Grupo espanhol chega a acordo para comprar cadeia A Padaria Portuguesa

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

O grupo espanhol tem cerca de 300 estabelecimentos e integra as marcas Rodilla, Hamburguesa Nostra, Vaca Nostra, Café de Indias e Jamaica. Valor do negócio não foi revelado.

O grupo de restauração espanhol Rodilla chegou a acordo para adquirir 100% da cadeia A Padaria Portuguesa, que tem 84 lojas e duas fábricas, foi anunciado esta quarta-feira em comunicado, sem avançar o valor do negócio. “O Grupo Rodilla irá implementar um plano de crescimento para a cadeia portuguesa, com o objetivo de reforçar o seu caráter português e impulsionar a sua expansão internacional”, refere a mesma nota.

Para o grupo espanhol, com cerca de 300 estabelecimentos e que integra as marcas Rodilla, Hamburguesa Nostra, Vaca Nostra, Café de Indias e Jamaica, esta é a primeira operação em Portugal e a segunda a nível internacional, após a sua entrada em Miami em 2019. A operação está sujeita à aprovação da Autoridade da Concorrência.

Após esse passo, o grupo “irá concentrar-se em assegurar um período de transição cuidado, mantendo o foco na gestão das equipas e nas operações diárias da empresa”, salienta o comunicado.

A cadeia de padarias e pastelarias A Padaria Portuguesa foi fundada há 15 anos por Nuno Carvalho e, atualmente, emprega cerca de 1.000 trabalhadores e conta com 84 lojas na Grande Lisboa e no Grande Porto e duas fábricas, em Lisboa e no Porto.

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Nasce o Círculo de advogados especialistas em direito administrativo

O Círculo dos Advogados de Administrativo tem na direção nomes de advogados como Paulo Pinheiro, Margarida Olazabal Cabral, Rui Medeiros, André Salgado de Matos e Débora Melo Fernandes.

O Círculo dos Advogados de Administrativo (CAA) é a nova plataforma de colaboração e partilha destinada aos advogados que exercem a sua atividade na área do Direito Administrativo. O projeto é um espaço de encontro e debate entre profissionais da área, com o objetivo de promover e contribuir ativamente para o sistema de Justiça. A direção do CAA é composta por Paulo Pinheiro, sócio da VdA, Margarida Olazabal Cabral, sócia da Morais Leitão, Rui Medeiros, sócio da Sérvulo e Professor Catedrático da Faculdade de Direito da Universidade Católica, André Salgado de Matos, sócio da CS’Associados e Débora Melo Fernandes, sócia da Pérez-Llorca.

O CAA pretende afirmar-se como um fórum de interação, partilha de conhecimento e debate entre advogados especializados em Direito Administrativo, através de encontros regulares e iniciativas. A plataforma visa também fomentar um diálogo com os tribunais administrativos e outros intervenientes do Sistema de Justiça.

“A ideia de criar uma plataforma de agregação dos advogados da nossa área jurídica já andava no ar há algum tempo. Falávamos entre nós dessa ideia, que já tinha sido instituída, por exemplo, pelos advogados de contencioso ou de concorrência, mas faltava dar o passo de arranque do projeto, o que fizemos no final do ano passado, com a constituição formal do Círculo”, segundo explicou a direção, em resposta conjunta, à Advocatus.

O Círculo é atualmente composto por 65 advogados fundadores, provenientes de práticas individuais, sociedades de diferentes dimensões, escritórios full service e boutiques especializadas. A maioria dos membros exerce em Lisboa, mas há igualmente profissionais do Porto e Faro.

As atividades do CAA iniciaram-se no início de 2025, com a realização de dois encontros temáticos que marcaram o arranque dos trabalhos. Em janeiro, os membros reuniram-se para discutir o papel do Tribunal de Contas, enquanto em abril o foco foi a aplicação da Inteligência Artificial no Direito Administrativo.

Além destes encontros internos, o CAA prepara-se para lançar iniciativas com maior visibilidade pública. Para outubro de 2025, está agendada uma conferência sobre a eficiência da Justiça Administrativa, com o objetivo de analisar os principais desafios e apresentar propostas concretas. Estão ainda previstas outras ações, como a publicação de trabalhos jurídicos, a emissão de pareceres e tomadas de posição sobre matérias ou propostas legislativas em discussão, bem como a promoção de boas práticas profissionais no setor.

“A ideia é que o CAA seja, em primeiro lugar, um espaço de interação e conhecimento recíproco entre os advogados que atuam na área do Direito Administrativo, promovendo a partilha e a difusão de experiências e de conhecimento, sempre no contexto do exercício da advocacia especializada. Queremos debater entre nós tópicos jurídicos e temas relativos ao exercício profissional com que lidamos na nossa prática”, diz a mesma resposta. “Em segundo lugar, queremos que o CAA venha a ter um papel na promoção de uma interação construtiva com o Sistema de Justiça – e em particular, claro, com os tribunais administrativos. Faz falta a existência de um espaço de discussão conjunta dos temas da justiça administrativa por todos os que nela intervêm. O diálogo entre juízes, magistrados do Ministério Público e advogados pode contribuir decisivamente para a melhoria da qualidade do nosso Sistema de Justiça – há provas disso no sucesso que têm tido iniciativas similares promovidas no âmbito do contencioso cível e comercial, por exemplo”.

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PCP sugere imposto à banca por cada casa vazia na sua posse

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

Paulo Raimundo critica as casas vazias "nas mãos dos fundos imobiliários" e diz que não tem dúvidas que se pagassem imposto "as casas baixariam logo o preço".

O secretário-geral do PCP sugeriu esta quarta-feira a criação de um imposto que aumentaria todos os dias para cada casa vazia na posse da banca e dos fundos imobiliários para estancar a especulação em torno da habitação.

“Se cada casa vazia que está nas mãos da banca, se cada casa vazia que está nas mãos dos fundos imobiliários começasse a pagar no primeiro dia um euro de imposto, no segundo dia dois euros de imposto, no terceiro dia três euros de imposto e por aí adiante, não tenho dúvida nenhuma de que as casas baixariam logo o preço”, afirmou Paulo Raimundo.

O líder comunista discursava numa sessão sobre habitação em Rio Tinto, Gondomar, promovida pela CDU (Coligação Democrática Unitária – PCP e Partido Ecologista “Os Verdes”). Na sua intervenção, Paulo Raimundo centrou-se na banca e no seu papel na especulação do mercado imobiliário, considerando que este é o setor imune a “todos os sacrifícios” que são pedidos.

“Ficam sempre fora de todos os esforços”, notou, acreditando que esse imposto estancaria “logo a especulação” e as casas que neste momento estão vazias seriam libertadas “para o povo, para quem delas precisa”. Paulo Raimundo reiterou a importância de mais Estado naquele setor e dedicar 1% do PIB para a construção de habitação pública, apesar de reconhecer que não há “soluções mágicas” para este problema, em que quase é preciso “uma caixa de ferramentas” para o resolver.

“A consequência de termos entregue o artigo 65 da nossa Constituição – o direito à habitação – ao chamado mercado está à vista. Isto não é nenhum mercado. Isto é uma cambada de abutres que nos sugam, sugam, sugam, para se continuarem a encher, a encher, a encher”, disse.

Perante uma plateia de militantes e simpatizantes, Paulo Raimundo sugeriu que se fizesse um exercício de tentar perceber o que significaria se outros setores fundamentais da sociedade tivessem uma presença tão diminuta (2%) do Estado, nomeadamente, a saúde, a educação ou a segurança social. “Cada um que pense o que é que seria do estado da saúde de cada um de nós se o Estado detivesse 2% da saúde e o setor privado 98%”, acrescentou.

Nesse sentido, acredita que as respostas para a habitação são “mais Estado, mais Estado, mais Estado”. No parque urbano de Rio Tinto, no distrito do Porto, o secretário-geral do PCP discursou com um cartaz do líder da Montenegro visível nas suas costas, implantado numa rotunda, que Paulo Raimundo não ignorou.

Eu vou pegar naquele slogan que está ali. Aquele senhor diz que Portugal não pode parar. Aquilo não está tudo mal, mas está ali um engano. Em vez de ser Portugal não pode parar tem de ser Portugal tem de parar de continuar a andar para trás na vida das pessoas. É o que falta naquele cartaz. Mas é claro que naquele cartaz não era possível escrever isso”, disse.

Na sessão, participaram, entre outros, o deputado Alfredo Maia, que é o número um pelo Porto, e João Ferreira, número dois pelo mesmo círculo, que Paulo Raimundo espera que possa vir a ser eleito (a CDU apenas conseguiu eleger um deputado em 2024 e em 2022 neste distrito).

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Lucro da dona do Pingo Doce dispara 31,4% para 127 milhões no primeiro trimestre

A empresa de retalho registou um volume de negócios de 8,4 mil milhões de euros, o que representa um aumento de 3,8% face ao período homólogo.

A Jerónimo Martins fechou o primeiro trimestre de 2025 com um resultado líquido de 127 milhões de euros, um lucro que ficou 31,4% acima dos 97 milhões de euros reportados no arranque de 2024. As vendas, que foram penalizadas este ano pelo efeito de calendário, “já que o ano anterior, sendo bissexto, contou com mais um dia de vendas”, e pela Páscoa ser mais tarde, aumentaram 3,8% para 8,4 mil milhões de euros, revela a empresa em comunicado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

A empresa refere que excluindo os outros ganhos de ganhos e perdas de natureza não recorrente, que no ano passado incluíram os 40 milhões da dotação inicial para a Fundação Jerónimo Martins, os resultados baixaram 6,1% face ao ano passado.

Já o EBITDA aumentou 3,8% para 528 milhões de euros, enquanto a margem EBITDA ficou em linha com o ano anterior, a cifrar-se em 6,3%.

“Ainda que o primeiro trimestre apenas permita uma leitura muito limitada das tendências nos mercados, os resultados do Grupo, nestes três meses e perante o comparativo muito exigente do ano anterior, são sólidos e confirmam a competitividade das propostas de valor e a estratégia, dos últimos anos, de reforçar os modelos de negócio das diferentes insígnias“, refere o CEO Pedro Soares dos Santos no comunicado.

Pedro Soares dos Santos destaca ainda que “o contexto em que nos encontramos a operar em 2025 não revelou, até ao momento, melhoria da visibilidade relativa à evolução da situação geopolítica e à tendência da dinâmica socioeconómica. Num clima de acentuada incerteza, os consumidores mostram-se prudentes e é muito difícil antecipar com um grau razoável de segurança os seus comportamentos futuros“, apontou.

O empresário refere que “neste ambiente de contenção, todas as nossas companhias trabalharam com disciplina para gerir a pressão sobre as margens que decorre da subida dos custos com pessoal na sequência do aumento dos salários mínimos em cada país, num momento em que a inflação nos cabazes permanece baixa”.

“Atentos ao desenvolvimento das dinâmicas de consumo e da concorrência, manteremos o foco no crescimento sustentável, defendendo as nossas bases de clientes, executando o nosso ambicioso plano de expansão, e respondendo aos desafios ambientais e sociais que enfrentamos num contexto particularmente volátil”, rematou Pedro Soares dos Santos.

Biedronka gera 70% das vendas

O mercado polaco continua a ser o motor das vendas do grupo, com a Biedronka a reportar um crescimento homólogo das receitas de 3,4% para 5,9 mil milhões de euros, ou seja, cerca de 70% do volume de negócios do grupo.

Apesar do aumento homólogo, em termos comparáveis, as vendas desceram 3,5% afetadas “pelo significativo efeito de calendário e pela exigente base de comparação que o 1T 24 constituía, dado o extraordinário crescimento de volumes que a Biedronka então entregou”. Já o EBITDA atingiu 461 milhões de euros, 3,9% acima do valor reportado no arranque de 2024.

Já a Hebe, que este ano abriu quatro lojas no mercado polaco e uma na República Checa, terminando o período com um total de 380 lojas na Polónia, quatro na República Checa e duas na Eslováquia, viu as vendas crescerem perto de 12% para 145 milhões de euros.

Em Portugal, o Pingo Doce “manteve a sua intensa atividade promocional e, apesar do impacto negativo de calendário, cresceu as vendas em 2,8% para 1,2 mil milhões de euros, com um LFL de 1,1% (excluindo combustível)”, indica o comunicado.

Pelo contrário, o Recheio viu as suas vendas caírem para 0,4% para 302 milhões de euros.

“O EBITDA da Distribuição Portugal cifrou-se em 78 milhões de euros, 0,7% abaixo do trimestre homólogo, tendo a respetiva margem atingido 5,2% (5,3% no 1T 24), pressionada pela subida dos custos com pessoal na sequência do aumento de 6,1% do salário mínimo nacional”, acrescenta a empresa.

No Colômbia, a Ara registou vendas de 775 milhões no ano, 9,1% acima do primeiro trimestre de 2024.

A empresa manteve as suas perspetivas para 2025 inalteradas, mostrando que está confiante que é capaz de alcançar os seus objetivos apesar do ambiente de grande instabilidade que se vive a nível global.

(Notícia atualizada às 18h14)

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António Costa não vai participar na campanha eleitoral por “dever de neutralidade”

O antigo primeiro-ministro explica que não irá "participar em quaisquer eventos da campanha eleitoral portuguesa" pelo "dever de neutralidade”.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, não vai participar na campanha eleitoral do PS para as legislativas, justificando a decisão como um “dever de neutralidade”.

António Costa “estabeleceu como regra que, no respeito pelo seu dever de neutralidade em relação à vida política dos Estados-membros, não deveria participar em quaisquer atividades dos partidos políticos nacionais”, disse à Lusa fonte oficial do gabinete do político.

“Por esta razão, o presidente do Conselho Europeu não participou nem participará em quaisquer eventos da campanha eleitoral portuguesa”, explicou a mesma fonte.

Fonte oficial do gabinete do presidente do Conselho Europeu referiu ainda que, nos últimos meses, António Costa também “recusou vários convites para participar em eventos partidários em países como a Alemanha, Itália, Espanha e Portugal”.

O ano passado, António Costa começou o mandato de dois anos e meio à frente do Conselho Europeu, sendo o primeiro socialista e o primeiro português neste cargo.

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Formação “é um imperativo” para competitividade das empresas, mas burocracia pode travar aposta

Empresários e diretores de faculdades discutiram importância da formação para a competitividade das empresas na Conferência Anual do Trabalho. Avanços tecnológicos reforçam relevância dessa aposta.

  • A Conferência Anual do Trabalho foi organizada pelo Trabalho by ECO e abordou os salários, a lei do trabalho, o futuro da Segurança Social, a formação e as migrações. Ao longo desta semana, serão publicadas peças relativas a cada um destes cinco painéis, sendo que pode rever já os principais destaques aqui.

A formação contínua dos trabalhadores não é apenas uma obrigação prevista na lei do trabalho. É “um imperativo” para a competitividade das próprias empresas, sobretudo numa altura em que, por efeito dos avanços tecnológicos, o mundo dos negócios está em profunda transformação.

Ainda assim, a burocracia continua a ser um entrave à aposta em ações formativa. Esta reflexão foi deixada no painel “Formação e empresas de mãos dadas“, que juntou empresários e diretores de faculdades no palco da Conferência Anual do Trabalho.

Quinto painel da segunda edição da Conferência Anual do Trabalho debruçou-se sobre a importância da formação.Henrique Casinhas/ECO

As empresas procuram-nos, temos uma série de mestrados executivos e outros em acreditação”, avançou o diretor da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, Óscar Afonso, garantindo que a relação entre as empresas e a academia é cada vez maior.

Mas a burocracia pode ser um entrave, alertou o responsável. Isto quer no seio da universidade, quer do lado da agência que valida os cursos. “O gap temporal pela burocracia não é compatível com a realidade“, observou Óscar Afonso, no referido painel.

Já Filipe Santos, dean da Católica Lisbon School of Business and Economics, defendeu que “a formação contínua deveria ser entendida como a higiene e segurança no trabalho“, isto é, como uma matéria incontornável para a globalidade das empresas. “A formação é um imperativo não só legal, mas também em termos de competitividade das empresas“, sublinhou o responsável.

Do lado das empresas, também Ana Jacinto, secretária-geral da Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), salientou a importância da formação, tanto dos trabalhadores, como dos próprios empresários e líderes. “Temos de ter os empresários também preparados ou não valorizam a formação“, argumentou.

No painel da Conferência Anual do Trabalho, esclareceu, contudo, que há empresas que não conseguem cumprir as 40 horas de formação previstas na lei, porque não têm condições para o fazer (por exemplo, por terem laboração contínua ou equipas demasiado pequenas).

Temos de ir ao coração da empresa, perceber as particularidades e ajustar a formação.

Ana Jacinto

Secretária-geral da AHRESP

Temos de encontrar estratégias para aumentar a formação“, apelou a responsável, referindo-se, por exemplo, a formação em modo híbrido. “Temos de ir ao coração da empresa, perceber as particularidades e ajustar a formação”, enfatizou.

Por sua vez, o diretor-geral de talento do Super Bock Group, Pedro Ribeiro, assumiu que é necessário melhorar os números de formação em Portugal, que não são brilhantes. Em linha com Ana Jacinto, assinalou também a necessidade de aproveitar os diferentes formatos de formação e de mediar o impacto das mesmas.

Formar para a inteligência artificial

Pedro Ribeiro, diretor-geral de talento do Super Bock Group, participou na segunda edição da Conferência Anual do Trabalho.Henrique Casinhas/ECO

Num painel sobre a ligação entre as empresas e a formação, Pedro Ribeiro, do Super Bock Group, foi questionado sobre o impacto da inteligência artificial (IA) nesta dinâmica e reconheceu que, no caso da empresa que representa, esta temática já começou a ser pensada.

O que pode acontecer com a IA pode ter uma dimensão superior ao que vivemos há 25 anos. Estamos já a prepararmo-nos. Já temos vindo a identificar as funções que não vão ser necessárias, as funções que vão precisar de mais recursos e qual é o gap que temos na nossa estrutura”, afirmou. O diretor-geral de talento do Super Bock Group assegurou que já estão dar formações, mas reconheceu que podem não ser suficientes.

Sobre o mesmo assunto, Ana Jacinto, da AHRESP, lembrou que o nível de digitalização das empresas é muito baixo, havendo ainda um longo caminho a percorrer. “Há empresas, ainda hoje, que nem um email têm“, atirou.

Andamos todos preocupados, mas eu não estou. Desde que existe humanidade, sempre existiram revoluções, mas todas elas criaram mais necessidades da força de trabalho. Acredito que desta vez também vai ser assim.

Óscar Afonso

Diretor da FEP

Filipe Santos, da Católica Lisbon School of Business and Economics, não tardou a responder: “Há tecnologias que permitem um salto da rã“, isto é, que permitem saltar várias etapas. Por isso, recomendou: “A forma de pensar é, perante esta tecnologia, como posso utilizar, independentemente da fase em que estou“.

Já numa nota otimista, Óscar Afonso, da Faculdade de Economia da Universidade do Porto, disse acreditar que, tendo em conta a história da humanidade, a inteligência artificial não vai diminuir os postos de trabalho, mas antes criar mais necessidades.

“Andamos todos preocupados, mas eu não estou. Desde que existe humanidade, sempre existiram revoluções, mas todas elas criaram mais necessidades da força de trabalho. Acredito que desta vez também vai ser assim“, declarou o diretor.

Recorde abaixo o painel na íntegra:

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PLMJ assessora Castellana Properties na compra do Forum Madeira

Do lado da PLMJ a operação foi liderada por Ricardo Reigada Pereira, que coordenou a parte imobiliária e a parte fiscal da transação, contando com o apoio de equipas de diversas áreas.

A PLMJ assessorou a Castellana Properties na aquisição do Forum Madeira à DWS, gestora alemã de ativos. Do lado da PLMJ a operação foi liderada por Ricardo Reigada Pereira, que coordenou a parte imobiliária e a parte fiscal da transação, contando com o apoio de equipas de diversas áreas:

  • Imobiliário e Turismo: Sérgio Teixeira, associado coordenador, Tamara Martins da Fonseca, associada sénior, Rita Neves Machado, associada, e Catarina Patrício Cruz, associada;
  • Urbanismo: Luís Moitinho de Almeida, sócio, e Bernardo Gomes Castro, associado sénior;
  • Europeu e Concorrência: Martim Valente, consultor sénior, e Julia Werberich, associada;
  • Bancário e Financeiro: Luís Miguel Vasconcelos, associado coordenador, André da Gama Loureiro, associado, e Teresa Proença Varão, associada.
  • Fiscal: Leonardo Scolari, consultor sénior.

O Forum Madeira, situado no Funchal, com uma área bruta locável (SBA) de 21.472 m2, atrai anualmente cerca de 5,4 milhões de visitantes. Com esta operação, a empresa espanhola faz a sua quinta aquisição em território nacional, reforçando assim a sua estratégia de diversificação geográfica e de expansão internacional.

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“Da saúde à educação, da segurança à economia”, IL diz ter “quadros qualificadíssimos”

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

"A IL tem um enorme conjunto de quadros qualificados em todas as áreas: da saúde à educação, da segurança à economia", sinalizou Rui Rocha.

O líder da IL considerou esta quarta-feira que o seu partido tem “quadros qualificadíssimos” para formar um Governo, com “pessoas e ideias para todos os ministérios”, recusando escolher qualquer pasta, porque “quer todas”. Em declarações aos jornalistas após ter visitado a Escola D. Maria II, em Braga, Rui Rocha foi questionado se o Ministério da Educação é um dos que ambiciona para o seu partido caso forme um eventual acordo pós-eleitoral com a AD.

A IL tem uma proposta política abrangente para todas as áreas, com um espírito reformista para todas as áreas e, para além disso, a IL tem um enorme conjunto de quadros qualificados em todas as áreas: da saúde à educação, da segurança à economia. Nós temos as pessoas e as ideias para todos ministérios. Formo-lhe aqui um Governo já”, respondeu.

Instado a indicar os nomes desse Governo que disse, em particular o da ministra da Educação, Rui Rocha considerou que o da “número seis” da IL na lista do Porto, Matilde Rocha, seria adequado, porque “é uma especialista em educação”.

“Nós temos quadros qualificadíssimos. É uma característica da IL: ter quadros qualificados para todas as áreas. Portanto, os portugueses podem contar connosco, nós formamos facilmente um Governo da IL”, referiu, pedindo aos eleitores que votem na IL para “transformar o país com um Governo completo, para todas as áreas”. Interrogado se não prefere a pasta das Finanças ou da Economia, o líder da IL disse “preferir todas”.

“Não me façam escolher. Eu quero todas as pastas. Quero uma votação grande na IL, uma capacidade de transformar o país, isso é que é fundamental”, afirmou. Nestas declarações aos jornalistas, Rui Rocha foi instado a comentar as declarações do porta-voz do Livre, Rui Tavares, que, esta tarde, disse querer disputar o quarto lugar com a IL.

Cada um tem os seus objetivos. Eu quero transformar o país, eu quero mudar o país, eu quero trazer reformas para o país. Os outros colocam a si próprios os objetivos que entendem. Os meus estão claros”, respondeu. Sobre os partidos que já andam a fazer apelos ao voto útil, Rui Rocha disse considerar que “essa ideia de voto útil é uma ideia fraca”.

“Eu acho que a ideia forte, o voto forte é o voto das reformas, da transformação, da confiança, e esse é o voto, eu insisto na IL”, frisou.

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Oito factos sobre o conclave que vai eleger o novo Papa. Veja o vídeo

  • ECO
  • 7 Maio 2025

A Capela Sistina já está preparada para a votação, a chaminé já foi colocada, os funcionários e assessores já fizeram juramento de segredo.

O cardeal Giovanni Battista Re assinalou esta quarta-feira o início do Conclave eleitoral para escolher o sucessor do Papa Francisco, falecido a 21 de abril, com a última missa pública dos cardeais antes de se reunirem à porta fechada.

A missa ‘Pro Eligendo Romano’ teve lugar na Basílica de São Pedro às 10h00 locais (9h00 em Lisboa) e será presidida pelo decano do Colégio de Cardeais, que já havia celebrado a missa exequial do Papa Francisco, no dia 26 de abril.

Durante esta a tarde, os 133 cardeais eleitores vão recolher à Casa Apostólica de Santa Marta, no interior do Vaticano, e às 16h30, em procissão reúnem-se na Capela Sistina, para o início fechado do Conclave, fazendo a primeira votação.

A Capela Sistina já está preparada para a votação, a chaminé já foi colocada, os funcionários e assessores já fizeram juramento de segredo, seguindo-se hoje a mesma cerimónia para os 133 cardeais eleitores.

A ordem de votação dos cardeais também já está definida, de acordo com a precedência de cada um na hierarquia formal do Vaticano, ficando, no caso dos portugueses, o patriarca emérito de Lisboa Manuel Clemente com o número 38, seguindo-se António Marto (59.º), Américo Aguiar (97.º) e Tolentino de Mendonça (118.º).

A numeração tem como número um Pietro Parolin, o secretário de Estado do Vaticano que é também o favorito na bolsa de apostas, seguido por Fernando Filoni e depois por Luis Tagle, este último também um dos papabili.

Os serviços do Vaticano já indicaram que esta quarta-feira só será feita uma votação, perto das 19h00 locais.

Veja oito factos relacionados com a eleição do novo pontífice:

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Netflix aposta em novo design e funcionalidades

  • + M
  • 7 Maio 2025

Maior facilidade na pesquisa e recomendações em tempo real ou atalhos mais visíveis são algumas das alterações da "nova experiência" em televisão da Netflix.

A Netflix avançou com alterações na sua experiência em televisão, apresentando um “design melhorado, recomendações adaptáveis e um novo e emocionante sistema de pesquisa“. Nas próximas semanas e meses, os utilizadores a nível mundial vão assim experimentar uma “nova interface atualizada“.

Entre as funcionalidades divulgadas pela plataforma de streaming está o facto de todas as informações necessárias para escolher melhor o título que o utilizador pretende ver serem apresentadas no centro do ecrã. “Os membros poderão prestar mais atenção ao que torna um título relevante para eles, com etiquetas como ‘vencedor de um prémio Emmy’ ou ‘1º em séries'”, aponta a empresa.

No seu serviço em televisão, a Netflix vai ainda dispor de atalhos mais visíveis, como o da “pesquisa” e da “minha lista”, que transitam do lado esquerdo do ecrã para o topo do ecrã. Além disso, as recomendações na página inicial “serão mais relevantes para os seus interesses, para que possa encontrar o que quer ver em qualquer altura”, refere a empresa.

Toda a experiência com a Netflix em televisão conta também desde logo com um “design inovador“, onde a nova página inicial dispõe de “um design limpo e moderno que reflete melhor o excelente desempenho que espera na Netflix”.

Quando começámos a pensar neste projeto, queríamos criar uma experiência que fosse mais flexível para a nossa vasta oferta de entretenimento, mais intuitiva e sensível às necessidades dos nossos membros, e capaz de elevar os momentos mais emocionantes na Netflix“, diz Eunice Kim, diretora de produto, citada em comunicado.

As novidades alargam-se também ao mobile. No que diz respeito à experiência móvel, a empresa encontra-se a testar novas formas de incorporar a IA generativa no processo de pesquisa, “começando com uma funcionalidade opcional em iOS que estamos a introduzir em versão beta”. Com esta funcionalidade, os utilizadores poderão encontrar programas e filmes utilizando “linguagem natural”, como por exemplo “quero ver algo divertido”.

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Parlamento Europeu quer países da UE a contribuir com mais do que 1% para orçamento comunitário

  • Lusa
  • 7 Maio 2025

A maioria dos eurodeputados defende “um Quadro Financeiro Plurianual significativamente mais ambicioso, capaz de responder às crescentes expectativas dos cidadãos da UE num contexto de instabilidade".

O Parlamento Europeu defendeu esta quarta-feira um aumento das contribuições nacionais dos Estados-membros para o próximo orçamento da União Europeia (UE) a longo prazo, acima dos atuais 1%, por considerar que a atual alocação “é insuficiente”.

Em causa está uma posição aprovada – por 317 votos a favor, 206 contra e 123 abstenções – na sessão plenária da assembleia europeia, na cidade francesa de Estrasburgo, na qual se defende “um Quadro Financeiro Plurianual [QFP] significativamente mais ambicioso, capaz de responder às crescentes expectativas dos cidadãos da UE num contexto de instabilidade global”.

Isto porque, argumentam os eurodeputados, a atual contribuição de 1% (com base no rendimento nacional bruto) dos Estados-membros para o orçamento da UE “não é suficiente para fazer face ao número crescente de crises e desafios”.

Com os Estados Unidos a retirarem-se do seu papel global, as despesas terão de fazer face à guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia, a um contexto económico e social altamente desafiante, a um défice de competitividade e ao agravamento da crise climática e da biodiversidade”, adianta o Parlamento Europeu em comunicado.

Em declarações à agência Lusa, a eurodeputada socialista Carla Tavares, correlatora da assembleia europeia para o próximo orçamento da UE a longo prazo, salientou que existem “diversos desafios e preocupações”, pelo que o QFP “não pode ser de dimensão igual” ao anterior.

“O financiamento europeu para a coesão e a política agrícola é essencial, mas também para a defesa, para a preparação e para pagar os juros do Mecanismo de Recuperação e Resiliência”, elencou. De acordo com Carla Tavares, a assembleia europeia “abre a porta à necessidade de haver empréstimos conjunto”.

Com o aval ao texto, o Parlamento Europeu fica com um mandato para negociar com a Comissão Europeia quando esta instituição apresentar a sua proposta, em meados de julho. O objetivo seria ter o processo negocial concluído em 2026. O QFP é estabelecido por um período de sete anos e define os limites máximos de despesas para os diferentes domínios de intervenção.

O atual orçamento da UE a longo prazo termina em 31 de dezembro de 2027, após ter arrancado em 2021, e dispõe de 1,21 biliões de euros em autorizações (a preços de 2018), que é o montante total que a União pode comprometer-se a gastar durante esse período. O orçamento da UE é financiado por recursos próprios, sendo que cerca de dois terços das receitas provêm das contribuições nacionais, que se baseiam no rendimento nacional bruto de cada país.

O restante provém dos direitos aduaneiros sobre as importações de países terceiros, um pequeno montante de um imposto associado aos resíduos de plástico não reciclados e uma pequena percentagem do Imposto sobre o Valor Acrescentado cobrado por cada Estado-membro. Na UE, têm surgido vários apelos e propostas para novos tipos de recursos próprios, mas até ao momento ainda não foi criado mais nenhum devido à relutância dos governos europeus em aprová-lo.

A ideia de novos recursos próprios está a tornar-se ainda mais urgente, pois o Mecanismo Europeu de Recuperação e Resiliência – que financia os PRR – permite que a UE contraia empréstimos até 800 mil milhões de euros nos mercados de capitais, que terão de ser reembolsados até 2058.

Prevê-se que o custo total do capital e do reembolso de juros ao abrigo do plano seja de cerca de 20 a 30 mil milhões de euros por ano a partir de 2028. A Comissão Europeia chegou a propor novas receitas como provenientes do comércio de licenças de emissão, do mecanismo de ajustamento das emissões de carbono nas fronteiras da UE e dos lucros das empresas.

As propostas têm de ser aval de todos os governos da UE e os países terão então de ratificar a decisão.

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Seguradora Real Vida cresceu 94% e vai dar 8,1 milhões ao acionista

A seguradora liderada por Marta Graça Ferreira quase duplicou o negócio em 2024, superou 5% de quota de mercado no ramo Vida e quer continuar a crescer nos seguros financeiros.

A Real Vida eleita, pela segunda vez seguida em 2024, como a preferida pelos mediadores de seguros inscritos na APROSE, associação destes distribuidores, quase duplicou a sua produção em 94%, atingindo 354 milhões de euros. Os lucros líquidos decresceram 13% para cerca de 9 milhões de euros. A administração propôs ao acionista único, o grupo Patris, distribuir 8,1 milhões de euros face ao desempenho deste ano.

Talks Freeport Alcochete "Coisas de Mulheres" com Marta Graça Ferreira, presidente do Conselho de Administração da Real Vida Seguros - 20JUL22
Marta Graça Ferreira, presidente da seguradora, também assinala um aumento de 18% no número de apólices em vigor – passaram a 298 mil e de 16% de pessoas seguras que são agora mais de 376 mil.Hugo Amaral/ECO

A produção da Real nos seguros de risco, normalmente ligados ao crédito à habitação, cresceu 14% para 49,9 milhões de euros em 2024 e face a 2023. Neste segmento a seguradora refere que o “fraco crescimento de Vida Risco reflete uma forte concorrência no setor, com redução de tarifas face aos capitais cobertos, que cresceram muito acima dos 2% de crescimento verificado em volume de prémios”.

Já para seguros Vida Financeiros, a opinião expressa pela companhia é diferente: “os clientes deste segmento após os anos 2022 e 2023 em que as condições, de curto prazo, oferecidas pelo setor bancário, o investimento em imobiliário e a ampliação legal das condições de resgate permitidas nos PPR, exerceram uma forte pressão no resgate das suas apólices, regressam agora aos produtos de Capitalização e PPR do setor segurador, em particular àqueles com têm rentabilidade garantida e que com investimentos de médio prazo podem beneficiar de menor tributação de rendimentos”, conclui o relatório da Real.

Essa nova realidade fez a Real Vida crescer 124% nos seguros financeiros, mais do dobro de 2023, atingindo 303 milhões de euros de venda destes produtos. Os ramos Não Vida, em que a seguradora “quer manter as quotas de mercado”, são pouco expressivos no conjunto das vendas da Real, sendo o ramo Saúde e o ramo Acidentes Pessoais os explorados, representando no conjunto cerca de 11 milhões de euros de prémios emitidos.

Apesar deste crescimento do volume de negócios mas também de 18% no número de apólices em vigor – passaram a 298 mil e de 16% de pessoas seguras – para cerca de 376 mil – o número de colaboradores era de 131 no final de 2024, mais 2 que um ano antes, implicando um claro aumento da produtividade expressa de vendas por trabalhador.

Em relação à solvabilidade a Real Vida mantém sólido 226% no rácio SCR, longe e acima dos 100%, valor mínimo tolerado pelas autoridades de supervisão.

Na parte dos custos de funcionamento destaca-se o pagamento das remunerações aos mediadores no valor de 16,2 milhões de euros em 2024, superior em 15,4% ao pago no ano anterior.

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