Concluída reabilitação da Linha do Vouga entre Oliveira de Azeméis e Sernada

  • Lusa
  • 4 Agosto 2025

A obra representou um investimento total de 6,2 milhões no âmbito do plano reabilitação da Linha do Vouga que está a realizar, que prevê a renovação e beneficiação integral dos 96 kms.

A Infraestruturas de Portugal IP anunciou esta segunda-feira que está concluída a reabilitação integral da via na Linha do Vouga, entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga.

De acordo com fonte da empresa, a obra representou um investimento total de 6,2 milhões de euros, no âmbito do plano reabilitação da Linha do Vouga que está a realizar, que prevê a renovação e beneficiação integral dos 96 quilómetros de extensão da Linha.

“A empreitada de reabilitação da linha do Vouga entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga, agora concluída, consistiu na renovação da superestrutura da via com substituição integral de carril, travessas e fixações, a balastragem da via e ataque mecânico pesado”, descreve a nota.

Para o ano de 2026 está prevista uma intervenção complementar para repor o cruzamento de comboios nas estações de Pinheiro da Bemposta e Albergaria-a-Velha. Segundo a Infraestruturas de Portugal, a Linha do Vouga é usada por milhares de passageiros, servindo diretamente as populações dos concelhos de Espinho, Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Albergaria-a-Velha, Águeda e Aveiro.

O plano de reabilitação da linha contempla também a automatização de cerca de 70 passagens de nível, a estabilização de taludes e a melhoria dos sistemas de drenagem. A instalação de vedações de proteção e a beneficiação e relocalização de alguns apeadeiros são intervenções igualmente previstas naquele plano.

Segundo uma nota de imprensa da Infraestruturas de Portugal estão já concretizadas as intervenções nos troços entre Santa Maria da Feira e Oliveira de Azeméis, e entre Oliveira de Azeméis e Sernada do Vouga, bem como entre Sernada do Vouga e Águeda. De acordo com a mesma fonte foram também já realizadas empreitadas de reabilitação da via da ponte rodoferroviária de Sernada do Vouga e de reabilitação estrutural e proteção anticorrosiva da ponte do Rio Águeda.

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Trump prepara aumento substancial de tarifas à Índia. “Ataque é injustificado e irracional”, responde governo indiano

Trump justificou o aumento das tarifas por a Índia continua a comprar petróleo russo. O governo indiano lembra que os EUA incentivaram as importações para reforçar a estabilidade dos mercados globais.

O presidente dos EUA anunciou esta segunda-feira que vai “aumentar substancialmente” a tarifa paga pela Índia aos EUA. Donald Trump acusou o país de lucrar com transações de petróleo russo.

“A Índia não está apenas a comprar enormes quantidades de petróleo russo, como também, em seguida, a vender grande parte do petróleo adquirido no mercado aberto com grandes lucros”, disse o republicano na rede Truth Social. “Eles não se importam com a quantidade de pessoas que estão a ser mortas pela máquina de guerra russa. Por isso, aumentarei substancialmente a tarifa paga pela Índia aos EUA”, afirmou.

Em reação, o governo da Índia considera que a decisão de os EUA aumentarem as tarifas sobre as importações indianas, em retaliação pela compra de petróleo russo, é um “ataque injustificado e irracional”.

“Como qualquer grande economia, a Índia tomará todas as medidas necessárias para salvaguardar os seus interesses nacionais e a sua segurança económica”, informou o porta-voz do Ministério das Relações Externas da Índia, em comunicado.

Nova Deli responde à Casa Branca com a lembrança de que a maior economia do mundo continua a importar da Rússia hexafluoreto de urânio para a indústria nuclear, paládio para utilizar nos mercados dos veículos elétricos, fertilizantes e produtos químicos. E faz ainda acusações à União Europeia, referindo que em 2024 fez transações comerciais com a Rússia de 67,5 mil milhões de euros em mercadorias.

“A Índia começou a importar da Rússia porque os fornecimentos tradicionais foram desviados para a Europa após o início do conflito [com a Ucrânia]. Os Estados Unidos, na altura, incentivaram ativamente estas importações por parte da Índia para reforçar a estabilidade dos mercados globais de energia”, esclarece o governo de Narendra Modi, acrescentando que a aquisição visa “garantir custos de energia previsíveis e acessíveis” para os consumidores indianos.

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Tribunal de Contas deu visto favorável a plataforma que vai gerir bodycams para polícia

  • Lusa
  • 4 Agosto 2025

O contrato, assinado em março deste ano entre o Ministério da Administração Interna e a empresa Nos, tem a duração de 36 meses e a plataforma vai custar mais de um milhão de euros.

O Tribunal de Contas (TdC) deu visto favorável ao contrato para adquirir a plataforma que vai gerir as câmaras nos uniformes da polícia, conhecidas por bodycams, e a próxima etapa é a compra das câmaras. Em resposta enviada esta segunda-feira à Lusa, o TdC esclareceu que o contrato de aquisição da plataforma unificada de segurança dos sistemas de vigilância – que vai gerir as bodycams da PSP e da GNR – “foi objeto de decisão favorável no passado dia 26 de junho”.

O contrato assinado em março deste ano entre o Ministério da Administração Interna (MAI) e a empresa Nos tem a duração de 36 meses e a plataforma vai custar mais de um milhão de euros, de acordo com o documento publicado no portal Base.

“O contrato produz efeitos no dia útil seguinte à notificação do visto do Tribunal de Contas”, lê-se no contrato, que acrescenta ainda, relativamente aos prazos, que a empresa deve entregar e implementar a plataforma no prazo máximo de 45 dias contados a partir do início da vigência do contrato. Tendo em conta a data do visto do Tribunal de Contas, a plataforma deverá estar em funcionamento antes do final do mês de agosto.

Também em resposta à Lusa, o Ministério da Administração Interna (MAI) explicou que o contrato para aquisição da plataforma está em fase de execução. “Assim que a plataforma esteja implementada, será lançado o procedimento de aquisição das bodycams“, acrescentou o ministério liderado por Maria Lúcia Amaral.

O concurso público para aquisição da plataforma que vai gerir as bodycams foi lançado em abril de 2023, ainda pelo Governo de António Costa, prevendo a aquisição de forma faseada de cerca de 10.000 bodycams até 2026, num investimento de cinco milhões de euros. Este concurso acabou por ser impugnado duas vezes e só em janeiro deste ano é que o Supremo Tribunal Administrativo deu razão ao Governo e recusou a ação interposta pela empresa que impugnou o concurso.

Em fevereiro, no parlamento, o então secretário de Estado da Administração Interna, Telmo Correia, já tinha anunciado que o concurso público para aquisição das bodycams iria acontecer em breve, indicando que as mesmas deveriam ser adquiridas no prazo de seis meses, o que não chegou a acontecer.

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Chinesa Baidu e concorrente da Uber vão trazer táxi-robô para a Europa

O plano é começar pela Alemanha e pelo Reino Unido em 2026 e alargar a frota a pela Europa ao longo dos próximos anos.

A empresa chinesa Baidu, especializada em inteligência artificial, e a Lyft, uma das maiores concorrentes da Uber, anunciaram uma parceria estratégica para implementar táxis-robô na Europa no próximo ano.

O acordo prevê que a Lyft – que este ano comprou a Free Now por 175 milhões de euros para entrar na Europa – utilize os veículos autónomos da Baidu (Apollo Go) nos principais mercados europeus. O plano é começar pela Alemanha e pelo Reino Unido em 2026 e alargar a frota a pela Europa ao longo dos próximos anos, mas ainda requer aprovação regulatória.

“Esta colaboração representa o nosso compromisso em tornar a mobilidade autónoma acessível em todo o mundo, trabalhando com parceiros locais que compreendem as suas comunidades”, comentou o cofundador, presidente e CEO da Baidu, Robin Li, acrescentando que significa integrar a sua tecnologia de ponta de condução autónoma com uma plataforma de transporte de passageiros com “alcance e expertise operacional”.

Este é o primeiro passo dos táxis autónomos na Europa, uma vez que estas viagens sem motorista só são possíveis de realizar na China, na América ou nos Emirados Árabes Unidos (Dubai e Abu Dhabi). No caso da Apollo Go (Baidu), está presente em 15 cidades, onde fez cerca de 11 milhões de viagens em mil carros veículos autónomos.

Nos Estados Unidos é a Waymo One, da dona da Google, que lidera este mercado dos táxi-robô, onde a Tesla se lançou recentemente com testes em Austin.

No entanto, houve duas desistências sonantes. No final do ano passado, a General Motors pôs fim ao desenvolvimento de táxis autónomos, através da subsidiária Cruise, “dado o tempo e os recursos consideráveis que seriam necessários para expandir o negócio, juntamente com um mercado de táxis-robô cada vez mais competitivo”. Dois anos antes, fechou a Argo AI, uma startup apoiada pela Ford e Volkswagen e dedicada ao mesmo negócio.

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Ventura quer analisar em conjunto com Governo alterações à lei do trabalho

  • Lusa
  • 4 Agosto 2025

Líder do Chega quer criar uma "delegação conjunta de análise das alterações à lei laboral para que, em setembro, se possa dar andamento a isto de forma ponderada" e "auto contida".

O presidente do Chega, André Ventura, disse esta segunda-feira discordar de algumas matérias do anteprojeto do Governo de alterações à legislação laboral e revelou que vai propor ao primeiro-ministro a criação de uma delegação conjunta sobre este tema.

“Vou propor, aliás vou fazê-lo hoje, ainda não o fiz, sinceramente, mas vou fazê-lo hoje ao primeiro-ministro (…) que nós criemos uma delegação conjunta de análise das alterações à lei laboral para que, em setembro, se possa dar andamento a isto de forma ponderada e, digamos assim, auto contida”, afirmou o líder do Chega, em Évora.

Em declarações aos jornalistas, antes de uma reunião com autarcas e candidatos autárquicos do partido, a propósito das eleições autárquicas agendadas para 12 de outubro, o presidente do Chega criticou alguns dos pontos que constam do anteprojeto do Governo para a reforma da legislação laboral.

“O Chega não vai aceitar que se acabe ou que se limite o luto gestacional. Isso não faz nenhum sentido. Nós estamos com um problema demográfico, nós não podemos estar a punir ainda mais as mães e a atacar ainda mais a natalidade no nosso país”, argumentou. Além disso, prosseguiu, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Maria do Rosário Palma Ramalho, “lançou para o ar uma questão de fraude na amamentação, sem nenhuma base para isso”.

“Diz que há fraude e, portanto, como há fraude, vamos acabar com o direito prolongado à amamentação. O Chega não vai contribuir, e eu queria deixar isto claro, nem para limitar o direito da amamentação, nem para limitar o luto gestacional”, afiançou Ventura.

O líder do Chega disse perceber “a necessidade [de] que a lei laboral seja flexibilizada, a economia precisa de crescer, nós não podemos ter leis dos anos 70”, mas tal “não significa atacar as mães”. Portugal, insistiu, tem “um problema de demografia” e “um problema de natalidade” e, assim sendo, “não se ataca ainda mais as mães e as famílias”.

“E o que o Governo está a fazer é um ataque, ainda por cima sem qualquer cabimento económico, sem qualquer razoabilidade económica, às mães e às famílias”, reiterou, garantindo que, por um lado, “o Chega não o vai permitir”, mas, por outro, não pretende ser “força de bloqueio”.

Por isso, André Ventura revelou que vai “propor hoje ao primeiro-ministro [Luís Montenegro] que se constitua uma delegação conjunta para a análise das alterações à lei laboral entre o Chega e o PSD”, para que, em setembro, seja possível “avançar rapidamente com isto”.

“Espero que o Governo faça marcha atrás nesta matéria, porque há outros pontos em que podemos ter diálogo” e é preciso “modernizar as nossas leis”, mas não contem com o Chega “para ataque às famílias e às mães”, frisou. Questionado sobre se o PS não poderá também fazer parte dessa comissão, Ventura afastou a hipótese porque, na sua opinião, os socialistas não vão aceitar “nenhuma alteração à lei”.

Numa entrevista à TSF e ao Jornal de Notícias, a ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social afirmou que há abusos de algumas mães na utilização do direito à dispensa para amamentação dos filhos e considerou difícil compreender que crianças com mais de dois anos tenham de ser amamentadas durante o horário de trabalho.

O anteprojeto de reforma da legislação laboral, que prevê, segundo o Governo, a revisão de “mais de uma centena de artigos do Código de Trabalho”, já foi apresentado aos parceiros sociais e será negociado em sede de Concertação Social.

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“É muito preocupante que o SIRESP continue sem presidente”, critica PS

  • Lusa
  • 4 Agosto 2025

Os socialistas também criticam que, neste momento, o SIRESP funcione "com apenas 14 efetivos, quando aquilo que deveria ter era 29 efetivos".

O PS acusou esta segunda-feira o Governo de “não estar à altura” do trabalho do SIRESP, que continua sem presidente e viu recusada a contratação de efetivos, considerando que “não ficou demonstrada” a necessidade de substituição urgente do atual sistema.

Um grupo de deputados do PS visitou a operadora da Rede Nacional de Emergência e Segurança – SIRESP e no final, em declarações à agência Lusa, Miguel Costa Matos destacou “a confiança que existe no sistema e o seu elevado grau de disponibilidade”.

É evidente que um sistema como este precisa de contínuo compromisso e, portanto, é para nós surpreendente que a avaliação que o Governo fez a seguir ao apagão se tenha limitado a um pedido de informação da Anacom ao SIRESP, é muito preocupante que o SIRESP continue sem presidente desde março do ano passado, não obstante isto ter ficado na pasta de transição que o Governo do PS deixou ao Governo da AD”, criticou.

Segundo o deputado do PS, é igualmente preocupante que, no âmbito do plano de atividades e orçamento do SIRESP, “lhe tenha sido recusada a possibilidade de contratar pessoal”.

Neste momento o SIRESP funciona com apenas 14 efetivos, quando aquilo que deveria ter era 29 efetivos, pelo menos, segundo o plano que foi proposto. (…) Infelizmente, esse pedido foi negado da parte do Governo que agora, na sequência do apagão, veio de forma inusitada, solicitar uma substituição integral do SIRESP”, lamentou.

Para o PS, “é necessário reforçar a rede, melhorar a capacidade do SIRESP de responder”, mas defende que “não ficou demonstrada a necessidade de fazer uma substituição urgente do atual sistema tetra para um sistema de banda larga”.

“Considerando aquilo que são as práticas europeias, onde muitos países estão ainda a construir e vão continuar a usar por muitos anos a rede tetra”, explicou. Miguel Costa Matos manifestou ainda preocupação com o facto de o grupo de trabalho que o Governo criou, “que tinha um prazo de 90 dias que já acabou”, não tenha produzido ainda o seu relatório.

“Face aquilo que é a confiança que o sistema de proteção civil e de segurança têm no SIRESP, face ao trabalho que é aqui feito no sentido de manter a disponibilidade elevada da rede, o Governo não está à altura do trabalho que estas pessoas colocam todos os dias para nos manter seguros e da necessidade que o país tem de realmente ter um sistema de comunicações que permita responder às emergências”, criticou.

Na sequência desta visita, o PS envia agora ao Governo um conjunto de perguntas sobre o SIRESP que espera ver respondidas. A semana passada, o Governo anunciou que vai prorrogar o prazo para a entrega do estudo técnico destinado à substituição urgente do Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança (SIRESP).

Numa nota conjunta do Ministério da Administração Interna e do Ministério das Infraestruturas e Habitação, o Governo indica que prorroga o prazo, mas não estabelece uma nova data para a entrega do estudo.

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Luís Delgado entrega recurso para reverter fecho da dona da Visão

O acionista único da TiN pretende reverter a decisão do tribunal de 18 de julho, que não homologou o plano de insolvência do grupo e que determinou também o encerramento da sua atividade.

Luís Delgado, acionista único da Trust in News (TiN), entregou um recurso esta segunda-feira à tarde no Tribunal da Relação de Lisboa, no seguimento da sentença que determina o encerramento da dona de títulos como a Visão, Exame ou Jornal de Letras.

Os objetivos deste recurso passam por reverter a decisão do tribunal de que fosse “comunicado oficiosamente às Finanças o encerramento da atividade da devedora”, o que poria de imediato fim à atividade da empresa, uma vez que deixaria de poder faturar.

Por outro lado, pretende-se contestar a não homologação do plano de insolvência, apesar do mesmo ter contado com o voto favorável de 77% dos credores, atribuído ao plano de insolvência apresentado por Luís Delgado.

O plano de insolvência apresentado não foi homologado pela justiça, de acordo com a decisão do tribunal de 18 de julho, que determinou também o encerramento da sua atividade. Esta decisão de não homologação do plano de insolvência ainda não transitou em julgado. Luís Delgado avançou logo ao +M no próprio dia que iria recorrer da decisão.

O plano, recorde-se, tinha sido aprovado a 27 de maio, com 77% dos credores a votar favoravelmente e 23% contra. Segundo o documento, a TiN propõe aos credores um “compromisso de aporte de até 1,5 milhões de euros, faseadamente, e em função das necessidades da empresa para reforçar a tesouraria”, por parte do acionista único, Luís Delgado.

A juíza, no entanto, entendeu que o plano não era equilibrado para os credores. “Analisado o plano, em particular a última condição de pagamento supra reproduzida, suscita-se-nos a questão de saber se é lícito que as garantias prestadas pelos avalistas possam ficar suspensas enquanto o plano for cumprido pela devedora principal, isto é, se os credores não podem acionar os avalistas por qualquer das dívidas inseridas no plano e, no fundo, se a moratória que o plano prevê quanto ao cumprimento das obrigações vencidas e em incumprimento por parte da devedora principal, enquanto o plano se encontrar em cumprimento, também aproveita aos garantes”, lia-se no acórdão de não homologação.

Temos forçosamente de concluir que o plano em análise, ao prever a afetação do montante dos direitos dos credores da insolvência e ao suspender a sua eficácia junto dos garantes, enquanto o plano de insolvência for cumprido pela devedora principal (…) viola o regime jurídico das garantias pessoais (avais) composto por normas de natureza imperativa consagradas na Lei Uniforme relativa a Letras e Livranças“, refere-se também no acórdão.

Entretanto, o administrador de insolvência da TiN, André Correia Pais, dirigiu também na semana passada um requerimento ao tribunal, no qual pediu que a cessação de atividade da empresa seja adiada até outubro, data no qual termina o pré-aviso do despedimento coletivo, comunicado aos trabalhadores na semana anterior.

André Pais Correia reforçou também junto do tribunal o pedido, feito pela direção e editores da Visão, para que seja realizada nova assembleia geral de credores.

Na quinta-feira passada o Taguspark decidiu fechar a porta da redação dos títulos da Trust in News (TiN). No entanto, o Taguspark acedeu ao pedido de que a eletricidade fosse mantida, de forma a garantir o funcionamento dos servidores e, com isso, permitir que as receitas das vendas em banca possam ser faturadas.

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CMVM recebeu 9 contributos em consulta pública para prevenir crimes económicos

  • Lusa
  • 4 Agosto 2025

O regulador de mercados recorda que este projeto, que altera um regulamento de 2020, pretende “fortalecer a supervisão baseada no risco”.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) recebeu nove contributos para o projeto de regulamento de prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo (PBCFT), adiantou, em comunicado, esta segunda-feira.

No relatório da consulta pública, lançado em abril e divulgado no site da entidade, a CMVM recorda que este projeto, que altera um regulamento de 2020, pretende “fortalecer a supervisão baseada no risco”, bem como “promover uma compreensão mais sistemática dos riscos pelas entidades supervisionadas” e “alinhar o regime com os padrões internacionais, assegurando simultaneamente o respeito pelo princípio da proporcionalidade”.

“A consulta pública da CMVM contou com a participação de nove entidades”, destacou.

A entidade lembrou que neste âmbito, propôs-se “o reforço das obrigações de reporte das entidades financeiras, densificando a informação exigida, nomeadamente no que respeita às contrapartes e às transferências envolvendo jurisdições de risco elevado, o qual resulta particularmente relevante para a identificação do risco inerente às atividades cross-border [transfronteiriças] das entidades sujeitas à supervisão da CMVM”.

Foi ainda proposto “o alargamento do âmbito do dever de reporte aos prestadores de serviços de financiamento colaborativo de capital ou por empréstimo”, destacou, entre outras questões. A CMVM indicou que a ponderação das respostas recebidas, “que contribuíram decisivamente para a qualidade do processo regulatório, conduziu à revisão” de alguns aspetos.

“Cumpre, ainda, referir que foram recebidos alguns contributos que, face à insuficiência de enquadramento para a sua adequada contextualização, não foram objeto de resposta específica, mantendo-se a CMVM disponível para o esclarecimento de quaisquer dúvidas que subsistam”, indicou.

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Declarações da ministra do Trabalho são insultuosas, diz António Filipe

  • Lusa
  • 4 Agosto 2025

“O que a ministra diz acerca das mães trabalhadoras é insultuoso", disse o candidato presidencial, que defende a avaliação da ACT para situações irregulares.

O candidato presidencial António Filipe considerou esta segunda-feira insultuosos os argumentos da ministra do Trabalho sobre mães trabalhadoras, classificando de “declaração de guerra a quem trabalha” as alterações à legislação laboral propostas pelo Governo.

Em declarações à agência Lusa à margem de uma ação de campanha sobre desporto, António Filipe foi questionado sobre a entrevista à TSF e ao Jornal de Notícias da ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, na qual disse haver abusos de algumas mães na utilização do direito à dispensa para amamentação dos filhos e considerou difícil compreender que crianças com mais de dois anos tenham de ser amamentadas durante o horário de trabalho.

“As declarações da senhora ministra do Trabalho são muito preocupantes porque são sintomáticas do que está por trás, daquilo que o Governo, pela voz da sua maior responsável pela área do trabalho, pensa”, defendeu. Segundo o candidato presidencial apoiado pelo PCP, “isso reflete-se” nas propostas do anteprojeto de alterações ao Código do Trabalho, que “são uma verdadeira declaração de guerra a quem trabalha” e um “enorme desvalorização dos trabalhadores”.

O que a ministra diz acerca das mães trabalhadoras é insultuoso. Se a ministra desconfia que haja situações irregulares, o que tem que fazer é que a Autoridade para as Condições de Trabalho faça a avaliação que seja necessária”, defendeu. Para António Filipe, Maria do Rosário Palma Ramalho não pode fazer “um ataque generalizado às mães trabalhadoras na base de desconfianças” que acusa de ter decidido lançar.

“O está apresentado no anteprojeto é uma provocação a quem trabalha, não só no caso das mães e do ataque que se faz às licenças de maternidade e paternidade, mas em geral aos trabalhadores”, condenou.

O candidato presidencial apoiado pelo PCP reiterou, tal como tinha dito na sexta-feira, que em caso de eleição como Presidente da República e se estas alterações à lei laboral avançassem nos termos, “não teria dúvidas” em enviar a proposta para o Tribunal Constitucional e em manifestar a sua discordância em termos políticos, ou seja, usando o poder de veto.

O anteprojeto de reforma da legislação laboral, que prevê, segundo o Governo, a revisão de “mais de uma centena de artigos do Código de Trabalho”, já foi apresentado aos parceiros sociais e será negociado em sede de Concertação Social.

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Portos de Lisboa e Setúbal têm nova administração. Vítor Caldeirinha nomeado presidente

Ex-líder da Associação dos Portos, professor académico e técnico especialista do Ministério das Infraestruturas e Habitação regressa à casa onde iniciou a sua carreira no setor portuário.

Os portos de Lisboa e Setúbal vão passar a ser liderados por Vítor Caldeirinha, especialista em gestão portuária e logística. O Governo nomeou o novo conselho de administração comum à Administração do Porto de Lisboa (APL) e à Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS), que será presidido por Vítor Caldeirinha que regressa à casa onde começou a carreira no setor portuário.

Vítor Caldeirinha, até então professor académico e técnico especialista do Ministério das Infraestruturas e Habitação, é doutorado em Gestão pela Universidade de Évora, formou-se também em Gestão Portuária, e conta com mais de 30 anos de experiência no setor, incluindo a direção e presidência na APSS entre 2013 e 2016 e a presidência da Associação dos Portos de Portugal (APP), através da qual representou os portos do país junto da Comissão Europeia e outras entidades internacionais.

A completar a administração estão Ana Lemos, Nuno Viterbo e Paulo Ventosa enquanto vogais executivos.

“A nova liderança conjunta da APL e da APSS surge num momento estratégico para os portos do continente, marcado pela implementação de uma nova visão para o sistema portuário nacional. Entre os principais desafios estão a reavaliação das concessões na margem norte do Tejo e a criação de sinergias operacionais e comerciais entre os portos de Lisboa e Setúbal, reforçando o seu papel no desenvolvimento económico da região e do país”, referem as administrações.

A Estratégia para os Portos Comerciais do Continente 2025-2035 (Portos 5+) prevê um investimento de 4.000 milhões de euros, sendo que a maioria do valor (75% ou 3.000 milhões de euros) virá dos privados através do lançamento de 15 novas concessões. Nos próximos dez anos, o plano é que movimentem cerca de 125 milhões de toneladas em carga e aproximadamente três milhões de passageiros.

Quem são os novos vogais da administração?

  • Ana Lemos é licenciada em Direito e tem pós-graduações em Direito do Trabalho, Proteção de Dados, Marketing Público e Regulação Pública. Desempenhou funções técnicas e de direção em organismos como o extinto Instituto Portuário e dos Transportes Marítimos, a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) ou o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) ao longo de mais de duas décadas.
  • Nuno Viterbo é arquiteto paisagista e o atual chefe da Equipa Multidisciplinar do Gabinete de Requalificação e Imagem Urbana (GARIU) do município de Setúbal. “Com uma longa carreira na administração pública local, liderou várias divisões ligadas ao urbanismo, imagem urbana e mobilidade, com forte enfoque na valorização e ordenamento do espaço público, em particular no contexto urbano”, informam a APL e a APSS.
  • Paulo Ventosa esteve mais de 20 anos no Grupo Santander, onde foi controller, gestor de orçamentos e projetos operacionais, bem como responsável por serviços técnicos de avaliação de imóveis. Na companhia Santander Totta Seguros exerceu também funções de controller e teve responsabilidades de gestão orçamental, controlo de custos e análise estratégica da seguradora

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Novas tarifas tornam “economicamente inviável” exportar cacau brasileiro para os EUA

  • Lusa
  • 4 Agosto 2025

A economia norte-americana representa o segundo destino do cacau brasileiro e responde por 18% das exportações do setor. 

A indústria brasileira do cacau alertou esta segunda-feira que será “economicamente inviável” exportar para os Estados Unidos com as tarifas de 50% que entram em vigor na quarta-feira.

A Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) manifestou, em comunicado, a sua preocupação com a nova taxa que afetará as exportações de derivados de cacau do Brasil para os Estados Unidos.

De acordo com a AIPC, que reúne as quatro empresas responsáveis por aproximadamente 95% da compra e moagem de cacau no Brasil, a economia norte-americana representa o segundo destino do cacau brasileiro e responde por 18% das exportações do setor.

Além disso, a entidade assinala que a taxa “ameaça diretamente a competitividade do setor” e coloca em risco “o funcionamento da indústria nacional de processamento de cacau”, uma vez que a sua estrutura produtiva “depende da moagem das amêndoas”, cujo principal subproduto é a manteiga de cacau.

Este derivado, disse, é “muito procurado pelo mercado norte-americano”, que concentra praticamente 100% das exportações brasileiras deste produto.

Nesse sentido, a associação afirmou que “acredita no diálogo como caminho para superar o conflito” e reforçou a “necessidade de um esforço na esfera diplomática” para que tanto o cacau como os seus derivados sejam incluídos na lista de quase 700 itens que ficaram isentos da tarifa.

Em 2024, as exportações de derivados do cacau para o mercado norte-americano totalizaram 62 milhões de euros e, no primeiro semestre deste ano, já atingiram 56 milhões de euros.

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EDP Renováveis encaixa 160 milhões de euros com venda de parque solar em Espanha

A transação deverá ocorrer ao longo de 2025, estando ainda sujeita a aprovações.

A EDP, através da sua subsidiária EDP Renováveis, vendeu um portefólio solar à Prosolia Energy. O portefólio, localizado em Espanha, foi vendido por 160 milhões de euros, indica esta segunda-feira a empresa em comunicado no site da Comissão do Mercados de Valores Mobiliários (CMVM).

O portefólio inclui cinco centrais solares em operação localizadas nas regiões da Andaluzia e Castela e Leão, com uma vida média inferior a um ano. Contudo, os mesmos projetos beneficiam de Contratos de Aquisição de Energia (PPA, na sigla em inglês) de longo prazo.

A conclusão da transação está sujeita a condições suspensivas, regulatórias e outras condições habituais para uma transação desta natureza, estando prevista ocorrer durante o ano de 2025.

Com esta transação, a EDPR já assegurou aproximadamente 800 milhões dos dois mil milhões de euros que colocou como objetivo de proveitos de rotação de ativos para 2025, conclui a empresa.

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