Governo atento ao impacto para portugueses das mudanças em Macau

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2024

O novo chefe do Executivo, Sam Hou Fai, irá tomar posse a 20 de dezembro, dia em que se assinala o 25.º aniversário do estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau.

O Governo está a acompanhar as mudanças em Macau, região semiautónoma chinesa que irá ter um novo líder, e preparado para apoiar os portugueses, disse esta sexta-feira à Lusa José Cesário. “Sabemos que o território está a passar por mudanças”, sublinhou o secretário de Estado das Comunidades Portuguesas.

O novo chefe do Executivo, Sam Hou Fai, irá tomar posse a 20 de dezembro, dia em que se assinala o 25.º aniversário do estabelecimento da Região Administrativa Especial de Macau. “É um momento muito especial”, disse José Cesário, de celebração “de uma forma muito significativa” da transferência da administração da região, de Portugal para a China.

É fundamental que as autoridades portuguesas não deixem de estar presentes (…) para acompanhar estas dinâmicas e, de alguma forma, para darmos algum apoio à comunidade portuguesa que aqui existe em número tão significativo”, disse o secretário de Estado. A última estimativa dada à Lusa pelo Consulado-geral de Portugal em Macau apontava para mais de 100 mil portadores de passaporte português entre os residentes nas duas regiões chinesas de Macau e Hong Kong.

Cesário sublinhou que pretende “ouvir muito daquilo é o sentimento” da comunidade, mas confirmou que a passagem “muito breve” pelas duas cidades, que começou hoje e termina no domingo, não inclui encontros oficiais com dirigentes locais. O secretário de Estado acrescentou que “não há desenvolvimentos” sobre as restrições à autorização de residência para portugueses em Macau.

Desde agosto de 2023 que o território não está a aceitar novos pedidos fundamentados com o “exercício de funções técnicas especializadas”, permitindo apenas justificações de reunião familiar ou anterior ligação a Macau. As alternativas são os recentes programas de captação de quadros qualificados ou uma autorização de permanência dependente de um contrato de trabalho válido, sem benefícios ao nível da saúde ou educação.

Cesário falava antes de entregar a Medalha de Mérito das Comunidades Portuguesas ao Conselho das Comunidades Macaenses e ao grupo de teatro Dóci Papiaçám di Macau, em cujas peças sobrevive o patuá, um crioulo de origem portuguesa. Os macaenses são uma comunidade euro-asiática, com raízes em Macau, sendo a maioria dos membros lusodescendentes.

O secretário de Estado disse que as medalhas reconhecem o “trabalho extraordinário” que as duas instituições têm feito na “preservação dos seus hábitos, dos seus valores, dos seus costumes”. Cesário disse que Portugal atribui “muita importância” à preservação do patuá e recordou que o coro dos Dóci Papiaçám atuou em Lisboa, em outubro, a propósito do plenário mundial do Conselho das Comunidades Portuguesas, um órgão consultivo do Governo.

As medalhas foram entregues no encerramento do Encontro Mundial das Comunidades Macaenses 2024, que reuniu a diáspora da comunidade, pela primeira vez desde 2019, devido à pandemia de covid-19.

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Governo da Madeira fixa salário mínimo regional em 915 euros em 2025

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2024

No próximo ano, os trabalhadores madeirenses que rebem salário mínimo passam a receber mais 65 euros, para 915 euros, acima de 870 euros no continente e de 913,50 euros previsto para os Açores.

O Governo da Madeira (PSD) vai fixar o salário mínimo regional em 915 euros em 2025, mais 65 euros do que o valor atualmente em vigor, sublinhando que se trata do maior aumento ao nível do país.

“Em 2025, os trabalhadores madeirenses passam a receber mais 65 euros, preconizando a região o maior aumento salarial do país, acima dos 870 euros do Salário Mínimo Nacional e dos 913,50 previsto para os Açores”, refere a Secretaria Regional de Inclusão, Trabalho e Juventude.

Em comunicado divulgado após uma reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, que decorreu no Funchal, a secretaria tutelada por Ana Sousa esclarece que decidiu avançar com a proposta de salário mínimo regional de 915 euros, depois de ter ouvido os parceiros sociais.

A proposta do executivo social-democrata minoritário contou com os votos a favor da Associação dos Industriais de Construção da Madeira (ASSICOM), da União Geral de Trabalhadores (UGT/Madeira) e da União dos Sindicatos Independentes (USI). Já a Associação Comercial e Industrial do Funchal-Câmara de Comércio e Indústria da Madeira (ACIF-CCIM), a Associação de Agricultores da Madeira e a União dos Sindicatos da Madeira (USAM) votaram contra.

A região tem vindo a praticar acréscimos médios acima dos 3% em relação ao salário mínimo fixado ao nível nacional, prova do compromisso do Governo Regional em manter uma política equilibrada e consistente de acréscimo ao valor da retribuição mínima mensal garantida, de melhoria das condições de vida dos trabalhadores e de valorização do trabalho”, salienta a secretária de Inclusão, Trabalho e Juventude, citada no comunicado.

Ana Sousa reitera a intenção do executivo madeirense de “manter esta estratégia contínua de valorização salarial”, sublinhando que o salário mínimo regional aumentou 78%, o equivalente a 400 euros, desde 2015, ano em que o social-democrata Miguel Albuquerque assumiu a presidência do governo.

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Joaquim Pedro Cardoso da Costa é o novo diretor do Centro Jurídico do Estado

Joaquim Pedro Cardoso da Costa é o novo diretor do Centro Jurídico do Estado (CEJURE) e Virgínia Maria Barbosa da Silva e Raul Relvas Moreira os novos subdiretores.

O Governo designou Joaquim Pedro Cardoso da Costa como diretor do Centro Jurídico do Estado (CEJURE) e Virgínia Maria Barbosa da Silva e Raul Relvas Moreira para os cargos de subdiretores. O diretor e os subdiretores do CEJURE são designados mediante resolução do Conselho de Ministros.

“Designar Joaquim Pedro Formigal Cardoso da Costa, Virgínia Maria Barbosa da Silva e Raul Relvas Moreira respetivamente para os cargos de diretor e subdiretores do CEJURE, cujas idoneidade, experiência e competência profissionais são patentes nas notas curriculares que constam do anexo à presente resolução e da qual fazem parte integrante“, lê-se na Resolução do Conselho de Ministros publicada em Diário da República.

Joaquim Pedro Cardoso da Costa é jurista desde 1991, árbitro do CAAD – Centro de Arbitragem Administrativa e of counsel da Pragma desde 2023. Foi provedor-adjunto de justiça (2017-2022) e secretário de Estado para a Modernização Administrativa do XIX Governo Constitucional (2013-2015).

Foi também assessor jurídico do Presidente da República (2006-2008), de presidentes da Assembleia da República (2002-2005 e 2011-2013), do presidente do Tribunal Constitucional (1998-2002), do representante da República para a Região Autónoma da Madeira (2011), do gabinete dos Juízes do Tribunal Constitucional (1990-1991) e dos Ministros do Mar (1993-1995) e da Justiça (1988-1990).

O programa do Governo previa a “agregação, aquisição e desenvolvimento de centros de competência de excelência”, no qual se inclui o centro de competências jurídicas. Assim, e neste contexto, foi aprovado o Decreto-Lei n.º 43-B/2024, de 2 de julho, no qual se estabelece o alargamento do âmbito de atividade, serviços e intervenção do CEJURE.

“Esse alargamento de atividade e reforço de excelência veio a ser concretizado através do Decreto-Lei n.º 68/2024, de 8 de outubro, que aprovou a orgânica do CEJURE, cujos diretor e subdiretores cumpre agora designar”, referem.

O Governo autorizou ainda Raul Relvas Moreira a acumular as respetivas funções com a atividade de docência em estabelecimento de ensino superior e participação em conferências, palestras e ações de formação de curta duração.

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PME obrigadas a devolver fundos europeus vão receber “solução administrativa”

Castro Almeida prometeu uma "solução administrativa" que será comunicada às empresas esta sexta ou sábado para não terem de devolver as verbas a que foram obrigadas.

As pequenas e médias empresas que receberam notificações para devolver fundos comunitários porque não entregaram a certificação que comprova o estatuto de PME vão receber esta sexta-feira ou no sábado uma comunicação do Compete com “uma solução administrativa” para não terem de devolver apoios.

“As empresas vão ser notificadas, hoje ou amanhã, pelo Compete para dar uma solução alternativa para que não tenham de devolver dinheiro, porque, na maior parte dos casos as empresas não têm culpa por não terem acesso a esse documento”, disse o ministro Adjunto e da Coesão esta sexta-feira à margem de um evento do International Club of Portugal.

“As empresas vão ser notificadas sobre o que têm de fazer para resolver esse problema”, acrescentou dando a garantia de que “o problema vai ser resolvido”. “Temos de cumprir as leis e os regulamentos, mas há uma solução administrativa para que não tenham de devolver dinheiro”, frisou Castro Almeida.

O Jornal de Notícias avançou esta quinta-feira que várias PME foram notificadas para devolver os apoios que receberam por não terem entregue a certificação que comprova serem PME, um requisito necessário para serem elegíveis para os apoios do Portugal 2020. E não o fizeram porque as plataformas não emitiram os certificados atempadamente, sendo que esta é uma informação que o Estado já tem do seu lado, através da Informação Empresarial Simplificada.

Não há ideia de quantas são as empresas ou os montantes em causa. O Ministério da Economia não revelou ao JN, nem ao ECO que enviou questões sobre o tema. Manuel Castro Almeida disse apenas que tem “o conhecimento informal de que há muitas empresas envolvidas nessa situação”.

Mas este não é caso único. Castro Almeida revelou que há empresas que também estão a ser notificadas para devolver apoios, mas por uma razão diferente: incumprimento dos objetivos definidos nos concursos a que se candidataram, devido à pandemia. Também para essas empresas “está a ser pensada uma solução”.

“Os serviços da Administração Pública têm de cumprir as leis e nenhum membro do Governo pode dizer aos serviços para violar a lei. Mas pode dizer para, na interpretação dos casos concretos, usarem de um critério de bom senso, razoabilidade e compreensão pelas dificuldades das empresas que, no período da Covid, não conseguiam exportar. Era impossível”, sublinha o responsável.

“Ao considerar que houve uma alteração anormal das circunstâncias, deve haver uma alteração também dos resultados contratados”, defende.

“A orientação que dou aos serviços é ‘cumpram a lei, mas tenham em conta as dificuldades concretas das empresas’. Se a empresa não cumprir deve ser penalizada, se não cumpriu devido a uma causa externa, como o Covid, que a impediu de cumprir, aí tem de haver compreensão”, conclui.

Castro Almeida revelou ainda que se reuniu na quinta-feira com a nova administração do Compete, que ontem iniciou funções, tal como o ECO avançou, e pediu para que “transmitam aos serviços no interior do Compete que quando um técnico está indeciso se pede ou não um documento adicional então não peça. Só podem pedir os documentos indispensáveis. Na dúvida deem uma interpretação favorável às empresas. E olhem para a realidade dos factos e não tanto para os formalismos”, concluiu.

(Notícia atualizada com mais informação)

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PS questiona Governo sobre medidas face a fecho de têxteis no Vale do Sousa

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2024

A situação nas fábricas de confeção na região do Vale do Sousa exige “intervenção urgente”. Sem "um apoio adequado, o risco de desindustrialização" poderá ter "consequências irreversíveis", diz PS.

O grupo parlamentar do PS perguntou esta sexta-feira ao Governo que medidas está a tomar face ao encerramento de fábricas de confeção no Vale do Sousa, defendendo uma “intervenção urgente” devido ao risco de desindustrialização na região e na economia.

Num documento com nove perguntas, enviadas através do parlamento ao ministro Pedro Reis, o grupo parlamentar do Partido Socialista (PS) apontou que o “recente encerramento de fábricas de confeção na região do Vale do Sousa, com maior incidência no município de Lousada, tem suscitado grande preocupação”, afetando “não só as empresas diretamente envolvidas, mas também o tecido económico e social da região”, colocando em risco a subsistência de muitas famílias e fragilizando um “setor fundamental para a economia local e nacional”.

Considerando que a situação exige uma “intervenção urgente”, os socialistas pretendem saber se o Governo tem conhecimento destes encerramentos e das suas repercussões sociais e económicas e “que medidas imediatas estão a ser implementadas para apoiar as famílias em situação de maior vulnerabilidade económica”.

No documento subscrito pelo deputado José Carlos Barbosa, o PS vincou que “sem um apoio adequado, o risco de desindustrialização em regiões como o Vale do Sousa poderá ter consequências irreversíveis, não apenas para a economia local, mas também para a economia nacional”. Os socialistas questionaram também sobre que iniciativas estão a ser desenvolvidas para promover o diálogo com empresários do setor, autarquias e outras entidades locais, no sentido de encontrar soluções que salvaguardem os postos de trabalho.

Já nas situações em que não é possível preservar o emprego, o PS pretende saber quais são as ações que estão a ser tomadas para apoiar os trabalhadores no acesso ao subsídio de desemprego e para promover a requalificação e reintegração no mercado de trabalho.

Os socialistas perguntaram também se está prevista a criação de programas ou linhas de apoio específicas para as empresas em dificuldades financeiras, de modo a prevenir novos encerramentos, e se, no quadro dos apoios comunitários disponíveis ou a criar, o Governo pretende desenvolver apoios direcionados ao setor têxtil e de vestuário naquela região.

“Para o grupo parlamentar do Partido Socialista é essencial que o Governo atue com rapidez e em articulação direta com o setor e o poder local, protegendo os trabalhadores e preservando a importância económica e histórica deste setor para o Vale do Sousa e para o país”, refere o documento.

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PLMJ e Uría assessoram compra do hotel Conrad Algarve

A PLMJ assessorou a Quinta do Lago na aquisição do Hotel Conrad Algarve à Flitptrel V. A Uría Menéndez prestou assessoria jurídica à ECS. 

A PLMJ assessorou a Quinta do Lago na aquisição do Hotel Conrad Algarve à Flitptrel V, uma sociedade gerida pela ECS e detida pela Davidson Kempner Capital Management. Esta unidade de cinco estrelas tem 154 suites, 80 apartamentos, dois vilas, seis restaurantes e bares e um spa de luxo. A Uría Menéndez prestou assessoria à ECS.

A equipa multidisciplinar da PLMJ envolvida na operação contou com a coordenação de Carmen Baptista Rosa, sócia da área de Imobiliário e Turismo e responsável do escritório de Faro, e com a participação do managing partner Bruno Ferreira, da sócia Teresa Madeira Afonso, do associado coordenador Luís Miguel Vasconcelos, das associadas sénior Rita Calafate e Gabriela Mendonça Santos e do associado Tiago Jesus Bento.

A equipa da Uría Menéndez que assessorou a ECS na venda do Conrad Algarve foi liderada por Francisco da Cunha Ferreira (sócio, Imobiliário) e por David Sequeira Dinis (sócio, Contencioso) e contou com o apoio dos advogados Luís Bértolo Rosa (counsel, Contencioso), André Hüsgen (associado sénior, Imobiliário) e Teresa Perdigão (associada júnior, Contencioso).

Sem divulgar o valor do negócio, a Quinta do Lago refere que a transação foi liderada pelo CEO Sean Moriarty e pelo CFO Miguel Sousa, falando numa “aquisição histórica” e que “representa um investimento estratégico que vem reforçar o compromisso do resort em promover um lifestyle de luxo orientado para o bem-estar.

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Costa saúda “conquista importante” após acordo político entre UE e Mercosul

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2024

O acordo é "bom para a competitividade e para o emprego, é bom para o nosso lugar no mundo, é bom para os nossos cidadãos”, adiantou António Costa.

O presidente do Conselho Europeu, António Costa, saudou esta sexta-feira o acordo político entre a União Europeia (UE) e os países do Mercado Comum do Sul (Mercosul) sobre um protocolo comercial e de investimento, falando numa “conquista muito importante”.

“Saúdo a Comissão Europeia pelo acordo alcançado com os países do Mercosul. Trata-se de uma conquista muito importante”, reagiu António Costa, numa publicação na rede social X.

Reagindo ao anúncio de consenso político, que permite a conclusão das negociações do acordo de parceria entre os blocos europeu e latino-americano, o líder da instituição que junta os chefes de Governo e de Estado da UE assinalou: “Os Estados-membros irão agora avaliá-lo [ao acordo político] e tomar uma decisão”.

Ainda assim, para António Costa, “o comércio é positivo para a Europa”. “É bom para a competitividade e para o emprego, é bom para o nosso lugar no mundo, é bom para os nossos cidadãos”, adiantou.

A UE e os países do Mercosul chegaram esta sexta a acordo político para aquele que será o maior acordo comercial e de investimento do mundo, que servirá um mercado de 700 milhões de consumidores, no âmbito do reforço da cooperação geopolítica, económica, de sustentabilidade e de segurança.

Após o acordo político, o documento será verificado e traduzido, para depois a Comissão Europeia, que detém a competência para negociar a política comercial da UE, apresentar uma proposta ao Conselho e ao Parlamento para assinatura e conclusão. A decisão cabe, depois, aos países da UE (no Conselho) e aos eurodeputados (na assembleia europeia).

O texto do acordo de associação UE-Mercosul foi finalizado em 2019, após 20 anos de negociações, mas o bloco comunitário tem vindo a pedir mais garantias por parte dos países latino-americanos de que respeitarão o Acordo de Paris e a legislação laboral internacional.

Após esse primeiro aval de 2019 não ter tido seguimento, a UE e Mercosul têm mantido um contacto regular, que nas últimas semanas passou do nível técnico para o político e permitiu hoje concluir as negociações, nomeadamente em questões como os compromissos ambientais (relativamente à Amazónia).

O acordo UE-Mercosul abrange os 27 Estados-membros da UE mais Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai, o equivalente a 25% da economia global e 780 milhões de pessoas, quase 10% da população mundial. Na UE, França tem vindo a liderar a oposição a esta parceria com o Mercosul por questões de biodiversidade e clima e também receios comerciais, com estes últimos a serem partilhados por outros países europeus.

A Comissão Europeia quis avançar com o acordo nas últimas semanas, de mãos dadas com a maioria dos países da UE, e em particular a Alemanha e a Espanha, num momento de grande debilidade política para o Presidente francês, Emmanuel Macron, face à crise política que o seu país está a viver, com a queda do Governo do primeiro-ministro, Michel Barnier, na quarta-feira devido a uma moção de censura apoiada pela esquerda e pela extrema-direita.

Numa declaração conjunta entretanto publicada, a Comissão Europeia e os países do Mercosul, que hoje se reuniram na capital uruguaia de Montevidéu, salientam estar “empenhados […] num intenso processo de negociações, com o objetivo de ajustar o acordo aos desafios enfrentados a nível nacional, regional e global”.

“Ambos os blocos estão determinados a realizar essas atividades nos próximos meses, com vistas à futura assinatura do acordo”, concluem.

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Vasco Vieira de Almeida distinguido com Lifetime Achievement Award. Veja a fotogaleria

Sócio fundador da sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA), Vasco Vieira de Almeida, recebeu o Advocatus Lifetime Achievement, prémio que terá periodicidade anual.

O sócio fundador da sociedade de advogados Vieira de Almeida (VdA), Vasco Vieira de Almeida, foi o vencedor do prémio Advocatus Lifetime Achievement, uma iniciativa lançada pelo ECO e pela Advocatus, e que terá periodicidade anual.

O objetivo é homenagear personalidades da advocacia que registaram um percurso de elevada influência para a afirmação do direito enquanto pilar central da sociedade e da economia. Distinguirá, assim, carreiras que servem de inspiração para a comunidade legal. A entrega do prémio realizou-se esta quinta-feira, num jantar solene no Centro Cultural de Belém pelas mãos da ministra da Justiça, Rita Júdice.

Na sua primeira edição, o júri foi constituído pelos diretores de algumas das principais faculdades de Direito: Eduardo Vera-Cruz Pinto, da Universidade de Lisboa, Margarida Lima Rego, da Nova School of Law, e Ana Taveira da Fonseca, Diretora da Escola de Lisboa da Faculdade de Direito da Universidade Católica.

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França avisa que vai lutar “em todas as fases” contra o acordo UE-Mercosul

  • Lusa
  • 6 Dezembro 2024

A ministra do Comércio Externo de França vincou que o que aconteceu "em Montevideu não é a assinatura do acordo, mas simplesmente a conclusão política da negociação”.

França vai lutar “em todas as fases” do processo de aplicação do acordo União Europeia (UE)-Mercosul, disse esta sexta-feira a ministra do Comércio Externo interina, sublinhando que o anúncio do acordo de Montevideu não supõe a sua assinatura. “A luta não acabou”, afirmou Sophie Primas na rede social X, rejeitando categoricamente este acordo de comércio livre devido ao impacto que este possa ter sobre o setor agrícola.

“O que acontece em Montevideu não é a assinatura do acordo, mas simplesmente a conclusão política da negociação”, disse Primas, antes de acrescentar que o que foi feito na cimeira do Mercosul “não compromete os Estados-membros” da UE. A responsável francesa indicou que agora o Conselho Europeu e depois o Parlamento Europeu têm de se pronunciar. “A França lutará em todas as fases ao lado dos Estados-membros que partilham a sua visão”, concluiu.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, que esteve em Montevideu para selar o acordo com o Mercosul, disse que “é um dia histórico”, que a aliança entre os dois blocos está a ser “fortalecida” e está a ser enviado “uma mensagem clara e poderosa ao mundo”. Na quinta-feira, quando se soube que Von der Leyen se encontrava na capital uruguaia, o Presidente francês, Emmanuel Macron, recordou a posição do seu país, que considera o acordo “inaceitável no seu estado atual”.

“Continuaremos a defender incansavelmente a nossa soberania agrícola”, afirmou Macron. A França queixa-se que este acordo permitirá a entrada na UE de produtos que não cumprem as normas europeias de saúde ou ambientais e que isso representa uma concorrência desleal que prejudicará gravemente os seus agricultores e criadores de gado. Critica ainda que o acordo não tenha integrado o Acordo Climático de Paris.

A Comissão Europeia quis avançar com o acordo nas últimas semanas, de mãos dadas com a maioria dos países da UE, e em particular a Alemanha e a Espanha, num momento de grande debilidade política para Macron face à crise política que a França está a viver, com a queda do Governo do primeiro-pinistro, Michel Barnier, na quarta-feira devido a uma moção de censura apoiada pela esquerda e pela extrema-direita.

Esta crise enfraqueceu Macron não só em França, onde cada vez mais vozes pedem a sua demissão, mas também entre os seus homólogos no Conselho Europeu. Todos os partidos políticos franceses estão contra o acordo UE-Mercosul, como deixaram claro nas votações organizadas na semana passada na Assembleia Nacional e no Senado.

Além disso, o setor agrícola também está esmagadoramente contra e, de facto, esta oposição tem sido a primeira razão para os protestos dos agricultores que têm ocorrido há várias semanas em toda a França. Segundo o FNSEA-JA, o principal sindicato agrícola, os protestos vão intensificar-se em resposta ao passo dado por Von der Leyen em Montevideu.

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João Massano pede apoio para candidatura a bastonário dos advogados

O Conselho Geral da Ordem dos Advogados já marcou as próximas eleições para os vários órgãos da instituição: 18 e 19 de março para a primeira volta e, caso aconteça, 31 de março para a segunda volta.

O atual presidente do Conselho Regional de Lisboa (CRL) da Ordem dos Advogados pondera a candidatura a bastonário dos advogados. A intenção foi divulgada pelo próprio João Massano – nas redes sociais – assumindo que ainda não tomou uma “decisão definitiva, devido às implicações para o meu escritório e clientes” mas que se vê forçado a solicitar que “subscrevam a minha proposta de candidatura a Bastonário desde já”.

Esta solicitação deve-se ao curto espaço de tempo concedido pelo Conselho Geral (CG) e pela atual bastonária para a preparação da documentação necessária à apresentação de uma candidatura: entrega de candidaturas até 17 de janeiro e eleições a 18 e 19 de março, em que pelo meio será o período festivo de Natal e passagem de ano.

O Conselho Geral da Ordem dos Advogados já marcou as próximas eleições para os vários órgãos da instituição: 18 e 19 de março para a primeira volta e, caso aconteça, 31 de março para a segunda volta. As propostas de candidatura deverão ser apresentadas à Comissão Eleitoral até às 18h00 do dia 17 de janeiro de 2025.

No dia 27 de novembro, a bastonária Fernanda de Almeida Pinheiro, anunciou a convocação de eleições antecipadas para todos os órgãos da instituição, incluindo o que lidera, o Conselho Geral (CG). “Este novo estatuto impunha a criação de novos órgãos e naturalmente esses dois órgãos tinha um regime transitório da norma previa duas opções: podíamos designar o órgão ou convocar eleições antecipadas até 31 de março de 2025”, diz a bastonária. A OA optou, à data, designar e dar posse ao Conselho de Supervisão e ao Provedor do Beneficiário dos Serviços.

“É importante salientar que esta manobra da senhora Bastonária e do seu CG revela um profundo desrespeito pelos princípios democráticos, na medida em que limita significativamente as possibilidades de preparação de candidaturas por parte dos seus potenciais adversários. Esta situação não é séria e é pouco aceitável! Contudo, reforça a minha determinação de contribuir para a mudança que todos ambicionamos na nossa Classe e a vontade de contribuir para a dignificação da Advocacia! Agradeço antecipadamente a vossa compreensão e apoio neste momento tão crucial para a nossa Ordem”, conclui o advogado.

Licenciado em Direito desde 1994, ano em que concluiu a licenciatura, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa. Inscrito na Ordem dos Advogados pelo Conselho Distrital de Lisboa com a cédula profissional desde 19 de fevereiro de 1997.

Em 2004 tornou-me sócio fundador da ATMJ. Mestre em Direito em 2006, na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa manteve uma carreira académica durante cerca de 17 anos, como docente universitário na Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, na Universidade Lusófona e na Universidade Moderna.

Ligado ao Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados desde 2011. Primeiro, como Vogal-Tesoureiro do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados, para o triénio 2011-2013, e, nos dois mandatos seguintes, como Vice-Presidente responsável pelo pelouro da Formação, nos triénios 2014-2016 e 2017-2019. Em novembro de 2019, foi eleito Presidente do Conselho Regional de Lisboa da Ordem dos Advogados. Mandato que foi renovado há quase dois anos.

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Dona do Jornal de Notícias sobe salário mínimo para 910 euros

A decisão do grupo liderado por Domingos de Andrade pretende traduzir "a confiança da administração e acionistas na recuperação das empresas e construção de um grupo de comunicação social sólido".

A Notícias Ilimitadas, dona do Jornal de Notícias e d’O Jogo, vai aumentar os ordenados mínimos de todos os trabalhadores do grupo para 910 euros. Assim, a partir de 1 de janeiro, em vez dos 870 euros de salário mínimo aprovado pelo Governo, um aumento de 50 euros em relação ao valor atual, os trabalhadores da Notícias Ilimitadas e da TSF ficam com um rendimento mínimo de 910 euros.

A decisão, que foi comunicada esta sexta-feira, pretende traduzir a confiança da administração e acionistas no grupo, segundo a empresa. “No quadro da ainda difícil condição económico-financeira da empresa, esta decisão tem como objetivo melhorar o rendimento dos trabalhadores com salários mais baixos e traduz a confiança da administração e dos acionistas na capacidade de todos nós recuperarmos as Empresas e construirmos um grupo de comunicação social sólido, assente na força dos nossos títulos, que, apesar de todas as vicissitudes por que passámos, continuam a ser referências de topo no panorama da comunicação social portuguesa”, lê-se no comunicado interno ao qual o +M teve acesso.

Acreditamos que esta decisão é apenas a primeira e que, com o empenho de todos, teremos condições de, a breve prazo, reforçar com outras medidas a valorização das pessoas e das suas condições remuneratórias“, conclui a administração liderada por Domingos de Andrade.

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Agendas mobilizadoras do PRR vão poder ser executadas até junho de 2026

Com a inteligência artificial vai ser possível acelerar a análise das 80 mil candidaturas de eficiência energética. Montante deve ficar atribuído até ao final do ano.

O Governo vai rever no âmbito da reprogramação do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) o prazo limite para a execução das agendas mobilizadoras, anunciou esta sexta-feira o ministro Adjunto e da Coesão Territorial. “Na reprogramação vamos propor à Comissão Europeia que as agendas mobilizadoras possam ser executadas até 30 de junho de 2026“, anunciou Manuel Castro Almeida.

As agendas mobilizadoras “foram uma excelente ideia” — “gostaria de ter sido eu a tê-la”, admitiu Castro Almeida. Mas, “há agendas a correr muito bem e outras nem por isso”, caracterizou. O processo “começou muito lento”, as “assinaturas de contratos demoraram”, “há consórcios muito grandes”, elencou, contando que lhe têm chegado vários pedidos das para alargar o prazo de execução. Todas as agendas têm de estar concluídas até dezembro de 2025. Mas o ministro revelou que, no âmbito da reprogramação, vai propor a Bruxelas que o prazo de execução seja estendido até 30 de junho de 2026, o limite de execução de todos os projetos do PRR.

“A reprogramação está num trabalho intenso”, revelou o ministro Adjunto. “A ver se no próximo mês a podemos submeter à Comissão Europeia”, sublinhou. O presidente da estrutura de missão Recuperar Portugal, Fernando Alfaiate, já tinha revelado no Parlamento que a reprogramação do PRR será entregue em janeiro, a tempo de travar a análise do sexto pedido de pagamento da bazuca, entre com quatro marcos por cumprir e que serão objeto de reprogramação.

Castro Almeida recordou que Portugal foi o segundo país da Europa a apresentar o sexto pedido de pagamento, logo a seguir à Itália. “A ideia do atraso dos fundos começa a esbater-se”, disse, sublinhando que o “PRR começa agora a entrar em fase de cruzeiro”.

Para acelerar a execução dos fundos “foi preciso alterar uma série de coisas”, explicou. “O PRR e o PT2020 eram executados quase pelas mesmas pessoas”, por isso “está a ser criada uma bolsa de 50 técnicos itinerantes que vão andar de serviço em serviço a resolver picos de trabalho”. “E estamos a introduzir inteligência artificial que já está a fazer análise de candidaturas”, uma ferramenta que já está a ser utilizada há quatro ou cinco meses.

O ministro Adjunto deu o exemplo das cerca de 80 mil candidaturas de eficiência energética, para apoiar a substituição de portas e janelas, nas quais está a ser utilizada inteligência artificial para acelerar as análises. “Espero que no final do ano toda a dotação esteja distribuída”, antecipou. “Estejam descansados que não será nenhum algoritmo a decidir”, ressalvou.

Castro Almeida assumiu o compromisso de que, até ao final do ano, as candidaturas serão decidas a 60 dias e os pedidos de pagamento pagos a 30 dias, um compromisso assumido pelo Executivo aquando da tomada de posse. “Pode haver um programa em que não será assim, mas no início do ano será”, disse sem revelar qual o programa em causa. “Vai mudar a vida das empresas”, assegurou.

Com o objetivo de “ser mais amigáveis com as empresas”, Castro Almeida revelou que o Governo criou um grupo de trabalho, dirigido por ele, “para acompanhar as dificuldades que existem em investimentos privados”. O objetivo é identificar essas situações com os secretários de Estado e funcionar como “uma pequena central para desbloquear o investimento privado”. “É uma prova de que o Governo está apostado em promover o investimento” e em “garantir que o Estado não é embaraço a esses investimentos”, concluiu.

(Notícia atualizada com mais informação)

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