi. O mecanismo foi acionado pelo Estado, mas, mais de dois anos depois, os utilizadores dos Correios continuam, por um lado, sem conhecer que investimentos irão ser feitos, e, por outro, sem qualquer garantia de que tais investimentos não estariam já previstos serem executados.

O ECO questionou o Ministério das Infraestruturas sobre o tema, que adiantou que os CTT “apresentaram a respetiva proposta de Plano de Investimento a 4 de dezembro de 2024”. “Este plano está em análise, tendo sido solicitada alguma informação complementar para decisão final”, acrescentou fonte oficial da tutela.

O plano será vinculativo, explica o Governo: “Todas as ações inseridas no plano de investimento, apresentado pelos CTT, e que venham a ser aprovadas, terão de ser executadas”, acrescenta o gabinete do ministro Miguel Pinto Luz.

Acontece que, em 2023, os CTT voltaram a falhar os indicadores de qualidade do serviço postal, exceto um. Abordada sobre essa questão, a mesma fonte avançou que, “quanto ao procedimento de aplicação do mecanismo de compensação relativo a 2023, este encontra-se em fase de audiência prévia”.

Por outras palavras, o Estado encontra-se no processo de acionar o mecanismo de compensação junto dos CTT pelas falhas ocorridas em 2023. Como nesse ano ainda estavam em vigor os indicadores de qualidade de 2021, a compensação terá de ocorrer por via de obrigações de investimento.

Dentro de alguns meses deverá ser apurado o desempenho dos CTT em 2024, ainda ao abrigo dos critérios antigos. Mas neste ano de 2025 já será diferente: a empresa está agora sujeita a novos indicadores de qualidade, propostos pela Anacom no final do mandato do anterior presidente João Cadete de Matos, e ligeiramente aliviados pelo atual Governo.

Com novos indicadores, volta também a estar em cima da mesa a possibilidade de compensar os utilizadores com cortes nos preços do correio caso se registem falhas após o fim do exercício, além das obrigações de investimento.

Contactada, fonte oficial dos CTT não quis fazer comentários.

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Euronext tenta atrair 18 empresas portuguesas para a bolsa

A Euronext lança mais uma edição do IPOready com número recorde de empresas nacionais de diversos setores de atividade, que agregam em média cerca de 200 milhões de euros em receitas anuais.

A Euronext anunciou esta quinta-feira o lançamento da 10.ª edição do programa IPOready, uma iniciativa que visa preparar empresas para uma potencial entrada em bolsa.

Este ano, o programa conta com um número recorde de 18 empresas portuguesas participantes que operam em setores como energia, saúde, fintech ou entretenimento e que, em média, geram receitas anuais superiores a 220 milhões de euros “e nove delas já levantaram, em média, 49 milhões de euros em financiamento de capital desde a sua criação”, refere a Euronext em comunicado.

Entre as participantes deste ano estão nomes como Agris, Cork Supply Portugal, CPO – Clínica Privada de Oftalmologia, Future Healthcare, Iberomoldes, Incentea, Joyn, Loop Future, Magycal, MCA Group, Meivcore, Stab Vida, TLG Global (Lahkani Group), TMG, Transportes Paulo Duarte, e Zagope, além de duas empresas que preferiram manter o anonimato.

O programa, que se estenderá por seis meses, oferecerá às empresas participantes um acompanhamento personalizado pela Euronext e por parceiros especialistas em Portugal, incluindo o CaixaBank BPI na área bancária, o Grupo Albion em comunicação, a EY em consultoria, e a Morais Leitão em serviços jurídicos.

A edição deste ano tem a particularidade de incluir cinco empresas (CPO-Clínica Privada de Oftalmologia, MCA, Meivcore, TLG Global e Transportes Paulo Duarte) que já integram o programa ELITE da Euronext, o que demonstra um compromisso contínuo destas empresas com o seu crescimento e preparação para o mercado de capitais.

Globalmente, a edição do IPOready de 2025 reúne um total de 160 empresas de 11 países europeus, incluindo Bélgica, França, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Países Baixos, Noruega, Polónia, Portugal, Espanha e Reino Unido.

O IPOready tem-se revelado numa plataforma relevante para as empresas que consideram abrir o seu capital em bolsa por via de uma Oferta Pública Inicial (OPI) nos próximos anos. Desde a sua criação, o programa já apoiou mais de mil participantes, resultando em 33 listagens nos mercados da Euronext. Estas empresas captaram, em conjunto, mais de 1,6 mil milhões de euros em IPO, alcançando uma capitalização de mercado combinada de quase 5,7 mil milhões de euros, segundo dados da Euronext.

No entanto, em Portugal, tanto o IPOready como outros programas desenvolvidos pela Euronext para captarem novas empresas para bolsa tem sido pouco “produtivo”. Com mais de 75 empresas participantes nas nove edições anteriores dos programas pré-IPO da Euronext, apenas foi realizado uma OPI, que remonta a 2018, por parte da Raize.

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