PS pede ao Banco de Portugal documentos sobre fim do acordo no Novobanco

Grupo parlamentar socialista quer ter acesso aos documentos e informações relacionadas com o fim do acordo de capital contingente entre o Novobanco e o Fundo de Resolução.

O grupo parlamentar do PS apresentou esta segunda-feira um requerimento junto do Banco de Portugal para obter informação e documentação relacionada com o fim antecipado do acordo de capital contingente (CCA) entre o Novobanco e o Fundo de Resolução, anunciado em dezembro.

Em específico, os deputados socialistas requereram ao supervisor liderado por Mário Centeno o seguinte:

  • O acordo de cessação de vigência do Acordo de Capitalização Contingente, assinado a 9 de dezembro de 2024, entre o Fundo de Resolução e a Nani Holdings;
  • A ata da reunião de conselho de administração que aprovou este acordo;
  • O side agreement assinado entre as partes anteriormente mencionadas e o Estado a regular as condições de venda do Novobanco;
  • Informação se foi dado conhecimento ao Tribunal de Contas dos acordos acima mencionados;
  • Uma memória descritiva das ações, litígios e diferendos e do seu respetivo ponto de situação, bem como dos valores em causa e para que contraparte;
  • Uma relação das provisões contraídas pelo Novobanco ou pelo Fundo de Resolução sobre as ações, litígios e diferendos descritos no número anterior.
  • A avaliação previsional do Fundo de Resolução sobre a necessidade de fazer novos pagamentos no âmbito de perdas do CCA em 2025;
  • A previsão de aplicação por parte do Fundo de Resolução dos dividendos a receber do Novobanco, designadamente de amortização do crédito contraído pelo Fundo de Resolução a contrapartes públicas e privadas.

A Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública vota esta quarta-feira um outro requerimento apresentado pelo grupo parlamentar socialista para a realização de audições do ministro das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, do governador do Banco de Portugal, Mário Centeno, e do presidente do Fundo de Resolução, Luís Máximo dos Santos, sobre o término antecipado do CCA.

O Novobanco e o Fundo de Resolução anunciaram no dia 9 de dezembro o termo antecipado do mecanismo de capital contingente criado aquando da venda do banco ao fundo americano Lone Star, quando Mário Centeno era ministro das Finanças do governo de António Costa.

O fim CCA vai permitir ao Novobanco pagar 1,3 mil milhões de euros em dividendos, com cerca de 300 milhões a entrarem nos cofres públicos. E avançar para a venda – o que poderá acontecer em maio através de uma oferta pública inicial.

No âmbito do CCA, o Fundo de Resolução injetou mais de 3,4 mil milhões de euros no Novobanco para a cobertura de perdas relacionadas com ativos tóxicos herdados do BES e dos rácios de capital do banco.

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BE pede audição urgente do secretário de Estado Hernâni Dias no parlamento

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2025

Bloquistas consideram que o Secretário de Estado ao criar duas imobiliárias, quando já era membro do Governo, "pode configurar conflito de interesses nas suas funções”.

O BE requereu esta segunda-feira a audição urgente do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sobre a criação de duas empresas imobiliárias “que podem configurar conflito de interesses”.

Num requerimento assinado pela deputada Joana Mortágua e dirigido ao presidente da comissão de Poder Local e Coesão Territorial, refere-se que Hernâni Dias “criou duas empresas imobiliárias quando já era membro do Governo”.

A bancada bloquista realça que “este ato pode configurar conflito de interesses nas suas funções”, dado que o ministério que Hernâni Dias integra é o responsável pelo recém-publicado decreto que altera o Regime Jurídico dos Instrumentos de Gestão Territorial, a polémica lei dos solos.

O requerimento refere que Hernâni Dias “fundou uma primeira sociedade, a 28 de outubro de 2024, a MCRH Singular, Lda, com a sua esposa e filhos, em Bragança, enquanto já estava no executivo” e “detém 35%, a esposa outra fatia igual e cada um dos filhos 15%”, empresa que se dedica “ao setor imobiliário, construção civil e «gestão de património»”.

“Nessa altura, já a lei dos solos estava a ser preparada pelo executivo e dois meses depois haveria de ser publicada em Diário da República. Duas semanas depois daquela empresa, fundou outra empresa, a Prumo, Esquadria e Perspetiva, lda, na Maia, com os mesmos fins. Nesta tem metade do capital e uma menor de idade tem os restantes 50%”, continua o requerimento bloquista.

Joana Mortágua escreve que “a criação da primeira empresa foi comunicada à Entidade para a Transparência, no entanto, a segunda empresa não foi comunicada”.

“A juntar a estes factos recorde-se que o referido Secretário de Estado está envolvido em polémicas relevantes referentes a atos cometidos antes da sua entrada para o governo, nomeadamente em relação à gestão de fundos europeus enquanto presidente de câmara [de Bragança]”, é acrescentado.

Chega pede demissão de Hernâni Dias

O líder do Chega pediu, por seu lado, a demissão do secretário de Estado e anunciou que vai apresentar um diploma para que ninguém na administração pública aufira um salário superior ao do primeiro-ministro.

Em conferência de imprensa na sede nacional do Chega, em Lisboa, André Ventura considerou que a notícia divulgada pela RTP revela uma “situação de incompatibilidade pura” e é “corrupção aos olhos de todos”.

“Acho que o primeiro-ministro só tem uma solução: é demitir Hernâni Dias rapidamente. Se não o fizer, é cúmplice: está a pactuar com esquemas de suspeição e degradação da democracia”, afirmou, recordando que já foi noticiado que Hernâni Dias também está a ser investigado pela Procuradoria Europeia devido ao negócio da empreitada de ampliação da Zona Industrial de Bragança, feito quando era autarca daquela cidade.

André Ventura procurou comparar os casos que envolvem o secretário de Estado Hernâni Dias e o ex-deputado do Chega Miguel Arruda, constituído arguido por suspeita de furto de malas no aeroporto de Lisboa. “Deixo o desafio ao senhor primeiro-ministro: num caso 100 mil vezes mais grave, que envolve contrapartidas no exercício de funções públicas, benefício próprio no processo de legislativo, vai tomar a mesma atitude que eu tomei em relação a um deputado ou só vale a crítica e a exigência para o Chega?”, perguntou.

Ventura anunciou ainda que o partido vai dar entrada com um requerimento para ouvir com urgência Hernâni Dias no parlamento, caso o secretário de Estado não seja demitido, prometendo ainda aprovar o pedido já feito pelo BE com o mesmo efeito.

O líder do Chega indicou ainda que vai pedir à comissão parlamentar de Transparência e Estatuto dos Deputados para emitir um parecer sobre a situação do secretário de Estado e irá também solicitar à Entidade da Transparência as declarações entregues por Hernâni Dias “para verificar se esta situação já era conhecida do primeiro-ministro”.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem agora beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações. Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias está a ser investigado pela Procuradoria Europeia e é suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

De acordo com a RTP, a propriedade de um imóvel ocupado no Porto pelo filho de Hernâni Dias pertence ao filho de um dos sócios de uma construtora que ganhou o concurso para a ampliação da zona industrial de Bragança. Esta terça-feira, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência bancária, conforme contrato”.

No domingo, a coordenadora do BE, Mariana Mortágua, pediu a demissão de Hernâni Dias, e opôs-se fortemente ao decreto sobre a lei dos solos que vai ser alterada pelos deputados do parlamento mas que os bloquistas queriam revogar.

(Notícia atualizada às 17h37)

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Peso das receitas e despesas públicas mais do que duplicou desde 1974

Mais de dois euros em cada três de despesa pública correspondem a despesas com prestações sociais, saúde e educação, representando 30% do PIB, quatro vezes mais do que em 1974, destaca BdP.

O peso das receitas e das despesas públicas mais do que duplicou entre 1974 e 2023, de acordo com uma análise do Banco de Portugal divulgada esta segunda-feira. Os dados revelam que mais de dois euros em cada três de despesa pública correspondem a despesas com prestações sociais, saúde e educação, representando 30% do Produto Interno Bruto (PIB), quatro vezes mais do que no ano da Revolução dos ‘Cravos’.

A análise do supervisor bancário assinala que, “em grande medida, com o desenvolvimento do Estado Social, as receitas e as despesas públicas aumentaram substancialmente.

Desde 1974, as receitas e as despesas públicas mais do que duplicaram em percentagem do PIB, passando de valores em torno de 20% para 43%, no caso das receitas, e 42%, no caso das despesas“.

Fonte: Banco de Portugal

A contribuir para o aumento da despesa pública estiveram os encargos do Estado com prestações sociais, educação e saúde. Mais de dois euros em cada três de despesa pública correspondem a estas áreas, representando 30% do PIB, quatro vezes mais do que em 1974.

Esta variação traduz, além da dinâmica demográfica, as políticas públicas de apoio ao desenvolvimento do capital humano e de proteção e coesão social, enquadradas pelos direitos sociais consagrados na Constituição da República Portuguesa. As prestações sociais são particularmente relevantes na mitigação da pobreza. Em 2023, permitiram reduzir a taxa de risco de pobreza de 40,3% para 16,6%“, refere o Banco de Portugal.

Fonte: Banco de Portugal

Paralelamente, o crescimento das receitas públicas “beneficiou da modernização do sistema fiscal”, nomeadamente com a introdução do IRS, do IRC e do IVA, e do aumento das contribuições sociais. O supervisor realça que “a importância relativa dos impostos indiretos na carga fiscal é superior à da média da União Europeia, ao contrário das contribuições sociais e, sobretudo, dos impostos diretos”.

A entidade liderada por Mário Centeno destaca que na generalidade dos países desenvolvidos, as despesas e as receitas públicas são agora “muito superiores” às da segunda metade da década de 70.

A maior magnitude dos défices orçamentais no nosso país ao longo destes 50 anos refletiu-se num crescimento da dívida pública que suplantou o significativo crescimento observado também naqueles países. Resultou inclusive num peso da dívida na economia superior a 100%, quase mais 20 pontos percentuais do que nesses países“, realça.

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Carga movimentada no porto de Lisboa subiu 3,6% em 2024 para 11,3 milhões de toneladas

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2025

Este aumento resulta "da recuperação das linhas de contentores e da introdução de novas rotas comerciais que agora ligam Lisboa a mercados estratégicos", como ao continente americano.

O Porto de Lisboa registou um total de 11,3 milhões de toneladas movimentadas no ano passado, um crescimento de 3,6% em relação ao período homólogo, com a carga contentorizada a subir 12%, adiantou, num comunicado divulgado esta segunda-feira.

Segundo a mesma nota, “este crescimento em 2024 verificou-se principalmente ao nível da carga geral e contentorizada e resulta, em grande medida, da recuperação das linhas de contentores e da introdução de novas rotas comerciais que agora ligam Lisboa a mercados estratégicos, como por exemplo ao continente americano”.

Assim, o porto da capital “encerrou o ano passado com resultados positivos e consolidados no setor da carga, registando um crescimento de 3,6% face ao período homólogo”, ou seja, “um total de 11,3 milhões de toneladas movimentadas de janeiro a dezembro de 2024”.

No que diz respeito ao segmento de carga geral, o porto de Lisboa registou 5,28 milhões de toneladas, um crescimento de 13,6% em relação ao ano anterior, sendo que “a carga contentorizada foi outro dos motores deste desempenho”, aumentando 12% e totalizando 4,9 milhões de toneladas.

De acordo com o Porto de Lisboa, “este segmento contabilizou ainda 460.746 TEU (unidades equivalentes a contentores de 20 pés), um aumento significativo de 9,8% em comparação com 2023”.

Paralelamente, o Porto de Lisboa registou “um total de 2.386 escalas de navios ao longo de 2024, o que representa um aumento de 6,7% face ao ano anterior”, destacando-se um “crescimento de 13% nas escalas de navios de mercadorias, que totalizaram 1.902 escalas”.

Carlos Correia, presidente do Conselho de Administração da APL – Administração do Porto de Lisboa, acredita que a tendência de crescimento irá manter-se este ano.

“Estamos confiantes de que esta recuperação irá manter-se este ano. A paz social a que temos assistido no Porto de Lisboa tem sido outro dos pilares fundamentais para os números que apresentamos hoje serem possíveis. Este ambiente de estabilidade é imprescindível para garantir a continuidade da recuperação e da nossa competitividade no contexto portuário europeu e global”, realçou, citado na mesma nota.

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Morais Leitão apoia Nos na aquisição da tecnológica Claranet

A equipa multidisciplinar da Morais Leitão foi liderada pelos sócios Jorge Simões Cortez e Gonçalo Fleming.

A Morais Leitão assessorou a Nos no acordo para a aquisição, pelo valor de 152 milhões de euros, de 100% do capital social da Claranet Portugal, empresa tecnológica de referência especialista na modernização e gestão de aplicações críticas e infraestrutura 24×7.

A equipa multidisciplinar da Morais Leitão foi liderada pelos sócios Jorge Simões Cortez e Gonçalo Fleming, contando ainda com a colaboração, entre outros, de Catarina Brito Ferreira, Ana Isabel Seabra, Inês Magalhães Correia e Maria Cortes Martins (corporate), Vasco Stilwell de Andrade (IP) e Joaquim Vieira Peres, Philipp Melcher e Dzhamil Oda (Concorrência). A conclusão da transação está sujeita à não oposição da Autoridade da Concorrência.

A Nos informou esta segunda-feira a CMVM de que alcançou um acordo entre a Nos e a Claranet Group Limited (“Grupo Claranet”), com vista à aquisição de 100% do capital social da Claranet Portugal.

A Claranet Portugal, fundada em 1995 e parte do Grupo Claranet desde 2005, evoluiu de fornecedor pioneiro na área de serviços de Internet para um fornecedor de serviços de TI. A empresa é especializada em modernizar, proteger e implementar infraestruturas críticas, aplicações e dados 24×7, com experiência em Cloud, Cibersegurança, Workplace, Data & AI e Aplicações. Tem clientes em onze países, mais de 3300 colaboradores e 24 escritórios.

Após 10 anos de consecutivo crescimento, a Claranet Portugal registou receitas de 205 milhões de euros no exercício financeiro de 2024 e gerou 15,4 milhões de euros de EBITDA. “Esta transação valoriza a Claranet Portugal em 9,9x EBITDA”, destaca a Nos em comunicado enviado ao mercado.

Este acordo “permitirá à Nos reforçar a sua posição de parceiro tecnológico relevante e de confiança para os seus clientes empresariais, expandindo, simultaneamente, as suas capacidades no setor da tecnologia, o qual se encontra em rápido crescimento”, afirma a empresa.

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Universidade do Minho chama parceiros para criar rede de inovação industrial

Universidade do Minho criou uma rede com uma dezena de instituições do seu ecossistema para alavancar competitividade regional assente na investigação e na inovação.

A Universidade do Minho junta-se a sete centros de tecnologia e inovação, a um laboratório colaborativo e a duas instituições de interface para lançar a rede UMinho Innovation Alliance com vista ao desenvolvimento de projetos comuns que coloquem a região Norte no mapa da competitividade industrial.

Os 11 parceiros assinam, esta quarta-feira, um memorando de entendimento no polo da UMinho, em Guimarães. Passarão depois a debater e construir agendas comuns de I&D e inovação com vista à criação e valorização do conhecimento científico-tecnológico, e promoção da competitividade regional assente na investigação e inovação.

Campus de Azurém da Universidade do Minho, Guimarães27 janeiro, 2024

Entre os objetivos comuns estão ainda a partilha de redes de contacto, infraestruturas e processos de internacionalização, e a organização de sessões sobre temas tecnológicos críticos.

“Complementar recursos, competências, capacidades e influência no processo de desenvolvimento de novos produtos, processos e sistemas integrados, passando pelas fases de conceito, desenvolvimento, prototipagem e validação até à sua transferência e implementação industrial” é outro dos objetivos desta rede.

Entre os parceiros da UMinho contam-se sete centros de tecnologia e inovação: Centro de Computação Gráfica (CCG), Polo de Inovação em Engenharia de Polímeros (PIEP), Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal (CITEVE), Centro de Nanotecnologia e Materiais Técnicos, Funcionais e Inteligentes (CeNTI), Centro para a Valorização de Resíduos (CVR), Instituto de Inovação em Materiais Fibrosos e Compósitos (Fibrenamics) e Centro de Interface Tecnológico Industrial (CITIN).

São ainda parceiros o Laboratório Colaborativo em Transformação Digital (DTx), a Associação Universidade-Empresa para o Desenvolvimento (TecMinho) e o Centro de Competências do Agroalimentar para o Setor das Carnes (TECMEAT).

Com vista a levar a bom porto este projeto, a Universidade do Minho reclama o reconhecimento “como caso exemplar de promoção da competitividade regional através da investigação e inovação”. Aliás, assegura, tem provas dadas como “motor essencial de desenvolvimento e inovação, contribuindo decisivamente para o fortalecimento do ecossistema regional e nacional de inovação”.

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Apple reforça posição como marca mais valiosa do mundo

  • + M
  • 27 Janeiro 2025

A Nvidia integra pela primeira vez o top 10 do ranking que identifica as 500 marcas mais valiosas do mundo, tendo o seu valor de marca crescido 98%.

A Apple volta a reforçar a sua posição como marca mais valiosa do mundo, sendo avaliada em 574,5 mil milhões de dólares. O valor da marca da maçã foi assim revisto em alta, numa subida de 11% em relação a 2024.

De acordo com o ranking das marcas da Brand Finance, quatro das cinco marcas mais valiosas do mundo são da área da tecnologia, todas apresentando um crescimento acima de dois dígitos. À Apple segue-se a Microsoft (461,1 mil milhões de dólares), a Google (413 mil milhões) e a Amazon (356,4 mil milhões). No quinto lugar, e a uma distância considerável, surge a Wallmart (137,2 mil milhões).

Samsung (110,6 mil milhões), TikTok (105,8 mil milhões), Facebook (91,5 mil milhões), Nvidia (87,9 mil milhões) e State Grid (85,6 mil milhões) completam as primeiras dez posições do ranking que identifica as 500 marcas mais valiosas do mundo. A Nvidia entrou para o top 10 pela primeira vez, tendo o seu valor da marca crescido 98% este ano.

Destaque ainda para o facto de as 500 marcas mais valiosas do mundo, no seu conjunto, terem crescido 10% em valor em 2025, para 9,5 biliões.

Os EUA são o país que contribui com mais marcas para ranking — com 193 marcas, mais de metade do total –, seguindo-se a China (69) e a Alemanha (27), respondendo por 15% e 6% do valor total de marca global.

Em termos de setores, a banca lidera, com 78 marcas (contribuindo para 13% do valor total), seguido pelo retalho, com 45 marcas (11%), e media, com 24 marcas (10%).

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KGSA anuncia a nova área de Fiscal com a subida a sócio de Manuel Simões de Carvalho

Manuel Simões de Carvalho acaba de ser nomeado sócio da área Fiscal da KGSA, sociedade com a qual colabora desde 2022 como of counsel.

Manuel Simões de Carvalho acaba de ser nomeado sócio da área Fiscal da KGSA, sociedade com a qual colabora desde 2022 como of counsel, e onde tem assessorado empresas dos setores tecnológico, consumer products e industrial, bem como fundos de investimento e family offices, assegurando uma oferta em temas de impostos sobre o rendimento (pessoal e empresarial), impostos sobre bens imóveis, imposto do selo, IVA e contencioso tributário.

Com quase 20 anos de experiência, tendo passado por outras sociedades como a Deloitte, e a Vieira de Almeida, Manuel Simões de Carvalho “tem sido amplamente reconhecido pela qualidade no aconselhamento a clientes nacionais e internacionais em matérias fiscais complexas, incluindo operações de M&A e capital de risco, restruturações empresariais, temas de fiscalidade internacional e aquisições e alienações de ativos imobiliários”, segundo comunicado do escritório. “A sua nomeação reflete a contínua aposta da KGSA em atrair e reter talento de topo, permitindo a sociedade consolidar e expandir a sua prática fiscal, promovendo a inovação e a excelência técnica”.

“A nomeação de Manuel Simões de Carvalho como sócio e líder da área Fiscal é um passo estratégico e importante para a KGSA. A sua experiência e visão estão completamente alinhadas com o nosso projeto e com a nossa equipa, e o desenvolvimento desta área de prática pelo Manuel contribuirá significativamente para o crescimento e sucesso contínuo da KGSA” afirmou Cláudia Raposo Correia, sócia da firma.

“É uma honra e um privilégio fazer parte da KGSA e liderar a Área Fiscal. Estou entusiasmado com a oportunidade de continuar a trabalhar com uma equipa tão talentosa e dedicada e de contribuir para o fortalecimento da nossa oferta de serviços, numa área tão relevante para os clientes, independentemente do setor em que atuem”, refere Manuel Simões de Carvalho.

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António Costa promete “apoio constante” a Zelensky e quer que insista na adesão à UE

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2025

O progresso até hoje foi impressionante. A UE vai estar com a Ucrânia pelo tempo que for necessário", completou o presidente do Conselho Europeu.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, prometeu esta segunda-feira ao Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o “apoio constante” de toda a União Europeia (UE) e insistiu no progresso no processo de adesão ao bloco comunitário.

“Tive um bom encontro com o Presidente Zelensky e prometi-lhe o apoio constante da UE. A decisão hoje tomada sobre as restrições contra a Rússia expressa-o”, escreveu António Costa na rede social X. António Costa, ex-primeiro-ministro de Portugal, “encorajou [Volodymyr Zelensky] a continuar a trabalhar na adesão da Ucrânia à UE”.

O progresso até hoje foi impressionante. A UE vai estar com a Ucrânia pelo tempo que for necessário”, completou o presidente do Conselho Europeu. A Ucrânia é país candidato à adesão ao bloco político-comunitário desde junho de 2022, quatro meses depois do início da invasão russa.

Em novembro de 2023, a Comissão Europeia recomendou o início das negociações para aproximar ainda mais o país invadido pela Rússia e do bloco comunitário.

No ano passado, em março, na sequência dos progressos feito, foi recomendada a aceitação do quadro de negociações, que contempla várias reformas que o país tem de concluir, nomeadamente em matéria de direitos humanos, corrupção e crime organizado.

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UE apoia Moldova com 30 milhões de euros para comprar gás

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2025

A região tem de contar com as reservas de carvão e de gás para fornecer eletricidade e aquecimento à sua população desde o início do ano.

A União Europeia (UE) vai apoiar a Moldova com uma ajuda de emergência de 30 milhões de euros para aquisição e transporte de gás natural para a região separatista da Transnístria, totalmente dependente do fornecimento de gás russo.

Segundo um comunicado, através deste pacote, a UE “está pronta a financiar a compra e o transporte de gás natural para a região da Transnístria, a fim de ajudar a restabelecer a eletricidade e o aquecimento para os mais de 350 mil habitantes da região até 10 de fevereiro de 2025”.

Este pacote de assistência surge numa altura em que a região da Transnístria está a atravessar uma grave crise energética. Desde 1 de janeiro, a gigante energética russa Gazprom deixou de canalizar gás para a região. Em consequência, a região tem de contar com as reservas de carvão e de gás para fornecer eletricidade e aquecimento à sua população, o que é insuficiente para cobrir as suas necessidades.

A 13 de dezembro de 2024, a Moldova decretou estado de emergência energética durante 60 dias, na iminência de uma crise humanitária perante a ameaça da suspensão do fornecimento de gás russo à Europa através da Ucrânia. A região separatista da Transnístria também declarou estado de emergência.

Após o início da guerra russa na Ucrânia, a 24 de fevereiro de 2022, o Governo de Kiev declarou que não iria prolongar o contrato de cinco anos assinado em 2019 com o consórcio de gás russo Gazprom para a passagem do seu gás pelo território ucraniano.

A região separatista da Transnístria ganhou destaque após o início da guerra devido aos laços com a Rússia e à sua importante posição geoestratégica. Kiev chegou mesmo a denunciar alegadas incursões russas na Ucrânia ocidental a partir da região separatista. A Rússia mantém um contingente de 1.500 soldados na Transnístria, cujos separatistas pró-Moscovo controlam o território desde a guerra civil na Moldova, em 1992.

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Maioria dos portugueses admite pagar valores superiores por bens essenciais mais sustentáveis

  • Lusa
  • 27 Janeiro 2025

A análise concluiu que os portugueses estão disponíveis para pagar, em média, cerca de 10% a mais por sustentabilidade em qualquer categoria de produtos.

A maioria dos portugueses admitiu pagar um valor mais elevado por opções mais sustentáveis em categorias de produtos essenciais como energia, bens alimentares, higiene e roupa, segundo um estudo da Boston Consulting Group (BCG).

Entre as várias categorias de produtos, destacou-se, em 2024, a energia, onde 57% dos inquiridos revelou estar disposto a pagar um extra por sustentabilidade, o que representa um crescimento de 15 pontos percentuais face a 2023.

Adicionalmente, as categorias de bens alimentares (56%), produtos de higiene (55%) e roupa e acessórios (53%) são aquelas em que os inquiridos disseram ter maior disponibilidade para pagar um extra por sustentabilidade.

No fim da lista ficaram os bens de luxo (18%) e brinquedos e jogos (29%).

A análise concluiu ainda que os portugueses estão disponíveis para pagar, em média, cerca de 10% a mais por sustentabilidade em qualquer categoria de produtos.

Ainda assim, apenas 32% dos inquiridos revelou considerar frequentemente o impacto ambiental nas suas decisões, menos cinco pontos percentuais face à média europeia, mas esta proporção sobe para 41% em adultos com mais de 64 anos, que “mostram uma maior consciencialização para este tema”.

Adicionalmente, 12% dos inquiridos admitiu não tomar decisões sustentáveis, mais dois pontos percentuais em relação ao ano anterior, e um em cada 10 inquiridos disse não estar familiarizado com o impacto das suas escolhas.

Embora na teoria haja esta disponibilidade, na prática, muitos portugueses ainda não traduzem esta intenção em ações concretas no momento da compra, muitas vezes devido a constrangimentos financeiros ou à falta de informação“, referiu, em comunicado, o diretor-geral da BCG em Lisboa, Carlos Elavai.

O estudo “Consumer Sentiment Survey” (Pesquisa de opinião do consumidor) tem como base um inquérito a 1.000 portugueses em todo o território de Portugal continental, feito entre 06 e 20 de agosto de 2024, com 38 perguntas relacionadas com os seus hábitos de consumo em 2024.

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Nos ganha músculo na tecnologia para empresas com compra da Claranet

Receitas do segmento empresarial da operadora têm subido à boleia do "momentum" do Corporate, que cresceu 12% até setembro com projetos de TI. Operação reforça peso da tecnologia no M&A em Portugal.

A Nos NOS 1,29% está a criar a bagagem para se tornar numa verdadeira fornecedora de Tecnologias de Informação (TI) para empresas. Em apenas seis meses, comprou uma participação minoritária numa startup de Inteligência Artificial (IA) e adquiriu a totalidade do capital da tecnológica Claranet Portugal ao grupo britânico com o mesmo nome por 152 milhões de euros.

Estrategicamente, a aposta faz sentido para a Nos, porque a operadora apercebeu-se de que os projetos tecnológicos que desenvolve com empresas estão a crescer, bem como o segmento de consultoria digital, que autonomizou há dois anos (Ten-Twenty-One). A ideia, segundo apurou o ECO, é que a Claranet se mantenha uma entidade autónoma (em vez de ser ‘engolida’ pela Nos) e, a partir daí, se façam sinergias e aumente o cross selling. Até porque o alvo emprega 900 pessoas no país e faturou 205 milhões de euros no exercício fiscal de 2024.

“A Claranet Portugal vai continuar a operar de forma autónoma, preservando a sua identidade, liderança, equipas de gestão e equipas operacionais, assim como a sua base sólida de clientes, mantendo o foco em continuar a prestar serviços de qualidade”, confirmou ao ECO fonte oficial da empresa liderada por António Miguel Ferreira, que contou com a assessoria da Uría Menéndez.

O que faz a Claranet? Fundada em Londres em 1996, a Claranet foi evoluindo de um ISP (Internet Service Provider) para um fornecedor de serviços geridos (managed services provider) independente, contando mais de 10 mil clientes empresariais a nível global. Atualmente, está especializada em armazenamento na nuvem (cloud), cibersegurança, aplicações e programas de dados e IA. A maioria do negócio está ligada à cloud e workplace, o nome que se dá aos softwares de comunicação internos das empresas ou programas colaborativos para os trabalhadores.

O grupo Claranet, do qual a subsidiária nacional faz parte desde 2005, conta com cerca de 3.300 colaboradores espalhados pelos 24 escritórios em 11 países (Reino Unido, Portugal, Brasil, França, Alemanha, Países Baixos, Suíça, Espanha, Itália, Índia e Estados Unidos da América), além de 50 centros de dados. Questionada sobre a ligação à holding, a Claranet Portugal diz ao ECO que “vai manter parceria estratégica com o grupo Claranet, dando continuidade à estreita colaboração internacional, em particular prestando serviços a clientes do Grupo Claranet noutros mercados”.

O crescimento da Claranet Portugal também tem sido por aquisições. Entre 2014 e 2017, a Claranet Portugal adquiriu cinco empresas: Echiron, Flesk, Outscope, Inok Consulting e ITEN Solutions. Nos anos da pandemia de Covid-19, a estratégia de M&A do grupo manteve-se, mas foi direcionada para mercados como Espanha e América Latina, deixando em suspenso as compras em terras lusas. A partir de 2022, voltou às compras em Portugal com a aquisição da Bizdirect (Digitmarket) por 12 milhões de euros, no âmbito de um acordo com a Sonae IM, a Aitec e o Banco BPI.

Algo que também poderá ter interessado à Nos são as dezenas de parcerias que a Claranet tem, nomeadamente com Lenovo, Huawei, Microsoft, Konica Minolta, Fábrica dos Unicórnios de Lisboa, entre outras. Até com a maior sociedade de advogados do país – Vieira de Almeida (VdA) – a empresa tem projetos de desenvolvimento tecnológico tendo sido responsável por criar e instalar um “ChatGPT” privado para o escritório, outras ferramentas de IA generativa e um programa de migração acelerada para a cloud.

“É uma organização suficientemente grande para lidar com projetos de qualquer escala, em qualquer indústria, mas suficientemente pequena para se adaptar facilmente às necessidades dos clientes, que estão em constante mudança”, sintetiza a própria empresa.

Crescimento “muito encorajador”

A Nos já está a colher frutos desta aposta no digital, como se vê pelo facto de as receitas do segmento empresarial terem registado um crescimento de 8,4%, para 269,1 milhões de euros, nos primeiros nove meses de 2024 devido ao “momentum positivo registado no segmento de Corporate, que aumentou 12,1%”, que foi “alavancado por um maior volume de projetos de TI”, de acordo com o relatório financeiro até setembro.

O CEO da NOS, Miguel Almeida, realçou o peso das soluções orientadas para a tecnologia no portefólio, principalmente no mercado empresarial, que regista um “crescimento muito encorajador”.

“Continuamos a lançar projetos inovadores, muitas vezes em colaboração, através do nosso Hub 5G, com empresas locais e parceiros de investigação académica e tecnológica. Estamos também muito satisfeitos com os resultados iniciais que observamos nas nossas operações adjacentes de valor acrescentado, como as soluções de segurança e de casa inteligente da Nos e a Ten-Twenty-One, o nosso negócio de consultoria de serviços de cloud”, comentou, na mensagem publicada com o mais recente relatório e contas. A Nos apresenta os resultados de 2024 no próximo dia 26 de fevereiro.

Às 14h52, as ações da Nos avançavam 1,50% para os 3,385 euros cada, numa sessão em que o índice PSI negoceia praticamente inalterado.

Quanto à Claranet, teve um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de aproximadamente 15 milhões de euros no exercício fiscal de 2024, mais 9% do que no mesmo período de 2023. Para esse número contribuiu o aumento de 15% na receita de serviços, sobretudo com as áreas de dados (data/AI) e segurança.

Destaque ainda para a intervenção da Claranet na proteção da banca dos hackers. Recentemente, num artigo de opinião enviado ao ECO, o diretor de serviços financeiros da Claranet Portugal explicava que, nos últimos anos, tem-se assistido a uma crescente sofisticação dos ataques de phishing, o que representa uma ameaça significativa para a segurança da informação não só das empresas como dos utilizadores.

Nuno Sousa detalhava que em 2023, segundo o Statista, foram detetados quase nove milhões de ataques de phishing em todo o mundo e, só no primeiro trimestre de 2024, havia quase um milhão de websites de phishing únicos.

“As práticas de phishing usando alfabetos não latinos, QR codes maliciosos e clones de websites bancários são, então, ameaças emergentes no ciberespaço que exigem vigilância constante e medidas de segurança aprimoradas. A prevenção eficaz deverá passar pela combinação de ferramentas tecnológicas, da educação do utilizador e de uma abordagem proativa para a segurança da informação. A colaboração entre governos, indústrias e indivíduos é vital para combater estas ameaças e proteger os dados sensíveis contra cibercriminosos”, escreveu o executivo da Claranet.

Tecnologia conquista segundo lugar nos negócios

O setor da Internet, software e serviços de TI foi o segundo mais dinâmico em termos de fusões e aquisições em Portugal no ano passado. Em 2024, registaram-se 70 transações nesta área, o que catapultou esta indústria do digital para o segundo lugar da tabela logo atrás do indestronável imobiliário (105 transações). Ainda assim, houve uma queda de 18% em termos homólogos, acompanhando a tendência do mercado transacional como um todo.

Segundo a base de dados TTR Data, o negócio de M&A do ano 2024 foi de biotecnologia: a venda da empresa portuguesa FairJourney Biologics, avaliada em 900 milhões de euros, ao fundo suíço Partners Group pela Global Healthcare Opportunities (GHO).

Os especialistas consultados pelo ECO garantem que este é um setor que continuará a sobressair no M&A, sobretudo devido a uma sigla que tem feito correr muita tinta: IA.

Já na semana passada a portuguesa PHC Software, até então liderada por Ricardo Parreira e com sede no Taguspark, rendeu-se à segunda investida da francesa Cegid, líder europeu de soluções empresariais na cloud para finanças, recursos humanos, retalho e setores empresariais, depois de uma primeira tentativa de aquisição em 2022.

Notícia atualizada às 16h58 com declaração da Claranet

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