Banco de Portugal estima mais dois mil milhões de despesa do que Bruxelas em 2025

Banco central estima que a despesa líquida se situe em 6,7 mil milhões de euros em 2025, mais dois mil milhões de euros do que a Comissão Europeia.

O Banco de Portugal (BdP) sinalizou o risco de Portugal incumprir as regras orçamentais da Comissão Europeia e estima que a despesa líquida ascenda a 6,7 mil milhões de euros em 2025, mais dois mil milhões de euros do que a Comissão Europeia.

As estimativas constam do Boletim Económico de dezembro, divulgado na sexta-feira passada, e no qual a entidade liderada por Mário Centeno estima que os cerca de 6,7 mil milhões de euros de despesa líquida são distribuídos entre 5,7 mil milhões de euros relacionados com a despesa primária e 932 milhões de euros associados ao impacto de medidas discricionárias de redução da receita.

Entre as componentes da despesa primária incluem-se, entre outras, as despesas com pessoal (2,1 mil milhões de euros), pensões (2,3 mil milhões de euros) e empréstimos do PRR (722 milhões de euros) para 2025. A estimativa do regulador representa um desvio de cerca de dois mil milhões de euros face à trajetória de referência da Comissão Europeia para 2025 e de cerca de um milhão de euros face ao plano de médio prazo do Governo.

Fonte: Banco de Portugal

“Assim, as projeções do Banco de Portugal sugerem que, na ausência de novas medidas para conter a despesa ou aumentar a receita, será difícil alcançar o objetivo de crescimento da despesa líquida definido no plano de médio prazo, colocando em risco o cumprimento das regras europeias”, refere o supervisor.

O Banco de Portugal recorda que o plano orçamental-estrutural de médio prazo elaborado pelo Governo prevê um crescimento da despesa líquida mais acentuado do que a trajetória de referência nos anos de 2025 e 2026, seguido de um aumento mais moderado em 2027. Porém, assinala que a média para todo o período mantém-se alinhada com os 3,6% propostos pela Comissão e a discrepância no perfil é justificada no plano pelos empréstimos do PRR.

Segundo o Boletim, entre 2025 e 2027, o crescimento médio da despesa líquida atinge 5,3%, excedendo a trajetória de referência e a prevista no plano de médio prazo em 1,6 pontos percentuais (pp.) o que resulta em desvios médios anuais de 0,7 pontos do PIB.

Após a execução orçamental de cada ano, os desvios face ao plano aprovado serão registados na conta de controlo do Estado-Membro, não podendo exceder 0,3 pp. do PIB por ano ou 0,6 pp. do PIB cumulativamente“, aponta. Neste sentido, as projeções do regulador sinalizam um risco de incumprimento, tanto em termos anuais como acumulados.

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“A sustentabilidade é um dos pilares do futuro empresarial”

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  • 16 Dezembro 2024

Conferência da NERLEI CCI refletiu sobre os desafios da fileira da casa em matéria ambiental, mas também das oportunidades trazidas pela inovação. Evento contou com dezenas de profissionais.

Design ecológico e desenvolvimento de produto assente na inovação, estes são dois importantes fatores que as empresas devem ter em conta para fazer face às novas exigências em matéria de sustentabilidade. “Este desafio também pode trazer às empresas portuguesas uma oportunidade para alavancarem a sua atividade”, começou por dizer o presidente da NERLEI CCI – Associação Empresarial da Região de Leiria/Câmara de Comércio e Indústria. António Poças, que falava durante a abertura da conferência Sustentability In Product Development, sublinhando que “não há sustentabilidade sem rentabilidade”.

António Poças, Presidente da Nerlei

Este é um equilíbrio que os gestores têm de ser capazes de fazer, sob pena de perderem competitividade num mercado cada vez mais global e exigente. Para que o consigam fazer, as organizações precisam de “promover a troca de ideias e soluções”, colaborando entre si e apostando na “inovação ambiental”. “Entre muitas oportunidades, posso destacar a valorização da marca. Produtos sustentáveis podem atrair consumidores dispostos a pagar mais por essas práticas”, refere.

Pedro Filipe Silva, responsável de sustentabilidade da The Navigator, recordou o “grande investimento” da multinacional ao longo dos últimos anos para “reduzir as emissões” e diminuir a pegada da sua atividade. “Todas as nossas florestas, que representam cerca de 10% a 15% de toda a nossa matéria-prima, fazem sequestro de CO2”, apontou, lembrando que já foram capturadas 6,2 milhões de toneladas de CO2. O objetivo é reduzir as emissões totais em 85%, quando comparado com valores de 2018, até 2035. “Na investigação e desenvolvimento (I&D) temos um investimento grande de 40 milhões de euros e, sem ele, é impossível desenvolver o nosso negócio”, acrescentou.

A aposta na inovação fez com que a empresa passasse de uma atividade focada na produção de papel de escritório, a principal área de negócio em 2014, para a multiplicação de segmentos. “Em 2021, lançámos a Gkraft, uma marca nova que vai ser importante para a produção de sacos de papel, caixas de cartão e polpa moldada”, partilhou.

Pedro Filipe Silva, responsável de sustentabilidade da The Navigator

Já Pepa Casado D’Amato, fundadora e investigadora espanhola da Futurea, explicou que, quando falamos de sustentabilidade, “há várias áreas da empresa que precisam de estar envolvidas” para garantir o sucesso da estratégia. Especialista em design, D’Amato referiu que organizações que “usam o design como elemento-chave tiveram, entre 2017 e 2021, um turnover 19,6% maior do que aquelas que não o fizeram”, evidenciando a importância desta disciplina. “O design não é apenas uma ferramenta para nos tornar mais competitivos, mas também mais sustentáveis”, assegurou.

A durabilidade, assinalou, é uma das características mais valorizadas pelos consumidores e é, também, uma das mais importantes quando o tema é o desenho de um produto verde. Por outro lado, a facilidade em desmontar é igualmente crucial. “Há, por exemplo, uma empresa que permite a construção de uma cozinha personalizada, mas que depois pode ser desmontada e transportada para outra casa”, exemplificou.

“O ideal seria nunca deitarmos nada fora, mas isso é um grande desafio”, começou por dizer Sebastian Bergne. O designer industrial britânico acredita que é possível cobrar mais por um produto sustentável se não tiverem de ser substituídos com tanta frequência. “Desenvolvi um conjunto de utensílios de cozinha que têm um peso inferior a uma garrafa de plástico pequena. Se quisessem, podiam deitar estes utensílios fora juntamente com as garrafas de plástico”, apontou.

Sobre a legislação relacionada com os rótulos de produtos verdes, o especialista considera que vai ajudar “as pessoas que estão a desenvolver produtos”, por um lado, e “também aquelas que estão a comprar”, por outro. “Precisamos de legislação, porque caso contrário a mudança drástica não vai acontecer”, afirmou.

Stefan Nilsson, fundador da Trendstefan.se

Stefan Nilsson, fundador sueco da Trendstefan.se, esteve na conferência para partilhar dezenas de exemplos de empresas que estão a trabalhar o tema da sustentabilidade a partir da inovação no design, desde sapatos criados a partir de cascas de maçã (feitos em Portugal) até cadeiras feitas a partir de redes de pesca. “Normalmente, quando falamos em algum produto que é sustentável pensamos imediatamente no material, embora essa não seja a única forma de ser sustentável”, alertou. Aliás, o perito diz mesmo que, muitas vezes, o material usado pode ser verde, mas que as técnicas usadas para o colar ou embalar não o são. Sobre as novas gerações e a forma como olham os temas ligados ao ambiente, Stefan Nilsson considera que há uma “incoerência” entre o que defendem e o que praticam. “Todos os dias chegam 88 aviões da China à Suécia com produtos da Shein. E nós, os suecos, somos os bons alunos”, ironizou.

Na mesa-redonda, moderada pelo diretor da CNN Portugal, Anselmo Crespo, os desafios impostos pela sustentabilidade foram o tema central da discussão com quatro oradores de referência. Participaram Pedro Filipe Silva (The Navigator Company), Pepa Casado D’Amato (de Espanha, Futurea), Sebastian Bergne (do Reino Unido, designer industrial) e Stefan Nilsson (da Suécia, Trendstefan.se). Além dos desafios, os especialistas abordaram as vantagens e as oportunidades trazidas por uma tendência crescente de sustentabilidade nas empresas.

Pepa Casado D’Amato (de Espanha, Futurea), Sebastian Bergne (do Reino Unido, designer industrial), Stefan Nilsson (da Suécia, Trendstefan.se) e Pedro Filipe Silva (The Navigator Company)

Para os quatro, é consensual que a legislação sobre sustentabilidade na União Europeia é positiva e desejável. Concordam ainda que o design é uma ferramenta essencial para conseguir criar produtos mais amigos do ambiente. “Agora temos a questão da sustentabilidade, que é apenas mais um fator que temos de satisfazer quando desenvolvemos um produto”, rematou Sebastian Bergne.

No evento esteve ainda o presidente da Câmara Municipal de Leiria, Gonçalo Lopes, que reconheceu que a reflexão feita durante a conferência “é um sinal muito positivo para o futuro” e lembrou que este é um sector importante para a economia nacional. “O sector fileira da casa é bastante representativo no país. Temos aqui um ecossistema muito importante que importa apoiar e, sobretudo, despertar para estas problemáticas”, afirmou.

Sustentabilidade estrada fora

Paralelamente à conferência a NERLEI CCI realizou um Roadshow composto pelos oradores internacionais presentes – Pepa Casado D’Amato (Espanha), Sebastian Bergne (Grã-Bretanha) e Stefan Nilsson (Suécia) -, assim como por um conjunto de especialistas e jornalistas europeus, entre eles: Teresa Herrero (Espanha) [Ex-chefe de redação da revista Elle Decor España, fundou em 2019 a plataforma Teresa Herrero Living]; Sabrina Sciama (Itália) [Gestora de conteúdos de blogues empresariais, portais de arquitetura e design e colabora com várias revistas da especialidade como a Interni e a IFDM]; Pilar Marcos Arango (Espanha) [Diretora e Editora da Revista Diseño Interior], e Ilaria Fatone [reconhecida designer de interiores radicada em França].

O RoadShow começou no Norte do país rumo a Guimarães com a visita à Herdmar produtor de cutelaria com mais de 100 anos de história e um dos maiores produtores de cutelaria de mesa do mundo. A comitiva foi descendo rumo a Santa Maria da Feira (distrito de Aveiro) fazendo uma paragem na Dimas e Silva, Lda especializada na transformação da cortiça, onde foi possível ver todos os processos de aproveitamento dos resíduos em novas aplicações, como por exemplo, o pó da cortiça na indústria cosmética. Seguiu-se a Codil, já em Oliveira de Azeméis, que na visita à fábrica mostrou as várias áreas relacionadas com a produção e inovação em utilidades domésticas plásticas, a sua reciclagem e sustentabilidade. No dia seguinte, já na zona de Leiria, foram visitadas a Jomazé, em Alcobaça, especializada na produção de cerâmica decorativa de alta qualidade; e a Vasicol, de Porto de Mós, que partilhou a sua experiência sobre a produção de cerâmica utilitária, decorativa e de jardim, combinando o tradicional e o moderno no design e produção de produtos em barro vermelho.

O balanço do Roadshow foi bastante positivo com os opinion makers a mostrarem-se impressionados com as técnicas de produção, tratamento dos resíduos provenientes da transformação das matérias-primas e a importância da incorporação do pilar da sustentabilidade como foco dos empresários portugueses.

Esta Conferência Internacional com Roadshow de Opinion Makers é uma ação do projeto International Business 2023-25 que a NERLEI CCI está a desenvolver e que visa promover a competitividade e capacidade exportadora num conjunto de PME das fileiras casa, escritório e automóvel, através da participação coletiva em feiras internacionais e missões empresariais e da implementação e promoção de ações de marketing internacional, de transformação digital e do desenvolvimento do e-commerce nas PME. É financiado pelo Portugal 2030, no âmbito do PITD – Programa Inovação e Transição Digital, no montante de 7.373.726,41 euros, dos quais 3.997.426,0 euros são provenientes do Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.

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Falta de mão-de-obra complica prazo de construção do novo aeroporto

ANA entrega terça-feira o relatório inicial do novo aeroporto. Financiamento será feito através das taxas aeroportuárias e prorrogação do prazo de concessão, como prevê contrato.

ANTÓNIO COTRIM/LUSAANTÓNIO COTRIM/LUSA

A ANA Aeroportos entrega ao Governo, na terça-feira, o relatório Inicial sobre o aeroporto Luís de Camões. O Executivo pretende ter a infraestrutura pronta entre 2034 e 2035 e a concessionária deverá apresentar o calendário de realização o mais condensado possível para aproximar-se desse objetivo, apurou o ECO. A execução simultânea de várias grandes obras públicas e a falta de mão-de-obra tornam o prazo desafiante.

O relatório inicial (High Level Assumption Report) já incluirá as principais especificações da nova infraestrutura localizada no Campo de Tiro de Alcochete, uma estimativa preliminar dos custos, a forma de financiamento e o tempo de construção.

A Comissão Técnica Independente (CTI) responsável pelo estudo do aumento da capacidade aeroportuária na região de Lisboa tinha estimado um prazo de sete anos para a inauguração de uma primeira pista, período que o Executivo considerou curto. O ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, apontou para um período de dez anos.

A ANA procurará responder à expectativa do Executivo, condensando prazos, mas há obstáculos que podem ser difíceis de ultrapassar. Um deles é o tempo para a elaboração da Declaração de Impacte Ambiental, que tem de fazer parte da candidatura, e pode ser alvo de contestação judicial. O aeroporto do Montijo, que não chegou a avançar, foi alvo de seis providências cautelares.

Outra preocupação da concessionária prende-se com a disponibilidade de mão-de-obra das construtoras para uma obra da envergadura do novo aeroporto, em simultâneo com outras grandes obras públicas. Quando deu o pontapé de saída para a construção do Luís de Camões, o Governo aprovou também os estudos para a Terceira Travessia do Tejo (rodoferroviária) e para o lançamento da linha de Alta Velocidade Lisboa – Madrid, de forma a garantir a acessibilidade à infraestrutura. Durante a próxima década estará ainda em obra a linha Lisboa – Porto – Vigo.

A falta de mão-de-obra já se faz sentir, ameaçando a execução do PRR, com as construtoras a referirem a necessidade de recorrer à imigração. “A escassez de mão-de-obra no setor é um sério problema, com previsíveis impactos nos prazos de execução das obras”, referiu este mês o presidente da Associação dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas (AICCOPN), Manuel Reis Campos, citado pelo Diário de Notícias.

Antigo projeto para o aeroporto de Alcochete, com duas pistas e um terminal de passageiros entre elas, como prevê o contrato de concessão.

Alteração a taxas aeroportuárias e extensão da concessão

Além do prazo, que o setor do Turismo defende que seja o mais curto possível, o custo da infraestrutura e a forma de financiamento prometem ser um dos temas quentes da construção do novo aeroporto. Já o era, antes mesmo de o Governo aprovar, em maio, a resolução do Conselho de Ministros que ditou o arranque do processo.

No relatório da Comissão Técnica Independente (CTI) é estimado um custo de 6.105 milhões para a construção de duas pistas no Campo de Tiro de Alcochete. A concessionária chegou a avançar com uma estimativa em torno de oito mil milhões, mas só com a entrega do relatório inicial será conhecido o valor exato previsto.

A contrato prevê duas formas de financiamento da obra: “alteração do regime de taxas aeroportuárias e/ou de prorrogação do prazo de concessão”, que atualmente termina em 2062. Ao que o ECO apurou, a concessionária vai usar os dois mecanismos previstos. Quanto maior for o nível de investimento, maior será o impacto. A ANA está, no entanto, obrigada a manter as taxas aeroportuárias num nível competitivo com outros aeroportos.

O ministro das Infraestruturas já afirmou, por mais de uma vez, que a construção do Luís de Camões não será feita com dinheiro dos contribuintes. De fora estará também a possibilidade de o Governo abdicar da partilha de receita com o Estado, a que a ANA está obrigada pelo contrato de concessão.

O ministro das Infraestruturas e Habitação, Miguel Pinto Luz, considerou “razoável” a construção do novo aeroporto até 2034. FILIPE AMORIM/LUSAFILIPE AMORIM/LUSA

O que se segue

Após receber o Relatório Inicial, o Governo tem 30 dias para “confirmar por escrito à concessionária se pretende que esta prepare a candidatura ao Novo Aeroporto de Lisboa (NAL)”. Neste período, o Executivo poderá pedir ajustes ao que foi apresentado pela ANA.

Ultrapassada esta fase, o contrato de concessão dá à concessionária 36 meses para apresentar a candidatura completa ao novo aeroporto, processo que prevê um conjunto alargado de documentos, como o Relatório das Consultas, o Relatório sobre o Local Selecionado, um Estudo de Impacte Ambiental, o Relatório Técnico e o Relatório Financeiro. Prazo que o Ministério das Infraestruturas quer que seja encurtado, de forma a permitir o início mais cedo da obra.

Após receber a candidatura da ANA ao Novo Aeroporto de Lisboa, o Governo tem 90 dias para dar conta da sua decisão. Se a candidatura for em frente, seguem-se 12 meses de negociações para formalizar um acordo sobre todos os documentos e autorizações necessárias. Correndo tudo bem, será necessário contar com mais cerca de quatro anos para os projetos de especialidade de engenharia, concurso público para a construção e realização da obra.

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Tribunal de Contas “atento” ao fim do acordo do Novobanco

Tribunal liderado por Filipa Calvão, que no passado arrasou os responsáveis políticos por conta do mecanismo de capital contingente, admite analisar o contrato que colocou um ponto final no acordo.

Arrasador nos anteriores relatórios quanto à atuação das autoridades políticas (e não só) sobre o processo do Novobanco, o Tribunal de Contas admite vir a fiscalizar o acordo que levou ao fim antecipado do mecanismo de capital contingente (CCA), segundo adiantou ao ECO fonte oficial da instituição.

“O Tribunal de Contas continuará atento ao Novobanco enquanto este tiver dinheiros públicos e até que o Fundo de Resolução seja reembolsado”, respondeu o tribunal liderado por Filipa Calvão à questão colocada pelo ECO sobre se vai pedir o contrato do fim antecipado do CCA.

Novobanco e Fundo de Resolução formalizaram na semana passada o término antecipado de mecanismo ao abrigo do qual o fundo injetou 3,4 mil milhões de euros para proteger o banco das perdas relacionadas com um conjunto de ativos tóxicos herdados do BES.

Embora o contrato não tenha sido divulgado, tanto o Novobanco e Fundo de Resolução revelaram algumas das questões que ficaram acordadas e resolvidas entre as duas partes – além de todas as cláusulas e regras que se extinguem com o fim do próprio mecanismo, como a proibição dos dividendos.

Do lado do fundo — e também do Banco de Portugal — os responsáveis voltaram a defender os méritos do CCA, sublinhando que “salvaguardou o interesse público” porque se “poupou” cerca de 500 milhões face ao que previa o mecanismo e porque a liquidação do Novobanco acarretaria um custo muito superior para a economia portuguesa.

Nas auditorias anteriores, o Tribunal de Contas foi particularmente crítico em relação aos intervenientes neste processo, desde responsáveis políticos até aos gestores do próprio banco, porque… o mecanismo esteve longe de defender o interesse dos contribuintes, não tendo sido minimizado o recurso ao financiamento do CCA (pago pelo Fundo de Resolução com dinheiro público).

O Tribunal de Contas continuará atento ao Novobanco enquanto este tiver dinheiros públicos e até que o Fundo de Resolução seja reembolsado.

Tribunal de Contas

O que significa o fim do CCA?

Com o fim do CCA, o Fundo de Resolução e o Novobanco abdicaram de todas disputas arbitrais por conta dos pedidos de compensação do banco que o fundo não pagou.

O fundo liderado por Máximo dos Santos acordou desembolsar cerca de 99 milhões de euros para encerrar um processo de 160 milhões e em relação ao qual já havia uma decisão favorável ao Novobanco. Outra disputa de 120 milhões caiu por terra.

Por outro lado, o término antecipado do mecanismo vai permitir ao Novobanco começar a distribuir dividendos (cerca de 1,3 mil milhões de euros em perspetiva) e desbloqueia o processo de venda da instituição que a Lone Star conta lançar até maio.

Neste tema houve lugar a uma negociação a três partes, incluindo o Ministério das Finanças, para um side agreement que assegura que o Estado participará no processo de venda nas mesmas condições dos outros dois acionistas.

Criado em 2017 aquando da venda do Novobanco ao fundo Lone Star, a fatura com o CCA ascendeu a 3,5 mil milhões de euros.

(Notícia alterada às 12h18 para corrigir que o Tribunal de Contas é liderado por Filipa Calvão e não por José Tavares, anterior presidente, como referido inicialmente. Aos visados as nossas desculpas)

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Corrida a dois pelo Hospital da Cruz Vermelha com desfecho incerto

Decisão está nas mãos do Governo. Sanfil Medicina e Trofa Saúde são os dois grupos na corrida pelo Hospital da Cruz Vermelha, que espera atingir o breakeven no próximo ano.

Neste momento, o Governo tem em mãos duas propostas para o Hospital da Cruz Vermelha. Sanfil Medicina e Trofa Saúde são os dois grupos que continuam na corrida pelo hospital detido pela Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (55%) e pela Parpública (45%), enquanto o grupo Lusíadas está fora, confirmando-se, de resto, as informações avançadas pelo ECO em setembro. Mas o processo ainda tem um desfecho incerto.

Oficialmente, nenhuma das partes faz comentários (ou respondeu às questões colocadas pelo ECO) sobre a venda da sociedade gestora do Hospital da Cruz Vermelha, uma operação que se arrasta nos últimos dois anos e num quadro de muitas dificuldades financeiras do hospital.

O ECO sabe que o processo se encontra agora dependente de uma decisão da tutela, isto é, o Ministério das Finanças e o Ministério do Trabalho e da Segurança Social terão de decidir o futuro do problemático hospital. E ainda não é certo que seja escolhido o grupo Sanfil Medicina (que concentra a sua atividade na região Centro) ou Trofa Saúde (um dos maiores grupos de hospitais do país, operando uma rede de 17 unidades hospitalares, sobretudo na região Norte).

Embora a sociedade gestora seja detida pela Santa Casa e pela Parpública, com esta última a liderar o processo de venda, o edifício e terreno onde está o hospital (nas Laranjeiras, em Lisboa) são propriedade da Cruz Vermelha Portuguesa, razão pela qual a organização liderada por António Saraiva pressionou e acabou mesmo por ser envolvida no processo, nomeadamente na fase final de apresentação de propostas e planos estratégicos para o futuro do hospital por parte dos grupos interessados.

Breakeven no próximo ano

A venda do Hospital da Cruz Vermelha dá-se num quadro financeiro difícil não só para o próprio hospital, mas também para o seu maior acionista, a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa (em profunda reestruturação e uma comissão de inquérito à espreita).

O hospital deverá fechar 2024 com prejuízos, após ter acumulado resultados negativos de 26 milhões nos últimos cinco anos. Mas a atividade está a recuperar e deverá registar um aumento do negócio para os 35 milhões este ano, perspetivando atingir o breakeven no próximo ano.

Para esta recuperação tem sido fulcral o apoio financeiro dos acionistas, sobretudo da parte da Parpública, que tem vindo a injetar dinheiro na tesouraria do hospital.

Hospital acumula prejuízos de 26 milhões em cinco anos

Fonte: Hospital da Cruz Vermelha

Em face das dificuldades que a própria Santa Casa da Misericórdia de Lisboa atravessa, foi assinado um acordo para a Parpública adiantar os fundos que deveriam ser aportados pela Santa Casa, que devolverá com juros a partir de janeiro do próximo ano. A Parpública chegou a injetar um milhão de euros por mês no hospital, mas as necessidades estão a aliviar à medida que vai recuperando atividade.

Em caso de não se consolidar a venda, o Governo terá outro dossiê para decidir: a próxima administração da sociedade gestora.

O conselho de administração é liderado pelo antigo ministro da Saúde, Adalberto Campos Fernandes. Carlos Sá preside à comissão executiva que conta com mais dois administradores: Ana Marques da Silva e Carlos Rodrigues da Silva.

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Sérgio Carvalho é novo administrador da Ok! Seguros

O responsável de marketing da Fidelidade vai acumular lugar na administração da Via Directa, a companhia que o fez entrar profissionalmente nos seguros.

Sérgio Pereira Carvalho foi confirmado pela ASF, entidade supervisora, como novo administrador da Via Directa, seguradora da Fidelidade que usa a marca Ok! Seguros. Sérgio Carvalho vai manter-se como Diretor de Marketing da Fidelidade acumulando este lugar na administração da OK! Seguros.

Sérgio Carvalho, diretor de Marketing da Fidelidade, em entrevista ao ECO - 03OUT22
Sérgio Carvalho, diretor de Marketing da Fidelidade, vai acumular um lugar na administração da Via Directa.Hugo Amaral/ECO

A companhia é presidida por Miguel Abecasis e, no site corporativo, estão indicados no conselho de administração Paulo Baião Figueiredo, Nuno Clemente, Gonçalo Graça Santos, e Rui Esteves estes dois últimos também ocupam o lugar de CEO e vogal no conselho executivo da Via Directa.

Sérgio Carvalho começou a carreira na Ok! em 2001, tendo em 2014 já como responsável pelo marketing da seguradora direto, passado à própria Fidelidade onde é responsável pelo marketing há já oito anos.

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Margarida Monteny vence Prémio Jovens Artistas Coliseu Porto Ageas

  • ECO Seguros
  • 15 Dezembro 2024

O galardão foi lançado em 2021 e destina-se a reconhecer jovens talentos do circo e dança, áreas que "nem sempre têm o reconhecimento público que merecem".

Margarida Monteny é a vencedora da terceira edição do Prémio Jovens Artistas Coliseu Porto Ageas – Artes Circenses. Segundo comunicado pelas Ageas, a entrega do prémio antecedeu a exibição do espetáculo Circo de Natal, uma história original de Afonso Cruz.

“Anteceder um espetáculo extraordinário com a entrega do Prémio Jovens Artistas Coliseu Porto Ageas, é uma celebração a dobrar porque estamos a promover o talento, dando-lhe um merecido incentivo e reconhecimento.”, disse Teresa Thobe, responsável de Marca, Patrocínios e Parceria do Grupo Ageas Portugal.

Margarida Monteny, vencedora da terceira edição do Prémio Jovens Artistas Coliseu Porto Ageas – Artes Circenses: “Espero que este prémio seja também uma oportunidade para que os espaços culturais olhem para o circo com mais atenção”

O galardão foi lançado em 2021 e destina-se a reconhecer jovens talentos do circo e dança, áreas que “nem sempre têm o reconhecimento público que merecem”.

“Acreditamos que todas as formas de expressão cultural e artística merecem ser reconhecidas e iniciativas como esta não só contribuem para a valorização do setor cultural como fortalecem a relação de proximidade com a comunidade”, afirma Teresa Thöbe, Responsável de Marca, Patrocínios e Parcerias do Grupo Ageas Portugal.

Com periodicidade anual e num valor de 5 mil euros, o prémio considera profissionais ligados às áreas consideradas para a atribuição do prémio, nomeadamente, intérpretes, coreógrafos, cenógrafos, produtores e programadores até aos 30 anos de idade.

Espero que este prémio seja também uma oportunidade para que os espaços culturais olhem para o circo com mais atenção, permitindo-lhe continuar a reinventar-se e a desafiar as fronteiras de como o conhecemos” confessa Monteny no momento em que recebe a distinção.

Enquanto intérprete, Margarida Monteny tem colaborado com companhias de diferentes áreas, destacando-se o Ballet Contemporâneo do Norte, Orquestra Filarmónica Portuguesa, Miguel Pereira, entre outros.

Criou em 2023 “BLUE”, uma coprodução Mostra Estufa – Teatro Municipal do Porto e Companhia Erva Daninha, e em 2022 “Simulacro” em parceria com Carminda Soares, uma coprodução Instável – Centro Coreográfico / Teatro Municipal do Porto e Teatro das Figuras.

De acordo com a Ageas, a galardoada “procura uma abordagem transdisciplinar na sua pesquisa e prática coreográfica, e as suas criações caracterizam-se por modelos e dispositivos de questionamento do espaço e interação passiva da audiência para com as performances, trabalhando sobre estados de intimidade, força e vulnerabilidade”.

O júri deste ano foi constituído por cinco nomes relevantes no circo: Isabela Cardinali, Israel Modesto, Luís de Matos, João Paulo Santos e Julieta Guimarães.

Na primeira edição do Prémio Jovens Artistas Coliseu Porto Ageas, em 2022, foi distinguido o acrobata aéreo Daniel Seabra. Em 2023, foi a vez da bailarina e coreógrafa Ana Isabel Castro. Em 2025, será novamente a vez de distinguir um jovem talento na área da Dança.

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Supervisor dos seguros alerta para imobiliário e sedes off-shore

  • ECO Seguros
  • 15 Dezembro 2024

Regulador dos seguros europeu analisou o impacto no setor segurador dos riscos do setor imobiliário e resseguradores com sede em praças off-shore.

A Autoridade Europeia de Seguros e Pensões Ocupacionais (EIOPA) alertou, no seu relatório sobre estabilidade financeira de dezembro de 2024, para os riscos sistémicos que ameaçam o setor segurador europeu. Entre estes estão os novos riscos relacionados com o aumento das interligações entre instituições financeiras, porque aumentou a vulnerabilidade do sistema financeiro a choques inesperados.

O relatório menciona que os riscos emergentes como alterações climáticas, cibersegurança e transformações digitais são cada vez mais relevantes.

Apesar do ambiente de incerteza, as seguradoras e os fundos de pensão europeus apresentam uma posição sólida para enfrentar possíveis choques económicos. No segundo trimestre de 2024, os índices de solvência (SCR) para seguradoras de vida e não vida atingiram 239,2% e 212,6%, respetivamente, valores bem acima do limite de 100%.

O relatório destaca que o setor imobiliário continua a ser uma preocupação, refletindo os impactos de mudanças estruturais como o teletrabalho e o aumento das taxas de juros. Enquanto o teletrabalho resultou numa diminuição das taxas de ocupação dos escritórios e o aumento das taxas de juro e inflação dificultaram a acessibilidade e, consequentemente, a uma menor procura. Estes fatores levaram à desvalorização de imóveis residenciais e comerciais, prejudicando a rentabilidade de ativos ligados ao setor.

Embora seguradoras e fundos de pensão invistam cerca de 10% de seus ativos em imobiliário, a EIOPA concluiu que, mesmo sob cenários de choque, o impacto no setor seria limitado.

A popularidade do resseguro intensivo em ativos tem crescido, permitindo que seguradoras transfiram riscos de investimento e subscrição para resseguradoras. Essa prática tem ajudado a melhorar os índices de solvência das cedentes.

Porém, a EIOPA alerta para os riscos associados a estas operações, como a concentração em poucos resseguradores, muitas vezes localizados em jurisdições offshore, e o aumento da exposição a riscos de crédito e operacionais.

O relatório da EIOPA também analisa o contexto macroeconómico, destacando que a inflação na Zona Euro está próxima da meta de 2% do BCE, e as taxas de juro começaram a cair após cortes sucessivos. Contudo, permanecem dúvidas sobre o crescimento económico da região, agravadas pelas incertezas geopolíticas e possíveis choques macroeconómicos.

A EIOPA conclui que, apesar da resiliência geral do setor, a supervisão contínua é indispensável para lidar com riscos sistémicos e emergentes. O impacto de choques externos e mudanças estruturais deve ser monitorizado para preservar a estabilidade financeira e evitar desequilíbrios no mercado.

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Extrema-direita alemã questiona manutenção do país na NATO

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2024

O co-líder do partido de extrema-direita AfD afirmou que a Alemanha deve reconsiderar a sua manutenção na NATO se a aliança não defender os interesses dos países europeus, "incluindo os da Rússia".

O co-líder do partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD), Tino Chrupalla, afirmou que a Alemanha deve reconsiderar a sua manutenção na NATO se a aliança não defender os interesses dos países europeus, “incluindo os da Rússia”. “A Europa tem sido forçada a implementar os interesses dos Estados Unidos. Rejeitamos isso”, afirmou Tino Chrupalla em declarações publicadas pelo diário alemão Welt.

Segundo o dirigente partidário, “a NATO não é atualmente uma aliança de defesa. Uma comunidade de defesa deve aceitar e respeitar os interesses de todos os países europeus, incluindo os interesses da Rússia. Se a NATO não é capaz de o fazer, a Alemanha deve perguntar-se até que ponto esta aliança ainda é útil para nós“, acrescentou.

O partido de extrema-direita tem entre 18% e 19% das intenções de voto nas sondagens que antecedem as eleições legislativas antecipadas previstas para 23 de fevereiro, na sequência da moção de confiança de segunda-feira, que deverá conduzir à dissolução do Bundestag [parlamento alemão].

Foi o próprio chanceler Olaf Scholz que deu luz verde a esta dissolução, ao apresentar o pedido de voto de confiança após a dissolução em novembro da sua coligação governamental.

O resultado da AfD coloca o partido à frente dos social-democratas de Olaf Scholz, cujas projeções variam entre os 16% e os 17%, e atrás do bloco conservador CDU-CSU, que lidera as sondagens com 31% a 32% das intenções de voto.

A AfD tem poucas hipóteses de formar governo, uma vez que os outros partidos excluíram qualquer cooperação com o partido de extrema-direita, embora este possa obter alguns sucessos eleitorais depois de uma vitória na Turíngia, uma das antigas regiões comunistas do leste da Alemanha.

O partido de extrema-direita criticou fortemente o apoio militar da Alemanha à Ucrânia e apelou a um rápido fim da guerra provocada pela Rússia em 2022. “O governo alemão deve optar pelo final da guerra”, disse Chrupalla, cuja colega Alice Weidel encabeçará a lista do AfD como candidata do partido à chancelaria. “A Rússia ganhou esta guerra. A realidade surpreendeu aqueles que afirmam querer tornar a Ucrânia capaz de vencer a guerra“, disse o político de extrema-direita.

O conflito na Ucrânia deverá ser um dos principais temas da campanha eleitoral. O chanceler Scholz prometeu um apoio duradouro à Ucrânia, mas aconselhou cautela, pois espera conquistar o voto pacifista, que é particularmente forte no leste da Alemanha.

O Chanceler tem resistido aos apelos para enviar mísseis de longo alcance que Kiev poderia utilizar para atacar o território russo, receando que a Alemanha possa ser arrastada para o conflito, e teve recentemente contactos diretos com o Presidente russo Vladimir Putin.

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Como as mulheres estão a transformar a riqueza global (e brevemente o mundo)<span class='tag--premium'>premium</span>

A revolução silenciosa da “feminização da riqueza” promete um futuro mais diversificado e orientado para mudanças sociais. É uma oportunidade económica com força para gerar um sistema mais inclusivo.

Este artigo integra a 10.ª edição do ECO magazine, que pode comprar aqui.O mundo prepara-se para testemunhar uma das maiores transferências de riqueza da história, com as mulheres a assumirem um papel cada vez mais preponderante na gestão do património global.Este fenómeno, cunhado como “feminização da riqueza”, terá invariavelmente implicações profundas nas próximas décadas. Estima-se que nos próximos 20 a 25 anos, 83 biliões de dólares sejam transferidosentre gerações, segundo dados recentes do UBS. Deste montante, cerca de 9 biliões de dólares será transferido entre cônjuges, principalmente de homens para mulheres. E mais significativo ainda é que mais de 10% do bolo total seja transferido para a próxima geração de mulheres. Esta transferência massiva de riqueza para as mãos

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Raimundo admite situação “de grande exigência” no PCP

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2024

O secretário-geral do PCP, reeleito por unanimidade, pediu confiança no partido, salientando que "vai resistir, acumular forças e criar condições para avançar e crescer".

O secretário-geral do PCP defendeu que este “não é momento para desânimos” e pediu confiança no partido, salientando que “vai resistir, acumular forças e criar condições para avançar e crescer”. Paulo Raimundo, como de resto a Comissão Política e o Secretariado do PCP, órgãos executivos do partido, foram eleitos por unanimidade pelo Comité Central. No discurso de encerramento do 22º Congresso Nacional do PCP, em Almada, Paulo Raimundo salientou que a situação o partido enfrenta é “de grande exigência, o inimigo tem muita força e muitos meios”.

“Mas este não é o momento para desânimos e, àqueles que perdem esperança, lhes dizemos olhos nos olhos: olhem para este Congresso, confiem neste partido e juntos, ombro a ombro, vamos resistir, vamos acumular forças e vamos criar condições para avançar e para crescer”, frisou.

Paulo Raimundo defendeu “que há forças e forças suficientes, se organizadas e mobilizadas, para travar a minoria que capturou o país, ajoelhou o poder político e domina a economia ao saber dos grupos económicos“.

“Há forças e forças suficientes, se organizadas e mobilizadas, para enfrentar a política de classe ao serviço dos poderosos e pôr fim às desculpas esfarrapadas de que nunca há dinheiro para aumentar salários e reformas”, frisou.

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Marcelo promulga regras para financiar Anacom

  • Lusa
  • 15 Dezembro 2024

O Presidente da República promulgou o diploma do Governo que determina as condições em que os operadores realizam contribuições financeiras para a Anacom.

O Presidente da República promulgou o diploma do Governo que “determina os elementos essenciais da contribuição financeira devida à Autoridade Nacional de Comunicações por parte dos fornecedores de redes e serviços de comunicações eletrónicas“. Na prática, são as regras de financiamento da Anacom, o regulador do setor das comunicações, que

Numa nota publicada no sítio oficial da Presidência da República na Internet, Marcelo Rebelo de Sousa afirma que promulgou este diploma “partindo do princípio de que a jurisprudência constitucional nesta matéria apenas exige a adoção de ato legislativo e não de uma portaria, considerada inconstitucional”.

Na mesma nota, refere-se que diploma em causa, aprovado pelo executivo PSD/CDS-PP em 28 de novembro, “concretiza os elementos essenciais da contribuição devida pelas empresas de redes e serviços de comunicações eletrónicas, alterando a Lei das Comunicações Eletrónicas, aprovada em anexo à Lei n.º 16/2022, de 16 de agosto”.

Segundo o comunicado do Conselho de Ministros de 28 de novembro, o diploma “determina os elementos essenciais da contribuição financeira devida à Autoridade Nacional de Comunicações”, assegurando “o financiamento da regulação independente pelos regulados”.

De acordo com o Governo, “este regime tem em consideração o disposto no Acórdão de 29 de outubro de 2024 do Tribunal Constitucional”, que declarou a inconstitucionalidade do artigo 5.º, n.º 1, da Lei n.º 64/2008, de 05 de dezembro, sobre medidas fiscais, por violação da proibição constitucional de impostos retroativos.

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