Cox ganha contrato no Paraguai para a construção de 500 quilómetros de linhas de transmissão

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  • 1 Julho 2025

O projeto será desenvolvido pela Cox em colaboração com uma empresa local, incluindo as fases desde a engenharia até à entrada em funcionamento.

Cox, a empresa de água e energia, ganhou um novo contrato no Paraguai (através da Cox Chile) para a conceção e construção de 500 quilómetros de linhas de transmissão de 220 kV na região do Chaco, encomendado pela ANDE (Administración Nacional de Electricidad).

Com um investimento de 64 milhões de dólares, o projeto será executado em conjunto com a empresa paraguaia L.T. S.A. e incluirá desde a conceção e engenharia até ao fornecimento, instalação e colocação em funcionamento de duas linhas elétricas para reforçar a rede nacional.

De acordo com a empresa, estas infra-estruturas são essenciais para expandir a capacidade de transmissão e garantir um fornecimento de eletricidade mais fiável nas regiões Oeste (Chaco) e Norte do país, em resposta ao crescimento da procura e aos desafios de uma rede mais eficiente e resiliente.

Com uma experiência global superior a 30.000 quilómetros de linhas de transmissão, a Cox afirmou que está a consolidar a sua liderança regional na América Latina através de projetos que promovem uma rede elétrica mais sustentável, resiliente e orientada para o desenvolvimento local.

O CEO da Cox, Enrique Riquelme, afirmou que continuam a “avançar decisivamente no nosso roteiro de descarbonização através de investimentos sustentáveis que reforçam as infra-estruturas elétricas, promovem a produção renovável e trazem valor às comunidades onde operamos. Fazemo-lo através de alianças estratégicas, soluções integradas e uma visão a longo prazo que acompanha o crescimento económico e energético da região”.

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Cerca de 500 profissionais da PwC celebram a graduação do seu programa de talentos Work Academy

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  • 1 Julho 2025

Um projeto pioneiro na Europa que permite que a experiência profissional e a formação recebida pelos profissionais da firma sejam acreditadas com um diploma universitário.

Cerca de 500 colaboradores da firma receberam os seus diplomas no Estádio Metropolitano Riyadh Air de Madrid, onde estiveram presentes cerca de 1200 pessoas. O evento contou com a presença de Gonzalo Sánchez, Presidente da PwC Espanha; Antonio Huertas, Presidente da Mapfre, que atuou como patrocinador; Marc Borggreven, Líder Global de Capital Humano da PwC; Higinio Marín, Reitor da Universidade CEU Cardenal Herrera, e Jon Azua, Decano do programa Work Academy da PwC.

O presidente da PwC, Gonzalo Sánchez, felicitou os participantes pelo seu intenso e árduo trabalho. “Sabemos que o objetivo da PwC é, naturalmente, ajudar os nossos clientes a resolver os seus desafios mais complexos. Mas é também ser uma porta de entrada para o mundo do trabalho para milhares de pessoas todos os anos. Contratamos jovens talentos, muitas vezes sem qualquer experiência anterior. E levamos a sério a nossa responsabilidade de os formar não só em conhecimentos técnicos, mas também em valores profissionais: integridade, rigor, empenho, trabalho de equipa”, afirmou.

Neste sentido, explicou que “a PwC Work Academy configurou-se como uma iniciativa que nos permite credenciar a formação e a experiência dos nossos profissionais durante os primeiros quatro anos da sua carreira na empresa, com um título universitário de especialista em diferentes profissões. Acreditar que somos especialistas em sustentabilidade, cibersegurança, risco… Muitas destas competências não estão integradas na oferta universitária tradicional, apesar de serem críticas para a gestão e proteção das nossas empresas. A PwC forma especialistas nestes domínios. E fá-lo sob uma marca que está presente em mais de 150 países”.

O Presidente da Mapfre, Antonio Huertas, padrinho da primeira turma da Academia de Trabalho da PwC, insistiu na necessidade de continuar a progredir profissionalmente, centrando-se nas pessoas: “A aprendizagem contínua é a base sólida do sucesso. Um sucesso entendido não como um objetivo específico, mas como um caminho. Um sucesso humanista, que compreende o ambiente, que valoriza a diversidade, que sabe adaptar-se às mudanças sem perder o seu norte ético nem a sua coerência pessoal”.

Por seu lado, Higinio Marín, reitor da Universidade CEU Cardenal Herrera, afirmou que “este é um caso de sucesso de colaboração universidade-empresa: as culturas empresarial e académica são chamadas a convergir. Por um lado, organizações como a PwC possuem um capital de conhecimento que as universidades devem aprender a reconhecer e a validar. Por outro lado, a contribuição de consistência académica que as universidades dão aos programas de formação das grandes empresas enriquece-as e torna-as um pólo de fidelização de talentos”.

ESPECIALISTAS NA PROFISSÃO

A PwC Work Academy é um programa de formação pioneiro na Europa, lançado há dois anos, que permite creditar a experiência profissional dos colaboradores da empresa em Espanha com um diploma universitário. Após dois anos de intenso trabalho e formação, os profissionais obtêm um diploma universitário que reconhece o seu estatuto de especialistas na profissão e, após quatro anos, um mestrado. As competências obtidas são certificadas através do conceito de micro-credencial, utilizando a versão mais avançada da tecnologia “Open Badges”.

Os colaboradores que iniciam a sua carreira profissional na PwC Espanha, para além de aumentarem as suas competências e adquirirem os conhecimentos essenciais para exercerem de forma competitiva as profissões de auditor, consultor, especialista em transações, advogado ou fiscal, têm a possibilidade de obter o seu próprio diploma universitário com a certificação de uma instituição de ensino de prestígio como a Universidade CEU Cardenal Herrera.

A visão desta iniciativa é certificar com um diploma universitário a experiência profissional adquirida através do trabalho nas diferentes áreas de negócio da PwC, que é a soma da formação técnica, das competências transversais e da formação prática adquirida através do trabalho em projetos com clientes de alto nível.

Os profissionais da PwC obtiveram o seu diploma universitário numa destas 18 especialidades diferentes: Auditoria de Fundos Públicos; Auditoria Digital; Auditoria Financeira e Não-Financeira; Compliance e Regulação de Seguros; Compliance e Regulação Bancária; Função Financeira; Mercado de Capitais; Governance, Risk, Sustainability and Compliance; Consultoria Estratégica; Consultoria em Cibersegurança, Data Governance e Risco Tecnológico; Consultoria Empresarial; Consultoria em Estratégia e Reporting da Função Fiscal; Consultoria em Recursos Humanos; Consultoria Fiscal Corporativa; Consultoria Jurídica Corporativa; Consultoria em Transações Financeiras; e Consultoria em Serviços Forenses.

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Ibercaja reforça o seu posicionamento estratégico com o projeto de ‘rebranding’ promovido pela BrandFor

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  • 1 Julho 2025

A BrandFor desenvolveu um projeto de consultoria abrangente que dota a Ibercaja de um novo posicionamento estratégico, novos valores e uma nova identidade visual e verbal.

A BrandFor, empresa especializada em consultoria estratégica centrada no branding, geriu o processo de rebranding da Ibercaja. Um projeto desenvolvido em conjunto e que implicou uma completa revisão estratégica e criativa que reforça o modelo diferencial de vocação social, proximidade às pessoas e serviço ao cliente do grupo bancário.

A BrandFor desenvolveu, juntamente com a equipa da instituição financeira, um novo posicionamento estratégico, novos valores e uma identidade visual e verbal renovada para a marca Ibercaja. Tudo isto para promover a estratégia e o propósito da Ibercaja, especialmente no que diz respeito à sua forma própria de fazer banca, baseada no acompanhamento especializado, na proximidade com os clientes e na geração de valor coletivo, através de ações específicas que reforçam a ligação emocional e funcional com os seus clientes e que projetam uma imagem de banco comprometido, fiável e com um propósito.

Com tudo isto, a Ibercaja sublinha que reforça a essência da sua marca e projeta-a para o futuro, destacando o seu próprio posicionamento diferencial no mercado e a sua capacidade para continuar a gerar valor e impacto positivo na vida das pessoas.

“Este projeto de rebranding desenvolvido com a BrandFor reforça o plano estratégico da Ibercaja, fortalecendo o seu modelo diferencial e o seu compromisso como entidade próxima das pessoas, acompanhando-as ao longo da sua vida e ajudando-as a tomar as melhores decisões financeiras através de uma banca profissional, integral e especializada que procura gerar impacto positivo e sustentável”, afirma Enrique Barbero, diretor de Comunicação, Marca e Relações Institucionais da Ibercaja.

“Impulsionar o propósito da Ibercaja e destacar a vocação social e de serviço ao cliente do banco foi o que nos inspirou a reforçar e evoluir a marca Ibercaja de forma estratégica e criativa. Esta nova plataforma de marca ativa e representa a essência que torna a Ibercaja única e que ganha vida em momentos e etapas chave para as pessoas”, afirma Patricia Arias, Sócia Fundadora da BrandFor.

O trabalho da BrandFor levou à criação de novos valores para a Ibercaja, que definem estrategicamente a marca. São eles a proximidade, a autenticidade, a vocação e o dinamismo. Adicionalmente, a BrandFor desenvolveu uma identidade visual e verbal renovada para a Ibercaja, com uma linguagem gráfica mais próxima e vital, novos códigos cromáticos que reforçam o equilíbrio entre confiança e energia, e um estilo comunicativo mais quente, simples e humano. Assim, ampliou e atualizou as cores da marca Ibercaja, refletindo a sua essência única através da coexistência do azul e do vermelho em harmonia, solidez e complementaridade.

Por outro lado, propôs um novo desenho de logótipo, cuja “marca de palavra” provém da tipografia corporativa desenvolvida exclusivamente para a Ibercaja, procurando projetar o equilíbrio perfeito entre estabilidade, confiança e projeção para o futuro.

Além disso, a nova identidade visual da Ibercaja cresce e reforça-se através de uma linguagem expressiva própria e única, com um estilo fotográfico que capta a essência do quotidiano de forma próxima, autêntica e real, e um estilo ilustrativo que parte do símbolo da Ibercaja e representa uma linguagem universal e amigável. Em suma, a BrandFor criou um universo atualizado e enriquecido que dota a marca Ibercaja de um sistema gráfico que representa o seu espírito, a sua vocação e a sua personalidade.

Segundo eles, o sucesso do projeto desenvolvido para a Ibercaja permite à BrandFor consolidar a sua posição como um dos líderes no mercado espanhol de branding, através da sua posição na vanguarda dos processos de criação de novas estratégias e identidades corporativas para empresas líderes, o que reforça a posição diferencial da BrandFor no mercado de branding, oferecendo serviços de consultoria estratégica e criativa que se traduzem em soluções que acrescentam valor, melhoram os planos estratégicos e oferecem resultados tangíveis às empresas.

Nos mais de sete anos desde a sua criação, a BrandFor consolidou a sua posição no mercado espanhol de branding, com uma carteira de mais de 180 projetos. Entre eles, destacam-se os realizados para empresas, organismos e instituições como o Grupo Indra, Cabify, Ifema Madrid, Naturgy, Ramón Bilbao, ITP Aero, SpainCap, Santander, Universidad Pontificia Comillas, Pelayo, Cofares, Iskaypet (Kiwoko e Tiendanimal), Unicef, Ginos, Sodexo ou Urbaser, entre outros.

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5 coisas que vão marcar o dia

Marcelo recebe o novo líder do PS no dia em que é divulgado o estado das contas do SNS, da dívida pública e a evolução do desemprego. A partir de hora, mais empresas entram no regime do IVA de Caixa.

No dia em que Marcelo Rebelo de Sousa recebe o novo líder do Partido Socialista são divulgados vários indicadores sobre a economia portuguesa: O Conselho das Finanças Públicas divulga dados do desempenho do SNS, o INE dados do desemprego e o BdP divulga a dívida pública. A partir desta terça-feira o regime do IVA de Caixa é alargado a empresas que faturam até 2 milhões.

Marcelo recebe novo líder do PS em Belém

Marcelo Rebelo de Sousa vai receber esta terça-feira o recém-eleito secretário-geral do PS, José Luís Carneiro, no Palácio de Belém. A audiência do Presidente da República ao novo líder do PS vai começar às 15h00. José Luís Carneiro, que foi candidato único à liderança, assegura que assume o cargo com “honra e responsabilidade” e prometeu um partido de “valores e de princípios”.

Como está o estado de saúde do SNS?

O Conselho das Finanças Públicas (CFP) vai publicar dados sobre o desemprenho do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 2024. Em 2023, a dívida do SNS aos fornecedores externos encolheu 387 milhões de euros, para 1,2 milhões de euros, segundo o CFP foi “a primeira redução após três anos de consecutivo aumento”.

… e do mercado de trabalho?

O Instituto Nacional de Estatística (INE) divulga os dados sobre o desemprego em Portugal de maio. Em abril, o desemprego registou o seu segundo mês de recuo, fixando-se em 6,3%, 0,1 pontos percentuais abaixo no registado no mês anteriores. O órgão de estatística vai ainda divulgar o índice de produção industrial e o índice de Volume de Negócios, Emprego, Remunerações e Horas Trabalhadas no Comércio.

BdP divulga dados da dívida pública

O Banco de Portugal (BdP) divulgar nesta terça-feira dados da dívida pública a nível local relativo a maio. Abril foi o quinto mês consecutivo que registou a dívida pública a crescer – o stock da dívida pública na ótica de Maastricht tinha aumentado 2,59 mil milhões de euros para um valor recorde de 280,9 mil milhões. O regulador vai ainda revelar dados do financiamento das administrações públicas, o indicador compósito de stress financeiro, do mercado monetário e taxas de câmbio.

Regime do IVA de Caixa é alargado a empresas que faturam até 2 milhões

Entra em vigor esta terça-feira as alterações ao regime do IVA de Caixa alargando-o para as empresas com um volume de negócios anual até dois milhões de euros. Este regime permite que as empresas apenas paguem ao Estado o imposto quando o recebem do cliente. Até agora, só podia aderir a este instrumento quem apresentar um volume de negócios anual até 500 mil euros, agora, o IVA de caixa para a incluir as empresas até aos dois milhões de euros anuais em faturação.

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Em Madrid, a Sermas regista uma diminuição geral dos tempos em lista de espera

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  • 1 Julho 2025

Em maio, os atrasos diminuíram nas consultas externas, nas cirurgias e nos exames de diagnóstico.

Os últimos dados do Serviço de Saúde de Madrid (Sermas), correspondentes ao mês de maio, refletem uma descida generalizada dos tempos de espera na Comunidade de Madrid, com uma diminuição de todos os parâmetros analisados em relação ao mês anterior. Indicam uma redução das consultas externas, dos exames de diagnóstico e da lista de espera cirúrgica.

De acordo com os Sermas, a demora média nas consultas externas passou de 66,54 dias em abril para 63,27 dias em maio; nos exames de diagnóstico, de 61,80 para 59,85 dias; e a espera média para cirurgia de 49,79 para 49,49 dias. Além disso, o número total de doentes em lista de espera estrutural para cirurgia diminuiu de 80.995 em abril para 76.848 em maio, o que significa menos 4.147 doentes a aguardar cirurgia.

Entre os hospitais com os tempos de espera mais curtos nas três categorias, a Fundación Jiménez Díaz destaca-se como o primeiro hospital nas listas de espera de alta complexidade, tanto para cirurgia como para consultas externas, e o segundo para exames de diagnóstico.

Com um tempo médio de espera de 48 dias para cirurgia, a Região de Madrid está 76 dias abaixo da média nacional de 126 dias, o que a torna a região com o menor tempo de espera em Espanha para operações, de acordo com os últimos dados do Sistema de Listas de Espera (SISLE).

Os hospitais de alta complexidade (Grupo 3) com os tempos de espera mais curtos para uma operação, de acordo com os dados do Sermas para maio, foram: Fundación Jiménez Díaz, 22,04 dias; Hospital General Universitario Gregorio Marañón, 55,94 dias; Hospital Clínico San Carlos, 55,98 dias; Hospital Universitario La Paz, 57,42 dias e La Princesa com 58,15 dias. O Ramon y Cajal, 63,98 dias, o Hospital Universitario Puerta de Hierro Majadahonda, 64,04 dias, e o Hospital Universitario 12 de Octubre, 74,97 dias, ultrapassaram o tempo de espera de dois meses. Quanto ao resto dos hospitais de média e baixa complexidade, o melhor desempenho foi dado pelo Hospital Geral de Villalba, 11,76 dias; o Rey Juan Carlos, 16,29 dias; o Infanta Elena, 28,29 dias e o Hospital Universitário Santa Cristina, 29,61 dias; todos eles abaixo do período de espera de um mês.

ESPECIALIDADES

No que diz respeito às consultas externas, estes dados indicam que Madrid também está muito aquém da média nacional, que segundo o SISLE é de 105 dias: mais exatamente, 41,73 dias, com uma espera média de 63,27 dias. Estes dados colocam Madrid, apesar da sua maior pressão sobre os cuidados de saúde, como uma das regiões com menos atrasos na obtenção de uma consulta com um especialista.

De acordo com os últimos dados do Sermas, os hospitais madrilenos de alta complexidade que atenderam as consultas mais rapidamente em maio foram a Fundación Jiménez Díaz, com 26,48 dias; seguido do Gregorio Marañón, 36,91 dias; do Hospital de la Princesa, 57,75 dias; do Hospital 12 de Octubre, 58,12 dias; do Hospital Clínico San Carlos, 58,34; do Hospital Universitario Puerta de Hierro, 77,42; do Ramón y Cajal, 79,64; e do Hospital La Paz, em último lugar, com 96,68 dias. Entre os hospitais de média e baixa complexidade, o Hospital Universitário Geral de Villalba (25,34 dias), o Hospital Universitário Infanta Elena (27,05 dias) e o Hospital Universitário Rey Juan Carlos (27,46 dias) destacaram-se por esperas inferiores a um mês.

No que diz respeito aos exames de diagnóstico, o tempo médio de espera na Comunidade Autónoma de Madrid em maio foi de 59,85 dias, menos quase dois dias do que no mês anterior, apesar de ter sido atendido um maior número de doentes: 171.649, contra 164.338 no mês anterior, o que reflete uma melhoria da capacidade de resolução do sistema e uma maior eficiência na gestão da procura.

Entre os principais hospitais da Comunidade de Madrid, os que geriram de forma mais eficiente os exames de diagnóstico em maio foram: Hospital Clínico San Carlos (21,14 dias); Fundación Jiménez Díaz (37,67 dias) e Hospital General Universitario Gregorio Marañón (43,02); Hospital Universitario Ramon y Cajal (46,22 dias); La Princesa (49,96 dias); Hospital Universitario Puerta de Hierro Majadahonda (55,24 dias), todos abaixo da média de todos os hospitais da Comunidade Autónoma de Madrid. Por outro lado, o Hospital 12 de Octubre (72,79 dias) e o Hospital Universitário La Paz (76,11 dias) superaram esta média. Em termos de média complexidade, os melhores registos foram apresentados pelo Hospital Universitário de Torrejón com 12,42 dias; o Hospital Universitário Infanta Elena, 20,42; o Hospital Infantil Universitário Niño Jesús, 21,44; o Hospital Universitário General de Villalba 26,69 e o Hospital Universitário Puerta de Hierro Majadahonda, 27,43 dias; todos eles abaixo do tempo de espera de um mês para exames de diagnóstico.

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Startup promete ajudar contabilistas a acelerar tarefas com IA em 15 dias

A Mars Shot, fundada por Hugo de Sousa, garante conseguir automatizar as tarefas dos contabilistas em duas semanas recorrendo à IA para criar software.

Sentar (literalmente) ao lado dos contabilistas, identificar problemas em tempo real e dar ordem à Inteligência Artificial (IA) para que no espaço de duas semanas crie um software que automatize tarefas repetitivas. A informalidade e a rapidez na criação de soluções para esta área, mas também para recursos humanos, é o compromisso assumido pela Mars Shot, uma startup criada por Hugo de Sousa que promete dar resposta às empresas que considera não serem o foco das “big four”.

“O objetivo é finalmente dar resposta a todas as áreas de negócio. Ou seja, conseguir desenvolver software de forma muito mais rápida do que o tradicional. No tradicional estamos sempre a falar de projetos em meses, com derrapagens, extremamente caros e que raramente entregam aquilo que é esperado”, afirma Hugo de Sousa ao EContas, explicando que “fazemos projetos com base em IA”, usando-a para desenvolver software. Ferramentas que já são utilizadas por gigantes tecnológicos, como é o caso da Microsoft.

Sentamo-nos ao lado das pessoas da contabilidade, olhamos para o trabalho delas e dizem-nos na hora o que é repetitivo, o que não acrescenta valor e o que podia ser automatizado. Ao lado delas construímos um protótipo em tempo real, com feedback em tempo real”, refere o gestor, dando ordem à IA para desenvolver o software necessário para resolver estas questões, sempre com a supervisão de um humano. O custo dos projetos ronda os 10 mil a 20 mil euros, um valor que diz ficar muito aquém do que é normalmente cobrado.

Hugo de Sousa diz que a rapidez no processo só é possível porque é também adotada uma abordagem informal entre o cliente e os programadores. “Em vez de fazermos projetos de diagnóstico, levantamento do ponto de situação e depois um planeamento exaustivo do que deve ser mudado e finalmente a mudança, falamos numa linguagem informal diretamente com pessoas do departamento de contabilidade que sabem exatamente que etapas é que são repetitivas e que não acrescentam valor nenhum. E em duas semanas automatizamos aquelas tarefas”, sem “aquela linguagem complexa e os powerpoints das consultoras”. A equipa é composta por uma pessoa do lado do cliente e por um gestor de produto e um programador do lado da consultora digital.

O fundador da Mars Shot, que nasceu no ano passado e que conta com seis profissionais, diz que a “informalidade é muitas vezes confundida com falta de profissionalismo, mas no mundo em que vivemos, em que temos um Donald Trump a trazer tarifas, um conflito Israel-Palestina, Israel-Irão, tudo a mudar de um dia para o outro, isto não se coaduna com processos lineares muito burocráticos”, garantindo não estar a competir com as “big four”, mas a “tentar servir aquele público que se calhar não conseguem servir”, como é o caso dos departamentos de áreas de suporte, como recursos humanos e contabilidade.

“O contabilista devia ser um assessor da administração, ajudar a tomar decisões. Eu não preciso de um mapa de exploração, preciso de recomendações onde devo baixar custos. Quero uma interpretação do balanço. É isso que estamos a fazer”, refere Hugo de Sousa, frisando que é preciso “acabar com pirâmides e hierarquias e de forma achatada e informal” responder às necessidades dos clientes.

A Mars Shot também prepara as equipas das empresas para desenvolverem código. “Temos um cliente na área da banca em que estamos a empoderar a equipa de desenvolvimento do banco para usarem estas novas técnicas. Estamos a ensiná-los a programar com recurso à IA”, explica.

Além de clientes na banca, nomeadamente na banca de investimento, a consultora digital tem também “como cliente um dos maiores laboratórios na área clínica. Temos algumas empresas de média dimensão e temos um caso de um empreendedor que tem uma ideia, quer construir um protótipo, mas não tem conhecimentos de programação”. Um público-alvo que é, por norma, “mais jovem, com mais literacia [digital], que sabe que existem novos modelos de desenvolvimento e que acredita na IA”. Além de Portugal, a empresa quer ainda expandir os seus serviços para o Reino Unido e África.

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Governo quer monitorizar juízes dos tribunais administrativos e fiscais

Na quarta-feira, a equipa de Rita Júdice reuniu com o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF), encontro no qual foram discutidas propostas para acelerar os processos.

O Ministério da Justiça quer passar a monitorizar e avaliar o trabalho dos juízes dos tribunais administrativos e fiscais, no que toca ao ritmo de conclusão de processos. Na última quarta-feira, a equipa de Rita Júdice reuniu com o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF), liderado por inerência pelo presidente do Supremo Tribunal Administrativo, Jorge Aragão Seia, “para a discussão de diversas medidas” e recebeu propostas, “que serão analisadas à luz do Programa de Governo” relativas à jurisdição fiscal e tributária.

A prioridade é a celeridade processual e, em particular, “a que respeita à reforma da Jurisdição Administrativa e Fiscal”. Os tribunais administrativos e fiscais decidem litígios relacionados com a administração pública – em que uma das partes é sempre Estado (seja Autoridade Tributária, uma autarquia ou ainda uma direção-geral, por exemplo) e atuam como um controle jurisdicional sobre as ações do Estado e suas relações com os cidadãos e empresas.

Uma das intenções, segundo fonte do gabinete de Rita Júdice avançou ao ECO/Advocatus passa por “promover a definição, monitorização, avaliação e comunicação de objetivos estratégicos e de objetivos processuais”. Ou seja: garantir que um juiz consiga concluir um processo no prazo definido previamente, bem como garantir que os magistrados sejam monitorizados no que toca ao seu desempenho.

Quais são então os objetivos do Governo para os tribunais administrativos e fiscais?

  • Migrar os processos do SITAF (sistema informático específico para estes tribunais) para o CITIUS (o sistema informático comum a todos os tribunais);
  • Implementar de forma prioritária medidas específicas de resposta ao congestionamento conjuntural da segunda instância (os correspondentes aos tribunais da Relação nos tribunais ditos comuns) na jurisdição administrativa e fiscal.
  • Preparar alterações legislativas tendentes à simplificação e agilização da tramitação processual na primeira instância;
  • Promover a definição, monitorização, avaliação e comunicação de objetivos estratégicos e de objetivos processuais e uniformização de práticas de gestão processual;
  • Disponibilizar ferramentas informáticas para obtenção de informação estatística, tendo em vista a melhor gestão dos tribunais administrativos e fiscais.

E o que quer o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais?

Na passada terça-feira, o Conselho Superior dos Tribunais Administrativos e Fiscais (CSTAF) anunciou, num encontro com jornalistas, que quer impôr objetivos aos vários tribunais – no triénio 2026/2028 – para resolver os processos mais antigos que ainda estão pendentes, de forma a que, até ao final de 2028, estejam por resolver apenas processos entrados há quatro anos. Ou seja, processos de 2024. Atualmente há casos de 2004 ainda pendentes nestes tribunais.

O objetivo foi discutido com os juízes dos tribunais administrativos e fiscais e estes passarão, assim, a dar prioridade aos processos mais antigos em detrimento dos mais recentes, exceto se estes forem de natureza urgente. Este plano estratégico foi levado na quarta-feira pelo presidente do Supremo Tribunal Administrativo, Jorge Aragão Seia, à ministra da Justiça, Rita Alarcão Júdice.

A juíza secretária do CSTAF, Eliana de Almeida Pinto, explicou que, na primeira instância, a taxa de resolução dos TAF é, em muitos casos, superior à dos Tribunais comuns. Na maioria dos tribunais, estando acima dos 100% em 12, dos 17 tribunais representados, o que significa que o nível da capacidade de resposta do sistema é superior à procura. O Tribunal Tributário de Lisboa lidera a tabela com 241% de taxa de resolução, seguido do TAF de Sintra (171%) e do TAF de Castelo Branco (155%).

O Tribunal Central Administrativo – Norte (TCA Norte) atingiu os 100% de taxa de resolução, enquanto no TCA Sul se registou uma taxa de 77,64%.

Já os Tribunais da Relação – os de segunda instância da jurisdição comum – registaram taxas de resolução entre 96,12% (Coimbra) e 99,90% (Guimarães). Em 2024, estavam em funções 406 juízes desembargadores nos Tribunais da Relação e 70 nos tribunais administrativos e Fiscais.

O presidente do Supremo Tribunal Administrativo, Jorge de Aragão Seia, discursa durante cerimónia de posse no Salão Nobre do Supremo Tribunal Administrativo, em Lisboa, 17 de outubro de 2024. TIAGO PETINGA/LUSA

Carga processual por juiz na jurisdição comum versus tribunais administrativos

Os Tribunais da Relação têm de cerca de seis vezes mais juízes desembargadores que os tribunais responsáveis por julgar litígios que envolvem o Estado, ainda que o número total de processos (entrados e pendentes) nas Relações (38.302) seja, apenas, o dobro do número de processos (entrados e pendentes) nos Tribunais Centrais Administrativos (17.807), aproximadamente.

Segundo dados revelados pelo CSTAF, a carga processual por juiz nos Tribunais Centrais Administrativos varia entre os 174 processos por desembargador (no Norte) e os 326 (no Sul). Já nos Tribunais da Relação, um juiz desembargador tem a seu cargo entre 81 a 109 processos.

O número de juízes desembargadores em funções no Tribunal da Relação de Lisboa é quatro vezes superior ao de juízes desembargadores do TCA Sul, apesar dos valores aproximados, no que diz respeito ao total de processos pendentes e entrados no TCA Sul (12.059) e na Relação de Lisboa (15.460).

Se atentarmos exclusivamente nos processos entrados, constata-se que os valores referentes ao TCA Sul (3.291) e o Tribunal da Relação de Coimbra (3.554) são, também eles, equivalentes. Ainda assim, por comparação, a Relação de Coimbra tem mais 14 juízes desembargadores em funções, o que representa uma diferença de 38% de juízes adicionais face ao TCA Sul.

O mesmo acontece com o Tribunal da Relação de Évora, que tem mais 32% de juízes desembargadores que o TCA Sul. A desproporção no número de juízes desembargadores em funções, entre jurisdições, reflete-se, depois, no nº de processos pendentes por juiz, inevitavelmente mais elevado do lado da JAF.

“Considerando que 70 desembargadores dos TCA resolvem 4.609 processos por ano, e que entram 5.345 processos por ano; atendendo ao número de processos pendentes (13.198), podemos calcular que, se existisse na JAF, o dobro dos desembargadores (140) em três anos e meio deixariam de existir processos pendentes. Ou seja, em meados de 2029 já teriam sido resolvidos todos os processos pendentes e a partir daí os juízes desembargadores ficariam com uma média de 30 processos, ainda assim superior à da justiça comum – que se situa entre os 14 e os 30. Assim se impediria, também, a formação de novas pendências nesta instância”, diz o mesmo órgão.

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Esqueceu-se de “ativar” o IRS Jovem? Ainda pode corrigir até 30 de julho

Aplicação não é automática. Contribuinte que tenha direito, mas não tenha ativado este benefício na Modelo 3 relativamente aos rendimentos de 2024, pode entregar declaração de substituição.

Ainda que o prazo de entrega das declarações de IRS já tenha terminado, os contribuintes que se tenham esquecido de ativar o IRS Jovem ainda o podem fazer. Segundo explicou ao ECO a jurista Magda Canas, da Deco Proteste, esses jovens podem entregar uma declaração de substituição até 30 de julho e, como não houve prejuízo para o Estado, não deverá haver lugar a coima.

O IRS Jovem corresponde a um desconto total ou parcial no imposto para os contribuintes que estejam nos seus primeiros anos de vida ativa.

A aplicação deste benefício não é, contudo, automática. Assim, mesmo os contribuintes que preenchem os requisitos para beneficiar deste regime, podem não ter usufruído dele relativamente aos rendimentos de 2024, caso não tenham ativado expressamente esse benefício na declaração que acabaram de entregar.

Caso esteja nessa situação, saiba, contudo, que a pode corrigir, mesmo já tendo terminado o prazo de entrega do IRS. “Há um mecanismo previsto na lei, que se chama declaração de substituição“, explica a jurista Magda Canas.

Para a entregar, o contribuinte tem de entrar no Portal das Finanças e, na secção dedicada à entrega do IRS, escolher a opção “entregar a primeira declaração e declarações de substituição”.

À partida, o atraso no acionamento do IRS Jovem não gerou um prejuízo para o Estado. Logo, normalmente, não há penalizações.

Magda Canas

Jurista da Deco Proteste

Como, no caso do IRS Jovem, o atraso no acionamento deste regime não gerou um prejuízo para o Estado, “normalmente não há coimas, até 30 de julho”, esclarece a referida jurista da Deco Proteste.

Ainda assim, Madga Canas alerta que quem entrega a declaração Modelo 3 fora do prazo não pode optar pela tributação conjunta (que, regra geral, é mais favorável).

Ou seja, um jovem casado que tenha entregado a Modelo 3 com o seu cônjuge sem acionar o IRS Jovem terá de abdicar da tributação conjunta, caso queira avançar agora com a declaração de substituição para ativar esse regime.

Importa explicar que as mudanças ao IRS Jovem lançadas pelo primeiro Governo de Luís Montenegro ainda não se aplicam à declaração deste ano, uma vez que esta diz respeito aos rendimentos de 2024.

O regime aplicável é o deixado por António Costa, que prevê que o IRS Jovem está disponível apenas para os contribuintes dos 18 aos 26 anos, que tenham o ensino secundário concluído. O regime tem uma duração de cinco anos, variando a isenção entre 100% (no primeiro ano) e 25% (no quinto ano).

Em contraste, o novo IRS Jovem (que se aplicará à Modelo 3 de 2026, relativa aos rendimentos de 2025) estará aberto a contribuintes com até 35 anos, independentemente do grau de escolaridade e terá a duração de dez anos. Os jovens que cumpram estes critérios podem já pedir a aplicação deste regime na retenção na fonte de IRS.

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Altice avança com programa de saídas voluntárias

O programa da empresa dona da Meo é "voluntário" e passa por rescisões amigáveis, pré-reformas e incentivos à reforma. Colaboradores têm até 31 de julho para aderir.

A Altice avançou esta segunda-feira com um programa de saídas voluntárias junto aos mais de 6 mil trabalhadores da empresa. O programa é “voluntário” e passa por rescisões amigáveis, pré-reformas e incentivos à reforma. Os trabalhadores têm até 31 de julho para manifestar o seu interesse no programa, apurou o ECO junto de duas fontes da companhia.

Oficialmente, a Altice não faz comentários, mas o programa, que foi esta segunda-feira dado a conhecer aos trabalhadores, é “voluntário, baseado na livre decisão dos colaboradores” e, segundo a informação prestada em documento interno pela empresa dona da Meo, a que o ECO teve acesso, “com condições acima da média do mercado”. Não foi divulgada nenhuma meta de redução do pessoal da operadora, que tem hoje 6.300 colaboradores.

Requalificar os quadros da operadora, num setor em transformação tecnológica, segundo fontes ouvidas pelo ECO, está na base desta redução de pessoal, que já tinha sido seguida pelos concorrentes. A NOS, no início de maio, avançou igualmente com uma reestruturação que passou pela redução de pessoal.

Quais os mecanismos de saídas previstos?

A redução de pessoal será feita através de pré-reformas — dirigido a colaboradores que completem 60 anos de idade e 15 de antiguidade até 30 de junho de 2026, que terão direito a 80% dos valores mensais salariais regulares (com exceção do subsídio de refeição), plano de saúde clássico e planos corporativos com as condições atuais e os planos de comunicações e do Meo Energia —, bem como rescisões por mútuo acordo. Neste caso, não há um limite de idade, tendo o colaborador direito a dois salários mensais por cada ano de serviço, bem como à extensão de benefícios sociais por dois anos, podendo recorrer aos serviços da empresa especializada em outplacement, a Lee Hecht Harrison-DBM.

A empresa tem ainda previsto um mecanismo, dirigido aos trabalhadores já elegíveis para a reforma, mas que ainda estão a trabalhar, de incentivos à reforma/aposentação. Neste caso, a Meo prevê um prémio extraordinário de saída, no valor de 15 mil euros a quem requeira a reforma/ aposentação até 31 de dezembro.

Em 2024, as receitas da Altice Portugal estagnaram nos 2.775 milhões de euros em 2024. O crescimento anual foi de 0,7%. E excluindo o negócio da Altice Labs, as receitas aumentaram 5,4% face a igual período do ano anterior. Já o EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da operadora de telecomunicações encolheu 1,2% no ano passado, comparativamente ao ano anterior, penalizado também pela performance da antiga PT Inovação, onde as vendas globais de equipamentos e hardware prejudicaram o crescimento. Sem esse impacto, o lucro operacional da Meo registou um acréscimo de 3,3%.

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PSI dispara 22% no primeiro semestre, mas já está com o pé no travão para o resto do ano

O PSI brilhou como há muito não se via, mas a história mostra que este brilho não dura o resto do ano. Apesar dos dividendos generosos, o entusiasmo pode ser passageiro.

A bolsa portuguesa brilhou nos primeiros seis meses do ano. Num semestre marcado por incertezas geopolíticas, receios de recessão e queda a pique das taxas de juro na Zona Euro à conta de sete cortes de 25 pontos base do Banco Central Europeu, o principal índice da Euronext Lisboa encerrou os primeiros seis meses do ano com ganhos de 21,8% (incluindo dividendos), assinalando o melhor primeiro semestre desde 2007.

Há 18 anos que o PSI não arrancava um ano com tanta força, eclipsando praticamente os seus pares europeus como o francês CAC40 e o neerlandês AEX, que ficaram a léguas de distância deste sprint bolsista português. O PSI apenas não foi capaz de bater o espanhol IBEX35, que encerrou os primeiros seis meses com uma valorização de 23,35%.

O entusiasmo do principal índice acionista da praça portuguesa tem rostos bem definidos. CTT e BCP foram as estrelas da Euronext Lisboa, ao valorizarem 43,38% e 48,72%, respetivamente, enquanto o restante mercado europeu tentava acertar passo com a inflação renitente e as hesitações dos bancos centrais. Do lado oposto, apenas três empresas do PSI fecharam os primeiros seis meses no vermelho: Navigator, EDP Renováveis e Altri.

Nos últimos 30 anos, sempre que o primeiro semestre do PSI fechou com ganhos acima dos 20% – situação que apenas se verificou em quatro dos últimos 30 anos até 2024 – o desempenho do índice no segundo semestre ficou sempre abaixo dos ganhos do primeiro semestre.

Para o segundo semestre, as expectativas são muitas. Mas a história e o contexto macroeconómico atual apontam para um abrandamento da euforia registada na primeira metade do ano, deixando antever um desempenho mais moderado do PSI até ao final do ano.

De acordo com dados recolhidos pelo ECO dos últimos 30 anos, embora o desempenho do PSI no primeiro e no segundo semestre esteja historicamente bem distribuído – registando-se 15 ocasiões em que o primeiro semestre superou o segundo semestre e 15 ocasiões em que se observou o contrário –, há um detalhe que merece atenção redobrada.

Sempre que o primeiro semestre fechou com ganhos acima dos 20% – situação que apenas se verificou em quatro dos últimos 30 anos até 2024 – o desempenho do segundo semestre ficou sempre abaixo dos ganhos do primeiro semestre; e em metade dessas ocasiões (em 1998 e 2007), em que o PSI valorizou mais de 20% nos primeiros seis meses, o segundo semestre fechou com perdas. Esta tendência histórica sugere que a exuberância atual pode não se manter nos próximos meses, tal como também perspetivam os especialistas contactados pelo ECO.

“O PSI está claramente num momento excecional”, explica Virgílio Garcia, gestor do fundo Sixty Degrees Ações Portugal. “Mas é importante perceber que estes números excecionais raramente se sustentam durante um ano completo. A história mostra-nos que após primeiros semestres muito positivos, o mercado tende a consolidar.”

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Valorização atrativa mas cautela é palavra de ordem

Apesar dos receios de uma possível moderação nos próximos seis meses, o PSI apresenta argumentos sólidos para atrair investidores. O índice está a negociar “mais barato” que muitos mercados europeus, apresentando um rácio Price-to-Earnings (PER) de 12,21 vezes, que compara favoravelmente com um PER de 16,75 do francês CAC40, 18,83 do alemão DAX ou de 20,31 do neerlandês AEX.

“Neste momento não trocava a bolsa portuguesa por nenhuma bolsa europeia”, confessava Virgílio Garcia a 18 fevereiro, em entrevista ao ECO sublinhando que o índice português transacionava com desconto de alguma forma substancial face aos comparáveis europeus. Desde então, o PSI acumulou 11,1 pontos percentuais a mais que o DAX e 16,4 pontos percentuais a mais que o índice pan-europeu Stoxx Europe 600.

A tradição de pagar dividendos elevados na bolsa de Lisboa tem permitido aos investidores uma remuneração adicional que representa uma importante fatia dos ganhos.

Carlos Pinto

Gestor do fundo Optimize Portugal Golden Opportunities

Além da valorização atrativa, o PSI destaca-se pela generosidade na distribuição de dividendos. Com uma taxa de dividendo média de 4,29%, o índice nacional posiciona-se como um dos índices mais generosos da Europa, oferecendo aos investidores uma remuneração sólida mesmo em cenários de menor valorização das cotações.

“A tradição de pagar dividendos elevados na bolsa de Lisboa tem permitido aos investidores uma remuneração adicional que representa uma importante fatia dos ganhos”, realça Carlos Pinto gestor do fundo Optimize Portugal Golden Opportunities. “Mesmo que a valorização desacelere, esta componente mantém-se como um fator diferenciador importante”, diz.

Apesar deste ponto positivo e do otimismo que deposita nos fundamentais das empresas portuguesas, o gestor destaca que “não podemos ignorar os ventos contrários que sopram da conjuntura internacional”.

Carlos Pinto aponta particularmente para as tensões geopolíticas e o abrandamento económico global como fatores que podem pressionar o desempenho das cotadas nacionais no segundo semestre. “A incerteza geopolítica e as crescentes tensões comerciais resultaram num aumento de protecionismo que pode impactar negativamente os mercados”, adverte.

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Vítor Madeira, analista da XTB, acredita que “o mercado mantenha alguma tração positiva” no segundo semestre, “ainda que a intensidade do movimento de subida seja inferior” ao registado nos primeiros seis meses do ano. “Existem razões para acreditar que a bolsa portuguesa possa continuar a beneficiar do ambiente favorável na Europa, nomeadamente da continuação da política monetária expansionista do BCE”, diz.

No entanto, o analista sublinha que “existem riscos crescentes” que podem condicionar a evolução do PSI na segunda parte do ano, como seja a “possibilidade de cortes de juros nos EUA no segundo semestre poderá reverter parte da rotação de capital que beneficiou a Europa, trazendo novamente o foco para o mercado norte-americano, sobretudo para os setores de crescimento.”

Independentemente da direção que o PSI possa tomar nos próximos meses, a política de dividendos generosa das cotadas nacionais oferece aos investidores uma proteção adicional. Com empresas como a Nos a oferecer taxas de dividendos acima de 10% e de mais quatro cotadas a negociarem com taxa de dividendos acima dos 5%, o mercado português mantém-se atrativo mesmo em cenários de menor valorização.

Os números excecionais do primeiro semestre criaram expectativas elevadas, mas é importante manter os pés bem assentes na terra. O mercado português tem qualidade, mas a sustentabilidade destes ritmos de crescimento ao longo de um ano completo é historicamente rara.

Virgílio Garcia

Gestor do fundo Sixty Degrees Ações Portugal

Entre as apostas de Virgílio Garcia para o segundo semestre continuará a estar a Nos, “que deverá continuar a beneficiar da sua forte presença no mercado doméstico e da sua reduzida exposição a tensões geopolíticas”. Além disso, “no próximo reporte de resultados, já deverão começar a ser refletidos os efeitos da aquisição da Claranet, cuja integração estimamos positiva.”

O gestor, que fez do Sixty Degrees Ações Portugal o fundo de ações nacionais mais rentável de 2024, aponta ainda a Galp como uma aposta para o segundo semestre. “Após um primeiro semestre dececionante, a possibilidade de virmos a assistir a novas subidas no preço do petróleo, fruto das tensões geopolíticas latentes, poderão ajudar a melhorar o valor dos ativos na Namíbia e o encontrar de compradores acima do que atualmente descontamos.”

O PSI arranca assim o segundo semestre numa posição invejável: com o melhor primeiro semestre em quase duas décadas, valorizações atrativas face aos pares europeus e uma política de dividendos que faz inveja a muitos mercados desenvolvidos. Contudo, a lição da história e a prudência dos especialistas sugerem que os próximos meses podem exigir dos investidores uma dose extra de paciência.

“Os números excecionais do primeiro semestre criaram expectativas elevadas, mas é importante manter os pés bem assentes na terra. O mercado português tem qualidade, mas a sustentabilidade destes ritmos de crescimento ao longo de um ano completo é historicamente rara“, alerta Virgílio Garcia.

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Morais Leitão assessora dstelecom em refinanciamento

A equipa multidisciplinar da Morais Leitão responsável pela assessoria jurídica à dstelecom foi liderada por Maria Soares do Lago (Sócia), e incluiu ainda os Sócios Tomás Vaz Pinto e Nuno Peres Alves.

A Morais Leitão assessorou a Dstelecom no processo de refinanciamento de dívida e de financiamento do crescimento do grupo Dstelecom, num montante total de até 350 milhões de euros. Este refinanciamento permitiu à Dstelecom aproveitar as atuais condições de mercado para melhorar as condições da dívida existente e, ao mesmo tempo, aumentar os montantes disponíveis para financiamento do investimento previsto para os próximos anos.

A dstelecom é o operador de uma rede de fibra ótica nas zonas de menor densidade populacional do país, com o objetivo de permitir a todos os operadores de telecomunicações prestar aos seus clientes qualquer serviço de comunicações, TV e acesso à Internet disponível no mercado.

A equipa multidisciplinar da Morais Leitão responsável pela assessoria jurídica à dstelecom foi liderada por Maria Soares do Lago (Sócia), e incluiu ainda os Sócios Tomás Vaz Pinto e Nuno Peres Alves, bem como as advogadas Anna Zemskaia, Joana Duro e Sofia Monge de Araújo, contando também com a participação da advogada estagiária Ana Patrícia Magalhães.

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Stone Point investe 2,5 mil milhões de dólares na dona da MDS

  • ECO Seguros
  • 30 Junho 2025

O investimento, que avaliou o grupo em 14 mil milhões de dólares, registou uma forte procura por parte de co-investidores ligados à Stone Point, assim como à MDP e à HPS.

O fundo de risco liderado pela Stone Point concluiu o investimento de capital de 2,5 mil milhões de dólares no Grupo Ardonagh, dona da mediadora de origem portuguesa MDS. Deste modo, a Stone Point é agora um grande acionista da Ardonagh, juntamente com a Madison Dearborn Partners (MDP) a HPS Investment Partners (HPS) e outras grandes instituições globais, incluindo uma subsidiária da Abu Dhabi Investment Authority (ADIA).

José Manuel Dias Fonseca, CEO do Grupo MDS: O apoio da Stone Point “será fundamental para expandir a nossa presença nos mercados latino-americano e ibérico e aumentar ainda mais o valor que entregamos aos nossos clientes e parceiros.”.Hugo Amaral/ECO

O investimento, que avaliou o grupo em 14 mil milhões de dólares, registou uma forte procura por parte de co-investidores ligados à Stone Point, assim como à MDP e à HPS. “Com um apoio financeiro tão sólido, a Ardonagh está altamente capacitada para capitalizar as oportunidades de crescimento futuras e gerar valor para os nossos clientes, investidores e colaboradores”, afirmou David Ross, CEO do grupo.

Fundado em 2017 através da fusão de várias empresas de seguros do Reino Unido, o Grupo Ardonagh é agora um dos 20 maiores grupos de corretagem a nível global, gere 18 mil milhões de dólares em prémios e opera em toda a cadeia de valor da distribuição de seguros.

“O investimento da Stone Point Capital representa um forte reconhecimento da solidez do Grupo MDS e um apoio fundamental para a nossa trajetória de crescimento. O seu suporte será fundamental para expandir a nossa presença nos mercados latino-americano e ibérico e aumentar ainda mais o valor que entregamos aos nossos clientes e parceiros.”, afirmou José Manuel da Fonseca, CEO do Grupo MDS.

A Ardonagh adquiriu o MDS Group em dezembro de 2022, expandindo o seu alcance para Portugal, Brasil, Angola e Moçambique. Em 2023, a MDS adquiriu a RSG, sediada no Chile, a Renaissance, no Chipre e, em 2024, anunciou a entrada em Espanha com a aquisição da Cobian Insurance Brokers, em Madrid.

Fundada há mais de 40 anos, a MDS gere anualmente um volume de prémios de mais de 2,7 mil milhões de euros, contando com mais de 2.300 colaboradores, em 54 escritórios em 11 países. Foi a maior corretora de seguros no ano passado em Portugal em termos de receita com um volume de negócios de 42.047.408 de euros.

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