Lucro da REN sobe 18% para os 96,2 milhões até setembro

Os resultados foram negativamente impactados por menores resultados financeiros (uma quebra de 9,7 milhões de euros) e impostos mais elevados (que pesaram 7,9 milhões).

A Redes Energéticas Nacionais (REN) lucrou 96,2 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, um aumento de 18,2% face ao mesmo período do ano anterior.

“A REN – Redes Energéticas Nacionais registou uma sólida performance operacional nos primeiros nove meses de 2023”, indica a empresa, no comunicado enviado às redações. Desta forma, “o desempenho operacional contribuiu para a melhoria do resultado líquido“.

O EBITDA atingiu os 395,5 milhões de euros, 9,6% acima do período homólogo, suportado pela atividade em Portugal, que entregou mais 27,7 milhões de euros, mas a atividade internacional também teve um contributo positivo, com o EBITDA a subir 6,9 milhões de euros.

No entanto, nem tudo foram melhorias. Os resultados foram negativamente impactados por menores resultados financeiros (uma quebra de 9,7 milhões de euros) e impostos mais elevados (que pesaram 7,9 milhões de euros nas contas).

No que diz respeito a investimentos, a REN destaca a interligação à Rede Elétrica Nacional de novos projetos de energias renováveis, tendo as despesas de capital (CAPEX) subido 51,1 milhões de euros para os 177,1 milhões de euros.

Foram submetidos os projetos do corredor de hidrogénio verde H2MED a Projeto de Interesse Comum (PIC) da EU [União Europeia], aguardando a sua análise técnica até ao final do ano“, indica a empresa. Este poderá tornar-se o primeiro corredor de hidrogénio da Europa.

A dívida líquida subiu 420,3 milhões de euros, atingindo 2,5 mil milhões. “Sem o efeito dos desvios tarifários, a divida teria diminuído 252,7 milhões, para 2.290,4 milhões”, indica a empresa, acrescentando que o custo médio mantém-se nos 2,4%.

(Notícia atualizada pela última vez às 17h22)

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Caixa recebe 50 pedidos por dia para fixar a prestação da casa

Medida de estabilização da prestação da casa entrou em vigor no dia 2. Desde então, o banco público tem recebido 50 pedidos por dia. Já renegociou 40 mil contratos.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a receber 50 pedidos por dia de famílias que querem fixar a prestação da casa desde que a moratória do Estado entrou em vigor no dia 2 de novembro, segundo revelou esta sexta-feira.

Desde a semana passada, o banco público já terá recebido cerca de 350 pedidos ao abrigo da medida que permite obter um alívio na prestação do crédito da casa através de um desconto de 30% na Euribor a 6 meses.

Os dados da Caixa juntam-se aos que já foram revelados pelo BCP e pelo Santander. O BCP fixou a prestação da casa a 300 famílias em dificuldades nos três primeiros dias, enquanto o Santander recebeu perto de 4.000 pedidos, como revelou o ECO.

De acordo com a Caixa, já foram renegociados 40 mil contratos até outubro, sendo que metade das renegociações foram realizadas por via de uma redução do spread (margem comercial do banco) em 0,544 em termos médios. Outras 12 mil renegociações tiveram por base uma alteração do regime de taxa de variável para fixa.

A Caixa anunciou lucros recorde de quase mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano e anunciou que vai pagar dividendos de 461 milhões de euros em 2024.

(Notícia atualizada às 8h03)

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Câmara de Águeda implementa “inovador” sistema de gestão de transportes

A câmara de Águeda está a implementar um sistema "inovador" de gestão de transportes, que inclui a redefinição do modelo de mobilidade e a atualização da estratégia de mobilidade sustentável.

O desenvolvimento de uma plataforma de gestão dos transportes, a instalação de painéis informativos, cacifos e sensores de estacionamento, além da realização de um estudo de mobilidade e a ampliação das beÁgueda (Bicicletas Elétricas de uso partilhado de Águeda). Estas são algumas das medidas estratégicas do “sistema inovador de gestão de transportes” que a Câmara Municipal de Águeda está a implementar com vista a uma melhor utilização dos transportes públicos no concelho.

“Apostamos nos meios de mobilidade suave e estamos a transformar o paradigma dos transportes públicos no concelho, com um investimento muito direcionado para que os cidadãos possam utilizar, de forma efetiva, viável e articulada, os diferentes transportes públicos nas suas deslocações”, afirmou o autarca de Águeda, Jorge Almeida, citado em comunicado.

Em causa está um investimento municipal superior a 433 mil euros, ao abrigo de candidaturas a programas de apoio nacionais, e que abrange também a ampliação da rede de bicicletas elétricas às freguesias do concelho.

Apostamos nos meios de mobilidade suave e estamos a transformar o paradigma dos transportes públicos no concelho, com um investimento muito direcionado para que os cidadãos possam utilizar, de forma efetiva, viável e articulada, os diferentes transportes públicos nas suas deslocações.

Jorge Almeida

Presidente da Câmara Municipal de Águeda

A plataforma de gestão dos transportes de caráter municipal, em desenvolvimento, vai contemplar informação dos diversos sistemas de transporte disponíveis (busway, comboios, MobeÁgueda e beÁgueda), nomeadamente no que respeita a horários e tarifários. Segundo a autarquia, “terá como interface com o utilizador uma nova aplicação de telemóvel que está igualmente em desenvolvimento”.

O município vai ainda instalar painéis digitais informativos na nova central intermodal, que está a ser construída no largo da estação da CP, assim como nos 11 pontos de venda de bilhetes da busway espalhados pelo concelho.

Em paralelo, a autarquia está a elaborar o Plano de Mobilidade Urbana Sustentável de Águeda (PMUSA), cujo documento final deverá ser apresentado entre dezembro deste ano e janeiro de 2024. “Este plano tem como objetivo central redefinir o modelo de mobilidade do território, em todo o concelho, bem como atualizar a estratégia de mobilidade sustentável”.

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Caixa atinge lucro recorde de quase 1.000 milhões até setembro

Banco público registou lucros de 987 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, mais 42% em relação a 2022. Paulo Macedo anunciou que vai pagar dividendos de 461 milhões ao Estado.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou lucros recorde de quase mil milhões de euros nos primeiros nove meses do ano e anunciou que vai pagar dividendos de 461 milhões de euros em 2024. “Se a Caixa tiver margem para pagar mais dividendos, assim fará”, disse o CEO Paulo Macedo esta sexta-feira.

O banco público atingiu um resultado líquido de 987 milhões até setembro, um aumento de 42,6% em relação ao mesmo período de 2022, à boleia da subida das taxas de juro. A margem financeira – que corresponde à diferença entre os juros cobrados nos empréstimos e os juros pagos nos depósitos – mais do que duplicou para 2,1 mil milhões de euros. “Este resultado permite saldar os prejuízos acumulados desde 2011”, sublinhou a CFO, Paula Geada.

A responsável adiantou que o banco já devolveu 1,675 mil milhões de euros da ajuda dos contribuintes aquando da recapitalização e revela que até 2025 conta pagar os restantes 825 milhões relativos à ajuda pública de 2016. Isto quando já pagou os mil milhões da recapitalização privada com as obrigações AT1 (2022) e T2 (2023).

O disparo da margem compensou largamente a descida das comissões, que caíram quase 7% para 425,6 milhões de euros. O produto bancário aumentou quase 80% para 2,8 mil milhões.

Apesar do bom desempenho operacional, a Caixa viu a carteira de crédito encolher 0,5% para 52,8 mil milhões de euros, com os empréstimos a particulares em Portugal a caírem 1,8% para 25,6 mil milhões.

Já os depósitos caíram 5,3% para 79,5 mil milhões, devido à fuga para os Certificados de Aforro e também às amortizações antecipadas. O banco diz que conseguiu inverter a tendência de descida no terceiro trimestre.

Investir no Novobanco?

Paulo Macedo adiantou que a Caixa vai fechar o ano com “os maiores capitais próprios de sempre”, na ordem dos 10 mil milhões de euros. “A maioria dos capitais foi gerada organicamente e não veio da recapitalização“, lembrou.

“Quando há capital a mais ou se devolve ao Estado [em dividendos] ou se investe. É o que a Caixa fará”, indicou o gestor, questionado sobre um eventual interesse no Novobanco.

(Notícia atualizada às 18h17)

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Acionistas da Corticeira Amorim votam distribuição de 12 milhões em reservas

  • Lusa
  • 10 Novembro 2023

Na assembleia-geral extraordinária de 4 de dezembro, os acionistas da Corticeira Amorim vão ser chamados a votar sobre a a distribuição de “reservas distribuíveis”, no montante de 11,9 milhões.

A Corticeira Amorim convocou uma assembleia-geral extraordinária para o dia 4 de dezembro para deliberar sobre a distribuição de reservas de 11,9 milhões de euros, equivalentes a nove cêntimos por ação, segundo vários comunicados ao mercado.

A informação, divulgada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), dá conta da convocatória, por parte da empresa, de uma assembleia-geral extraordinária para 04 de dezembro, com dois pontos na agenda. O primeiro é deliberar sobre “o balanço intercalar individual da sociedade, reportado a 30 de setembro de 2023”.

O segundo passa por deliberar sobre a distribuição de “reservas distribuíveis”, no montante de 11,9 milhões de euros, equivalente ao valor bruto de nove cêntimos por ação.

A proposta recorda que a empresa tinha, em 30 de setembro, reservas distribuíveis no montante de 113,8 milhões de euros e reservas legais no montante de 26,6 milhões de euros. “É admissível a distribuição de reservas distribuíveis desde que o capital próprio da sociedade” não fique “inferior à soma do capital social e das reservas cuja distribuição aos acionistas não é permitida por lei e pelos estatutos”, indicou.

“O sólido crescimento da atividade e os bons resultados registados ao longo dos últimos exercícios vêm permitindo à Corticeira Amorim gerar cash-flows crescentes, sendo assim possível efetuar uma distribuição de ‘reservas’” aos acionistas “sem colocar em causa a manutenção de uma eficiente e equilibrada estrutura de capitais do grupo Corticeira Amorim”, destacou a empresa na proposta.

O lucro da Corticeira Amorim aumentou 4,4% para 67,0 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano face ao mesmo período de 2022, apesar da quebra de 3,4% nas vendas, anunciou a empresa, a 2 de novembro. A empresa aprovou, em abril, a distribuição de um dividendo de 20 cêntimos.

 

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Os advogados da ‘Operação Influencer’. Quem defende quem?

João Costa Andrade, Magalhães e Silva, Paulo Farinha Alves, Pedro Duro, Tiago Rodrigues Bastos, Tiago Félix da Costa e Maria Amélia Cruz são os advogados que estão na Operação Influencer.

Na terça-feira o país parou com a “explosão” de um processo que ficou apelidado de “Operação Influencer.” Horas antes da demissão de Costa, foram conhecidas buscas à residência oficial do primeiro-ministro e diversas buscas e detenções de ex e atuais membros do Governo levadas a cabo pela PSP. Em causa estão negócios relacionados com a área de energia.

Para já há nove arguidos: o ex-chefe de gabinete de Costa Vítor Escária, o presidente de Sines Nuno Mascarenhas, o CEO da Start Campus Afonso Salema, o advogado e administrador da Start Campus Rui de Oliveira Neves, o melhor amigo de Costa Diogo Lacerda Machado, o ministro das Infraestruturas João Galamba, o advogado João Tiago Silveira, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente Nuno Lacasta, e a empresa a Start Campus.

No total estão em causa 28 crimes: prevaricação, tráfico de influência, corrupção ativa e passiva – quanto a titular de cargo político, agravada – e recebimento indevido de vantagens quanto a titular de cargo público, agravado. Afonso Salema e Rui Oliveira Neves, da Start Campus, estão a ser investigados por seis crimes. Diogo Lacerda Machado por quatro.

Na lista de imputação dos crimes, no final do despacho de indiciação do DCIAP, não estão referidos crimes relativos aos arguidos João Galamba, a Nuno Lacasta, nem a João Tiago Silveira.

Mas quem são os advogados que têm a tarefa de contrariar a acusação do Ministério Público?

Manuel Magalhães e Silva, o advogado de Lacerda Machado

O sócio da Rodrigues Bastos, Magalhães e Silva & Associados, Manuel Magalhães e Silva, é o advogado de defesa de Diogo Lacerda Machado, mas no seu percurso já soma vários outros processos mediáticos. Entre eles está o dos incêndios em Pedrógão Grande, o caso EDP, do lado de Armando Pereira no caso Altice e no processo que envolve o ex-presidente do Benfica Luís Filipe Vieira por suspeitas de um esquema de fraude que terá lesado a SAD do Benfica, BES, Novo Banco e Estado.

Natural do Porto, licenciou-se em direito pela Faculdade de Direito da Universidade Lisboa, em 1970. Casado com uma jornalista, passou pela Jardim, Sampaio, Caldas e Associados (até 2005), pela Jardim, Sampaio, Magalhães e Silva e Associados (2006-2017), onde foi sócio fundador, e pela Vera Jardim, Magalhães e Silva Advogados (2018-2021). Atualmente é sócio da Rodrigues Bastos, Magalhães e Silva & Associados. Escritório também do advogado de Armando Vara, Tiago Rodrigues Bastos.

Especializado em contencioso civil e criminal, ao longo do seu percurso passou pelo Conselho Superior da Ordem dos Advogados (1995/1998), foi candidato a bastonário (2007), membro do Conselho Superior do Ministério Público (2016-2019), secretário adjunto da Administração e Justiça de Macau (1988/1990), consultor para os assuntos Políticos do Presidente da República Jorge Sampaio (1996/2006) e membro do Conselho Superior de Justiça de Macau (1995/1996).

Um percurso marcado pelo território de Macau. No final dos anos 90, Jorge Sampaio, na altura Presidente da República, escolheu Magalhães e Silva para ser o seu representante junto do Governo de Macau e no Grupo de Ligação Conjunto Luso-Chinês. Em específico, a sua função passava por informar Sampaio sobre a governação do território e a forma como estavam a decorrer as negociações com os chineses para a transição do exercício de soberania.

Tiago Rodrigues Bastos, o advogado de Vítor Escária

A liderar a equipa de defesa de Vítor Escária está Tiago Rodrigues Bastos, também sócio da Rodrigues Bastos, Magalhães e Silva & Associados. O advogado do ex-chefe de gabinete de António Costa esteve também envolvido em casos como a Operação Marquês e o processo Face Oculta, onde defendeu Armando Vara.

Mas os processos mediáticos que fez parte não ficam por aqui. Da sua lista de clientes constam ainda Rui Moreira, presidente da Câmara Municipal do Porto, que defendeu no caso Selminho; a sociedade de advogados PLMJ, que era assistente no processo Football Leaks; e ainda três arguidos suiços no caso BES.

Tiago Rodrigues Bastos, advogado de Armando VaraLUSA

Licenciado em Direito pela Universidade Lusíada de Lisboa em 1989, a defesa de Escária centra a sua prática nas áreas de Direito Penal, Direito do Desporto, Direito Civil e Arbitragem. Tiago Rodrigues Bastos é ainda árbitro do Tribunal Arbitral do Desporto

Natural de Moçambique, o percurso de Tiago Rodrigues Bastos conta com a passagem pela Capitão, Espanha, Goes, Miguel e Associados, entre 2001 e 2002 e pela Miguel Rodrigues Bastos, Advogados. Entre 1999 e 2001 foi membro do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados (OA) e entre 2011 e 2013 do Conselho Superior da OA. Na política, ocupou o lugar de deputado na Assembleia da República entre 1985 e 1987.

Pedro Duro, o advogado de Afonso Salema

Também neste processo, Pedro Duro, sócio da CS’Associados, é o advogado de Afonso Salema, o CEO da Start Campus. Tem defendido arguidos de grandes processos portugueses como Jéssica Antunes, filha de Hernâni Antunes, na Operação Picoas que envolve a Altice, e a Refer no processo Face Oculta.

Pedro Duro, advogado

Com mais de duas décadas de experiência, Pedro Duro é atualmente sócio da CS’Associados nas áreas de prática de Contencioso e Arbitragem, Penal Contraordenações e Compliance. O advogado centra a sua atividade nos regimes sancionatórios de variados setores, tanto numa perspetiva preventiva como em contexto processual, na relação com as entidades administrativas, tribunais ou outras entidades, públicas ou privadas, nacionais ou internacionais, com funções de investigação ou com poderes sancionatórios.

Licenciado pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, a defesa de Afonso Salema passou pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, foi diretor-adjunto do Gabinete de Política Legislativa e Planeamento do Ministério da Justiça e inspetor-geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território. Pedro Duro foi também membro da direção do Fórum Penal e atualmente integra o Conselho Superior da OA.

Tiago Félix da Costa, o advogado de Rui de Oliveira Neves

Outro dos protagonistas jurídicos da Operação Influencer é Tiago Félix da Costa, advogado do administrador da Start Campus e advogado Rui de Oliveira Neves. Entre os seus clientes está Mário Ferreira, empresário do grupo Mystic Invest/Douro Azul e da TVI, e também o empresário Paulo Santana Lopes, quando foi arguido no processo Rota do Atlântico.

Na Morais Leitão desde 2007, onde é sócio desde 2015, Tiago Félix da Costa é cocoordenador do departamento de criminal, contraordenacional e compliance e da equipa de data protection. Possui uma vasta experiência em contencioso criminal e contraordenacional, contencioso civil e comercial, associada em especial aos setores das telecomunicações, banca e mercados financeiros e distribuição.

Tiago Félix da Costa, Partner da Morais Leitão, Galvão Teles, Soares da Silva & Associados, em entrevista ao ECO/Advocatus - 09JUN20

Nos últimos tempos tem desenvolvido a sua atividade também em áreas de compliance e, em particular, no âmbito da proteção de dados pessoais, acompanhando processos criminais e contraordenacionais nesta área e colaborando com diversas empresas na criação de políticas e programas de compliance no âmbito da proteção de dados pessoais.

Licenciado em 2002 pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, a defesa de Oliveira Neves recebeu o prémio “40 under Forty Awards” atribuído pela Iberian Lawyer em 2017 e dois anos depois distinguido como “Client Choice”, exclusivamente em Portugal, na categoria “Litigation”.

Paulo Farinha Alves, o advogado da Start Campus

Já a liderar a equipa de defesa da empresa Start Campus está Paulo Farinha Alves, sócio da área de Resolução de Litígios da PLMJ. O advogado da empresa de Sines esteve também envolvido no caso BPN defendendo os mandatários e foi a defesa de Sérgio Gomes, o comandante operacional distrital de Leiria na altura, no caso dos incêndios em Pedrógão Grande.

Paulo Farinha Alves, sócio da PLMJ, em entrevista ao ECO/Advocatus - 10MAR21
Paulo Farinha Alves, sócio da PLMJHugo Amaral/ECO

Licenciado em 1994 pela Faculdade de Direito da Universidade Católica Portuguesa, o sócio da área de Resolução de Litígios tem mais de 30 anos de experiência em direito penal, crimes de “colarinho-branco”, compliance e direito do desporto.

Em 2012, foi vice-presidente do Conselho de Disciplina da Associação de Futebol de Lisboa, tendo depois integrado a direção do futebol profissional do Sporting Clube de Portugal SAD. Paulo Farinha Alves é membro fundador do Fórum Penal – Associação de Advogados Penalistas e pertence ainda a outras associações profissionais como a European Criminal Bar Association (ECBA), Union Internationale des Avocats (UIA) e Associação Portuguesa de Direito Desportivo (APDD).

João Costa Andrade, o advogado de Galamba

Outro dos arguidos do processo é João Galamba, o atual ministro das Infraestruturas. Ao seu lado está o advogado João Costa Andrade, consultor externo da RFF Advogados.

O advogado já defendeu André Luiz Gomes no processo da CGD, Fernando Catarino processo dos colégios GPS, Diogo Faria no processo de divulgação de emails do Benfica no Porto Canal e de José Paulo Pinto de Sousa, primo de Sócrates, na Operação Marquês. Costa Andrade também é um dos advogados que representa Isabel dos Santos no caso Luanda Leaks.

O advogado João Costa Andrade (E) JOSÉ SENA GOULÃO/LUSAJOSÉ SENA GOULÃO/LUSA

João Costa Andrade está na RFF desde 2014, tendo sido contratado para a área de direito penal tributário e do direito contraordenacional fiscal. Simultaneamente exerce em prática individual desde 2013.

Licenciado, em 2002 pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, foi associado do departamento de fiscal da PLMJ entre 2005 e 2007 e associado sénior da Leite Campos, Soutelinho & Associados entre 2008 e 2012.

Maria Amélia Cruz, a advogada de Nuno Mascarenhas

Por fim, do lado do presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, está a advogada Maria Amélia Cruz. Segundo refere o Observador, a defesa de Mascarenhas aparece numa das atas da autarquia, com a indicação de um contrato em regime de avença, em 2014, já com o autarca como presidente.

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Ministro João Galamba afasta demitir-se

  • Ana Petronilho
  • 10 Novembro 2023

Ministro das Infraestruturas, arguido na 'Operação Influencer', disse no Parlamento que não vai apresentar a demissão. Localização do novo aeroporto fica para o próximo Governo.

O ministro das Infraestruturas, João Galamba, disse esta sexta-feira que não tenciona demitir-se e que essa decisão “cabe ao primeiro-ministro”. Na audição no Parlamento, no âmbito do Orçamento do Estado para 2024, questionado pela banca social-democrata se pensa demitir-se, depois de ser constituído arguido na ‘Operação Influencer’, Galamba respondeu: “Não, não tenciono”.

As declarações de João Galamba foram feitas durante a audição parlamentar para discutir o orçamento em sede de especialidade, sendo que na noite de quinta-feira o primeiro-ministro fez saber que a demissão de João Galamba está em cima da mesa e que ia discutir o assunto com o Presidente da República. Decisão que, segundo o Expresso, o Presidente da República defende que é da responsabilidade do primeiro-ministro, sendo que a posição do chefe de Estado sobre a continuação de João Galamba no Governo “é a mesma de há seis meses”, quando defendeu a sua demissão após a polémica que envolveu agressões nas instalações do ministério e o envolvimento do SIS no caso.

O deputado social-democrata, Paulo Moniz, insistiu na questão dizendo ter “perplexidade” que perante as circunstâncias do inquérito criminal sobre o lítio e hidrogénio verde, o ministro – que foi constituído arguido – esteja no Parlamento. Mas não foi o único, também os deputados do Bloco de Esquerda, Chega e Iniciativa Liberal questionaram a legitimidade do governante na audição.

Em resposta, o ministro das Infraestruturas disse que está no Parlamento por ter sido “convocado” para ali estar “para discutir na especialidade a proposta de Orçamento” e para “dignificar” a Assembleia da República.

Sobre o Orçamento, o ministro das Infraestruturas apelou várias vezes aos deputados para chegar a um consenso para o concurso público da alta velocidade entre Lisboa e Porto para que seja lançado até janeiro, lembrando que depois de exonerado o primeiro-ministro no início de dezembro, o Executivo passa a governo de gestão e não pode lançar concursos.

“É da maior importância que o país candidate o projeto ao programa europeu Connect Facility. E para isso é preciso lançar o concurso. Se não Portugal perderá fundos de 750 milhões de euros que não irá recuperar”. João Galamba vinca que este “é um projeto consensual que precisa do apoio de todos os partidos para Portugal não perder fundos”. As verbas totais para este projeto ascendem a quatro mil milhões de euros.

Novo aeroporto decidido pelo próximo Governo

Questionado por André Ventura, líder do Chega, sobre a localização do novo aeroporto, João Galamba diz que era da “intenção deste Governo tomar a decisão no início de 2024” – depois de a comissão técnica independente revelar as sugestões até ao final deste ano. Mas com a demissão do Executivo à porta “penso que um governo de gestão não a pode tomar, será, portanto, o próximo governo a decidir”, disse, para acrescentar que vai “deixar tudo preparado” com um “trabalho válido” para que a decisão seja tomada.

O Chega, através do deputado Filipe Melo, teceu críticas à “independência” dos membros da comissão técnica independente lembrando que no passado a presidente Rosário Partidário defendeu Alcochete como a solução. O ministro diz que concorda com a metodologia para escolha dos elementos, mas não se pronuncia sobre os mesmos, frisando que não foram nomeados pelo Governo, mas não deixa de dizer que as declarações de Rosário Partidário foram “um contexto em que o debate era entre Alcochete e a Ota em 2008”.

Sobre a solução de Beja – levantada pelo deputado Carlos Guimarães Pinto da IL –, o ministro João Galamba vê “potencial” mas apenas como opção complementar para os jatos privados, para manutenção ou para a carga e diz que o Governo foi contactado pela embaixada norte-americana para usar Beja para os voos executivos, tendo em conta que há 120 americanos que viajam com regularidade para o Alentejo.

E para a carga conta que a infraestrutura alentejana já suscitou o interesse de empresários chineses. Além disso, o ministro lembra que é ainda preciso dotar o aeroporto de Beja de elementos do SEF e da PSP para que quem chega possa ser recebido. Mas o ministro afasta a possibilidade de Beja ser uma “alternativa ao aeroporto de Lisboa” como infraestrutura principal.

O ECO questionou o ministério das Infraestruturas sobre o interesse dos empresários chineses pelo aeroporto de Beja mas, até à hora da publicação deste texto, não teve qualquer resposta.

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Novo aeroporto internacional de Luanda vai ter gestão privada

  • Lusa
  • 10 Novembro 2023

João Lourenço, na inauguração do novo aeroporto, disse que “esta grande infraestrutura não deve ser gerida pelo Estado”. Governo angolano já abriu um concurso público para o operador definitivo.

O novo Aeroporto Internacional de Luanda “Dr. António Agostinho Neto”, inaugurado esta sexta-feira, um investimento do Estado de 2,8 mil milhões de dólares (2,6 mil milhões de euros), vai ter gestão privada, disse o Presidente da República de Angola.

João Lourenço inaugurou o novo aeroporto, que vai operar, numa primeira fase, apenas com transporte de cargas, estando prevista uma capacidade de 130 mil toneladas anuais, iniciando em fevereiro de 2024 os voos domésticos e em junho do mesmo ano os voos internacionais. Em declarações à imprensa, o chefe de Estado angolano referiu que o Governo entende que “esta grande infraestrutura não deve ser gerida pelo Estado”.

Segundo o Presidente angolano, foi indicado um operador aeroportuário provisório, transitório, para gerir inicialmente o aeroporto, indo o Estado trabalhar no sentido de que isso aconteça no mais curto prazo possível. “O ministro dos Transportes anunciou a abertura de concurso público para o operador definitivo, privado. Obviamente que, dentro de alguns meses – espero bem –, vai então assumir a gestão definitiva desta importante infraestrutura”, realçou.

O chefe de Estado angolano enfatizou que, quando a gestão for assumida pelo operador privado, as despesas do Estado vão reduzir-se consideravelmente, chegando mesmo o momento em que o gestor privado irá partilhar as receitas com o dono do aeroporto, que é o Estado.

“Este aeroporto continuará a ser do Estado, mas gerido por uma entidade privada competente, que vai transformar este aeroporto numa fonte geradora de receitas. Este aeroporto não foi construído para representar mais despesas, antes pelo contrário, é para gerar receitas para quem o gerir e receitas para o Estado”, frisou.

Na sua intervenção, o ministro dos Transportes de Angola, Ricardo de Abreu, disse que, inaugurada a infraestrutura, é preciso trabalho para o que está para vir, pois, sublinhou, “um aeroporto não é, numa economia dinâmica e com um potencial de crescimento e desenvolvimento, um projeto acabado”.

Ricardo de Abreu afirmou que Angola tem hoje um setor de aviação forte e reconhecido nacional e internacionalmente. “Precisamos é de consolidar e de garantir que todos aqueles setores que podem usufruir e tirar partido deste empreendimento o façam sem receios de capacidade, de eficiência, da capacidade humana e tecnológica, para sermos competitivos no contexto das nações africanas e mundiais”, afirmou.

O titular da pasta dos Transportes de Angola declarou que o concurso público internacional para “identificar o parceiro mais adequado” vai ser lançado, para garantir que o aeroporto corresponda aos melhores padrões e melhores práticas de gestão internacionais.

“Seja a nível dos passageiros que por aqui venham a passar e que nos visitem, seja a nível da logística por via do movimento de cargas para Angola, de Angola para o mundo, promovendo as nossas exportações e do mundo para o nosso país e para o nosso continente”, disse o ministro, admitindo que para a concretização desses objetivos há muito trabalho pela frente.

O Aeroporto Internacional de Luanda “Dr. António Agostinho Neto”, nome do primeiro Presidente de Angola, localizado em Bom Jesus, município de Icolo e Bengo, cerca de 42 quilómetros do centro da cidade de Luanda, ocupa uma área de 1.324 hectares, prevendo-se um fluxo anual de 15 milhões de passageiros, dos quais 10 milhões do exterior, possuindo duas pistas duplas, com capacidade para aviões do tipo B747 e A380.

A infraestrutura possui 31 mangas, das quais 19 para os serviços internacionais e 11 para os domésticos, nove tapetes rolantes para o depósito de bagagem, seis deles para voos internacionais, 26 balcões de migração, um parque de estacionamento para 1.650 viaturas, espaço para lojas, numa área de 1.825 metros quadrados, e acesso ferroviário, com uma linha férrea de 56 quilómetros, e um comboio Express.

O Presidente angolano anunciou que está em estudo a construção de um novo terminal e uma nova pista, para permitir que circulem anualmente pelo aeroporto cerca de 65 milhões de passageiros.

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Abanca à procura de fintechs, insurtech, regtech e startups de cibersegurança para pilotos

Programa Innova Startups tem candidaturas abertas até 17 de dezembro. Vencedores terão possibilidade de realizar um teste real com o banco.

A Abanca está à procura de fintechs, insurtech, regtech e startups de cibersegurança, com os vencedores a terem a possibilidade de realizar um piloto com o banco. As candidaturas para o programa Innova Startups decorrem até 17 de dezembro.

As startups “devem ter um produto no mercado, mesmo que em fase inicial, e ter uma equipa formada, com capacidade para de crescimento”, refere o banco em nota de imprensa.

Normalmente, temos dois a três pilotos por edição, mas podemos considerar até cinco. Não há realmente nenhum limite concreto, para além de encontrar áreas de negócio envolvidas”, refere fonte oficial quando questionada sobre o número de vagas para o programa.

A primeira sessão com as startups selecionadas está prevista para janeiro. “O programa oferece um pacote completo de apoios” às startups “destinado a proporcionar-lhes conhecimentos de gestão e recursos económicos e materiais para desenvolverem o seu projeto”, refere a Abanca.

“Ao longo do programa, as startups têm acesso a diferentes serviços, como a utilização de Amazon Web Services, Google Cloud ou ferramentas de marketing digital, comunicação e recursos humanos, entre outros. Também têm acesso ao centro de inovação Abanca Innova na Galiza, um espaço de coworking onde podem trabalhar com os profissionais da Abanca e o seu ecossistema empreendedor”, esclarece fonte oficial do banco quando questionada sobre o pacote de apoios.

À semelhança de edições anteriores, as startups terão sessões com especialistas do setor ou reuniões com as diferentes unidades de negócio do ABANCA (Business, Innovation, IT e Investment Banking).

O programa “oferece também a possibilidade de receber investimento direto de capital”, podendo as startups participar em diferentes Startups Days da entidade e assistir aos principais eventos de investimento do ecossistema empreendedor nacional.

As empresas selecionadas poderão depois trabalhar em provas de conceito com o banco. As duas provas de conceito das startups selecionadas na 8.ª edição – Wealth Reader e Papernest – já estão a ser trabalhadas pela equipa de inovação do banco.

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Banco Central Europeu vai começar a aceitar notações de crédito da alemã Scope

  • Joana Abrantes Gomes
  • 10 Novembro 2023

A Scope Ratings, sediada na Alemanha, é a primeira agência de notação europeia a obter o reconhecimento do banco central. Todos os títulos serão aceites, excetuando os ABS.

O Banco Central Europeu (BCE) vai passar a aceitar as notações de crédito da Scope Ratings, sediada na Alemanha, para a maioria dos tipos de títulos nos próximos meses, anunciou esta sexta-feira a instituição em comunicado.

O processo de integração da Scope Ratings na infraestrutura de tecnologias de informação do Eurosistema terá início imediatamente e deverá prolongar-se por vários meses“, lê-se na nota do BCE.

A Scope torna-se, assim, a primeira agência de notação europeia a obter o reconhecimento do BCE, juntando-se às agências norte-americanas Moody’s, S&P e Fitch e à canadiana DBRS Morningstar.

As notações da Scope serão aceites para os títulos que fazem parte das operações de crédito da instituição liderada por Christine Lagarde, com exceção dos títulos garantidos por ativos (ABS, na sigla em inglês).

“A data de entrada em funcionamento da capacidade de utilização das notações de risco Scope para efeitos de política monetária será anunciada previamente no website do BCE”, refere ainda o comunicado.

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Presidentes dos EUA e China reúnem-se na quarta-feira em São Francisco

  • Lusa
  • 10 Novembro 2023

O dois líderes pretendem discutir a "importância contínua de manter linhas de comunicação abertas".

O Presidente dos EUA, Joe Biden, e o seu homólogo chinês, Xi Jinping, vão reunir-se na quarta-feira na Califórnia para negociações sobre comércio, Taiwan e gestão das relações entre os dois países.

A reunião tinha sido anunciada há várias semanas por Washington e Pequim, que admitiram um encontro entre os dois líderes à margem da cimeira da Aliança de Cooperação Económica Ásia-Pacífico, em São Francisco, mas as negociações prolongaram-se até à véspera do encontro, que começa no sábado.

A secretária de imprensa da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, disse em comunicado que os líderes irão discutir a “importância contínua de manter linhas de comunicação abertas”. O Ministério dos Negócios Estrangeiros da China confirmou hoje, também em comunicado, que Xi participará cimeira em São Francisco a convite de Biden, e concordou com a reunião bilateral EUA-China.

A secretária do Tesouro, Janet Yellen, e o vice-primeiro-ministro chinês, He Lifeng, reuniram-se na quinta-feira em São Francisco, no mais recente de uma série de compromissos de alto nível entre os dois países nos últimos meses, com o objetivo de aliviar as tensões diplomáticas.

Não se espera que a reunião entre Biden e Xi conduza a muitos anúncios importantes, se é que os há, e as diferenças entre as duas potências certamente não serão resolvidas. Um funcionário da Casa Branca explicou que Biden está empenhado em “gerir a concorrência entre os dois países, evitando o risco negativo de conflito e garantindo que os canais de comunicação estão abertos”.

As diferenças na já complicada relação entre os EUA e a China só se agravaram no último ano, com Pequim a irritar-se com os novos controlos de exportação dos EUA sobre tecnologia avançada. Este ano, Biden ordenou o abate de um balão espião chinês depois de este ter atravessado o território continental dos Estados Unidos, aumentando as críticas de Pequim, agravadas com uma visita aos EUA da Presidente de Taiwan, Tsai Ing-wen.

No encontro, Biden deverá pressionar Xi a usar a influência da China sobre a Coreia do Norte, cujos testes nucleares têm sido alvo de críticas de Washington.

Espera-se também que o líder norte-americano informe Xi de que gostaria que a China utilizasse a sua crescente influência sobre o Irão para tornar claro que Teerão ou os seus representantes não devem tomar medidas que possam levar à expansão da guerra entre Israel e o grupo islamita Hamas. Biden e Xi reuniram-se pela última vez há quase um ano, à margem da cimeira do G20, em Bali, na Indonésia.

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Lisboa Unicorn Capital quer desenvolver inovação na cidade

  • Conteúdo Patrocinado
  • 10 Novembro 2023

Tornar Lisboa na capital da inovação na Europa é o intuito da Lisboa Unicorn Capital, a plataforma da Câmara de Lisboa que estabelece a cidade como um hub global de empreendedorismo e inovação.

Precisamente dentro da Unicorn Capital surge a Unicorn Factory, cujo propósito é aumentar ainda mais a ambição da capital portuguesa de criar os futuros Unicórnios, empresas em fase de crescimento acelerado (scaleups), de modo a terem uma evolução sustentada que possa trazer para a cidade um valor acrescentado em termos tecnológicos que a faça sobressair aos olhos do mundo.

Anualmente, são apoiadas pela Unicorn Factory cerca de 70 startups, e, só em 2023, esse número já vai em 127, bem como 24 scaleups. Para Gil Azevedo, Diretor da Startup Lisboa e da Unicorn Factory, o resultado de todo o empenho tem sido notório. “Estamos a falar de mais de 2200 postos de trabalho criados e, se olharmos apenas para as scaleups, já atraíram um investimento total superior a 140 milhões de euros. Ao longo da história, temos tido algumas startups aqui que se tornaram casos de sucesso e que são muito reconhecidas. A Defined.AI, por exemplo, teve o início na Startup Lisboa já está nos Estados Unidos. Há várias empresas que já conseguiram chegar a estágios de crescimento muito relevantes”.

Quanto às scaleups, o programa, que tem apenas um ano de idade também já teve resultados positivos: “temos 24 scaleups, todas elas com elevado potencial de crescimento, e temos grande expectativa a nível de criação de emprego e de atração de investimento”, refere Gil Azevedo.

Para Miguel Alves Ribeiro, founder da SheerME, os programas da Unicorn Factory Lisboa e a Web Summit são uma boa quota-parte para o incremento positivo que a sua empresa da área do beauty & wellness está a registar. A internacionalização tem vindo a dar frutos e já abriu escritórios no Rio de Janeiro e em Espanha. “Encontramo-nos no segundo “co-hort” (programa de aceleração) da Unicorn Factory Lisboa para escalarmos e o que aprendemos aqui é muito importante para o nosso negócio. Há 13 anos que estou no ecossistema e estou a aprender agora coisas que há muito tempo teriam sido essenciais. Este programa veio abrir as portas”. Ser um unicórnio é ambição? “Sim”, sublinha, mas, “mais do que isso, a expansão, a internacionalização de uma empresa é um objetivo muito bom. Se conseguimos em Portugal, conseguimos em qualquer lugar”.

Créditos de imagem:Câmara Municipal de Lisboa

E como não há crescimento sem conhecimento, a ligação entre os empreendedores e as universidades tem sido crucial. Rita Tomé, do Tec Labs (incubadora e área de inovação e empreendedorismo da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa), considera que as parcerias são indispensáveis para o crescimento do ecossistema empreendedor: “Nós somos parceiros que ajudam a alavancar ideias de negócio. Para tal, temos um programa de incubação dedicado, em que todas as empresas da incubadora reúnem connosco, equipa técnica, pelo menos duas vezes ao ano, e, durante essa reunião, fazemos um levantamento de necessidades e percebemos em que ponto o negócio se encontra e onde podemos ajudar”.

“A Câmara Municipal de Lisboa é um parceiro antigo do Tec Labs, com o qual temos uma estreita relação. Desde o primeiro dia que apoiámos essa iniciativa (Lisboa Unicorn Capital) pois acreditamos que ao trabalharmos em parceria podemos alcançar conquistas mais significativas do que se agirmos individualmente. Desde sempre que apoiámos este programa inovador da Câmara Municipal de Lisboa (CML) de transformar a cidade numa startup city”. Além do Tec Labs, a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa acolhe também o BioLab, cujo objetivo é capacitar a cidade e os cidadãos através do conhecimento científico e de soluções inovadoras na área da Biotecnologia. São diversas as atividades que permitem aos utilizadores aprender, testar, aplicar e criar.

Sempre com o foco no empreendedorismo e nessa capacidade de testar e criar, a CML lançou também, em 2013, o Fab Lab, um laboratório de fabricação e prototipagem digital para apoiar a criatividade e o desenvolvimento de novos projetos colaborativos através do acesso universal a equipamentos e conhecimento. Está equipado com um conjunto de ferramentas acessíveis, do digital ao analógico, do motorizado ao manual, e permite que qualquer pessoa com ideias e objetivos comuns possa colaborar. Destaque ainda para o Centro de Inovação da Mouraria, a primeira incubadora de empresas de Lisboa direcionada para o apoio a projetos e ideias de negócio da indústria cultural e criativa, nomeadamente nas áreas do Design, Media, Moda, Música, Cerâmica e Joalharia, entre outras.

Durante a próxima semana, serão 30 as startups apoiadas pela Câmara Municipal de Lisboa a marcar presença na Web Summit. Para Gil Azevedo, Miguel Alves Ribeiro e Rita Tomé, a mais valia do evento é inquestionável: é o momento perfeito para fazer networking, estabelecer parcerias e, mais uma vez, dar a conhecer o ecossistema empreendedor da cidade ao mundo.

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