Lisboa é o primeiro ‘hub’ da dona da Cartier fora da Suíça e vai contratar 400 pessoas

  • Lusa
  • 27 Maio 2025

Grupo Richemont inaugurou esta terça o novo centro de competências na capital portuguesa, num investimento de "dezenas de milhões" de euros. Já foram contratados cerca de 100 colaboradores.

O grupo Richemont, que detém marcas como Cartier, Van Cleef & Arpels ou Montblanc, escolheu Lisboa para o seu primeiro ‘hub’ tecnológico fora da Suíça, que vai contratar 400 pessoas até 2028, disse à Lusa o responsável pela operação.

Lucas De Gaulejac, ‘TCC manager – Technology Competency Center manager’ da Richemont, responsável operacional pelo Centro Tecnológico da Richemont em Lisboa, não adiantou valores de investimento, mas admitiu que anda à volta das “dezenas de milhões”. “Estamos a planear investir significativamente em talento, para chegar a 400 pessoas, o que é, obviamente, um investimento significativo”, acrescentou Lucas De Gaulejac.

“Também estamos a investir significativamente em imóveis”, nomeadamente no centro de competências hoje [terça-feira] inaugurado, com 3.200 metros quadrados, localizado no Green Campus, no Parque das Nações, com práticas de sustentabilidade “de vanguarda”. Atualmente, já foram contratados cerca de 100 profissionais e a ideia é atingir 400 dentro de três anos.

Um das razões para o grupo suíço ter escolhido Lisboa para instalar o seu primeiro hub tecnológico fora da Suíça, que vai funcionar como uma extensão, deve-se muito ao ecossistema inovador da cidade e a “base de pessoas muito qualificadas” que a Richemont procura.

Estamos à procura de pessoas qualificadas“, nomeadamente perfis de engenheiros, e “temos um plano ambicioso, vamos tentar apoiar também pessoas qualificadas e requalificadas que queiram participar e trabalhar connosco“, salientou o responsável. “Estamos aqui há cerca de um ano e já recrutámos 100 pessoas e o plano é chegar às 400 nos próximos anos. Portanto, em termos de dimensão, o objetivo final é de cerca de 400 para já” em 2028, detalhou.

A Richemont, além de Genebra tem um centro em Xangai, mas que está dedicado à construção de infraestrutura e aplicações específicas para a China, pelo que o grupo não considera um ‘hub’ tecnológico.

“Adotámos uma visão global e, depois, começámos a analisar mais profundamente onde tínhamos as competências que procurávamos”, já que este hub “é uma extensão da nossa equipa em Genebra” e as “prioridades são as mesmas” que lá, contou Lucas De Gaulejac.

Além do talento e da proximidade, a capital portuguesa foi também escolhida por ter “muito boa literacia de inglês” e porque “é um centro de inovação da Europa, houve um investimento significativo do Governo, também do município, e tornou-se realmente uma cidade onde faz sentido investirmos”, argumentou. Outro dos pontos fortes foi a “conectividade” e a “comunidade em si”.

Assim, “tendo um local onde sabíamos que tínhamos bons parceiros, garantimos também que tem uma visão a longo prazo e sabemos que Lisboa está a investir em tecnologia a longo prazo. Por isso, para nós, também faz todo o sentido”, reforçou, salientando que foram analisadas várias localizações, sem avançar nomes das cidades concorrentes da capital portuguesa.

“Acredito que, com o investimento feito ao longo dos anos, Lisboa se tornou muito interessante em termos de comunidade tecnológica e, por isso, queremos participar nisso”.

Em primeiro lugar, “estamos a abrir muitas vagas, estamos a criar oportunidades de emprego. Também, e isso é algo com que a Richemont se preocupa, vamos continuar a qualificar os nossos colaboradores” e “isso significa que, pelo menos, estaremos a renovar o mercado em termos de competências tecnológicas”, considerou.

A Richemont quer participar no ecossistema tecnológico e admite fazer parcerias com universidades, instituições, ‘startups’, incubadoras, entre outros.

Sabemos que comunidade e tecnologia só funcionam quando se partilham ideias e se colabora, é muito importante para nós fazermos parte da comunidade que nos fez querer vir para cá“, admitiu o responsável, salientando que o grupo já tem “algumas parcerias com universidades para um programa global”, mas que procurará “ir além disso”. Além disso, o grupo suíço pretende reter talento, nomeadamente permitindo uma progressão na carreira. “Vamos investir para assegurar o seu crescimento quando entram”, para que não fiquem presos ao mesmo lugar, asseverou.

Este ‘hub’ “é uma extensão da equipa de Genebra, que lida com tecnologia à escala global para o grupo, vai cobrir as necessidades tecnológicas globais, mas também as de todo o grupo e das suas ‘Maisons’, que é como chamamos às nossas empresas”. Isso inclui desde inteligência artificial (IA), soluções e aplicações orientadas para negócios, operações internas ou para o cliente, tudo o que as ‘Maisons’ estão a utilizar para os seus clientes, entre outros.

“Teremos IA, teremos cloud, se quiser entrar em detalhes específicos (…), teremos todos os tipos de engenheiros”: de cloud, de soluções, de software, de machine learning [aprendizagem automática], apontou. Para Lucas De Gaulejac, a tecnologia e as marcas de luxo trabalham em conjunto, ainda por cima num grupo que aposta na inovação.

O grupo Richemont tem 24 ‘Maisons’ com uma presença global, em mais de 150 localizações, a maioria tem presença comercial em Portugal, através das suas boutiques ou de parceiros externos.

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Quase 300 mil votos de emigrantes chegaram a Lisboa

  • Lusa
  • 27 Maio 2025

Votos da emigração começaram a ser contados. Chegaram ao local de contagem, cerca de 244 mil são da Europa, 44 mil do círculo Fora da Europa 18 mil da Ásia e um pouco menos de África.

Mais de 296 mil votos dos portugueses residentes no estrangeiro chegaram a Lisboa até segunda-feira, segundo a Comissão Nacional de Eleições (CNE), onde esta terça-feira começou a contagem dos votos.

A operação de contagem dos votos por via postal começou às 9h00, com mais de 1.050 cidadãos indicados pelos partidos políticos distribuídos por 150 mesas de voto para realizar o escrutínio.

O porta-voz da CNE, André Wemans, disse aos jornalistas que mais de 296 mil votos tinham chegado até segunda-feira, acrescentando que poderão chegar mais votos durante o dia de hoje e quarta-feira.

Sobre a chegada das cartas com os votos dos portugueses residentes no estrangeiro, Wemans referiu que está “ligeiramente idêntica à dos anos anteriores”, sem “grande alteração” e sem “um aumento significativo”.

Dos votos que chegaram ao local de contagem, o responsável da CNE estima que “cerca de 244 mil são da Europa, 44 mil do círculo Fora da Europa (…) 18 mil da Ásia e um pouco menos de África”.

Relativamente às questões relacionadas com o sigilo sobre a identidade dos eleitores, que, juntamente com o boletim de voto, deveriam ter enviado uma cópia do cartão de cidadão, André Wemans assegurou que “cada mesa tem à disposição uma máquina de destruição de papel e assim que o voto é lançado nos cadernos verificados, esse documento de identificação é automaticamente destruído”.

Após o apuramento dos votos, os resultados finais dverão ser publicados no Diário da República, na sexta-feira ou no sábado, disse o responsável.

Estes votos decidirão se é o PS ou o Chega a ficar em segundo lugar nestas eleições.

Em relação aos deputados eleitos pela Europa e Fora da Europa, serão dois os escolhidos por cada um destes dois círculos.

Nos últimos 20 anos, o PS e o PSD dividiram os mandatos pela Europa e Fora da Europa, mas este bipartidarismo terminou em 2024, quando o Chega elegeu um deputado por cada um dos círculos.

Os três partidos mais votados serão ouvidos pelo Presidente da Republica, Marcelo Rebelo de Sousa, na quinta-feira.

A AD – Coligação PSD/CDS venceu as eleições legislativas de 18 de maio, com 89 deputados, se se juntarem os três eleitos pela coligação AD com o PPM nos Açores, enquanto PS e Chega empataram no número de eleitos para o Parlamento, 58.

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Provedora exige que Segurança Social deixe de pedir devolução das prestações sem dar explicação

Provedora avisa que há diversos casos em que a Segurança Social tem exigido devolução de prestações sociais, sem ouvir e dar as devidas explicações aos beneficiários. Exige correção destas práticas.

A Provedora de Justiça tem recebido várias queixas de cidadãos que foram notificados pela Segurança Social para devolverem prestações sociais recebidas há anos, sem que tenham sido ouvidos ou informados sobre o assunto. Numa recomendação emitida esta terça-feira, Maria Lúcia Amaral exige que essas “práticas irregulares” sejam corrigidas.

“A Segurança Social limita-se a notificar os cidadãos — muitas vezes depois de ter expirado o prazo que a lei prevê para a anulação de atos administrativos com efeitos retroativos — para restituir o que receberam, identificando a prestação e o período a que esta se reporta, mas sem indicar os motivos por que entende que aquela deve ser devolvida“, relata a Provedora de Justiça, que defende que “esta forma de atuação impede as pessoas de compreender o que está em causa, de exercer o seu direito de contestação ou até de invocar a (frequente) prescrição da obrigação de restituir”.

Na nota divulgada esta manhã, Maria Lúcia Amaral detalha que, quando o beneficiário visado está a receber prestações, a Segurança Social “procede à compensação automática e imediata, mais uma vez sem dar explicações e, consequentemente, sem conceder a devida possibilidade de pagar voluntariamente ou de pedir o pagamento em prestações”.

A Provedora de Justiça dá mesmo exemplos: uma pensão atribuída em 2023 foi reduzida sem explicação para compensar uma dívida de 2014, e duas pessoas ficaram sem parte do subsídio de doença para compensar dívidas que remontavam aos anos 1990, “sem qualquer aviso prévio”.

“Em alguns casos de compensação e de suspensão das prestações, observou-se ainda descumprimento dos limites mínimos de subsistência fixados na lei, o que é especialmente gravoso quando estão em causa prestações que constituem a única fonte de rendimento dos cidadãos visados”, alerta Maria Lúcia Amaral.

A Provedora de Justiça considera, assim, que esta forma de atuar da Segurança Social constitui um desrespeito por garantias fundamentais previstas na Constituição e no Código do Procedimento Administrativo, como o direito à notificação e à fundamentação dos atos administrativos e à audiência prévia.

“A Provedora de Justiça salienta que atuação da Administração Pública deve ser orientada por critérios de justiça, transparência e respeito pelo Estado de Direito, com especial atenção às situações de pessoas que dependem das prestações sociais para assegurar a sua subsistência”, é acrescentado na nota.

E recomenda, por isso, que a legislação seja afinada, de modo a que a Segurança Social reveja as suas práticas, cumprindo, designadamente, os deveres de notificação e fundamentação, o respeito pelos limites legais da compensação, e a garantia dos direitos de defesa do cidadão.

“A Provedora de Justiça recomendou a revisão do Decreto-Lei n.º 133/88, de 20 de abril para assim corrigir um conjunto de práticas irregulares que persistem há longos anos, não obstante diversos alertas, no âmbito da cobrança de prestações sociais pagas pela Segurança Social”, é salientado na nota.

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A relevância dos dados nas empresas de seguros

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  • 27 Maio 2025

Amplamente considerados “o petróleo do século XXI”, os dados quando corretamente permitem apoiar os processos de tomada de decisão. Contudo, encerram também um conjunto de desafios e armadilhas.

As mais recentes estimativas apontam para uma produção diária de informação na internet de 403 milhões de terabytes. Apesar de nem toda esta informação ser conservada, o stock de dados no final do ano passado foi estimado na ordem dos 149 zettabytes (mil milhões de terabytes), com uma trajetória de acelerado crescimento para o futuro. Esta realidade não será diferente ao nível das empresas, com volumes crescentes de dados armazenados e um potencial significativo de os transformar em informação útil para o desenvolvimento dos seus negócios. Assim, a capacidade de obter, processar e conservar dados de diversas naturezas tem o potencial de criar vantagens competitivas relevantes para as empresas. Para tal, a capacidade de gerar informação e agir sobre ela torna-se fulcral, a que acresce a necessidade de ter em conta eventuais obstáculos técnicos e legais. Neste artigo focamo-nos nos efeitos desta situação para as empresas de seguros.

A capacidade atual de computação e de armazenamento permite um nível de granularidade de superior utilidade para as companhias. As tradicionais análises por ramo e por produto foram sendo pormenorizadas, ajustando-se a características sociodemográficas de tomadores e pessoas seguras e a detalhes sobre os objetos seguros. Com o adequado tratamento, a análise desta informação permite às companhias ajustar as suas estratégias de negócio, definindo políticas de preço, produto e relação comercial que contribuam para o crescimento do negócio e para a melhoria da sua rendibilidade, incluindo mecanismos de prevenção e deteção de fraude. Para o sucesso destas iniciativas, é crucial que se tenha como preocupação a qualidade dos dados desde o momento em que são gerados. Sem a sua correta inserção em sistema face à documentação original, os resultados que daí se obtenham estarão distorcidos e prejudicarão a tomada de decisão, com impacto no negócio e na satisfação do cliente.

Diogo Santos, Senior Manager EY, Assurance Financial Services

Outra das considerações relevantes neste âmbito é a infraestrutura de armazenamento e processamento daquela informação. Com maior ou menor profundidade, as companhias têm procurado soluções remotas e em cloud, as quais lhes permitem maior flexibilidade e segurança a custos tendencialmente mais baixos. Se o volume de dados assim o exigir, estas infraestruturas remotas podem também ser utilizadas para mais rapidamente extrair informação, beneficiando de um processamento mais rápido, devendo ao mesmo tempo ser ponderadas as garantias de segurança em comparação com as soluções on-prem. Por outro lado, ao requerer o envolvimento de terceiros, esta opção exige desenvolvimento de planos de monitorização dos níveis de serviço e recuperação em caso de falha desses prestadores.

Para satisfação e cumprimento dos requisitos legais dos tomadores e pessoas seguras, é necessário atender às suas preocupações em matéria de privacidade. A existência de informação detalhada permite traçar perfis que se deve procurar garantir que, na ótica dos visados, não constitui rastreamento que possa ser visto como excessivo. Para tal, importa que as companhias mantenham políticas claras de tratamento de dados, dando cumprimento sem demora e sempre que aplicável aos direitos de acesso, retificação e eliminação.

Pelo exposto, observamos que a disponibilidade de grandes volumes de informação corresponde a uma mais-valia para as companhias de seguros, requerendo ainda assim dedicação e cuidados para que as conclusões obtidas se reflitam positivamente na atividade. Parece claro que será mais uma área em necessidade de constante adaptação para que as companhias encontrem formas de ajustar a capacidade de armazenamento e processamento de dados à sua geração para que deles se extraia informação que contribua positivamente para a evolução do negócio.

Diogo Santos, Senior Manager EY, Assurance Financial Services

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Bruxelas aprova fundo de 150 mil milhões para reforçar Defesa

O fundo SAFE será financiado por emissões de dívida europeia com o intuito de os Estados-membros comprarem material militar maioritariamente produzido na Europa.

A União Europeia aprovou (UE) esta terça-feira um fundo de 150 mil milhões de euros para conceder empréstimos aos 27 Estados-membros interessados na compra conjunta de equipamentos militares.

A iniciativa, proposta pela Comissão Europeia em março, visa acelerar a rearmamento do continente e reforçar a indústria de defesa na Europa. Designado como Security Assistance for Europe (SAFE), este pacote impõe um critério de “compra europeia” que exige pelo menos 65% de conteúdo de empresas sediadas na União Europeia, no Espaço Económico Europeu ou em países parceiros como a Ucrânia.

“Adotámos o primeiro programa de investimento em defesa em grande escala a nível da UE no valor de 150 mil milhões de euros. Não se trata apenas de um êxito da Presidência, mas da União Europeia no seu conjunto“, referiu Adam Szłapka, ministro polaco dos Assuntos Europeus (país que ocupa atualmente a presidência da União Europeia) em comunicado.

O SAFE irá recorrer a dívida emitida em nome da União Europeia, permitindo aos governos pedir empréstimos bonificados para projetos de defesa conjuntos. Os fundos podem ser aplicados na aquisição de sistemas de mísseis, drones, munições de artilharia, sistemas de defesa aérea, aeronaves estratégicas de mobilidade militar e plataformas de ciber-segurança e inteligência artificial.

A inclusão de empresas turcas no âmbito do SAFE suscitou reservas de Estados como a Grécia e o Chipre, devido à ocupação do norte cipriota pela Turquia desde 1974. Por regra, qualquer empresa não-europeia não pode representar mais de 15% de um projeto, embora esta percentagem possa subir a 35% se o principal contratante europeu se comprometer a estudar, num prazo de dois anos, a substituição por um fornecedor comunitário.

Após a aprovação pelos ministros da Defesa ou das Finanças dos 27 países (com a Hungria a abster-se), o SAFE entrará em vigor ainda este mês sem necessitar de ratificação pelo Parlamento Europeu, graças ao recurso aos poderes de emergência previstos nos tratados da União Europeia.

Posteriormente, Bruxelas vai abrir as candidaturas a projetos que combinem necessidades estratégicas e requisitos industriais, marcando uma mudança significativa na política de segurança e defesa comum europeia.

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Há mais mulheres a trabalhar. Fosso entre eles e elas no emprego diminuiu

Diferença entre taxa de emprego dos homens e das mulheres encolheu na UE em 2024, pelo quinto ano consecutivo. Em Portugal, aumentou ligeiramente, mas fosso foi abaixo da média comunitária.

O fosso entre homens e mulheres no que diz respeito à participação no mercado de trabalho voltou a encolher no último ano na União Europeia (UE), de acordo com os dados divulgados esta terça-feira. É a quinta descida consecutiva, mostram os números do Eurostat.

“Em 2024, o fosso de género no emprego na UE foi de dez pontos percentuais, com a taxa de emprego dos homens em 80% e a das mulheres em 70,8%. O fosso recuou 0,2 pontos percentuais face a 2023 e 1,1 pontos percentuais face a 2014″, informa o gabinete de estatísticas, num destaque publicado esta manhã.

O Eurostat realça que o fosso de género no emprego na União Europeia foi “particularmente pronunciado” entre a população que nasceu fora do Velho Continente. Nesse caso, a diferença foi de 18,1 pontos percentuais em 2024, com a taxa de emprego dos homens que nasceram no estrangeiro a rondar os 83% e a das mulheres 65%.

Entre os vários Estados-membros, há, contudo, diferenças notórias. Em Itália, o fosso de género no emprego fixou-se em 19,4 pontos percentuais em 2024, apenas 0,1 pontos percentuais abaixo do observado em 2023. Esse foi o país europeu com o pior registo neste indicador.

Destaque também para a Grécia e para a Roménia, onde a diferença na participação feminina e masculina no mercado de trabalho também foi das mais altas da Europa (18,8% e 18,1%, respetivamente).

Em contraste, a Finlândia é o país que melhor sai na fotografia. Nesse Estado-membro, a diferença entre a taxa de emprego deles e delas é de somente 0,7 pontos percentuais.

em Portugal, o fosso de género no emprego situou-se em 5,7 pontos percentuais em 2024, abaixo da referida média comunitária, mas acima do registado em 2023 (5,5 pontos percentuais). Este aumento acontece depois de dois anos consecutivos de recuos.

Por outro lado, o Eurostat assinala que o fosso de emprego entre pessoas com e sem incapacidades foi “especialmente impressionante”, atingindo 24 pontos percentuais, como mostra o gráfico acima.

Também neste caso, Portugal, com um fosso de 21,3 pontos percentuais, fica abaixo da média comunitária, mas cima do registado em 2023 (14 pontos percentuais).

Entre os vários países, é a Eslovénia (14,2 pontos percentuais) que verifica a menor diferença na participação no mercado de trabalho de pessoas com e sem incapacidades, enquanto a Roménia (44,8 pontos percentuais) ocupa o lado oposto da tabela.

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Bruxelas investiga quatro grandes sites de pornografia

  • Lusa
  • 27 Maio 2025

A Comissão Europeia vai investigar Pornhub, Stripchat, XNXX e XVideos, centrando-se na falta de proteção eficaz de menores de idade.

A Comissão Europeia vai investigar quatro plataformas digitais de conteúdo pornográfico – Pornhub, Stripchat, XNXX e XVideos — centrando-se na falta de proteção eficaz de menores de idade.

“As crianças não devem ter acesso a pornografia”, reiterou um porta-voz do executivo comunitário, na conferência de imprensa diária.

De acordo com um comunicado de imprensa, o executivo comunitário vai centrar as investigações — que decorrem ao abrigo da Lei dos Serviços Digitais (DAS, na sigla inglesa) – na falta de proteção eficaz dos menores nas quatro plataformas pornográficas, especialmente no que se refere à ausência de sistemas de verificação da idade.

Numa análise preliminar, a Comissão Europeia concluiu que as plataformas em causa falham na adoção de medidas adequadas e proporcionadas para garantir um elevado nível de privacidade, segurança e proteção dos menores, em especial com instrumentos de verificação da idade para proteger os menores de conteúdos adultos.

As grandes plataformas visadas não cumprem também as regras de avaliação dos riscos e medidas de atenuação de quaisquer efeitos negativos nos direitos da criança e no bem-estar mental e físico dos utilizadores, e para impedir que os menores acedam a conteúdos para adultos, nomeadamente através de instrumentos adequados de verificação da idade.

Paralelamente, os Estados-membros, reunidos no Comité Europeu dos Serviços Digitais, estão a tomar uma ação coordenada contra as plataformas pornográficas de menor dimensão.

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Turismo de Portugal e SIC com prémio no New York Festivals TV & Film Awards

Duas campanhas da turismo de Portugal conseguiram uma prata e um bronze. Série "Os Eleitos", da SIC, arrecadou o bronze e campanhas dos municípios do Fundão e de Vila do Bispo chegaram a shortlist.

Foram cinco as produções portuguesas distinguidas nos New York Festivals – TV & Film Awards, onde se destacam os filmes de promoção turística, que conseguiram quatro dos prémios. O evento reúne e avalia conteúdo criado a nível global, entre diversos géneros que vão desde séries de entretenimento a documentários ou filmes promocionais.

O destaque desta edição, entre os premiados nacionais, vai para o projeto “Portugal’s Unwritten Recipe”, da Dentsu Creative e da Casper Films para o Turismo de Portugal, que conquistou a prata, na categoria Corporate Image Tourism. O filme tem por objetivo a promoção de Portugal enquanto destino turístico, destacando a gastronomia como expressão da história, cultura e tradição do país.

O Turismo de Portugal conquistou ainda bronze com o projeto “Portugal is Art”, desenvolvido pela Dentsu Creative e pelo Rocky Studio, também na categoria Corporate Image Tourism. A campanha “Portugal is Art” mostra que se encontra arte em qualquer canto e nas mais variadas coisas de Portugal, desde as suas paisagens, aos vinhos, festivais e artesanato até ao surf. A campanha alude assim à eterna questão “o que é arte?”, respondendo que “Portugal é arte”, nas suas mais variadas vertentes.

A série “Os Eleitos”, uma produção original da OPTO, a plataforma de streaming da SIC e produzida pela SP Televisão, também conseguiu o bronze, na categoria de Streaming Drama. A série que mergulha no mundo competitivo dos bastidores do desporto, acompanhando um grupo de jovens atletas da Academia de Alto Rendimento de Monsanto, foi a única produção portuguesa, televisiva e de streaming, a integrar a lista de vencedores deste ano.

Já “Red Cherry“, produzida pela Lobby Films and Advertising para a Câmara Municipal do Fundão, arrecadou um diploma de finalista na categoria Corporate Image Tourism. O filme promove o Fundão como destino turístico através do seu produto âncora — cereja — recorrendo à inteligência artificial e à tecnologia de cronometria para encontrar o vermelho cereja do Fundão.

Mais a sul, uma campanha da Câmara Municipal de Vila do Bispo, que contou com a criatividade da Slideshow, também conseguiu um diploma de finalista na categoria Corporate Image Tourism. A campanha tem como objetivo o concelho de Vila do Bispo, evidenciando que este pode ser visitado durante todo o ano, pelo que a mesma conta com uma série de quatro filmes, inspirados nas quatro estações do ano e nos quatro elementos (ar, vento, terra e água).

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Legislativas obrigam a “olhar para fora da bolha”, alerta Governo na 2.ª Local Summit

É preciso analisar as legislativas e tirar lições, afirma o ministro das Infraestruturas e Habitação, deixando já uma nota sobre o 25.º Governo. Miguel Pinto Luz falava na Local Summit, do ECO.

A escassos meses das eleições autárquicas, e quando ainda não passaram duas semanas das legislativas que colocaram fim ao bipartidarismo, o Governo promete analisar os resultados, tirar lições e aprender com os resultados. “Há duas ideias que resultam destas eleições. A confirmação clara da governação” de Luís Montenegro e “não ter a arrogância de pensar que temos solução para todos os problemas”, afirmou Miguel Pinto Luz, ministro das Infraestruturas e Habitação, durante a sessão de abertura da segunda edição da Local Summit, organizada pelo ECO nesta terça-feira. O sentido de voto que colocou Chega e PS em empate “é uma lição que ainda estamos a aprender nos seus resultados”.

Miguel Pinto LuzAndré Dias Nobre

Uma das formas de potenciar a igualdade é promover o país para lá da capital, aponta Pinto Luz. “Não esqueçamos que o país não é só Lisboa. O jogo está profundamente inclinado para a Área Metropolitana de Lisboa”. Apesar de esta aglutinar 40% da população ativa e 45% da riqueza criada no país, o Governo cessante teve o resto do território em mente e o próximo também o fará, prometeu Pinto Luz, falando já em nome do Governo que resultará das eleições de 18 de maio. “Acredito que o 25.º Governo continuará na senda dessa visão integral”.

Além das duas áreas metropolitanas, de Lisboa e Porto, há uma outra que despontará à boleia do comboio de alta velocidade, destaca o governante. Englobados no Quadrilátero, Barcelos, Braga, Famalicão, Guimarães e, desde este ano, também Viana do Castelo, constituirão “uma terceira área metropolitana, com a nova estação de alta velocidade em Braga”, beneficiando ainda da Universidade do Minho, “epicentro onde start-ups estão a brotar, na cidade mais jovem do país”.

Nas grandes obras, Pinto Luz colocou ênfase na ferrovia de alta velocidade, nas ligações transfronteiriças – a sul, a partir de Faro, com interligação à ferrovia em Sevilha, numa nova ligação por Huelva, e a norte na conexão do Porto a Zamora, por Vila Real e Bragança – e na via já em obra do Porto a Lisboa.

“A alta velocidade traz perspetiva para nova centralidade a Leiria, a meia-hora de Lisboa e meia-hora do Porto. O que vai sair desta nova centralidade? Há um desafio para as CIM [Comunidades Intermunicipais], de como trazer o tráfego para cima da estação da Barosa. Não deixo de acreditar em níveis intermédios, como a CCDR [Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional], as áreas metropolitanas, com visão integrada”, defendeu Miguel Pinto Luz, nesta segunda edição da Local Summit do ECO.

Outro polo de desenvolvimento no centro do país alicerçado no comboio de alta velocidade será Coimbra, concelho que “tem perdido competitividade nas últimas décadas”, assinala. À ferrovia juntam-se a conclusão da A13, a duplicação do traçado do IP3 até Viseu, e o metrobus no corredor da antiga linha do Mondego. “Mais uma vez, a CIM a ter um papel integrador” dos vários concelhos abrangidos, considera o ministro.

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Portugal perde investimento estrangeiro pela primeira vez desde a pandemia

Desde o segundo trimestre de 2020, marcado pela pandemia e confinamentos a nível mundial, que o investimento direto estrangeiro não registava valores negativos.

Portugal perdeu Investimento Direto Estrangeiro (IDE) no primeiro trimestre, o que acontece pela primeira vez desde o início da pandemia, em 2020. O IDE registou um valor negativo de 1,1 mil milhões de euros no arranque do ano.

O Banco de Portugal explica que esta evolução se deveu sobretudo à “redução da dívida de entidades residentes perante empresas não residentes do mesmo grupo económico” no valor de -1,2 mil milhões de euros.

Os dados mostram ainda que, numa perspetiva de contraparte imediata, “a redução do IDE se deveu principalmente ao continente europeu”. Destacando-se a redução do investimento proveniente de Espanha (-3,1 mil milhões de euros), que foi “parcialmente compensada” por aumentos do IDE do Luxemburgo (400 milhões de euros), da Bélgica (300 milhões) e de França (300 milhões), detalha o supervisor bancário.

Já o investimento direto de Portugal no exterior (IPE) foi de 1,3 mil milhões de euros entre janeiro e março, menos 31,6% em relação ao mesmo período do ano passado. Com o IDE a ter como destino sobretudo empresas localizadas em países europeus, em particular Países Baixos (800 milhões de euros), em Espanha (200 milhões) e na Alemanha (100 milhões).

Evolução das transações de IDE

EUA em oitavo na lista de maiores investidores

O Banco de Portugal adianta ainda que os EUA ocupavam a oitava posição entre os principais investidores do país, representando 5,7% do total do IDE, considerando os dados por investidor final (e não imediato).

Desde 2019, o IDE americano aumentou 70%. “Considerando os dados por investidor final, que permitem aferir a origem última dos fluxos de investimento, observa-se que o stock de IDE realizado por investidores dos EUA passou de 6,7 mil milhões de euros no primeiro trimestre de 2019 para 11,4 mil milhões no primeiro trimestre de 2025“, revela a entidade liderada por Mário Centeno. O investimento realizado diretamente por entidades sediadas nos EUA (contraparte imediata) totalizava os quatro mil milhões de euros.

Isto significa que a maior parte do IDE norte-americano entrou em Portugal a partir de outras jurisdições económicas. Mais concretamente: Luxemburgo e Países Baixos eram os dois principais países intermediários, tendo canalizado 39% e 12% do IDE norte-americano, respetivamente.

Já o montante do investimento português nos EUA — na perspetiva de contraparte imediata — era de 1,8 mil milhões de euros no final de março, quase mais 40% do que em 2019.

(notícia em atualizada às 12h08)

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Avaliação bancária das casas atinge novo recorde de 1.866 euros por metro quadrado em abril

  • Joana Abrantes Gomes
  • 27 Maio 2025

Tal como em março, a subida mais expressiva registou-se na Região Autónoma da Madeira (2,7%). No entanto, verificou-se uma descida, de 0,7%, no Alentejo.

O valor mediano a que os bancos avaliam as casas antes de concederem crédito à habitação foi de 1.866 euros por metro quadrado em abril, um novo recorde. Trata-se de uma subida de 16,9% face ao mesmo mês do ano passado, e mais 19 euros do que em março.

A avaliação bancária mediana no país não para de subir desde dezembro de 2023, período ao longo do qual tem batido sucessivos recordes.

Valor mediano de avaliação bancária de habitação (valores em euros/m²)

Fonte: INE

Os dados, divulgados esta terça-feira pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), revelam também que a subida mais expressiva em relação ao mês anterior registou-se na Região Autónoma da Madeira (2,7%), tendo-se observado apenas uma descida, de 0,7%, no Alentejo.

Quando comparado com abril do ano passado, a variação mais significativa do valor mediano das avaliações bancárias também ocorreu no arquipélago madeirense (+22%), não tendo ocorrido qualquer descida nas outras regiões.

Em abril, foram efetuadas cerca de 35.800 avaliações bancárias, o que representa uma quebra de 2,3% face ao mês anterior e um aumento de 12,2% em termos homólogos.

Os apartamentos mantêm-se como a tipologia mais valorizada do mercado, com o valor mediano da avaliação bancária a fixar-se em 2.105 euros/m², traduzindo um aumento homólogo de 19%. Já as moradias, com um valor mediano de 1.385 euros/m², registaram uma subida anual de 11%.

(Notícia atualizada às 11h43)

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Euribor volta a cair a três e seis meses para novos mínimos desde finais de 2022

  • Lusa
  • 27 Maio 2025

Esta terça-feira, as taxas Euribor caíram para 2,021% a três meses, para 2,056% a seis meses e para 2,056% a 12 meses.

A Euribor desceu esta terça-feira a três, a seis e a 12 meses em relação a segunda-feira, nos dois prazos mais curtos para novos mínimos desde dezembro e outubro de 2022, respetivamente. Com estas alterações, a taxa a três meses, que baixou para 2,021%, ficou abaixo das taxas a seis e a 12 meses, que se fixaram ambas nos 2,056%.

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, recuou, ao ser fixada em 2,056%, menos 0,033 pontos e um novo mínimo desde 28 de outubro de 2022.
  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor também caiu, ao ser fixada em 2,056%, menos 0,026 pontos do que na segunda-feira.
  • No mesmo sentido, a Euribor a três meses, que está abaixo de 2,5% desde 14 de março passado, recuou para 2,021%, menos 0,018 pontos e um novo mínimo desde 9 de dezembro de 2022.

Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a março indicam que a Euribor a seis meses representava 37,65% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável. Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,39% e 25,67%, respetivamente.

Em abril, as médias mensais da Euribor caíram fortemente nos três prazos, mais intensamente do que nos meses anteriores e no prazo mais longo (12 meses): desceu 0,193 pontos para 2,249% a três meses, 0,183 pontos para 2,202% a seis meses e 0,255 pontos para 2,143% a 12 meses.

Em 17 de abril, na última reunião de política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) desceu a taxa diretora em um quarto de ponto para 2,25%. A descida, antecipada pelos mercados, foi a sétima desde que o BCE iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024. A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 5 e 6 de junho em Frankfurt.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da Zona Euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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