Aeroporto de Lisboa já é mais caro que Madrid e Barcelona. Companhias aéreas criticam proposta da ANA

Proposta da ANA para financiar a construção do novo aeroporto aumenta fosso nas taxas para Madrid, considerado o principal concorrente de Lisboa. Associação de companhias aéreas deixa crítica.

As taxas aeroportuárias em vigor no aeroporto de Lisboa já superaram as praticadas em Madrid ou Barcelona. A ANA pretende, ainda assim, subir os valores cobrados a partir de 2026 para pré-financiar a construção da nova infraestrutura no Campo de Tiro de Alcochete, o que motiva críticas da associação que representa as companhias aéreas.

Um gráfico apresentado pela ANA no Relatório Inicial sobre o novo aeroporto mostra que, num grupo comparativo de 20 aeroportos, o de Lisboa era em 2019 o segundo mais barato, à frente apenas do Aeroporto de Roma-Ciampino, o segundo mais importante da cidade italiana.

Com os aumentos de taxas entretanto ocorridos, em 2024 o Aeroporto Humberto Delgado já era o sétimo mais caro, à frente de Madrid e Barcelona, mas também de Varsóvia, Estocolmo, Dublin e Roma-Ciampino.

Comparação das taxas aeroportuárias em 20 aeroportos europeus incluída no Relatório Inicial da ANA.

A infraestrutura aeroportuária da capital portuguesa subirá ainda mais no ranking caso seja aplicada a proposta de aumento das taxas a partir de 2026, avançada pela ANA para financiar a construção do aeroporto Luís de Camões. Considerando as taxas a aplicar em 2030, Lisboa passaria a ter o 11.º aeroporto mais caro, acima também de Paris (Charles de Gaule), Genéve, Roma-Fuimucino e Copenhaga.

O fosso para Madrid-Barajas seria ainda maior, sendo que o relatório da ANA salienta que “o aeroporto espanhol pode ser identificado como o principal concorrente de Lisboa”. Acrescenta que se espera que “mantenha uma posição forte devido aos investimentos em curso em infraestruturas pela AENA e na companhia aérea pela Ibéria, sob a égide da IAG”.

A Associação das Companhias Aéreas em Portugal não deixa de manifestar, desde já, o seu ceticismo e crítica a um suposto aumento imediato das taxas reguladas, tendo em conta que o aeroporto Humberto Delgado já é, à data de hoje, uma infraestrutura com taxas mais caras do que Madrid e Barcelona.

António Moura Portugal

Diretor executivo da Associação das Companhias Aéreas em Portugal - RENA

“A Associação das Companhias Aéreas em Portugal (RENA) tomou conhecimento da proposta da ANA e da resposta do concedente, o Estado português. Este processo terá a sua evolução e na altura própria a RENA tomará a sua posição”, afirmou o diretor executivo, António Moura Portugal, ao ECO.

“No entanto, não deixa de manifestar, desde já, o seu ceticismo e crítica a um suposto aumento imediato das taxas reguladas, tendo em conta que o aeroporto Humberto Delgado já é, à data de hoje, uma infraestrutura com taxas mais caras do que Madrid e Barcelona“, acrescentou.

Já a ANA afirma no Relatório Inicial que “a proposta de revisão da regulação poderá levar a níveis de taxas aeroportuárias que, embora possam impactar a procura, continuam dentro da faixa de valores praticados em aeroportos comparáveis na Europa“.

Para pagar o financiamento para a construção do novo aeroporto, que tem um custo estimado de 8,5 mil milhões de euros, e manter a rentabilidade, a ANA propõe alargar a concessão por mais 30 anos, até 2092, e aumentar de forma significativa as taxas aeroportuárias, começando já no próximo ano.

No Relatório Inicial, a concessionária propõe que entre 2026 e 2030 ocorra um aumento anual igual à inflação acrescido de 9,8%. Ora antes de 2030 não arrancará a construção do Luís de Camões. A ANA diz que este pré-financiamento é necessário para acautelar as necessidades que “serão consideráveis durante a fase de construção”.

A concessionária pretende também tirar do contrato de concessão a limitação que impede que as taxas aeroportuárias sejam mais de 15% superiores à mediana dos valores praticados por um grupo de 12 aeroportos europeus. Uma disposição que visa garantir que a Portela se mantém competitiva face à concorrência.

O Governo confirmou na sexta-feira que pretende que a ANA prepare a candidatura para a construção do novo aeroporto de Lisboa, mas afirmou ter “dúvidas substanciais” sobre várias matérias, entre elas o modelo de alteração das taxas aeroportuárias.

A empresa detida pela francesa Vinci terá agora de promover uma consulta às companhias aéreas e outras partes interessadas e elaborar um relatório síntese no prazo de seis meses.

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5 coisas que vão marcar o dia

  • ECO
  • 22 Janeiro 2025

Leitão Amaro é ouvido no Parlamento sobre a nomeação do secretário-geral do Governo e Miguel Pinto Luz sobre a lei dos solos. IGCP avança com primeira operação de recompra de dívida do ano.

No dia em que António Leitão Amaro vai ao Parlamento falar sobre a nomeação do secretário-geral do Governo e respetiva equipa, Miguel Pinto Luz é ouvido sobre as mudanças à lei dos solos. O IGCP realiza um leilão de recompra de obrigações do Tesouro, naquela que é a primeira operação deste ano, e o Banco de Portugal divulga dados referentes a novembro de 2024 do endividamento do setor não financeiro. A nível europeu debate-se a presidência polaca do Conselho da União Europeia.

Leitão Amaro explica nomeação do secretário-geral do Governo

O ministro da Presidência, António Leitão Amaro, vai hoje ao Parlamento ser ouvido sobre a nomeação do secretário-geral do Governo e respetiva equipa. Em causa está sobretudo a alteração às regras do salário deste cargo para permitir um salário superior ao do primeiro-ministro, numa polémica que começou com a indicação inicial de Hélder Rosalino para o cargo e da sua posterior desistência após a polémica em torno da sua remuneração.

IGCP avança com primeira operação de recompra de dívida do ano

Esta quarta-feira, a Agência de Gestão da Tesouraria e da Dívida Pública realiza também um leilão de recompra de obrigações do Tesouro, a primeira operação deste ano. O foco da equipa ainda liderada por Miguel Martín estará na linha obrigacionista com vencimento a 15 de outubro deste ano, que atualmente conta com um saldo-vivo de 14,6 mil milhões de euros. Esta é uma das duas obrigações do Tesouro que irão vencer este ano – a outra atingirá a maturidade a 23 de julho e apresenta um saldo-vivo de mil milhões de euros.

Miguel Pinto Luz ouvido no Parlamento sobre lei dos solos

Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e Habitação, também vai ao Parlamento, a requerimento do BE, para ser ouvido sobre as alterações à lei dos solos. Recentemente, o Governo mostrou disponibilidade para fazer alguns ajustamentos à lei dos solos para incorporar as sugestões do Partido Socialista e, desta forma, conseguir o apoio necessário para assegurar a vigência da lei que vai ser alvo de uma apreciação parlamentar na sexta-feira. Também Isaltino Morais, a requerimento do PSD, vai ao Parlamento ser ouvido sobre o mesmo tema.

Banco de Portugal divulga dados de endividamento

O Banco de Portugal vai revelar os dados referentes a novembro de 2024 do endividamento do setor não financeiro. Em outubro, o endividamento do setor não financeiro diminuiu 0,2 mil milhões de euros, tendo o endividamento do setor público diminuído 1,2 mil milhões de euros e o endividamento do setor privado aumentado 1,1 mil milhões de euros.

Presidência polaca do Conselho da UE em debate

Os eurodeputados debatem esta terça-feira com o primeiro-ministro polaco Donald Tusk e com a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o programa da presidência polaca do Conselho para a União Europeia, que se foca na segurança do bloco comunitário, numa altura de incertezas e de desafios geopolíticos causados por conflitos.

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Netflix anuncia aumento de preços, incluindo em Portugal

Apesar do aumento registado na sua base de assinantes, a Netflix vai avançar com um aumento de preços em vários países, incluindo Portugal.

O número de assinantes da Netflix aumentou 18,9 milhões no último trimestre de 2024, superando as expetativas dos analistas e estabelecendo o número total de subscritores em 302 milhões. O crescimento, no entanto, não inibe a plataforma de streaming de aumentar os preços em alguns países, onde se inclui Portugal.

A empresa explica que, à medida que continua a investir em programação que agrade aos seus subscritores, vai aumentar os preços da maioria dos planos de subscrição nos EUA, Canadá, Argentina e Portugal.

“À medida que continuamos a investir em programação e a oferecer mais valor aos nossos membros, ocasionalmente pediremos aos nossos membros que paguem um pouco mais para que possamos reinvestir e melhorar ainda mais a Netflix”, refere a plataforma em comunicado.

Atualmente o preço de subscrição da Netflix em Portugal varia consoante o plano, entre o base (7,99 euros/mês), o standard (11,99 euros/mês) ou premium (15,99 euros/mês). Nos dois planos mais caros é possível incluir membros adicionais por mais 3,99 euros/mês. Apesar de a empresa não ter indicado a dimensão do aumento, soube-se já esta quarta-feira que, em Portugal, o aumento será entre um e dois euros mensais, consoante o plano.

A Netflix, que terminou a sessão desta terça-feira em Wall Street a valorizar acima de 1,5%, anunciou lucros por ação de 4,27 dólares, superando a previsão de Wall Street de 4,20 dólares por ação. As receitas da plataforma aumentaram 16% em relação ao mesmo período do ano passado, para os 10,2 mil milhões de dólares, superando também as estimativas de 10,1 mil milhões. Já o lucro cifrou-se em 1,9 mil milhões.

Para os resultados positivos e acima do esperado da Netflix contribuíram essencialmente, segundo a plataforma, a estreia da segunda temporada de Squid Game – que “está a caminho de se tornar uma das temporadas de séries originais da Netflix mais assistidas de sempre” –, o filme Carry-On ou a luta entre Jake Paul e Mike Tyson, que se tornou no evento desportivo mais transmitido de todos os tempos.

A empresa reviu também em alta as suas previsões para este ano, passando de 43,5 mil milhões de dólares de receita em 2025 para 44,5 mil milhões. Melhorar o seu negócio principal através de mais séries e filmes que os seus subscritores gostem, uma experiência de produto melhorada, um crescimento dos planos com anúncios e o desenvolvimento de outras iniciativas mais recentes, como a transmissão de programas ao vivo e jogos são outras das expectativas apontadas pela empresa para este ano.

(Notícia atualizada às 8h15 de 22 de janeiro para referir que o aumento em Portugal será de um a dois euros, consoante o plano)

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Freguesias só vão poder aceder ao PT2030 depois da reprogramação

"Já temos o programa minimamente desenhado com as várias áreas específicas nas quais se podem fazer as candidaturas", disse Hernâni Dias. "Mas ainda estamos a pensar incluir mais."

As freguesias só vão poder aceder diretamente a fundos europeus depois de concluída a reprogramação do Portugal 2030 e desenhado o programa, anunciou esta terça-feira ministro Adjunto e da Coesão Territorial.

“Depois de fechar a reprogramação do PRR – o trabalho de casa termina este mês –, o secretário de Estado tira um dia de folga e começa a trabalhar na reprogramação do PT2030”, gracejou Manuel Castro Almeida. “A tarefa deve demorar dois a três meses e Bruxelas tem de dar acordo e só depois podemos abrir concursos”, acrescentou o responsável.

O secretário de Estado da Administração Local, já tinha revelado na Comissão de Orçamento e Finanças, quando da discussão da proposta de Orçamento do Estado para 2025, que “o Governo estava a trabalhar para que as freguesias” pudessem “aceder ao Portugal 2030”. Em 2025 haverá essa possibilidade. “Estamos a trabalhar para que haja esse pacote financeiro e a garantir que essas verbas existem”, revelou.

Mas o programa ainda está a “ser pensado e desenhado”. “Já temos o programa minimamente desenhado com as várias áreas específicas nas quais se podem fazer as candidaturas”, disse Hernâni Dias esta terça-feira. “Mas ainda estamos a pensar poder incluir coisas que não tínhamos pensado inicialmente”, acrescentou. “Logo que tenhamos a reprogramação feita faremos tudo o resto”, concluiu.

Há muito que as freguesias reclamam acesso direto aos fundos e sentem-se penalizadas por isso. A anterior ministra da Coesão inscreveu o acordo de Parceria do Portugal 2030 a possibilidade de as freguesias serem beneficiários de fundos europeus através dos Programas Regionais.

“As freguesias têm competências próprias, que serão aumentadas com a descentralização, nomeadamente no apoio aos cidadãos através dos Espaços Cidadão, na gestão dos espaços verdes, de pequenos equipamentos para as coletividades locais, entre outras”, disse ao ECO Ana Abrunhosa, em março de 2022. “O financiamento das freguesias será para as apoiar a fazer investimentos nestas áreas de competência”, acrescentou a responsável, na altura, explicando que a ideia era “serem diretamente beneficiárias”.

Pressionado pelos deputados social-democratas para apresentar resultados nesta matéria, Castro Almeida recorreu ao humor para recordar que as “freguesias estão há mais de 40 anos à espera de ter acesso aos fundos europeus. Encontrou um Governo sensível ao tema, mas não peça demais”.

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Esta é a chave do Euromilhões. Jackpot é de 86 milhões de euros

  • ECO
  • 21 Janeiro 2025

O jackpot desta terça-feira é de 86 milhões de euros, depois de não terem sido registados vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Com um primeiro prémio no valor de 86 milhões de euros, decorreu esta terça-feira mais um sorteio do Euromilhões. O valor do jackpot subiu depois de não ter havido vencedores do primeiro prémio no sorteio anterior.

Veja a chave vencedora do sorteio desta terça-feira, 21 de janeiro:

Números: 6, 8, 14, 27 e 41

Estrelas: 4 e 5

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Afinal, administrador de insolvência da dona da Visão propõe continuidade da empresa

  • Lusa e + M
  • 21 Janeiro 2025

O parecer aponta no sentido de manter a atividade da empresa, até que possa ser votado o plano um insolvência. Até lá, a gestão volta para Luís Delgado, que injeta dinheiro para ordenados e impostos.

Afinal o administrador de insolvência da Trust in News (TiN), dona da Visão, propõe a continuidade da empresa e suspensão da liquidação da massa insolvente. Caso os credores chumbem, o caminho será a liquidação do património da insolvente e o seu encerramento. Esta informação consta do relatório do administrador de insolvência da dona da Visão, entre outros títulos, André Correia Pais, a que a Lusa teve hoje acesso.

Recorde-se que, tal como o +M avançou no dia 14, André Correia Pais, nomeado no início de dezembro administrador de insolvência da TiN, recomendou ao tribunal a liquidação da dona da Visão, da Exame, da Ativa e da Caras, no dia 8 de janeiro, uma vez que a que a empresa não gera receitas para pagar as despesas. Em simultâneo, pediu ao tribunal para que na mesma assembleia de credores de dia 29 fosse analisada a proposta de plano de recuperação que foi entregue por Luís Delgado no final de dezembro, pedido que foi indeferido.

Agora, no que respeita à solução proposta para deliberação dos credores, o administrador de insolvência apresenta dois pontos, sendo que o primeiro respeita à “continuidade da empresa e a suspensão da liquidação da massa insolvente, mediante a aprovação de um Plano de Insolvência a votar em assembleia a convocar para esse efeito“.

Até à votação do Plano de Insolvência (segundo ponto), “a administração da insolvente deve ser atribuída à anterior gerência, ainda que sujeita a fiscalização pelo aqui administrador de insolvência, nos moldes previstos no artigo 226.º do CIRE, ou como entendam melhor os senhores credores”, lê-se no documento.

O administrador de insolvência tem também indicação do sócio único da empresa que este irá colocar, antes da assembleia de credores, à disposição da massa insolvente valores que permitam liquidar de imediato dívidas vencidas. Ou seja, a administração volta a ser de Luís Delgado, com a supervisão de André Correia Pais, e ganha-se tempo para que o plano de insolvência seja apresentado e votado pela assembleia de credores. Luís Delgado transfere também para a empresa o montante para que os ordenados e impostos do mês de dezembro, ainda não saldados, sejam pagos.

De acordo com o responsável, “para apreciação pelos senhores credores estarão então dois caminhos disponíveis (que em bom rigor sempre existiram desde a data de declaração de insolvência, ainda que a via do Plano de Insolvência tivesse sido formalmente aberta apenas em finais do passado mês de dezembro)”.

Um dos caminhos é entrar em liquidação imediatamente, “encerrando a atividade do estabelecimento (ou mesmo até a mantendo no todo ou em parte desde que tal se justifique para se alcançar o objetivo de maximização do valor a obter nessa liquidação), e passando-se à fase de venda dos ativos da insolvente, podendo nesse cenário discutir-se apenas como e de que forma essa venda deverá ser concretizada”.

O outro respeita a “oportunidade [dos credores] de se pronunciarem alternativamente pela via da análise de um Plano de Insolvência (aquele já conhecido apresentado pela devedora, ou mesmo qualquer outro que possa vir a ser apresentado entretanto por qualquer outro legitimado)”.

Sobre a sua permanência com as atuais funções, André Correia Pais escreve que, “em último recurso, e caso seja essa a vontade dos senhores credores, a continuação da administração do estabelecimento pelo aqui administrador da insolvência até à data de apreciação e votação de um Plano de Insolvência, sendo que nesse sentido o aqui signatário propõe uma remuneração mensal de 8.000 euros a que deverá acrescer um montante de 500 euros para deslocações e outras despesas“. A remuneração proposta “está perfeitamente alinhada com a política remuneratória da empresa“, segundo o relatório.

“Adicionalmente, face ao aqui signatário ter tido a gestão e administração única e efetiva do estabelecimento compreendido na massa insolvente desde a data de declaração da insolvência, as condições propostas no número anterior deverão ser aplicadas com efeitos retroativos à data da declaração de insolvência, sempre e em ambas as situações as respetivas quantias a serem levantadas da massa insolvente após a autorização expressa da Comissão de Credores e condicionadas à inexistência de dívidas vencidas imputáveis à mesma”, adianta.

Caso os credores entendam que a proposta anterior não deverá ser acolhida e em caso de não aprovação do ponto um, o administrador de insolvência propõe o “prosseguimento dos autos para a liquidação do património da insolvente e, consequentemente o encerramento do estabelecimento da mesma, ainda que tal encerramento possa ocorrer em data posterior à do início da liquidação, permitindo assim, eventualmente, a manutenção de forma temporária, e se for o caso, de algumas atividades e operações que sejam indispensáveis à não deterioração do valor dos ativos apreendidos”.

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Governo acredita em acordo para “breve” com bombeiros sapadores

Este acordo vai garantir "aumentos remuneratórios consideráveis", disse Hernâni Dias, sem querer adiantar valores porque ainda não estão completamente fechados.

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial disse esta terça-feira no Parlamento que um acordo como os bombeiros sapadores está para “muito breve”.

“Ao nível da carreira de bombeiros sapadores estamos a pouco tempo de poder assinar um acordo sobre esta matéria, após feitas várias reuniões com as estruturas sindicais”, revelou Manuel Castro Almeida, na comissão de Poder Local.

A estratégia do Governo foi dar prioridade à valorização das carreiras que “há mais tempo não eram mexidas”, explicou por seu turno o secretário de Estado da Administração Local, Hernâni Dias. Desde 2002 que esta carreira não era revista, também “porque, durante algum tempo, havia falta de diálogo”, disse. Mas agora após um “conjunto de reuniões estamos em condições de brevemente chegar a acordo com as estruturas sindicais”, garantiu.

Este acordo vai garantir “aumentos remuneratórios consideráveis”, disse Hernâni Dias, sem querer adiantar valores porque ainda não estão completamente fechados.

Esta terça-feira estava agendada mais uma reunião para permitir aos sindicatos que quisessem aprovar a proposta apresentada pelo Governo pudessem assinar o acordo, sendo que já adiantou que não vai apresentar mais nenhuma proposta aos bombeiros sapadores.

Segundo o Sindicato Nacional dos Bombeiros Sapadores (SNBS) a proposta apresentada pela secretaria de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, limitava-se “a uma atualização salarial entre 5% e 10%, num quadro de carreira estagnada há mais de duas décadas” e por isso já tinha anunciado que não ia assinar o acordo.

Mas os restantes sindicatos que apresentaram uma proposta conjunta – Sindicato Nacional dos Bombeiros Profissionais (SNBP), Sindicato dos Trabalhadores da Administração Pública (SINTAP), Sindicatos dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL) e Frente Comum – ainda não anunciaram qual será a sua decisão.

Aguardamos que nos seja transmitido se aderem ao acordo ou não”, disse Hernâni Dias, precisando que “não deixa nenhuma estrutura sindical de fora”. “O Governo espera ainda poder chegar a acordo com todos”, disse, frisando que “as propostas apresentadas às diferentes estruturas sindicais são todas iguais”.

Na última reunião com a tutela, estas estruturas sindicais saíram do edifício sede do Governo, em Lisboa, sem prestar declarações aos jornalistas e aos bombeiros que aguardavam no exterior pelo fim do encontro e anunciaram que a decisão seria revelada em comunicado.

Na semana passada, o primeiro-ministro avisou que o Governo esgotou a sua capacidade negocial com as entidades representativas dos bombeiros sapadores e que avançará unilateralmente sem ter em conta as mais recentes aproximações se o impasse persistir.

Na última proposta apresentada aos sindicatos, o Governo propõe aumentos faseados até 2026 – um avanço em relação à proposta anterior, que tinha aumentos até 2027. Já em relação ao suplemento, a proposta mantém-se igual e passa por 20% do salário base de cada trabalhador com um aumento faseado – 10% em 2025, 5% em 2026 e 5% em 2027.

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Estónia disponível para aumentar despesa com defesa

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2025

"O nosso objetivo deve ser de 5%. Apesar da nossa meta para 2026 ser de 3,7%, precisamos de acelerar os investimentos", defende o primeiro-ministro estónio.

A Estónia está disposta a aumentar a despesa com a defesa até 5%, partindo dos 3,7% previstos para 2026, anunciou esta terça-feira o primeiro-ministro do país, Kristen Michal numa mensagem na rede social X (antigo Twitter).

O nosso principal parceiro de segurança, sob o seu novo @POTUS (designação na plataforma da conta do Presidente dos EUA), enviou uma mensagem clara: os gastos com a defesa da NATO devem aumentar. Conhecemos o nosso adversário, e concordo plenamente: o nosso objetivo deve ser de 5%. Apesar da nossa meta para 2026 ser de 3,7%, precisamos de acelerar os investimentos”, escreveu.

O governante notou ainda que não haverá novos impostos neste cenário, ao argumentar que o “financiamento deve vir de uma variedade de fontes” como financiamento europeu, “cortes no setor público, empréstimos inteligentes”.

“Estou pronto para amplas consultas na Estónia”, disponibilizou-se o estónio, depois de outros líderes políticos dos países bálticos também se manifestarem a favor do aumento das despesas com a defesa.

“Vamos esclarecer estas despesas na reunião do Conselho de Segurança Nacional em fevereiro e não descarto que estaremos mais perto dos 5% do que dos 4%”, anunciou o Presidente da Letónia, Edgars Rinkēvičs, citado pela televisão local

O Presidente lituano, Gitanas Nauseda, também no X felicitou Donald Trump pela sua tomada de posse como Presidente norte-americano e antecipou a NATO “a gastar mais em defesa”. “A Lituânia já se comprometeu a alocar até 6% do PIB entre 2026 e 2030”, indicou.

O ministro da Defesa da Letónia, Andris Sprūds, tinha dito anteriormente que os gastos com a defesa, fora de qualquer meta do PIB, são afetados por grandes compras e entregas, como a artilharia de foguetes HIMARS e os sistemas de defesa aérea, a serem fornecidos nos próximos anos.

Em dezembro, Sprūds precisou que “a maior parte do orçamento de defesa da Letónia no próximo ano (até 2025), ou 42%, será gasto no desenvolvimento de capacidades militares”.

Disse ainda que “aproximadamente 26% do orçamento cobrirá os custos de pessoal e aproximadamente 26% cobrirá os custos de manutenção, enquanto 6% do orçamento será utilizado para desenvolver infraestruturas militares”.

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Reprogramação do PRR vai reforçar equipamentos da saúde e das universidades

"O metro de superfície Odivelas Loures é impossível de executar até ao final do PRR. A solução foi retirá-lo do PRR. Obra será feita mas com outros fundos", anunciou Castro Almeida.

O ministro Adjunto e da Coesão Territorial anunciou esta terça-feira que no âmbito da reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vai reforçar a compra de equipamentos para a saúde e para as universidades. Na proposta que vai ser apresentada a Bruxelas até ao final do mês, Castro Almeida revelou que o metro de superfície de Loures vai sair da bazuca. A construção de dois barcos elétricos para a empresa de transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores também deverá cair porque o concurso ficou deserto.

Vão ser pequenos ajustamentos. Vamos tirar o indispensável e colocar sobretudo equipamentos. Não há muitas obras que se possam incluir e ficar prontas até ao final do exercício“, explicou. “Há um equilíbrio difícil de fazer”, reconheceu.

“Estamos a trabalhar na reprogramação do PRR, matéria que deverá ficar pronta neste mês de janeiro. Ainda não está fechada, mas estamos a preparar a proposta que queremos apresentar no final deste mês”, precisou. “Não vamos fazer um realinhamento das prioridades definidas”, frisou.

“Vamos reprogramar datas de marcos e metas relativamente aos quais a execução se mostre impossível de cumprir. O caso mais volumoso é o metro de superfície Odivelas Loures que é impossível de executar até ao final do PRR. A solução foi retirá-lo do PRR. Obra será feita mas com outros fundos“, explicou, uma informação que já tinha avançado ao Expresso.

Da mesma forma, a construção de dois barcos elétricos para a empresa de transporte marítimo de passageiros e viaturas nos Açores também poderá cair porque o concurso ficou deserto, complementou o secretário de Estado Hélder Reis, precisando que as exigências técnicas tornavam quase impossível a execução do projeto. “O tempo que temos até ao final já não é compatível com abrirmos novos concursos para construir os barcos”, explicou. “Cumpre ao Governo Regional dos Açores reafetar essa verba para aquilo que lhe parecer ser de mais para a região”, precisou adiantando que a lógica da reprogramação é “evitar tudo o que tenha elevada probabilidade de incumprimento”, porque só resta ano e meio para a realização.

Estes dois investimentos pertencem ao sexto pedido de pagamento, que já foi submetido, mas sem ter os 30 marcos e metas todos cumpridos. O objetivo do Executivo foi depois com a reprogramação “reajustar este sexto pedido de pagamento”.

Castro Almeida garantiu que não vão retirar mais nenhuma obra do PRR, mas vão “diminuir ou aumentar a ambição” das metas e marcos definidos. “No final, a ideia é o PRR ter o mesmo valor”, ou seja, 22,6 mil milhões de euros. A reprogramação que está agora a decorrer diferente assim, da que foi feita pela ministra Mariana Vieira da Silva, na qual Portugal passou de uma dotação de 16,6 mil milhões de euros para os atuais 22,2 mil milhões. Um aumento que foi acompanhado de mais metas e marcos a cumprir – em vez de 115 medidas passaram a ser 156.

Mais uma vez abriu a porta a entendimentos com o PS, tal como fez horas antes, na mesma comissão. “Não queremos criar novos marcos e metas, mas antes criar novos valores dentro do que já está definido. Recebemos com muito boa vontade sugestões de prioridades que achem que devemos incluir na reprogramação”, disse o responsável em resposta ao deputado socialista Nuno Fazenda.

“Há alguma margem para isso”, frisou, acrescentando que está disponível para ouvir quem puder dar contributos úteis”, nomeadamente a Comissão Nacional de Acompanhamento do PRR liderada por Pedro Dominguinhos.

Castro Almeida especificou que nos casos de “acréscimo de ambição este será dirigido não tanto para obras, que estão atrasadas e com dificuldade em recrutar mão-de-obra”. Recorde-se que o Executivo está a trabalhar na criação de uma via verde para legalização de mão de obra para a construção.

O secretário de Estado, Helder Reis, acrescentou por seu turno que “não se pode alocar mais dinheiro do PRR para obras que já estavam previstas. Para o fazer era necessário aumentar a ambição do projeto”.

 

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Davos. Líderes de grandes empresas dos EUA aplaudem medidas de Trump

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2025

O presidente da Coca-Cola, James Quincey, mostrou-se convicto que as previsões de crescimento da economia dos EUA para este ano, acima de 3%, vão concretizar-se sem problemas.

Grandes empresas norte-americanas como a Coca-Cola, o Bank of America e a petrolífera Occidental aplaudiram esta terça-feira no Fórum de Davos medidas anunciadas por Donald Trump, incluindo a redução de impostos e a deportação de imigrantes ilegais.

Tanto o presidente executivo (CEO) do Bank of América, Brian Moynihan, como a líder da Occidental, Vicki Hollub, destacaram a solidez da economia norte-americana nos últimos anos. No mesmo sentido, o presidente da Coca-Cola, James Quincey, mostrou-se convicto que as previsões de crescimento da economia dos Estados Unidos para este ano, acima de 3%, vão concretizar-se sem problemas.

Todos aplaudiram a baixa de impostos prevista e em relação às deportações de imigrantes ilegais anunciadas por Trump, Hollub salientou que se trata em geral de mão-de-obra pouco qualificada, cada vez menos necessária no país.

A líder da Occidental destacou também a independência e suficiência energética do país, depois de Trump ter afirmado durante o seu discurso de tomada de posse, que vai declarar “emergência energética” nacional com o objetivo de aumentar a produção de hidrocarbonetos nos Estados Unidos.

Estiveram também presentes em Davos os CEO do Barclays, Venkat Venkatakrishnan, Robin Vince, do BNY, e Mary Callahan Erdoes, do JPMorgan Chase, que foram mais cautelosos em relação às medidas de Trump, segundo a agência EFE.

Os três banqueiros fizeram alusão a tensões geopolíticas e riscos cibernéticos como os maiores desafios que o setor deverá enfrentar, bem como a necessidade de continuar com a digitalização do setor e avaliar os efeitos da inteligência artificial.

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Kantar Media comprada pela HIG Capital por cerca de mil milhões de dólares

  • + M
  • 21 Janeiro 2025

A compra será feita principalmente em dinheiro, mas também através de contrapartidas não monetárias e de um earnout. Está previsto que a transação proposta fique concluída ainda este ano.

O Kantar Group, propriedade da Bain Capital, anunciou a venda da Kantar Media — unidade da Kantar que desenvolve análise de media, como medição de audiências — à private equity HIG Capital, por cerca de mil milhões de dólares (969 milhões de euros).

Segundo a Kantar Media, que opera em mais de 60 mercados, o acordo permitirá renovar o seu foco no fornecimento de dados aos clientes para os ajudar a tomar melhores decisões sobre seu conteúdo e publicidade.

Esta transação vai-nos fornecer os recursos e o suporte necessários para acelerar ainda mais a nossa trajetória de crescimento e consolidar a nossa posição enquanto líderes globais da medição e análise de media. Com a experiência da HIG em expandir negócios e melhorar o desempenho, estamos mais confiantes do que nunca na nossa capacidade de fornecer soluções inovadoras e baseadas em dados que atendam às crescentes necessidades da nossa base de clientes em todo o mundo”, diz Patrick Béhar, CEO da Kantar Media que continuará a liderar o negócio, citado em comunicado.

Já o diretor-geral da HIG Capital, Nishant Nayyar, refere que a Kantar Media “tem uma reputação de longa data como fornecedora de dados essenciais e insights confiáveis ​​para a indústria global de media”. “Estamos confiantes de que, como empresa independente sob a liderança de Patrick, a empresa continuará a prosperar e a liderar a inovação em medição e análise de media”, acrescenta.

A compra será feita principalmente em dinheiro, mas também através de contrapartidas não monetárias e de um earnout (em que parte do pagamento é feito ao longo do tempo, mediante o cumprimento de determinadas metas previstas nas cláusulas do contrato).

No entanto, a operação está sujeita aos requisitos legais e regulamentares, bem como à realização de processos de informação e consulta aos representantes dos trabalhadores. Está previsto que a transação proposta fique concluída ainda este ano.

A venda da Kantar Media já estaria a ser equacionada pelo menos há cerca de um ano, numa operação já hipoteticamente avaliada na altura em cerca de mil milhões de libras (cerca de 1,18 mil milhões de euros), conforme avançava a Sky News.

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Carris Metropolitana transporta 174 milhões de passageiros em 2024

  • Lusa
  • 21 Janeiro 2025

O maior número de passageiros registou-se na zona de Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras e Sintra (59 milhões).

Mais de 174 milhões de passageiros foram transportados pela Carris Metropolitana em 2024, um número recorde, segundo a empresa avançou esta terça-feira.

Em comunicado, a Carris Metropolitana – uma iniciativa dos 18 municípios da Área Metropolitana de Lisboa (AML), que funde toda a operação rodoviária numa mesma imagem e nível de serviço – afirma ter crescido em todas as quatro áreas de operação no ano passado, com o maior número de passageiros a registar-se na zona de Amadora, Cascais, Lisboa, Oeiras e Sintra (59 milhões), seguindo-se Loures, Mafra, Odivelas e Vila Franca de Xira (58 milhões), Almada, Seixal e Sesimbra (37 milhões) e Alcochete, Moita, Montijo, Palmela, Setúbal e Barreiro (19 milhões).

Neste que é o segundo ano completo de operação da Carris Metropolitana nos 18 municípios da AML, outubro alcançou “o maior registo mensal de sempre, com 17 milhões de passageiros”, destacando-se o dia 10, com um recorde de 688 mil passageiros transportados em 24 horas.

A empresa realça ainda “os mais de 10 milhões de passageiros que atravessaram o rio Tejo, utilizando as pontes 25 de Abril e Vasco da Gama”. O fluxo cresceu em vários terminais, destacando-se Moita (Estação), com um aumento de 174,9%; Alverca (Estação), com um crescimento de 68,2%; e Palmela (Terminal), com mais 60,35%.

Face aos números, a empresa – a Carris Metropolitana opera a totalidade da operação intermunicipal da AML e as redes municipais de 15 dos 18 municípios (Barreiro, Cascais e Lisboa mantêm as operações locais) – fala em “crescimento consistente” e “números expressivos” que refletem “a confiança crescente dos passageiros”.

Comprometendo-se com continuar a “assegurar um transporte público eficiente e acessível”, a empresa inclui no comunicado um convite aos passageiros para que consultem os números de 2024, que ficarão disponíveis esta terça-feira na sua página oficial.

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