Hyundai, Kia e Toyota são as marcas de automóveis que mais crescem em Espanha

  • Servimedia
  • 30 Agosto 2024

Hyundai, Kia e Toyota são as marcas de automóveis que mais cresceram em Espanha no último ano, a ponto de estarem entre as cinco com maiores vendas, juntamente com a Volkswagen e a Seat.

Os dados da Anfac mostram que nos últimos 10 anos o número de registos de automóveis de passageiros sofreu altos e baixos, especialmente nos anos da pandemia, mas 2023 fechou com quase 950.000 unidades registadas, 10% mais do que as 855.000 registadas em 2014.

O setor tornou-se atomizado porque as dez principais marcas apenas apresentam um crescimento combinado de 0,8% no número de registos, apesar de as marcas sul-coreanas e japonesas apresentarem um grande aumento nas vendas para liderar o setor.

De facto, a evolução da Toyota, da Kia e da Hyundai é particularmente notável no último ano, em que passaram da oitava, da décima terceira e da décima segunda posição – respetivamente – para a primeira, a segunda e a quarta, com um crescimento de 93%, 110% e 68% em relação ao ano passado. As outras marcas que completam o TOP 5 das marcas mais vendidas são a Volkswagen e a Seat.

Por detrás destes bons números das três empresas em Espanha estão os seus presidentes: Polo Satrústegui, presidente da Huyndai España; Emilio Herrera, presidente da Kia Iberia; e Miguel Carsi, presidente da Toyota España.

A nível territorial, Madrid continua a ser a comunidade autónoma espanhola com o maior volume de vendas, com 411.824 unidades vendidas. Seguem-se a Catalunha, com 118.688 vendas, e a Andaluzia, com 89.997 unidades.

As matrículas de veículos alternativos (eletrificados, híbridos e a gás) mantiveram a tendência de crescimento, com um total de 460.804 vendas, mais 34% do que no ano anterior e representando 40,8% do mercado total. Destaca-se o empenho de marcas como a Hyundai, a única a oferecer as cinco tecnologias elétricas, ou a Toyota, com o desenvolvimento das suas novas gamas eletrificadas e híbridas.

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IRS Jovem determinante na viabilização do Orçamento

O Executivo vai marcar reuniões com todos os partidos para procurar entendimentos. Os socialistas querem margem para acomodar propostas suas. O Chega já ameaça com o chumbo.

Domingo, dia 1 de setembro, vai ser uma espécie de tiro de partida das negociações entre o Governo e o PS para a viabilização da proposta de Orçamento do Estado para 2025, com as intervenções de Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos, respetivamente na Universidade de Verão do PSD e na Academia Socialista. Vai ser a oportunidade para o anúncio das condições para um acordo e há uma medida em particular que parece ser chave neste processo: O IRS Jovem, inegociável para o Governo, linha vermelha para o PS, o que aumenta as probabilidades de um chumbo do orçamento (se o Chega não votar favoravelmente a proposta do Governo).

A proposta de Orçamento do Estado para 2025 tem de entrar no Parlamento a 10 de outubro, seguindo-se depois uma discussão na especialidade, medida a medida, até à votação final global, em meados de novembro, e para passar, depende de um de dois cenários: A abstenção do PS ou a aprovação do Chega. Tendo em conta o “não é não” de Montenegro a Ventura, acentuado com a exigência do Chega de um referendo à imigração, tudo depende de um acordo formal ou tácito dos socialistas. Mas há duas medidas centrais neste processo, e uma delas poderá ser mais fácil de modular do que outra.

Apesar das pressões, sobretudo internas, Pedro Nuno Santos já apontou o dedo à descida do IRC em dois pontos por ano nos próximos três exercícios, até aos 15%, e ao IRS Jovem para todos os que têm até 35 anos, para um terço do imposto qualquer que seja o nível de rendimento. E esta medida em particular é, para o secretário-geral do PS, uma linha vermelha que não aceitará ultrapassar para abster-se. A passar, tem um impacto orçamental de mil milhões de euros em 2025.

O que tem dito Luís Montenegro? “Devo dizer-lhe que o Governo está aberto, dentro do princípio plasmado no nosso programa eleitoral e de Governo, a poder aprimorar esse mecanismo, com o contributo de algumas bancadas e a sua seguramente poderá ter alguma coisa a poder acrescentar nesse domínio“, afirmou no debate parlamentar, em julho, em resposta a uma ‘provocação’ do líder liberal, Rui Rocha. O que o primeiro-ministro sinalizou foi a disponibilidade para ajustamentos, sem pôr em causa o modelo de uma medida que é substancialmente diferente daquele que está em vigor, da responsabilidade do Governo de António Costa, e que pressupõe uma redução do imposto para os primeiros cinco anos de atividade profissional, e de forma progressiva.

Desde a primeira e única reunião entre o Governo e o PS, realizada a 19 de julho, que decorreu sem o primeiro-ministro, Luís Montenegro, que se encontrava doente e que, por esse motivo, também não contou com a presença do líder do PS, Pedro Nuno Santos, foram vários os momentos de troca de críticas públicas, mas nada mudou desde então. Desde logo a exigência do PS de ter acesso às contas do Governo para 2025 e respetiva margem de manobra orçamental. Um dos pontos essenciais para o secretário-geral dos socialistas é salvaguardar o princípio das “contas certas”, uma marca política dos governos de Costa. Pedro Nuno Santos não quer, por isso, dar a oportunidade ao Governo para acusar os socialistas de apresentarem propostas que põem em causa o equilíbrio das contas públicas.

Este OE nunca será o nosso e nem o Governo terá o nosso apoio para a sua política geral, mas o nosso sentido de Estado obriga-nos a que ponderemos medidas e soluções, sejam fiscais ou sociais, que tornem o orçamento menos mau e o Governo menos perigoso“, salientou o presidente do PS, Carlos César, em Tomar, no primeiro dia da Academia Socialista. Duarte Cordeiro, antigo ministro do Ambiente e membro da direção do PS, espera “seriedade e disponibilidade” na hora de discutir o Orçamento do Estado e recusou uma posição de “submissão” dos socialistas. Mas o primeiro-ministro já avisou, esta quinta-feira, que a sua preocupação é “baixar impostos, governar para as pessoas” e manter “as contas públicas equilibradas e não responder a dirigentes partidários” do PS.

Apresentação e debate do programa do XXIV Governo Constitucional na Assembleia da República - 12ABR24
Apresentação e debate do programa do XXIV Governo Constitucional na Assembleia da RepúblicaHugo Amaral/ECO

O esforço do Governo parece ser um processo claro de gastar depressa e em força margem financeira que o Governo do PS deixou até secar o poço para não haver margem significativa de aprovação de propostas da oposição no próximo OE“, afirmou Carlos César.

Mas o Governo pode não ter essa desejada folga para acomodar medidas socialistas. “Estamos empenhados numa situação financeira estabilizada e contas públicas equilibradas, mas não estamos interessados em castigar o povo. Vamos continuar esse caminho, quando baixamos os impostos sobre os rendimentos, quando queremos que as empresas tenham mais meios para investir e pagar melhores salários. Estamos interessados em governar para as pessoas e não a responder a dirigentes partidários”, respondeu Montenegro, quando questionado se teria margem para incluir propostas do PS no OE.

Estamos empenhados numa situação financeira estabilizada e contas públicas equilibradas, mas não estamos interessados em castigar o povo. Estamos interessados em governar para as pessoas e não a responder a dirigentes partidários.

Luís Montenegro, primeiro-ministro

O PS deu sinais de abertura para uma negociação quando Pedro Nuno Santos desafiou o primeiro-ministro a “repensar” com os socialistas “a estratégia e a política [do Executivo] para o IRC”, afirmou o secretário-geral do PS durante o primeiro e ainda único debate quinzenal, no Parlamento. No entanto, Luís Montenegro avisou que não abdica de governar com o seu programa, “o único em vigor”. No contra-ataque, Pedro Nuno atirou: “É praticamente impossível o PS viabilizar um orçamento que seja uma tradução exclusiva de um programa de Governo”.

Face ao frenesim dos últimos dias, com os socialistas a reclamarem negociações para o OE, que ainda não decorreram, o primeiro-ministro, Luís Montenegro pediu “calma”. “O Governo ainda em julho teve a ocasião de chamar todos os partidos com representação parlamentar para poder haver uma partilha de opinião que possam conduzir a que o OE integre o mais possível a visão de todos os partidos. Ficou combinado que iríamos desenvolver esse trabalho em setembro. Fico admirado de haver tanta agitação à volta desse assunto. É preciso ter calma e cumprir com o que está combinado”, afirmou esta quinta-feira.

“Há disponibilidade para cedências, estamos empenhadíssimos que o OE seja aprovado. Para nós, o que é primordial é que haja um OE aprovado e estabilidade política. Esse é o nosso compromisso, mas não nos peçam para descaracterizar o programa do Governo”, adiantou ao ECO o vice-presidente da bancada social-democrata, Hugo Carneiro.

Finanças públicas e crescimento moderado

Diretamente relacionado com as negociações para o Orçamento do Estado, a partir de meados de setembro, as palavras “défice” e “dívida pública” voltarão a ser ouvidas recorrentemente pelos portugueses. O Governo quer refrear ‘vontades’ externas e tem como linha vermelha contas públicas equilibradas, mas o PS tem criticado o despesismo das medidas anunciadas pelo Executivo.

Apesar das mais recentes medidas, como o ‘bónus’ para as reformas mais baixas e as duas tabelas extraordinárias de retenção na fonte do IRS para compensar já o efeito retroativo das mudanças no imposto, no Terreiro do Paço continua a contar-se com um saldo orçamental positivo de cerca de 0,2% a 0,3% e uma receita fiscal generosa, sabe o ECO. Esta sexta-feira, é publicada a execução orçamental até julho e o Ministério das Finanças antevê um resultado melhor do que o esperado.

Paralelamente, para o resto do ano espera-se um crescimento moderado, seguindo a tendência dos pares europeus. Esta sexta-feira, o Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os dados de evolução do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, mas a estimativa rápida apontou para uma taxa de 1,5% em termos homólogos e de 0,1% em cadeia. Na Europa, as esperanças de uma rápida recuperação da economia da zona euro no verão são prematuras, segundo os analistas, que identificam o aumento dos riscos negativos em torno da atividade económica, o que poderá afetar Portugal.

Ministro de Estado e das Finanças Joaquim Miranda Sarmento ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública na Assembleia da República em Lisboa, 10 de julho de 2024. MIGUEL A. LOPES/LUSAMIGUEL A. LOPES/LUSA

Plano Orçamental de Médio Prazo

As negociações entre o Governo português e a Comissão Europeia sobre o plano orçamental estrutural de médio prazo estão a decorrer e o documento será enviado a Bruxelas até 15 de outubro. A data de entrega pelo Estados-membros para o primeiro bloco de planos de quatro anos estava prevista para 20 de setembro, mas Portugal pediu a prorrogação do prazo. Segundo informações recolhidas pelo ECO, o Executivo está confortável com a trajetória de referência indicada a Portugal.

Nas negociações entre os serviços técnicos da Comissão e o Ministério das Finanças há dois indicadores cruciais em cima da mesa: a despesa primária estrutural e o PIB potencial. A despesa prevista para 2024 e 2025 dá tranquilidade ao Governo neste aspeto e o facto de ser uma média permite alguma flexibilidade. Por exemplo, se a despesa for mais elevada em determinado ano, no seguinte terá de ser mais reduzida, sendo calculada em percentagem do PIB, o que também significa que é influenciada pelo comportamento da economia.

Na prática, se o Governo carregar mais na descida de impostos em 2025 terá de adotar uma postura mais ligeira nos anos seguintes. Outro indicador central nas negociações será a previsão do PIB potencial, que terá de ser coerente com a redução da dívida pública. No Governo acredita-se que, provavelmente, Bruxelas será mais exigente com Portugal sobre as previsões deste indicador.

Função Pública a pressionar contas

A subida dos salários dos funcionários públicos, a atualização das carreiras ainda não revistas e a valorização de outras componentes remuneratórios como o subsídio de refeição serão outras das matérias alvo de negociações para o Orçamento do Estado com as federações sindicais representativas dos trabalhadores do Estado: Fesap, Frente Comum e STE.

Os sindicatos vão exigir aumentos salariais de pelo menos 6% em 2025, o que obrigará a uma revisão em alta do acordo plurianual celebrado entre Fesap, STE — federações sindicais afetas à UGT — e o anterior Governo e que o atual Executivo, de Luís Montenegro, já garantiu que irá cumprir. Esse pacto estabelece uma atualização anual de 52 euros para vencimentos até 1.754 euros e de 2% acima daquele montante, até 2026.

A Frente Comum, da CGTP, que não subscreveu o documento, insiste numa subida intercalar de 15% dos ordenados, num mínimo de 150 euros. Mas a secretária de Estado da Administração Pública, Marisa Garrido, já afastou essa hipótese.

Analisando a evolução atual dos vencimentos no Estado, verifica-se se que a remuneração bruta mensal média dos trabalhadores já está a subir 6,6%. Em junho, a folha salarial atingiu os 2.484 euros. São mais 154 euros face ao ordenado de 2.330 euros de há um ano, segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE).

O SNS e as urgências

A saúde tem sido o tema ‘quente’ do verão, com urgências fechadas em diversas partes do país, devido às férias dos profissionais. A troca de críticas entre o PSD e o PS sobre as responsabilidades do estado do Serviço Nacional de Saúde (SNS) têm sido intensas e prometem não abrandar. A estratégia para o aumento de capacidade de resposta continua a ser um ponto de debate entre a esquerda e a direita.

Para já, a ministra da Saúde garantiu que o plano de inverno do SNS está a ser trabalhado com “seis, sete meses de antecedência” para antecipar os problemas num período que é “sempre de grande pressão” nos serviços. “O inverno é uma altura muito difícil. Se o verão é um momento de grande pressão, o inverno é um momento de uma pressão muito maior e ainda mais significativa”, disse Ana Paula Martins, citada pela Lusa.

De acordo com dados da Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) cedidos à Lusa, o Estado gastou mais de 100 milhões de euros até junho com a prestação de serviços por médicos, que trabalharam quase 2,5 milhões de horas.

O referendo à imigração

O Governo já deitou por terra o desafio do presidente do Chega de um referendo à imigração em troca da viabilização do Orçamento do Estado, mas André Ventura anunciou, na quarta-feira, que o partido avançou com um projeto para o Parlamento, “colocando a discussão do plenário” a sua realização. O Chega quer que os portugueses respondam as duas questões: “concorda que haja uma definição anual de limites máximos de autorização de residência a cidadãos estrangeiros?” e “concorda que seja implementada em Portugal um sistema de quotas revisto anualmente orientado consoante os interesses económicos globais do país e das necessidades do mercado de trabalho?”.

Além de vir a ser discutido no Parlamento, o tema tem também tido palco fora dele. André Ventura pediu uma reunião de urgência ao Presidente da República, após Marcelo Rebelo de Sousa ter alertado para a diferença entre a realidade e as narrativas que se constroem sobre este tema. André Ventura disse esperar que a reunião se possa realizar “nos próximos dias”, tendo como objetivo explicar ao Chefe de Estado que “o pedido de referendo não é nenhuma atitude persecutória, nem de narrativas, nem de perceções”.

Marcelo Rebelo de Sousa defendeu ser “fundamental” ao falar-se de imigração em Portugal, país “que foi sempre de emigração”, saber do se está a falar. Segundo a Lusa, Marcelo Rebelo de Sousa detalhou, em resposta a uma pergunta de um aluno da Universidade de Verão do PSD, que decorre até domingo em Castelo de Vide, Portalegre, os números sobre a imigração em Portugal para concluir que “ter estes números presentes é ter presente a diferença entre a realidade e discursos ou narrativas sobre ela”.

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Promotores das eólicas offshores deverão suportar compensações aos pescadores

Modelo para determinar as compensações pelas eventuais perdas de atividade da pesca devido à construção de parques eólicos deverá prever que sejam os promotores a suportar pagamentos aos pescadores.

Os promotores dos parques eólicos no mar, também conhecidos como ‘eólicas offshore’, deverão ser responsáveis pelas compensações que serão pagas aos pescadores por estas instalações. O Governo ainda está a estudar o modelo, mas para já esta é uma das contrapartidas ponderadas, de acordo com informação do Ministério da Agricultura e Pescas enviada aos deputados.

O modelo para determinar as compensações pelas eventuais perdas de atividade da pesca decorrentes da construção de parques eólicos offshore está a ser ponderado e articulado entre as várias áreas governativas competentes em razão da matéria“, indica o Ministério tutelado por José Manuel Fernandes.

O Governo adianta que “à semelhança de outros projetos, prevê-se serem os promotores a suportar as compensações aos pescadores nos termos a definir nas peças dos concursos, e atendendo à atividade de cada embarcação nas áreas afetadas“.

À semelhança de outros projetos, prevê-se serem os promotores a suportar as compensações aos pescadores nos termos a definir nas peças dos concursos, e atendendo à atividade de cada embarcação nas áreas afetadas

Ministério da Agricultura e Mar

Em causa estão as preocupações manifestadas pelos pescadores com a ocupação de espaços de pesca por parques eólicos no mar. A secretária de Estado das Pescas, Cláudia Monteiro Aguiar, garantiu, em julho, citada pela Lusa, que os novos projetos vão estar “alinhados com a pesca”.

“O que nos foi transmitido, salvo orientações contrárias, é para acautelar as preocupações dos pescadores. É um processo que não está fechado, estando ainda a decorrer várias reuniões”, afirmou Cláudia Monteiro de Aguiar, acrescentando que Governo estava a trabalhar com o setor sobre este modelo de compensação.

Em informação remetida aos parlamentares, o Ministério salienta que esta questão será “acautelada no momento certo, previamente aos futuros procedimentos concursais”.

Estes procedimentos concursais, que antecedem a concretização para os projetos para novos parques eólicos, só poderão ser lançados após a aprovação do Plano de Afetação para as Energias Renováveis offshores (PAER) em Conselho de Ministros“, indica.

Em declarações à Lusa, em junho, José Carlos Matos, diretor da área de energia eólica do Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI) explicou que atualmente o país tem em operação 5.896 MW (megawatt) de energia eólica, dos quais 25 MW offshore.

Depois de uma sessão de diálogo que decorreu no início do ano, as conversações com os promotores para o leilão offshore deveriam ser reabertas em breve, afirmou a Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG) em abril, quando aguardava orientações do novo Governo. Em maio, a ministra do Ambiente e Energia, Maria da Graça Carvalho, recebeu várias associações do setor para reiniciar discussões sobre o tema.

O Governo anunciou também, em maio, que irá rever em baixa as metas que estavam definidas. Os 10 gigawatts de capacidade eólica offshore que o Governo de António Costa tinha definido como meta para o leilão desta tecnologia, e cujos primeiros 2 gigawatts deveriam ser leiloados até 2030, vão ser revistos, estando o Executivo ainda a avaliar qual será o “valor ótimo” para leiloar. “Queremos acompanhar esta tecnologia, mas não numa dimensão que tenha um custo proibitivo”, nem numa escala tão pequena que “não permita estudar o efeito num desenvolvimento tecnológico e industrial em Portugal”, no fundo, sem minar a criação de um “cluster industrial” no país, disse Maria da Graça Carvalho.

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#30 As férias de Emanuel Proença. Histórias das filhas em vez de podcasts

  • ECO
  • 30 Agosto 2024

O CEO da Savannah Resources pretende de facto desligar-se do trabalho durante as férias. Vai estar dedicado à família e amigos, embora leve um livro sobre lítio na mala.

  • Ao longo do mês de agosto, o ECO vai publicar a rubrica “Férias dos CEO”, onde questiona os gestores portugueses sobre como passam este momento de descanso e o que os espera no regresso.

O CEO da Savannah Resources, Emanuel Proença, afirma-se confiante na capacidade de desligar durante as férias. “Tenho colegas em quem confio plenamente e que podem gerir o dia-a-dia na minha ausência”, partilha. Nesse sentido, pretende dedicar-se à família: quer ouvir as histórias das filhas em vez de podcasts e quanto a decisões estratégicas, apenas conta tomá-las no que toca ao sítio para jantar. Ainda assim, há um livro, o Lithium, que consegue “penetrar” este descanso e trazer o tema central do seu trabalho até à toalha de praia.

Que livros, séries e podcasts vai levar na bagagem e porquê?

Nestas férias não levo nem séries para ver, nem podcasts para ouvir. O pouco tempo de férias quero passá-lo a aproveitar a praia com as minhas filhas, em família, a ouvir as histórias delas. Talvez possa até fazer um podcast depois, com as peripécias das férias em família! Quanto a livros, vou tentar aproveitar para pôr um pouco a leitura em dia. Estou neste momento a ler A Rainha Ginga, do José Eduardo Agualusa, e levo comigo também um livro mais técnico, mais relacionado com o trabalho, o Lithium de Lukasz Bednarski.

Desliga totalmente ou mantém contacto com as equipas durante as férias?

Tento mesmo desligar totalmente. Fui aprendendo com a experiência que o descanso e as férias são fundamentais para que possamos estar a 100% quando é altura de trabalhar. Tenho colegas em quem confio plenamente e que podem gerir o dia-a-dia na minha ausência. Claro que, em caso de necessidade, me faço disponível, mas não prevejo que seja necessário, a empresa está no bom caminho!

As férias são um momento para refletir sobre decisões estratégicas ou da carreira?

Não, de todo! No meu caso as decisões mais estratégicas durante o período de férias acabam por ser mais relacionadas com os sítios para jantar e para juntar os amigos e família.

Que temas vão marcar o seu setor na rentrée?

Este segundo semestre vai ser muito ativo na área da energia, tanto a nível nacional como internacional. Com o novo Parlamento Europeu e com os novos elencos em Bruxelas importa manter atenção nos processos legislativos que por lá se desenvolvem. Afinal, tantas das políticas que nos impactam são decididas a nível europeu, é fundamental sabermos o que se está a passar. A nível nacional a intensidade não será menor, desde a aplicação na realidade nacional do CRMA [Diploma das Matérias Primas Críticas], à vontade de fazer esta indústria avançar, recuperando ímpeto, por exemplo, em relação a Marrocos (onde se continuam a anunciar novas fábricas a uma velocidade enorme), e tendo por vista a enorme necessidade de crescimento do nosso setor até 2030.

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Contas da TAP fazem boa figura na comparação com pretendentes

TAP tem receitas por passageiro abaixo das pares, mas também custos mais baixos. Só a TAP e a IAG conseguiram melhorar rentabilidade e ter lucros no semestre.

O lucro conseguido no primeiro semestre pode ser “magro”, mas num contexto difícil para a aviação as contas da TAP comparam bem com as das três companhias que já manifestaram interesse em comprá-la numa eventual reprivatização, onde continua a não haver desenvolvimentos. A transportadora portuguesa ainda fica aquém na receita por passageiro conseguida pelas pares, mas destaca-se com os custos mais baixos e a segunda melhor rentabilidade.

Das três pretendentes, a IAG é a que apresenta melhor saúde financeira. Lufthansa e Air France-KLM tiveram um semestre para esquecer.

A empresa liderada por Luís Rodrigues foi das quatro a que menos cresceu as receitas (3%) no primeiro semestre, com a evolução positiva a dever-se sobretudo à forte melhoria no volume de negócios da manutenção, cujos proveitos saltaram 36,7%. As receitas de passageiros aumentaram apenas 2,6%, evolução que baixa para 0,8% quando se considera apenas o segundo trimestre.

Com a companhia portuguesa a transportar mais 2,4% de passageiros entre abril e junho, o desempenho das receitas é explicado pela pressão sobre os preços, resultado do forte aumento de capacidade realizado pelas maiores companhias. A receita de passageiros (por lugar-quilómetro voado) baixou em todas as geografias onde a TAP opera, com exceção da Europa. No caso do Brasil, o preço das passagens teve de acompanhar a desvalorização do real. Este contexto de preços deverá manter-se no resto do ano.

Com a travagem da economia e o arrefecimento do consumo dos consumidores a pesar sobre o setor, IAG, Lufthansa e Air France – KLM também registaram aumentos modestos das vendas, entre 4,3% e 6%.

Onde a TAP continua a ficar aquém das pares é na receita conseguida face à capacidade oferecida nos seus voos. O indicador normalmente usado na indústria é a receita de passageiros por lugar-quilómetro (PRASK, na sigla em inglês), que na transportadora portuguesa foi de 6,84 euros no primeiro semestre, a mais baixa das quatro.

A companhia portuguesa regista, por outro lado, o menor custo operacional recorrente por lugar-quilómetro (RASK). Os 7,11 euros da TAP, praticamente a mesma soma do semestre homólogo, ficam bem abaixo dos pretendentes. Apesar do aumento de 35,2% dos custos com pessoal, fruto do fim dos cortes salariais e das condições negociados nos novos acordos de empresa, os gastos operacionais aumentaram apenas 3,3%, graças à diminuição quer dos encargos com combustível (-4,7%) quer dos custos operacionais de voo (-3,9%), com o menor recurso ao aluguer externo de aviões.

Apesar do contexto desafiante, a TAP e o grupo IAG destacam-se pelo facto de ambos terem conseguido melhorar a sua rentabilidade operacional. A dona da British Airways, Iberia ou Vueling conseguiu elevar a margem operacional recorrente para os 8,9%, seguida da TAP, que a subiu para 7,1%.

Rumo diferente tiveram as contas da Lufthansa e Air France – KLM, que registaram um semestre particularmente difícil. O grupo alemão viu o resultado operacional cair de 777 milhões de euros nos primeiros seis meses de 2023 para -163 milhões este ano. “O aumento de capacidade generalizada no mercado intensificou a pressão sobre os preços para as companhias aéreas. Além disso, as greves no primeiro trimestre e aumentos de custos relacionados com a inflação afetaram negativamente os resultados”, justificou o CEO, Carsten Spohr.

O aumento de custos, incluindo com combustível, também contribuiu para a quebra significativa do resultado operacional do grupo Air France – KLM, de 426 para 24 milhões. As contas foram ainda penalizadas pelos Jogos Olímpicos de Paris.

O resultado operacional refletiu-se nos lucros líquidos, onde o grupo IAG foi, de longe, o que mais brilhou, conseguindo um lucro de 905 milhões de euros, menos 2% do que no período homólogo. A TAP também conseguiu ficar acima da linha de água, embora por pouco, fugindo aos prejuízos dos primeiros três meses do ano com um resultado de 400 mil euros no semestre, longe dos 23 milhões obtidos no período homólogo. Já a Air France – KLM e a Lufthansa ficaram no vermelho, com prejuízos de 400 e 265 milhões, respetivamente.

A evolução distinta das contas volta a ficar patente na alavancagem financeira das companhias, que melhorou na TAP e IAG e aumentou na Lufthansa e Air France – KLM. A dívida da transportadora portuguesa manteve-se estabilizada nos 1.441,7 milhões, mas o aumento do dinheiro em caixa, para o que contribuiu a injeção do Estado de 343 milhões, permitiu uma descida de 59,1% da dívida financeira líquida, que no final de junho se cifrava em 266 milhões. O rácio entre a dívida financeira e o EBITDA baixou para 2,1 vezes, um mínimo para a TAP e que compara com 5,2 vezes em 2019.

A IAG destaca-se neste capítulo, com uma dívida líquida de apenas 1,1 vezes o EBITDA. De resto, olhando apenas para as contas do primeiro semestre, o grupo dono da British Airways e Iberia é, dos três pretendentes à TAP aquele que apresenta a melhor saúde financeira.

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Maior queda da Euribor em 15 anos tira até 80 euros à prestação da casa em setembro

As taxas que são usadas no cálculo da mensalidade da casa estão em queda acentuada com a perspetiva de descida dos juros pelos bancos centrais. Quem ganha? O seu bolso.

A maior queda das taxas Euribor em 15 anos vai levar a uma redução significativa da prestação da casa no próximo mês. Os contratos cujas condições forem atualizadas em setembro vão registar quedas até 80 euros na mensalidade que paga ao banco, de acordo com as simulações realizadas pelo ECO.

Como o ECO já tinha antecipado, as Euribor, que servem de base para o cálculo da prestação do crédito à habitação, preparam-se para uma queda abrupta em agosto, por conta de vários fatores, incluindo o episódio de crash nas bolsas globais no início do mês, que reforçou a necessidade de os bancos centrais aliviarem a política monetária para evitar problemas mais sérios na economia e no mercado de trabalho, enquanto as pressões inflacionistas estão agora controladas. De resto, é isso que irão fazer já em setembro.

Por cá, o Banco Central Europeu (BCE) deverá baixar novamente as taxas de referência, depois da descida de junho e da pausa em julho. A este propósito, o governador do Banco de Portugal e membro do conselho de governadores, Mário Centeno, considerou que será uma “decisão fácil” aquela que será tomada na reunião de 12 de setembro, pois os indicadores económicos tornam “clara” qual vai ser a trajetória das taxas na Zona Euro.

Nos EUA, depois das declarações do presidente da Reserva Federal, Jerome Powell há uma semana no simpósio anual de Jackson Hole, em que afirmou que “chegou o momento de ajustar a política”, resta saber qual será a dimensão do corte dos juros das Fed funds na reunião de 17 e 18 de setembro. Para os analistas é certo que haverá um corte nas taxas de juro, mas pode ser de 25 pontos base ou 50 pontos base.

Euribor com maior queda mensal em 15 anos

Neste cenário, as Euribor preparam-se para registar em agosto a maior queda mensal em 15 anos no que diz respeito às taxas nos prazos a seis e 12 meses, com descidas de 0,216 pontos e de 0,356 pontos quando falta apenas saber o valor desta sexta-feira para calcular a média mensal final. É preciso recuar a 2009 para uma quebra mais acentuada.

No prazo a três meses a descida da média mensal de 0,134 pontos será a mais significativa desde 2012.

É com base na média mensal desta taxa que o banco calcula a prestação da casa no mês seguinte nos contratos com taxa variável e cujas condições vão ser renovadas.

Em Portugal, cerca de 90% dos contratos de empréstimo da casa tem taxa variável, pelo que, depois do forte aperto sentido nos últimos dois anos em virtude da escalada das Euribor para máximos de década e meia, as famílias vão ter um alívio nos encargos com o crédito à habitação nos próximos meses. Até porque se perspetiva que as Euribor continuem a descer. Os contratos forward sobre as Euribor a três meses e seis meses indicam que as taxas deverão cair para o intervalo entre 2,2% e 2,25% em 2025.

Euribor em queda

Fonte: Reuters

Quanto vou pagar a menos em setembro?

Os contratos que foram revistos nos últimos meses já sentiram um alívio na prestação. Em setembro a redução será maior.

Para um empréstimo de 150 mil euros a 30 anos e com um spread de 1%, as contas para setembro são as seguintes:

  • Euribor a três meses: a prestação que vai pagar nos próximos três meses irá descer para 764,49 euros, menos 23,69 euros (-3,01%) relativamente à prestação que pagava desde junho;
  • Euribor a seis meses: a prestação que vai pagar nos próximos seis meses rondará os 753,62 euros, uma descida de 42,56 euros (-5,53%) em relação à prestação que pagava desde março;
  • Euribor a 12 meses: a prestação que vai pagar nos próximos 12 meses irá cair para 730,9 euros, menos 80,95 euros (-9,97%) face à prestação que pagou no último ano.

Para o ajudar a calcular a prestação do seu crédito à habitação, o ECO preparou um simulador. Faça as contas para o seu caso e se o seu contrato for revisto agora, saiba quanto irá pagar a menos.

Tenho um crédito à habitação no valor de euros, contratualizado por um prazo de anos, indexado à Euribor a 12 meses (que há um ano estava nos % ), com um spread de %. A prestação da casa que pago atualmente é de 308 euros, mas caso a Euribor a 12 meses passe para %, a prestação passa para 432 euros. (Mude os campos sublinhados para descobrir os números mais próximos da sua previsão.)

Nota: Se está a aceder através das apps, carregue aqui para ver o simulador.

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Grandes empresas mantêm o mercado de fusões e aquisições vivo em agosto

  • Servimedia
  • 30 Agosto 2024

Em linha com o montante agregado de 62.635 milhões de euros de transações registadas nos meses anteriores, mais 38% em comparação com o mesmo período de 2023.

Empresas como a Iberdrola, Indra, Fluidra, Aedas Homes e Europastry mantiveram esta tendência em agosto, animando o mercado com o anúncio de novas aquisições ao longo do mês.

A operação mais destacada foi a da Iberdrola, que anunciou no início de agosto a aquisição de 88% da companhia elétrica inglesa Electricity North West (ENW) por cerca de 2.500 milhões de euros, o que significa avaliar a empresa, incluindo a dívida, em cerca de 5.000 milhões. Com esta operação, o Reino Unido torna-se o primeiro país da empresa em termos de base de ativos de rede, com cerca de 14 mil milhões de euros, seguido dos Estados Unidos com 13,3 mil milhões de euros.

Se há setor que se destaca dos restantes, é o sector imobiliário, um dos mais ativos no mercado de fusões e aquisições, com um total de 340 transações até julho, segundo dados da TTR. Em agosto, destaca-se o anúncio da aquisição de 100% da Inmobiliaria Espacio pela Aedas Homes. A empresa explicou em comunicado que, com este investimento, está a aumentar a sua capacidade e oferta de produtos em boas localizações e a proporcionar muito valor aos seus acionistas.

Noutros setores, a Europastry anunciou, no início deste mês, a aquisição da empresa holandesa De Groot Edelgebak, distribuidora de produtos de padaria congelados para o canal foodservice, no âmbito da sua expansão na Europa Central. Segundo a empresa, esta aquisição reforçará a sua presença e a dos seus produtos no canal de restauração (que inclui, entre outros, restaurantes, cafetarias, padarias e cadeias de pastelaria), um dos seus objectivos estratégicos para os próximos anos.

No mesmo dia, a Indra também anunciou a aquisição da Deimos, a filial tecnológica da Elecnor especializada no desenvolvimento de missões espaciais e integração de satélites, para reforçar a carteira da sua nova empresa aeroespacial, segundo um comunicado da empresa.

Outra das empresas que se lançaram numa onda de compras em agosto foi a Fluidra, que anunciou duas aquisições. No início de agosto, a empresa especializada em equipamentos para piscinas e wellness anunciou um acordo para a compra de 100% do grupo NCWG, um dos principais distribuidores de produtos para piscinas em Portugal. Alguns dias mais tarde, anunciou a compra da Chadson Engineering, líder na conceção e fabrico de sistemas de filtração granular e regenerativa na Austrália.

 

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Assaltantes da Secretaria-Geral do MAI subiram pelos andaimes do prédio ao lado

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

O Ministério da Administração Interna avançou que foram furtados "alguns computadores", embora tenha ressalvado que "alguns deles ainda não tinham tido uso, já que são de reserva/substituição".

O Ministério da Administração Interna (MAI) confirmou esta quinta-feira que o edifício da Secretaria-Geral foi assaltado na madrugada de quarta-feira e que os intrusos escalaram um prédio contíguo, que se encontra com andaimes montados. Em comunicado enviado à agência Lusa a tutela disse que foram furtados “alguns computadores”, embora tenha ressalvado que “alguns deles ainda não tinham tido uso, já que são de reserva/substituição”.

Na mesma nota, é referido que a intrusão no edifício da Secretaria-Geral do MAI, na Rua de São Mamede, em Lisboa, ocorreu “na madrugada de dia 28 de agosto” (quarta-feira) e que tal “só terá sido possível através do escalamento de um prédio contíguo, que se encontra a ser intervencionado”.

“A hora a que os factos terão ocorrido e a cobertura dos andaimes terão facilitado a sua utilização para este fim indevido”, acrescenta o MAI. No documento, o gabinete da ministra da tutela sublinhou que a situação está a ser acompanhada pelas entidades de investigação criminal competentes e é frisado que, neste momento, “não é oportuno transmitir quaisquer outros dados ou factos, já que tal poderá prejudicar a investigação em curso, aguardando-se o termo da mesma”.

Segundo a PSP, o alerta do assalto foi dado às 09:52 de hoje pelo polícia que estava de serviço no edifício após ter dado conta que existiam gabinetes remexidos. Outra fonte policial indicou à Lusa que foi furtado vário material informático existente nos gabinetes.

A notícia do assalto foi avançada pelo Observador, que dá conta de que foram levados vários computadores, dois dos quais de chefias da Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna, e que as câmaras de vigilância não estavam a funcionar.

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Reformados vão receber suplemento extraordinário sem descontar IRS. Veja as simulações

As novas tabelas de retenção na fonte que irão vigorar em setembro e outubro vão impedir que o suplemento extraordinário que será pago aos pensionista seja alvo de descontos de IRS, para já.

Os reformados vão receber a totalidade do suplemento extraordinário anunciado, sem que seja feito, na prática, qualquer retenção na fonte de IRS. Ou seja, o valor prometido — 100, 150 ou 200 euros, consoante a pensão — será mesmo aquele que chegará à carteira dos pensionistas.

Em meados deste mês, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, anunciou um suplemento extraordinário para os pensionistas que têm reformas mais baixas, que será pago em outubro e terá os seguintes valores brutos: 200 euros para pensionistas com reformas até 509,26 euros; 150 euros para pensionistas com reformas acima de 509,26 euros, e até 1.018,26 euros; 100 euros para os pensionistas com reformas acima de 1.018,26 euros, e até 1.527,78 euros.

Entretanto, o Ministério das Finanças confirmou ao ECO que este “bónus” será sujeito a retenção na fonte, aplicando-se, de forma autónoma, a taxa que “corresponder ao valor da pensão”.

Contudo, uma vez que a maioria destes pensionistas não faz retenção na fonte (por ter reformas demasiado baixas), o suplemento não sofrerá qualquer desconto mensal, o que significa que o valor que lhes será pago será o mesmo que o montante bruto anunciado.

No caso de um português solteiro e sem filhos com uma pensão de 500 euros, está previsto um suplemento de 200 euros brutos. A EY calcula que esse reformado não tem de fazer qualquer desconto mensal, em sede de IRS, no que diz respeito à sua pensão. Portanto, também o “bónus” não fará retenção na fonte em outubro. Resultado: esse pensionista tem direito a 700 euros em outubro, como mostra a tabela abaixo.

Segundo o Ministério do Trabalho, dos 2,4 milhões de pensionistas que vão receber o suplemento extraordinário, mais de metade (1,4 milhões) vão ter direito ao suplemento de 200 euros. Tal significa que têm reformas até 509,26 euros, e que, portanto, não costumam fazer retenção na fonte sobre a sua pensão. E não a farão também no que diz respeito ao “brinde”. Ou seja, receberão os 200 euros sem qualquer desconto.

Mas mesmo os beneficiários com pensões mais altas vão ver o suplemento extraordinário “escapar” ao desconto em sede de IRS, porque em outubro estarão em vigor novas tabelas que isentam mais pensionistas, conforme já escreveu o ECO.

Vamos a exemplos. Segundo a EY, um português (solteiro e sem filhos) com uma pensão de 830 euros não faz retenção na fonte de IRS, pelo que o valor líquido do suplemento extraordinário será igual ao líquido: 150 euros. Em outubro, esse pensionista pode, então, contar com um rendimento de 980 euros.

O mesmo se aplica a um português com uma pensão de mil euros: não faz retenção na fonte sobre a reforma, pelo que o suplemento chegará à sua carteira sem descontos.

Até aqui, esse pensionista tem feito retenção na fonte (58 euros por mês), com base nas tabelas que ainda estão em vigor, mas com aquelas que estarão em vigor nos próximos dois meses tal não acontecerá. Ou seja, se as tabelas não tivessem sido atualizadas, o suplemento seria alvo de descontos, mas, afinal, vai “escapar”. Nesse mês, o cheque total será, portanto, de 1.150 euros, projeta a EY.

Mesmo entre os pensionistas que receberão o suplemento de 100 euros e que, portanto, têm das reformas mais elevadas, no universo de beneficiários, o que será pago será um valor líquido de “brinde” igual ao bruto.

A EY fez as contas tanto para um pensionista com uma reforma de 1.200 euros, como para um pensionista de 1.500 euros. Em ambos os casos, a retenção na fonte a aplicar ao suplemento extraordinário é de zero euros, como pode verificar nas tabelas abaixo.

Entretanto, em declarações ao Público, o Ministério das Finanças confirmou que o suplemento extraordinário ficará mesmo “a salvo” da retenção na fonte. “Por força do arredondamento, este suplemento não deverá ser objeto de retenção na fonte“, diz fonte do Governo ao jornal.

O suplemento extraordinário irá custar aos cofres públicos 422 milhões de euros, que virão do Orçamento do Estado. Trata-se de um pagamento único, e não de um aumento permanente das pensões.

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Moody’s sobe rating da dívida do Novobanco

  • ECO
  • 29 Agosto 2024

A agência espera que a proibição de distribuir dividendos seja "levantada em dezembro de 2025, com o fim do chamado acordo de capital contingente".

A agência norte-americana Moody’s subiu, esta quinta-feira, a notação da dívida sénior não garantida do Novobanco de Ba1 para Baa3, com perspetiva “positiva”. O banco sai assim do nível especulativo (ou “lixo”) e entra no primeiro patamar de investimento.

A decisão foi baseada, adianta a nota da agência, na “alta probabilidade de que o Novobanco continue a emitir dívida para cumprir com Requisito Mínimo de Fundos Próprios e Passivos Elegíveis (MREL)”. Até 1 de janeiro de 2026, a instituição financeira tem de cumprir um MREL de 27%, mas no fim de junho de 2024 este indicador já estava acima do requisito, em 28,3%.

Ao mesmo tempo, a Moody’s antecipa que a proibição de dividendos, hoje em vigor, seja “levantada e, dezembro de 2025, com o fim do chamado ‘acordo de capital contingente’ estabelecido em 2017”, quando o Novobanco foi vendido ao Lone Star.

Em comunicado ao mercado, o banco informa também que a Moody’s também “melhorou o rating do papel comercial do novobanco para Prime-3 de Not Prime”.

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Sérvia fecha compra de 12 caças franceses Rafale durante visita de Macron a Belgrado

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Os caças franceses vão substituir a antiga frota de MiG russos da Força Aérea sérvia e serão entregues até 2029. "Temos de evoluir, mudar os nossos hábitos", justificou o presidente sérvio.

A Sérvia assinou esta quinta-feira um contrato para a compra de 12 aviões Rafale ao grupo Dassault Aviation, durante a visita do Presidente francês Emmanuel Macron a Belgrado, para fechar vários acordos económicos com o país dos Balcãs. Os caças franceses vão substituir a antiga frota de MiG russos da Força Aérea sérvia e serão entregues até 2029.

Belgrado vai adquirir nove Rafale monolugares e três Rafale bilugares por 2,7 mil milhões de euros, anunciou o Presidente sérvio Aleksandar Vucic, logo após a assinatura. Vucic manifestou-se também grato por “se juntar ao prestigiado clube Rafale”. Emmanuel Macron chegou hoje à Sérvia para uma visita de dois dias, tendo sido recebido à saída do avião pelo seu homólogo Aleksandar Vucic. A compra dos aviões de combate é delicada, pois Belgrado, candidato à adesão à União Europeia, mantém relações com Moscovo apesar da invasão da Ucrânia e não impôs sanções à Rússia desde o início da guerra, em 2022.

Vucic afirmou, numa entrevista à AFP na quarta-feira, que quase todos os “aviões intercetores” sérvios e todos os “aviões de combate vieram da Rússia”. “Temos de evoluir, mudar os nossos hábitos e tudo o resto para preparar o nosso exército”, frisou. A França também apresenta este argumento, evocando uma lógica de ligar a Sérvia à União Europeia.

Numa carta publicada na imprensa sérvia, Macron reiterou que a Sérvia tem “o seu lugar pleno” na União Europeia. Oito meses depois das eleições legislativas sérvias marcadas pela fraude, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) e o Parlamento Europeu, ganhas pelo partido presidencial, o Eliseu acredita que este processo de adesão deverá levar Belgrado a “consolidar o Estado de direito”.

Emmanuel Macron deve ainda defender in loco a “normalização das relações com o Kosovo”. Desde a independência do Kosovo em 2008, que a Sérvia nunca reconheceu o novo país, ao contrário de muitos países ocidentais, e todas as tentativas de apaziguamento e diálogo falharam.

Além do negócio dos Rafale, estão também em curso negociações com a produtora e distribuidora de energia francesa EDF sobre energia nuclear civil. Na sexta-feira, os dois governantes realizam uma visita conjunta a Novi Sad, a segunda maior cidade do país.

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Polónia vai construir fábrica de munições de 155 milímetros

  • Lusa
  • 29 Agosto 2024

Quando a fábrica estiver totalmente operacional, dentro de dois anos, terá capacidade para produzir 180 mil unidades destes obuses por ano. Investimento será de 60 milhões.

O maior fabricante privado de munições da Polónia, o grupo Niewiadów, anunciou esta quinta-feira a intenção de construir uma fábrica em Ujadz (centro) para munições de 155 milímetros, as mais utilizadas pela NATO e pela Ucrânia.

Em declarações à imprensa polaca em Lódz (centro), o presidente da empresa Grzegorz Niedzielski explicou que quando a fábrica estiver totalmente operacional, dentro de dois anos, terá capacidade para produzir 180 mil unidades destes obuses por ano, graças a um investimento de cerca de 60 milhões de euros. “Todas as autorizações, certificados e licenças necessárias estão em vigor, temos o pessoal, os recursos e só precisamos de começar a construir”, disse Niedzielski.

O calibre 155 milímetros é o calibre padrão para a maioria das armas terrestres pesadas da NATO e o exército polaco, por exemplo, equipa os seus lançadores de tanques Krab e os mais de mil tanques K-9 que adquiriu no ano passado com este tipo de arma. De acordo com o Ministério da Defesa polaco, é necessária uma reserva de três milhões de munições de 155 milímetros para garantir a operacionalidade do exército em caso de guerra.

Este tipo de munições, amplamente utilizado nos tanques e obuses da NATO, emergiu como um dos principais recursos na guerra na Ucrânia, onde se estima que sejam disparados entre 3.000 e 10.000 destes projécteis todos os dias. O exército ucraniano, que tem denunciado repetidamente a sua necessidade de munições, disse recentemente que deve limitar-se a usar cerca de 2.000 projéteis de 155 milímetros por dia, em vez dos 10.800 de que necessitaria.

Na sequência da guerra na Ucrânia, a União Europeia (UE) propôs-se aumentar a sua produção de munições pesadas de 300.000 para um milhão de unidades por ano. De acordo com as estimativas dos meios de comunicação social, os países da UE produzem atualmente cerca de 700.000 projéteis deste tipo no total.

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