Governo em gestão não avançará com privatização da TAP

O ministro da Presidência afastou a possibilidade de o Governo avançar com a venda da companhia aérea caso seja chumbada a moção de confiança na terça-feira.

O que pode fazer um Governo em gestão? Segundo o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, não pode avançar com decisões como a reprivatização da TAP.

Quando se trata de processos com complexidade que precisam de atos iniciais legislativos, naturalmente o Governo em gestão está limitado para as fazer“, respondeu esta segunda-feira o ministro da Presidência a uma questão sobre se o Executivo iria dar seguimento à venda da companhia aérea portuguesa.

Leitão Amaro reconheceu, na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros, que “há um conjunto de dossiês e decisões que carecem de um Governo em plenitude de funções”, mas há outros que podem avançar mesmo que a moção de confiança seja chumbada no Parlamento, como “atos executivos de fecho de percursos”.

“Não quer dizer que não continuaremos a preparar a cada dia o futuro, seja porque estamos em plenitude de funções ou em gestão”, acrescentou o ministro da Presidência. Circunstância que ficará esclarecida esta terça-feira, quando será votada no Parlamento a moção de confiança apresentada pelo Governo.

O Executivo tinha previsto avançar com o decreto de privatização da TAP até ao final do primeiro trimestre, calendário que ficará comprometido caso fique em gestão. A Parpública recebe até meados deste mês as novas avaliações à companhia aérea. A venda da TAP atraiu vários interessados, entre eles três dos maiores grupos de aviação europeus: Air France-KLM, IAG e Lufthansa.

O CEO da Air France-KLM, Ben Smith, afirmou a semana passada que mantém o interesse na privatização da TAP e não vê um eventual atraso de seis a 12 meses, provocado pela crise política, como “material”. O responsável do grupo franco-neerlandês pediu, no entanto, “visibilidade rapidamente” e “estabilidade” para poder avançar com o negócio.

Carsten Spohr, CEO da Lufthansa, também reiterou a semana passada o interesse na companhia aérea portuguesa, mas reconheceu que o processo de venda “pode demorar mais tempo”.

(notícia atualizada com mais informação às 18h50)

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Turismo do Alentejo e Ribatejo promove ida à BTL com campanha outdoor

  • + M
  • 10 Março 2025

As mensagens da campanha marcam presença em outdoors localizados nas Amoreiras, no El Corte Inglês, no Oriente, Saldanha, em Oeiras e no Estoril. A criatividade é da AYE Publicidade .

De forma a promover a sua presença na BTL (Better Tourism Lisbon Travel Market), a Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo lançou uma campanha em pontos estratégicos de Lisboa, através de mupis digitais.

À procura de um destino? Encontre-o na FIL, no Parque das Nações, de 12 a 16 de março“, lê-se nos elementos criativos da campanha, onde o Alentejo se afirma como um “Destino com muitos destinos” e o Ribatejo como um “Destino com muito para contar”.

As mensagens marcam presença nas Amoreiras, no El Corte Inglês, no Oriente, Saldanha, em Oeiras e no Estoril. A criatividade ficou a cargo AYE Publicidade e a Havas Media foi a responsável pela compra de espaço publicitário.

A campanha funciona assim como “pontapé de saída para aquela que promete ser uma das participações mais dinâmicas de sempre da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo na BTL, na qual é este ano o ‘Destino Nacional Convidado’“, explica-se em nota de imprensa.

A Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo está presente no evento, que se realiza entre 12 e 16 de março, com um stand com mais de 1.200m², que reúne os 58 municípios e 29 empresas da região.

Ao longo dos cinco dias de feira, esta entidade vai promover diversas iniciativas que celebram a identidade e os projetos estratégicos do território. O programa completo pode ser consultado aqui.

 

 

 

(Notícia retificada no dia 11, às 15h. Ao contrário do inicialmente avançado, a criatividade é da AYE Publicidade)

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IVA de caixa alargado aos dois milhões de euros de faturação

Atualmente, o regime permite que as empresas só paguem o imposto quando o recebem dos clientes se tiverem um volume de negócios anual até 500 mil euros. Governo estendeu esta benesse.

O Governo aprovou um decreto-lei que alarga o IVA de caixa aos dois milhões euros anuais de faturação, depois de o Parlamento ter dado luz verde ao pedido de autorização legislativa, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, durante o briefing do Conselho de Ministros.

Este regime permite que as empresas só paguem o imposto ao Estado quando o recebem do cliente. Atualmente, só podem aderir a este instrumento quem apresentar um volume de negócios anual até 500 mil euros. Com o diploma agora aprovado, o benefício é estendido a entidades que apresentam uma faturação anual até dois milhões de euros.

O Conselho de Ministros também aprovou outros dois decretos que transpõem parcialmente diretivas europeias ligadas ao IVA, depois de o Parlamento ter viabilizado os respetivos pedidos de autorização legislativa.

Um diploma alarga a isenção de IVA às pequenas e médias empresas (PME) com contabilizada organizada. Neste momento, só as PME sem contabilidade organizada que, regra geral, são trabalhadores independentes ou recibos verdes, podem beneficiar da isenção do imposto desde que o volume de negócios não ultrapasse os 15 mil euros anuais. Com a transposição da diretiva, também as pequenas e médias empresas com contabilidade organizada vão poder aderir ao regime desde que também cumpram com aquele limite de faturação anual.

Para além disso, as PME nacionais com ou sem contabilidade organizada vão poder usufruir deste benefício noutros países da UE, desde que o seu volume de negócios anual global não ultrapasse os 100 mil euros.

Outro decreto transpõe uma diretiva europeia relativamente ao IVA dos bens em segunda mão, que visa evitar abusos na utilização do chamado regime da margem.

No âmbito do regime da margem, os bens são sujeitos a taxa reduzida, sendo que o imposto incide não sobre o valor da contraprestação, mas sobre a diferença entre o valor de compra e de venda. Com as novas regras, os vendedores deste tipo de produtos, terão de aplicar a taxa normal de IVA se optarem pelo regime da margem.

Por outro lado, a aquisição destes objetos à taxa reduzida impede que na revenda possa ser usado o regime da margem.

O ministro da Presidência indicou ainda que foram aprovados “diplomas que incluem a maioria das medidas de simplificação fiscal”, mas não detalhou quais. Ao abrigo deste pacote, o Governo prevê que, a partir de 2026, que o Imposto Único de Circulação (IUC) deixe de ser pago no mês da matrícula, passando a ser liquidado até fevereiro, no caso valores até 100 euros.

Se a fatura for superior, o proprietário poderá pagar metade em fevereiro e a outra em outubro. A criação de um número de contribuinte específico para os trabalhadores dependentes poderem pedir faturas das despesas associada à atividade profissional é outras das medidas previstas.

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Contas do Carnaval “sambaram” mais na Madeira, Algarve e no Oeste

O Funchal surge à cabeça dos concelhos que mais faturaram neste Carnaval, com 44% do total. Foi ainda o que teve mais turistas estrangeiros do país.

Funchal, Loulé e Torres Vedras foram as localidades que mais faturaram no Carnaval deste ano, entre 10 concelhos onde esta comemoração tem maior expressividade no país. No período entre 1 e 4 de março, os negócios tiveram ainda um aumento de faturação de 7,1% na generalidade de todos os municípios analisados face ao igual período de 2024.

A análise, divulgada esta segunda-feira, foi feita pela UNICRE, que avalia a evolução do desempenho do comércio através das transações por cartão multibanco. A empresa debruçou-se sobre os concelhos de Alcobaça, Estarreja, Funchal, Loulé, Macedo de Cavaleiros, Mealhada, Ovar, Sesimbra, Sines e Torres Vedras.

Entre as 10 localidades analisadas, “o primeiro lugar é assumido pela região da Madeira, que representa uma fatia de 44% do total faturado. O restante pódio é preenchido pelos concelhos de Loulé e Torres Vedras, com 24% e 13% do total, respetivamente, seguidos de Sesimbra com 7%”, indica a UNICRE, num comunicado.

“No total, e no período compreendido entre 1 e 4 de março, os negócios destes dez concelhos registaram um aumento de faturação de 7,1% face ao mesmo período de 2024, tendo sido os concelhos da Mealhada (+ 67,7%) e de Macedo de Cavaleiros (+ 66,5%) onde este crescimento foi mais expressivo”, revelou esta entidade.

Carnaval na MadeiraFrancisco Correia 9 fevereiro 2023

Foi igualmente na Mealhada onde se constatou a maior evolução homóloga ao nível do gasto médio por cartão (+ 26,7%) — registando um valor médio de 41,24 euros — e ao nível do valor médio por compra (+ 30,5%), cifrando-se nos 31,78 euros.

No entanto, foi em Macedo de Cavaleiros que se verificou o maior valor médio por compra (43,19 euros). Registou um gasto médio por cartão de 48,13 euros, sendo ultrapassado, em absoluto, pela Madeira (80,31 euros) e por Loulé (72,40 euros).

O relatório revela ainda que os maiores picos de faturação ocorreram na terça-feira de Carnaval, em Macedo de Cavaleiros, com um crescimento de 142,5% face ao mesmo dia festivo de 2024.

Já as transações estrangeiras nestes 10 concelhos foram, na sua maioria, do Reino Unido, Alemanha, França, Países Baixos e Espanha. “Um terço dos cartões que transacionaram na Madeira, neste período, foram estrangeiros, sendo o Carnaval com mais turistas estrangeiros do país, e o destino onde os ingleses, alemães, franceses e holandeses mais transacionaram”, conclui a UNICRE.

Em contrapartida, indica esta análise, o Carnaval mais “nacional” foi o de Estarreja, onde apenas 3,35% dos cartões que transacionaram nos negócios locais foram estrangeiros.

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Governo aprova quatro medidas para os media incluindo oferta de assinaturas digitais para jovens

  • Lusa e + M
  • 10 Março 2025

O Plano Nacional para a Literacia Mediática e o Plano Nacional para a Segurança dos Jornalistas foram dois dos diplomas para os media aprovados em Conselho de Ministros esta segunda-feira.

O Governo aprovou esta segunda-feira quatro medidas para os media, onde se inclui o Plano Nacional de Literacia Mediática e a oferta de assinaturas digitais de títulos generalistas e económicos para jovens, anunciou o ministro da Presidência.

“No caso da comunicação social, os diplomas aprovados são o Plano Nacional para a Literacia Mediática, o Plano Nacional para a Segurança dos Jornalistas, ambos diplomas que constam do plano para a comunicação social apresentado pelo ministro dos Assuntos Parlamentares” em outubro, disse António Leitão Amaro, na conferência de imprensa após a reunião do Conselho de Ministros.

No caso do Plano Nacional para a Literacia Mediática, este tem como quatro objetivos centrais “promover a literacia mediática junto de todos os públicos, combater a desinformação e as fake news, promover um consumo responsável e informado de conteúdos e promover uma cidadania mais informativa e participativa”.

Já o Plano Nacional para a Segurança dos Jornalistas tem por objetivo promover “a segurança dos jornalistas e de outros profissionais da Comunicação Social”. Melhorar o reconhecimento do papel e da profissão de jornalista e conferir maior proteção contra ameaças e coação no digital e contra ameaças físicas e psicológicas eram alguns dos objetivos elencados no Plano de Ação para a Comunicação Social, apresentado em outubro.

O executivo liderado por Luís Montenegro aprovou ainda outros dois diplomas legislativos que foram “amplamente discutidos“, adiantou Leitão Amaro.

Um que “regula a oferta de assinatura de publicação periódica digital seja um jornal generalista, seja um jornal económico para os jovens, e uma revisão com melhoria dos incentivos às publicações periódicas marcadamente e em especial as de cariz regional e local, designadamente para um reforço muito significativo da comparticipação do porte pago para 80%”, disse o ministro da Presidência.

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M. Coutinho notifica Concorrência da compra da RIA Transportes

  • Lusa
  • 10 Março 2025

A M. Coutinho SGPS quer o controlo exclusivo da sociedade RIA Transportes de Mercadorias, a qual detém, atualmente, mais de 90% do capital social da RIA Ibérica.

A M. Coutinho notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra da RIA, que presta serviços de transporte rodoviário de automóveis em porta autos, em Portugal continental.

“A operação de concentração consiste na aquisição pela M. Coutinho SGPS do controlo exclusivo da sociedade RIA Transportes de Mercadorias, a qual detém, atualmente, mais de 90% do capital social da RIA IBÉRICA”, lê-se na informação divulgada esta segunda-feira pela AdC.

Segundo a mesma nota, a RIA tem a intenção de comprar a restante percentagem do capital da sociedade RIA IBÉRICA, que presta serviços de parqueamento, recondicionamento e transformação de veículos.

O grupo M. Coutinho dedica-se à venda de motos, veículos ligeiros e comerciais e presta serviços de reparação, pós-venda, colisão e intermediação de crédito para a compra de veículos automóveis, para além de vender e distribuir peças. Quaisquer observações sobre esta operação devem ser enviadas à Concorrência no prazo de 10 dias úteis.

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Dos bombeiros aos médicos, Governo revê 13 carreiras especiais da Função Pública

Dos bombeiros aos farmacêuticos, Governo aprovou a revisão das carreiras da Função Pública, numa altura em que o país atravessa uma crise política. Impacto estimado é de cerca de 200 milhões.

O Governo aprovou esta segunda-feira, em Conselho de Ministros, um conjunto de diplomas que reveem 13 carreiras especiais da Administração Pública, dos médicos aos bombeiros, passando pelos diplomatas. Aos jornalistas, o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, adiantou que o impacto estimado destas mudanças é de cerca de 200 milhões de euros em velocidade cruzeiro.

“Começando pelas carreiras, em todos os casos, são processos legislativos que agora se concluem depois de semanas ou meses de negociações“, assinalou o responsável, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.

Leitão Amaro precisou que carreiras estão em causa: “Diplomatas, bombeiros profissionais, oficiais de justiça, a mobilidade dos docentes por motivos de doença, a dedicação plena de médicos, técnicos de emergência pré-hospital, a negociação das carreiras médicas em geral, regime dos farmacêuticos, técnicos superiores na área de orçamento, finanças, estatística e coordenação transversal de políticas e Administração Pública, carreiras da Autoridade Tributária, marítimos e inspetores de pesca”.

Além destas, estão também previstas mudanças na carreiras dos guardas florestais da GNR (integrando-os na carreira de guarda da GNR), mas esta ainda carece de “negociação prolongada“, explicou o governante.

Segundo Leitão Amaro, estas são carreiras especiais que foram identificadas “como uma prioridade” pelo Governo, mas não prejudicam o esforço que já vem sendo feito em relação às carreiras especiais, realçou. A propósito, o ministro da Presidência lembrou o acordo de longo prazo celebrado no ano passado com duas das três estruturas sindicais, que tem efeitos previstos até ao final da legislatura.

Já sobre o impacto orçamental de todas estas mudanças, Leitão Amaro observou que “genericamente” estão associados acréscimos salariais – “a valorização tem sempre uma componente de rendimento”, afirmou – e adiantou que o Governo estima que a revisão destas 13 carreiras terá um custo de “perto de 200 milhões de euros” em velocidade cruzeiro.

É de notar que a entrada em vigor desta mudanças varia em função de cada carreira, porque cada diploma resulta de acordos diferentes fechados pelo Governo com os vários sindicatos.

“Noto, por exemplo, que na área da saúde, houve vários acordos celebrados no fim do ano de 2024 com expectativa de entrar em vigor no início do ano. Portanto, nalguns destes diplomas, há entrada em vigor com efeitos retroativos a janeiro. Noutros, os acordos são mais recentes“, detalhou o ministro da Presidência.

(Notícia atualizada às 18h03)

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Ordem dos Advogados abre averiguação de procuradoria ilícita à empresa familiar de Montenegro

Está ser investigado se a Spinumviva executou atos que eram exclusivos de advogados até abril de 2024, já que esta é uma sociedade comercial e não de advogados.

O Conselho Regional do Porto da Ordem dos Advogados (OA) abriu uma averiguação de suspeitas de procuradoria ilícita à Spinumviva, empresa familiar de Luís Montenegro. A confirmação foi dada ao ECO/Advocatus pelo presidente do CRP, o advogado Jorge Barros Mendes. “No decurso das averiguações logo se verá que atos foram praticados e por quem”, disse.

A criação da empresa familiar do primeiro-ministro – a Spinumviva – ganhou contornos políticos este mês, levantando questões sobre o papel que o primeiro-ministro ainda terá nesta sociedade e levando o líder do Executivo a desafiar a oposição a apresentar uma moção de censura, o que acabou por acontecer, por iniciativa do PCP. E que foi chumbada.

Colocando de lado as dúvidas de potencial conflito de interesses entre o primeiro-ministro e a Solverde, em causa dúvidas relativamente aos atos praticados pela própria empresa. Se configuram, ou não, atos jurídicos que – até abril de 2024 – eram exclusivos de advogados e só poderiam ser exercidos em contexto de uma sociedade de advogados e não de uma sociedade comercial.

Desde abril de 2004 que o “Regime Jurídico dos Atos de Advogados e Solicitadores” foi alterado, definindo o alcance dos atos próprios dos advogados e dos solicitadores e tipificando ainda o crime de procuradoria ilícita. Uma alteração que surge na sequência de obrigações europeias, com a alteração da Lei das Associações Públicas Profissionais.

Os mais relevantes atos reservados aos advogados e solicitadores são no exercício de um mandato que é, no fundo, a representação legal de uma pessoa em tribunal. Mas não só.

São também os atos de consulta jurídica como a elaboração de contratos e a prática dos atos preparatórios à constituição, alteração ou extinção de negócios jurídicos, designadamente os praticados junto de conservatórias e cartórios notariais, a negociação para cobrança de créditos ou o exercício do mandato no para reclamação ou impugnação de atos do Estado ou do Fisco.

E que são exclusivos de advogados e solicitadores e não podem ser realizados por consultoras ou empresas comerciais, como é o caso da de Montenegro. Caso aconteça, estamos perante o caso de procuradoria ilícita, punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias.

Em 2021, Luís Montenegro – ainda só um quadro social-democrata e que já levava consigo uma derrota na corrida à liderança do partido, que ficou nas mãos de Rui Rio – cria a Spinumviva e, em julho do mesmo ano, o grupo Solverde começa a pagar uma avença à empresa, que subiu para 4.500 euros mensais em maio de 2022. Nesse mesmo mês, Montenegro passa a líder do PSD mas só um ano depois decide vender a quota que detinha na sociedade comercial à mulher. Contrato esse que, perante o Código Civil, é nulo e não tem efeitos práticos, visto que o casal está casado em comunhão de adquiridos.

A empresa em questão enviou há uma semana uma explicação de três páginas em que começa por expor “as empresas que mantêm um vínculo permanente com a consultora Spinumviva na área da implementação e desenvolvimento de planos de ação no âmbito da aplicação do Regulamento Geral de Proteção de Dados”. Mas, lendo o comunicado na íntegra, depressa se percebe que os atos praticados pela empresa familiar não se limitam a assessorar empresas para aplicação do RGPD e que há indícios de prática de atos de consultoria jurídica.

E é aqui que surgem uma questão que continua sem explicação. Em que termos foram prestados serviços jurídicos de consultoria que, pela lei dos atos próprios dos advogados vigente à data, só podiam ser prestados por sociedade de advogados? Coisa que a Spinumviva não é mas cujos colaboradores são uma advogada e um jurista. Tendo sido tornado público que a empresa da família do primeiro-ministro prestou serviços jurídicos a entidades terceiras e tendo Luís Montenegro exercido os mesmos a título individual e não através de uma sociedade de advogados, podemos equacionar essa hipótese.

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Governo vai gastar 43 milhões para abrir mais 200 salas no pré-escolar

Executivo vai assinar contratos de associação com o setor social para alargar o acesso gratuito a mais cinco mil crianças. Investimento será realizado durante três anos.

O Governo vai gastar 43 milhões de euros nos próximos três anos, para abrir 200 salas no pré-escolar, de forma a alargar o acesso gratuito a mais cinco mil crianças, anunciou esta segunda-feira o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, durante o briefing do Conselho de Ministros.

Para tal, vão ser celebrados “contratos de associação com o setor social e pré-escolar, que viabilizarão 200 salas novas”, indicou o governante. Leitão Amaro argumentou que “o programa existente”, implementado pelo Governo anterior do PS, “não chegava a todas as famílias”. Um levantamento realizado pelo Executivo concluiu que “mais de 10 mil famílias, mais de 10 mil crianças não tinham acesso a vagas”.

Nos próximo três anos serão então investidos “43 milhões de euros, que terão duas componentes: “um incentivo inicial de 15 mil euros para abrir uma nova sala e um reforço adicional” de 34 milhões de euros”, a pagar ao setor social e particular.

Leitão Amaro destacou “o esforço muito significativo” do Governo “para que os contratos possam ser celebrados e para as famílias possam tomar todas as diligências para inscrever as crianças a tempo do próximo ano letivo”.

(Notícia em atualização)

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Governo aprova plano ferroviário nacional

Fazem parte deste plano o relançamento do concurso para construção da Linha Violeta do Metro de Lisboa e a aprovação de 31 obras rodoviárias.

O ministro da Presidência disse esta segunda-feira que o Governo aprovou o plano ferroviário nacional na “sequência de amplo debate nacional”. O Executivo vai relançar o concurso para a construção da Linha Violeta no Metropolitano de Lisboa e deu orientações à Infraestruturas de Portugal para avançar com 31 obras rodoviárias.

“É um plano ferroviário com várias infraestruturas que é aprovado na sequência de um longíssimo debate e de um consenso nacional generalizado”, disse António Leitão Amaro depois da reunião de Conselho de Ministros.

O Governo vai relançar o concurso para a construção da Linha Violeta no Metropolitano de Lisboa. Leitão Amaro disse que era “necessário assegurar a viabilização e a construção da Linha Violeta no Metropolitano de Lisboa”, que prevê a construção de 17 estações entre Odivelas e Loures.

Este Governo quer assegurar que vai ser construída a Linha Violeta“, refere o ministro da Presidência destacando que é “necessário relançar o concurso revendo os valores em alta e alterar as condições de financiamento”, tendo em conta que o projeto foi colocado de fora do PRR.

O ministro da Presidência Amaro anunciou ainda que foi aprovada ainda uma resolução que aprova o Plano Ferroviário Nacional (PFN). Este plano “inclui ligações em alta velocidade que na recente cimeira com Espanha combinámos explorar, seja a ligação pelo Norte, seja a ligação pelo Algarve em alta velocidade, e outras ligações ferroviárias que o país deve planear e desenvolver no longo prazo”, detalha Leitão Amaro.

Governo aprova 31 obras rodoviárias

Leitão Amaro detalha ainda que foi aprovada uma resolução em Conselho de Ministros que dá orientações à Infraestruturas de Portugal (IP) para avançar com 31 obras rodoviárias de norte a sul do país, “todas elas apresentadas e discutidas durante muito tempo, mas deixadas na gaveta”.

“Encontram-se várias infraestruturas importantes, com destaque para a ligação em perfil duplicado entre Viseu e Coimbra, mas há várias outras identificadas”, assegura o ministro da Presidência.

(Notícia atualizada às 18h03 com mais informação)

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Rede social X com problemas de funcionamento esta segunda-feira

  • + M
  • 10 Março 2025

Depois de uma primeira falha na manhã desta segunda-feira, a rede social de Elon Musk tem sofrido outras interrupções ao longo do dia, deixando de funcionar.

A rede social X (ex-Twitter) tem tido interrupções de funcionamento esta segunda-feira. O +M também testou e, embora consiga aceder à rede social, nenhuma publicação é carregada. As falhas são a nível global.

Depois de uma primeira quebra de manhã, o funcionamento da rede social de Elon Musk tem sofrido outras interrupções ao longo do dia.

Em Portugal, o Downdetector registou por volta das 10h00 um pico de 774 problemas de funcionamento reportados. Pouco depois, o funcionamento da rede social estabilizou, com os problemas a regressarem à hora de almoço, com 85 queixas transmitidas à plataforma por volta das 13h00 e 660 por volta das 14h00. A partir das 15h15 começou uma nova vaga de queixas, que se tem mantido constante ao longo da tarde.

Nos EUA, quase 40 mil utilizadores relataram também problemas com a plataforma por volta das 14h00, e cerca de 28 mil às 15h30.

A causa desta interrupção ainda não é clara.

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Bruxelas é incapaz de garantir que fundos do PRR cumprem regras da contratação pública

Tribunal de Contas Europeu deixa um alerta: as verbas para recuperação da pandemia podem ter financiado medidas que não passaram por controlos rigorosos dos contratos públicos e auxílios de Estado.

O Tribunal de Contas Europeu aponta o dedo à Comissão Europeia por não saber se os países da União Europeia (UE) conseguem garantir que o Mecanismo de Recuperação e Resiliência (RRF, na sigla em inglês), que financia a bazuca europeia de 650 mil milhões de euros, cumpre as regras da contratação pública e dos auxílios de Estado.

Num relatório especial divulgado esta segunda-feira, a instituição liderada por Tony Murphy reitera uma conclusão já feita anteriormente: em alguns países da UE, os sistemas de controlo têm muitas fragilidades e as verificações da Comissão não abrangem tudo o que deviam.

Na fase inicial da implementação do RRF, a Comissão não garantiu que os Estados-membros implementassem verificações e auditorias eficazes de conformidade com as regras de contratação pública e de auxílios estatais. Houve falta de orientação quanto aos sistemas de controlo e auditoria dos Estados-membros em termos de cobertura, qualidade, calendário e documentação”, escreve o Tribunal de Contas Europeu.

“Verificámos que alguns Estados-membros amostrados” – Portugal fez parte da amostra para a elaboração deste relatório embora não haja referências específicas – “forneceram um nível insuficiente de garantia, com algumas fragilidades significativas nos seus sistemas de controlo e auditoria”.

“Desde meados de 2023, a Comissão intensificou o seu trabalho de auditoria e começou a verificar a eficácia dos sistemas dos Estados-membros. No entanto, em muitos casos, estas auditorias apresentavam lacunas no seu âmbito e não é claro como é que o trabalho de auditoria preliminar impactou a garantia da Comissão em 2023”, lamenta o tribunal.

Assim, a instituição deixa um alerta: as verbas para recuperação da pandemia podem ter financiado medidas que não tenham passado por controlos rigorosos no que toca a contratos públicos e auxílios do Estado.

Num momento em que a Comissão Europeia discute a aplicação de financiamento do PRR a outros programas futuros, como o pacote de defesa proposto no valor de 800 mil milhões de euros, o “ReArm”, ou a futura Política de Coesão, estes alertas revestem-se de particular importância.

Assim, o Tribunal de Contas Europeu sugere que se forem concebidos apoios cujo financiamento não está ligado a custos a implementar pelos Estados-membros, então a Comissão deve definir requisitos para os sistemas de controlo e auditoria dos Estados-membros e verificar se os países fornecem garantias suficientes no início de qualquer instrumento proposto e ao longo da sua implementação. Além disso, deve definir uma data prevista de implementação.

Mas, como a implementação dos vários PRR ainda está a decorrer, a instituição sugere à Comissão que, até maio, defina medidas corretivas a aplicar de forma consistente entre os Estados-membros em caso de violações das regras de contratação pública.

Na prática, os países nem sempre recuperam o dinheiro devido pelos destinatários finais, em caso de uso incorreto dos fundos. E quando as verbas são realmente recuperadas, não são devolvidas ao orçamento da União nem subtraídas dos pagamentos seguintes do RRF, critica o tribunal.

O TCE admite que isto resulta da forma como os fundos de recuperação da UE foram pensados (com o cumprimento satisfatório de marcos e metas a ser a principal condição para o pagamento). Assim, isto torna possível fazer pagamentos na totalidade, mesmo que as regras dos contratos públicos ou dos auxílios do Estado tenham sido violadas.

Por outro lado, o TCE considera que a Comissão deve pedir às autoridades de gestão dos vários Estados-membros que forneçam provas de controlos que abranjam todos os principais riscos de contratação pública e de auxílios estatais, pelo menos até ao momento em que o Estado-membro apresente o pedido de pagamento à Comissão. Uma medida que no entender do tribunal deveria ser implementada até setembro deste ano.

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