Depressão Ciarán deve afetar Portugal continental e Madeira na quinta-feira

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

"A depressão Ciarán propriamente dita não afetará Portugal continental, embora estejam previstos efeitos colaterais", como vento e precipitação forte segundo o IPMA.

A depressão Ciarán, que se desloca no Atlântico em direção a leste, deverá afetar Portugal continental e a Madeira a partir de quinta-feira, com vento e precipitação forte, principalmente no Norte e Centro, informou esta segunda-feira o IPMA.

De acordo com um comunicado do Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), a depressão Ciarán, designação atribuída pelo Serviço Meteorológico do Reino Unido, desloca-se ao longo do Atlântico em direção a leste, e às 00:00 de quinta-feira, “deverá estar centrada a oeste-sudoeste das Ilhas Britânicas”, com impacto nestas ilhas, “em particular ao nível do vento”.

“A depressão Ciarán propriamente dita não afetará Portugal continental, embora estejam previstos efeitos colaterais, devido a um sistema frontal que lhe está associado, e que irá atravessar o território continental durante a madrugada e manhã de dia 02” de novembro, lê-se na nota.

Assim, a partir do final da tarde de quarta-feira e durante quinta-feira “prevê-se um aumento da intensidade do vento, que soprará de sudoeste forte no litoral, em especial no litoral oeste, e nas terras altas, com rajadas da ordem de 70/80 kms[quilómetros])/hora e 90/100 kms/h, respetivamente”.

“Prevê-se ainda precipitação por vezes forte, em especial nas regiões Norte e Centro, onde deverá ser persistente”, acrescenta o IPMA. Adicionalmente, o instituto prevê que “haverá um aumento muito relevante da agitação marítima no dia 2 na costa ocidental, onde as ondas deverão ser de noroeste e atingir cinco a sete metros de altura significativa, e com uma probabilidade elevada de ultrapassar os sete metros, nomeadamente a norte do Cabo Raso”.

“Este episódio dever-se-á prolongar até dia 06 de novembro”, estima o IPMA. A superfície frontal fria deste sistema frontal deverá atravessar o arquipélago da Madeira durante o final de quinta-feira e madrugada de sexta-feira, “embora sem severidade”, é referido na nota.

O mais significativo será o aumento da agitação marítima, que será de noroeste com quatro a cinco metros de altura significativa a partir do final de dia 2, podendo atingir cinco a seis metros no dia 5″, aponta o IPMA, aconselhando, devido a esta situação meteorológica, “o acompanhamento das previsões meteorológicas e dos avisos” nos próximos dias.

Sete distritos do continente vão estar na quinta-feira sob aviso laranja devido à previsão de agitação marítima forte, indicou o IPMA. Os distritos do Porto, Viana do Castelo, Lisboa, Leiria, Aveiro, Coimbra e Braga vão estar sob aviso laranja entre as 03:00 e as 06:00 de quinta-feira por causa da agitação marítima, prevendo-se ondas de noroeste com cinco a sete metros, podendo atingir altura máxima de 14 metros.

Estes sete distritos vão estar sob aviso amarelo devido à agitação marítima até 00:00 de terça-feira e entre as 21:00 de quarta-feira e as 03:00 de quinta-feira. O IPMA colocou também sob aviso amarelo os distritos do Porto, Viana do Castelo, Aveiro e Braga devido à previsão de aguaceiros por vezes fortes, pontualmente de granizo e acompanhados de trovoada entre entre as 21:00 de terça-feira e as 03:00 de quarta-feira.

Também os distritos de Viseu e Vila Real vão estar sob aviso amarelo por causa da chuva forte entre as 00:00 e as 03:00 de quarta-feira. O aviso laranja é emitido pelo IPMA sempre que existe “situação meteorológica de risco moderado a elevado e o amarelo quando há uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

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Governo francês sobrevive a duas novas moções de censura

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

Em apenas 10 dias, o Governo da primeira-ministra Élisabeth Borne superou quatro moções de censura, tendo conseguido derrotar duas outras na madrugada do passado dia 21.

A esquerda e a extrema-direita francesas voltaram esta segunda-feira a não conseguir derrubar o Governo, depois de as respetivas moções de censura não terem obtido os 289 votos necessários para aprovação na Assembleia Nacional.

Em apenas 10 dias, o Governo da primeira-ministra Élisabeth Borne superou quatro moções de censura, tendo conseguido derrotar duas outras na madrugada do passado dia 21. No total, são já 22 as moções de censura superadas pelo Governo francês, nos 17 meses de legislatura.

As duas moções fracassadas – devido ao apoio que o Governo recebeu dos deputados da direita moderada do partido Os Republicanos – foram apresentadas pelo movimento de extrema-direita União Nacional, tendo obtido apenas 88 votos, e pelo partido de esquerda França Insubmissa e apoiada por uma parte dos seus aliados progressistas, que conseguiu 223 votos.

Os dois partidos – o segundo e o terceiro com maior representação na Assembleia – apresentaram a moção em resposta ao repetido recurso do Governo ao artigo 49.3 da Constituição. Este mecanismo permite ao Governo aprovar leis sem ter maioria suficiente na Assembleia Nacional e foi, por exemplo, o pretexto para as ruidosas manifestações contra a reforma do sistema de pensões.

Aliás, de todas as moções que o governo Borne superou, a que mais se aproximou do sucesso foi a de 20 de março, logo após a aprovação sem votação na Assembleia da polémica reforma das pensões. Nesse dia, alguns deputados do partido Os Republicanos juntaram-se à esquerda e à extrema-direita, ficando a apenas nove votos de fazer aprovar a moção de censura.

Em França, a figura da moção de censura serve apenas para derrubar um Governo, já que nesse momento não é apresentado nenhum candidato alternativo para suceder à solução política no poder.

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Sistema de avaliação da Função Pública “vai ser mais objetivo”, avança o STE

A presidente do STE destaca a evolução positiva nas negociações com o Governo quanto à revisão do SIADAP, mas diz que "as quotas continuam a ser o pecado original".

O sistema de avaliação dos funcionários públicos, que permite a progressão na carreira e, consequentemente, a melhoria dos salários, “vai ter alguns procedimentos mais objetivos no sentido de proteger mais o trabalhador avaliado”, adiantou esta segunda-feira a presidente do Sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (STE), Maria Helena Rodrigues, à saída de uma reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires, no âmbito da revisão do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP).

“Alguns procedimentos vão ser mais claros, mais objetivos. Haverá uma portaria a especificar as competência e uma outra que irá trazer alguma clarificação do sistema, tornando-o mais justo”, afirmou a dirigente sindical.

Maria Helena Rodrigues salienta ainda “a evolução positiva quanto ao alargamento das quotas” de 25% para 30% para obter a nota de bom ou muito bom e de 5% para 10% na avaliação de excelente. Contudo, “as quotas continuam a ser o pecado original”, critica, defendendo antes “a revogação” deste tipo de sistema que “limita as progressões”.

Relativamente à redução dos pontos necessários para saltar um nível remuneratório, a presidente do STE considera a proposta do Governo insuficiente, que baixa dos atuais 10 para oito, defendendo antes seis pontos. Questionada se o Executivo mostrou abertura para reabrir esta matéria, Maria Helena Rodrigues responder: “Vamos ver”.

Haverá ainda uma reunião suplementar que deverá realizar-se a 15 de novembro, um dia depois do prazo limite para os partido com assento parlamentar entregarem propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2024.

(Notícia atualizada às 19h37)

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Putin acusa EUA de serem responsáveis pelo “caos mortal” no Médio Oriente

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

São as atuais elites dominantes dos Estados Unidos e os seus satélites, que são os principais beneficiários da instabilidade global", acusou o chefe de Estado russo.

O Presidente russo, Vladimir Putin, acusou esta segunda-feira os Estados Unidos de serem os responsáveis pelo “caos mortal” no Médio Oriente, após mais de três semanas de guerra entre Israel e o movimento islamita Hamas, que causou milhares de mortos.

Devemos compreender claramente quem, na realidade, são as fontes da tragédia dos povos do Médio Oriente e de outras regiões do mundo. São as atuais elites dominantes dos Estados Unidos e os seus satélites, que são os principais beneficiários da instabilidade global”, acusou o chefe de Estado russo, durante uma reunião governamental transmitida pela televisão russa.

Putin acusou também a Ucrânia e os “serviços especiais ocidentais” de terem instigado, “inclusive através das redes sociais”, o ataque no domingo à noite ao aeroporto na república russa do Daguestão, de maioria muçulmana, após um voo de Israel ter aterrado na região.

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Netanyahu rejeita cessar-fogo com Hamas

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

"Os pedidos de cessar-fogo são apelos para que Israel se renda ao Hamas. Isto não vai acontecer", disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu.

O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, descartou esta segunda-feira um cessar-fogo na Faixa de Gaza, argumentando que seria “uma rendição ao Hamas”.

Os pedidos de cessar-fogo são apelos para que Israel se renda ao Hamas. Isto não vai acontecer”, disse Netanyahu numa conferência de imprensa em Telavive, instando a comunidade internacional a juntar-se ao seu país na exigência da libertação “imediata e incondicional” dos reféns detidos pelo Hamas no enclave palestiniano.

O grupo islamita Hamas lançou em 7 de outubro um ataque surpresa contra o sul de Israel com o lançamento de milhares de foguetes e a incursão de milicianos armados, fazendo mais de duas centenas de reféns.

Em resposta, Israel declarou guerra ao Hamas, movimento que controla a Faixa de Gaza desde 2007 e que é classificado como terrorista pela União Europeia e Estados Unidos, bombardeando várias infraestruturas do grupo na Faixa de Gaza e impôs um cerco total ao território com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade.

 

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SRS Legal tem dois novos sócios e um novo of counsel

Leonor Francisco e Nuno Calaim Lourenço são promovidos a sócios e Duarte Pirra Xarepe é promovido a of counsel.

A SRS conta, a partir de 1 de novembro, com dois novos sócios e um novo of counsel. Leonor Francisco e Nuno Calaim Lourenço são promovidos a sócios e Duarte Pirra Xarepe é promovido a of counsel.

Leonor Francisco, do Departamento Laboral e Segurança Social da SRS, tem uma carreira que se estende por cerca de 25 anos na área de Direito do Trabalho em Portugal. “A sua nomeação como sócia reconhece, não apenas a sua vasta experiência, competência e contributo para a SRS Legal, mas também o seu compromisso com a visão e valores da firma”, segundo comunicado do escritório.

Nuno Calaim Lourenço, do Departamento de Concorrência e União Europeia da SRS, traz consigo mais de 20 anos de experiência no Direito da Concorrência, tendo trabalhado não só em Portugal, mas também em Bruxelas. Com um percurso profissional que inclui uma passagem pela Comissão Europeia – na Direção-Geral da Concorrência -é tiitular de um LLM pela Queen Mary, University of London, e do grau de Mestre pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, concluiu em 2022 o seu Doutoramento, pela Universidade do Minho, com uma tese que aprofunda a relação entre a concorrência e a contratação pública. “A sua nomeação como sócio é um testemunho do seu conhecimento abrangente e do seu compromisso em fornecer soluções jurídicas de alta qualidade para os clientes da SRS Legal, alinhado com os valores e visão da firma”, segundo a SRS Legal.

Duarte Pirra Xarepe, também do Departamento de Concorrência e União Europeia da SRS, conta com cerca de 20 anos de experiência em Portugal e Espanha. Como membro do Círculo dos Advogados Portugueses de Direito da Concorrência, é um especialista reconhecido na área, contribuindo para o sucesso contínuo da SRS Legal. “A sua nomeação como Of Counsel permite à SRS manter uma oferta de orientação jurídica de alto nível na área, reconhecendo simultaneamente o profundo conhecimento e compromisso do Duarte”, diz o escritório.

Pedro Rebelo de Sousa, managing partner da SRS Legal, expressou a sua satisfação com estas nomeações, afirmando: “Estamos entusiasmados por podermos reconhecer o talento da Leonor, do Nuno e do Duarte, continuando a contar com todo o seu empenho e dedicação, agora noutro nível. A SRS está empenhada em desenvolver e fomentar o talento e a experiência dos seus profissionais, recompensando a sua dedicação com os clientes e colegas e o compromisso com a SRS Legal. Estou confiante de que estas promoções fortalecerão ainda mais a nossa capacidade de enfrentar os desafios atuais e futuros, bem como impulsionar o crescimento orgânico da SRS Legal.”

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Eólicas offshore. Sintra-Cascais cai, Viana e Leixões saem reforçados no novo plano em consulta pública

O plano de afetação de eólicas 'offshore' foi revisto e colocado em consulta pública. Sintra-Cascais cai na listas de zonas propostas, Viana do Castelo divide-se em duas e Leixões sai reforçado.

O Governo colocou em consulta pública até 13 de dezembro a nova versão do Plano de Afetação para Exploração de Energias Renováveis Offshore (PAER). A proposta sucede àquela apresentada no início do ano, e para qual foram apresentadas propostas de melhoria de vários setores, no âmbito do primeiro leilão de energia eólica offshore a lançar até ao final do ano. Segundo o Ministério da Economia e do Mar, o plano agora apresentado “foi consensualizado entre as 21 entidades participantes na comissão consultiva“.

De acordo com o comunicado divulgado esta segunda-feira, das sete localizações que serão propostas para exploração de turbinas eólicas sobre o mar no âmbito do leilão, a região de Sintra-Cascais deixa de constar na lista, ficando apenas Viana do Castelo (Norte e Sul), Leixões, Figueira da Foz, Ericeira e Sines.

O total de 10 gigawatts (GW) a leiloar até 2030 mantém-se, no entanto, a sua distribuição sofreu alterações. Segundo o documento, Viana de Castelo divide-se em duas: o Norte de Viana do Castelo fica com um lote de 1,09 GW e o Sul do distrito fica 1,03 GW, acumulando um total de 2,1 GW. A região de Leixões ganha mais 0,5 GW, para um total de 2 GW, e a Ericeira fica limitada a 0,5 GW, face ao anterior 1 GW correspondente a Ericeira e Sintra-Cascais.

Na Figueira da Foz a capacidade de 4 GW não mexe, tal como em em Sines, cujo o valor a licitar manté-se nos 1,5 GW.

Plano de Afetação para Exploração de Energias Renováveis Offshore
(PAER)
Plano de Afetação para Exploração de Energias Renováveis Offshore (PAER)

 

De acordo com o documento colocado em consulta pública, o novo PAER surge na sequência de pareceres decorrentes da audição pública das conclusões do primeiro plano, nomeadamente, as reuniões que decorreram com associações de pescadores e organizações de pesca mais afetadas pelo leilão e do relatório ambiental elaborado.

“Essas reuniões permitiram identificar os constrangimentos do PAER nas pescas e propor medidas de minimização”, lê-se no documento que garante que as zonas marítimas propostas “apresentam as melhores condições para o estabelecimento de energias renováveis“, nomeadamente parques eólicos comerciais, de preferência, com tecnologia flutuante.

O plano de afetação fica em consulta pública a partir desta segunda-feira por um período de 30 dias úteis, sendo considerado um “um instrumento de planeamento fundamental para o desenvolvimento do mercado das energias renováveis offshore, bem como para potenciar o investimento numa cadeia de fornecimento industrial necessária para suportar o desenvolvimento do setor”.

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CEO do BCP recomenda adesão à moratória e pisca olho a clientes da concorrência

Para Miguel Maya, a medida que permite fixar a prestação da casa “foi bem desenhada e é oportuna”. “Recomendo vivamente”, disse o líder do BCP.

“Foi bem desenhada e é oportuna” e vai dar “previsibilidade às famílias”. O CEO do BCP recomenda “vivamente” a adesão à moratória, medida que permite estabilizar a prestação da casa, ao contrário do que recomendou o rival BPI e a cujos clientes Miguel Maya piscou o olho. “Serão bem recebidos”.

Esta manhã, o presidente do BPI alertou que “se vai pagar o alívio mais à frente, com a capitalização dos juros do crédito”, pelo que recomendou que apenas as famílias necessitadas recorram à medida que entra em vigor na próxima quinta-feira.

À tarde, Miguel Maya deixou uma recomendação no sentido contrário: “Eu recomendo vivamente. É uma medida que beneficia e apoia as pessoas”.

Miguel Maya explicou que “não há um aumento do valor da dívida do cliente ao banco”. Mas “quem não precisa, é óbvio que não deve”, sublinhou o gestor na apresentação dos resultados do BCP nos primeiros nove meses do ano. O banco multiplicou os lucros por sete para 650,7 milhões de euros.

O líder do BCP adiantou ainda números sobre as reestruturações de crédito já efetuadas: 15.600 renegociações este ano, quase 20 mil desde o início da subida dos juros.

(Notícia atualizada às 18h25)

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Prémio para dirigentes do Estado com “excelente” sobe para quatro mil euros, indica Fesap

Bónus aumenta cerca de mil euros para as altas chefias da Função Pública que integrem os 20% de serviços considerados excelentes, no âmbito da revisão do sistema de avaliação, adianta a Fesap.

O Governo vai aumentar em cerca de mil euros, de três para quatro mil euros, os prémios para os dirigentes de topo da Função Pública com nota máxima que integrem 20% dos serviços considerados excelentes, revelou esta segunda-feira o secretário-geral da Federação dos Sindicatos da Administração Pública (Fesap), José Abraão, no final de uma reunião com a secretária de Estado da Administração Pública, Inês Ramires.

No âmbito da revisão do sistema integrado de gestão e avaliação do desempenho na Administração Pública (SIADAP), o dirigente sindical indicou que “os prémios para dirigentes de topo excelente vão passar de três mil euros para quatro mil euros”.

É mais um avanço relativamente à proposta que o Governo apresentou em julho. O projeto de diploma de então estabelecia que 20% dos dirigentes superiores que integrem os serviços considerados excelentes terão direito a um prémio que poderá ir até aos três mil euros por ano, no âmbito da avaliação anual. Aos diretores superiores de primeiro grau, com nota máxima, será atribuído um cheque anual de três mil euros, bónus que desce para 2.550 euros no caso de dirigentes superiores de segundo grau.

O Governo sobe agora a fasquia e estabelece que os dirigentes superiores de primeiro grau, com nota máxima, podem receber um bónus anual de 4.000 euros, que desce para 3.400 euros no caso de dirigentes de topo de segundo grau.

Partindo dos quatro mil euros, a proposta do Executivo atualiza igualmente os prémios a atribuir às chefias intermédias Assim, e independentemente da avaliação dos serviços, 30% destes dirigentes terão direito a um bónus anual atribuído por quotas: 15% dos diretores poderão ser considerados “bons”, o que lhes dará um cheque de 2.000 euros; 15% serão elegíveis para a classificação de “muito bom”, o que se traduzirá num prémio de 3.000 euros; e 5% podem ser “excelentes”, ganhando uma compensação entre 2.400 e 3.200 euros, consoante o grau na hierarquia.

O líder da Fesap considera que ainda é possível ir mais longe, nomeadamente ao nível dos “prémios de outras chefias intermédia, encarregados e chefes de equipa”.

José Abraão enalteceu a posição do Governo no sentido de aumentar as quotas de avaliação de desempenho do SIADAP, de 25% para 30%, no caso do ‘bom’ e ‘muito bom’, e de 5% para 10%, para excelente. Trata-se de “uma aproximação à proposta da Fesap”, frisou. “Com esta proposta, 60% dos trabalhadores vão progredir mais rápido”, salientou. Ainda assim, os avanços do Executivo ficaram aquém do que defende a estrutura sindical de um aumento da quota de ‘muito bom’ de 25% para 40%.

“A Fesap vai pedir reunião suplementar na expectativa de que possa haver espaço não só para melhorar o SIADAP, mas também para que o novo sistema de avaliação avance já em 2024 com efeitos em 2025”, adiantou Abraão. A próxima reunião deverá realizar-se a 15 de novembro, um dia depois do prazo limite para os partido com assento parlamentar entregarem propostas de alteração ao Orçamento do Estado para 2024.

(Notícia atualizada às 18h47)

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Luz e faturação são os temas que mais dúvidas (e reclamações) levantam junto do consumidor, revela ERSE

Tanto a nível de pedidos de informação, como de reclamações, os temas ligados aos serviços de eletricidade como faturação são os mais prementes entre os consumidores.

O setor da eletricidade foi aquele que acumulou o maior número de pedidos de esclarecimento por parte dos consumidores junto da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

De acordo com o boletim de apoio ao consumidor, divulgado esta segunda-feira, entre outubro de 2022 e setembro de 2023, 65,5% do número de pedidos de esclarecimentos por parte dos consumidores estava ligado a dúvidas relativas ao serviço de eletricidade. O regulador explica que parte desse fenómeno prende-se com o facto de a eletricidade acumular o maior número de clientes quando comparado com outros segmentos de energia.

Entre outubro de 2022 e setembro de 2023, chegaram aos balcões da ERSE um total de 4.696 pedidos de informação. Já entre o terceiro trimestre deste ano, o período mais recente do levantamento destes dados, a ERSE registou a entrada de um total de 854 pedidos de informação, uma redução de 12% quando comparado com o trimestre anterior. Nessa altura, tinham chegado 1.544 pedidos, o número mais elevado dos quatro trimestres avaliados.

O boletim dá ainda destaque ao segmento “gás engarrafado, instalações elétricas e de gás, outros temas” como sendo o tema que teve o maior aumento de dúvidas no terceiro trimestre de 2023 face ao trimestre anterior.

Segundo o boletim, as reclamações no setor na energia diminuíram 17% no terceiro trimestre face ao anterior, para 4.304.

Faturação pede por mais esclarecimentos

De acordo com o regulador, os três temas mais frequentes nos pedidos de informação são faturação (154 pedidos), contrato de fornecimento (98) e as tarifas e preços (78 pedidos). Ao todo, estes segmentos acumularam 39% dos pedidos de informação dirigidos à ERSE no terceiro trimestre de 2023. A fatia “outros” acumulou 524 pedidos. Neste segmento, incluem-se, dúvidas ligadas a mudanças de comercializador, medição, leituras e autoconsumo.

A maioria das dúvidas que chegam aos balcões da ERSE surge por email (51%), seguindo-se de dúvidas por via do livro de reclamações eletrónico (22%), no qual é disponibilizada a opção de se “pedir informação” junto ao regulador.

De acordo com o regime jurídico e regulatório, as reclamações apresentadas no livro de reclamações online das comercializadoras são posteriormente reencaminhadas para a ERSE que fica encarregue de verificar a existência de indícios de contraordenação. Desde o dia em que são submetidas, as empresas têm um prazo de 15 dias para dar uma resposta ao consumidor.

Segundo o boletim, a maioria das reclamações (73%) está ligada ao setor da eletricidade. Todavia, o número de reclamações por cada mil clientes é superior no setor do gás.

Através do livro de reclamações, a ERSE conclui que os três temas mais reclamados — faturação, contrato e práticas comerciais desleais — representaram 42,6% das reclamações no terceiro trimestre.

Mudança para o mercado regulado suscitou dúvidas por telefone

Embora a ERSE tenha o serviço por telefone disponível, o facto de, até ao ano passado, este ter um horário limitado (das 15h às 18h) fez com que os consumidores recorressem menos a esse canal. Só depois de o Governo ter anunciado que o mercado regulado do gás voltaria a estar a aberto às famílias e pequenos negócios, medida que resultou no número de pedidos de informação, é que essa linha, e a respetiva equipa, foi reforçada, estando agora disponível das 9h às 19h, nos dias úteis.

A maioria das questões ficou resolvida logo no primeiro contacto, no entanto, as dúvidas mais complexas (17%) foram reencaminhadas para uma segunda linha.

Por via telefónica, os temas que suscitam maiores dúvidas são questões ligadas à faturação, tarifas e preços (23%), mudança para o mercado regulado (15%), leitura e medição dos contadores (15%).

Fez queixa do seu comercializador e a questão não ficou resolvida? Regulador pode ajudar

O comercializador de energia tem várias obrigações, entre elas, responder no prazo de 15 dias à queixa do cliente, independentemente do meio pelo qual ela chega (telefone, e-mail, livro de reclamações ou carta). No caso caso das reclamações junto dos comercializadores de luz e de gás, existe uma compensação a atribuir ao consumidor em caso de incumprimento, no mínimo de 5 euros, cuja forma de pagamento deve ser feita na próxima fatura. Na maioria das situação os prazos são cumpridos.

Mas nas situações em que as dúvidas não são respondidas — ou se são, o consumidor não fica satisfeito — a ERSE pode ser chamada a intervir através do preenchimento de um formulário online ou do envio de uma carta. A intervenção do regulador fica, no entanto, limitada a uma recomendação — isto depois de terem sido pedidos esclarecimentos e promovidas tentativas de resolução entre as partes — uma vez que a ERSE não tem poder de condenação ou imposição de uma solução ao caso concreto.

O boletim informa que no terceiro trimestre de 2023, assistiu-se a uma redução de 24% dos pedidos de intervenção por parte do regulador sobre casos concretos. Nestes casos, os principais pedidos de intervenção estiveram associados ao setor elétrico, representando 78% do total.

À semelhança dos restantes canais, a faturação mantém-se como o tema predominante neste tipo de intervenções, tendo acumulado, entre julho e setembro, 237 pedidos. Quanto às questões ligadas à medição e leitura dos contadores, autoconsumo, ligações às redes e qualidade de serviço — abrangida pelo segmento “outros — foram registados 288 pedidos.

Os pedidos de intervenção da ERSE chegaram, na sua maioria por e-mail (50%) ou pelo preenchimento de um formulário online (46%). O tratamento e resposta da esmagadora maioria dos processos (91%) no terceiro trimestre ocorreu num prazo inferior a 90 dias úteis.

Segundo o boletim, nas situações em que a ERSE interveio, em 38% dos casos registou-se uma resolução total ou parcial do conflito.

Mas nos casos em que a intervenção do regulador não é suficiente, o consumidor pode sempre recorrer a soluções alternativas. Nomeadamente, os centros de arbitragem de conflitos de consumo ou os tribunais de proximidade. Nestas soluções, habitualmente, não têm custos para o consumidor. Situação diferente será se optar por recorrer ao tribunal tradicional.

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Congresso dos Jornalistas já tem inscrições abertas

Pela segunda vez, o Congresso de Jornalistas é promovido por três instituições, a Casa da Imprensa, o Clube de Jornalistas e o Sindicato dos Jornalistas. O último Congresso decorreu em 2017.

Com o lema “Jornalismo, Sempre”, o quinto Congresso dos Jornalistas decorre no Cinema São Jorge (Lisboa), nos dias 18, 19, 20 e 21 de janeiro. As inscrições já se encontram abertas.

A ética, a deontologia, a precariedade, a censura, a proximidade, o financiamento do jornalismo de qualidade ou as novas fronteiras do jornalismo são alguns dos temas a serem debatidos durante os quatro dias que dura a iniciativa. Ainda antes do evento, entre 15 e 17 de janeiro, tem lugar uma programação prévia dedicada, em exclusivo, aos 50 anos da Revolução de 25 de abril.

A pandemia justifica, em parte, o facto de não termos cumprido o que definimos no encontro de 2017, de realizarmos congressos nacionais de cinco em cinco anos. Não será, todavia, a única razão”, diz Pedro Coelho, presidente da Comissão Organizadora do 5º Congresso dos Jornalistas, citado em comunicado.

Entre a pressão do mercado e da tecnologia, a precariedade e os baixos salários, a pressão do efémero e do populismo, a comunicação inquinada das redes sociais… entre tudo isso e por causa disso, fomos assistindo, nestes últimos sete anos, à nossa própria irrelevância e ao, cada vez maior, deslaçamento da classe”, acrescenta.

A programação completa, regulamento e site oficial da iniciativa são lançados na próxima semana. O encontro já conta com uma página no Instagram e Facebook.

As comunicações podem ser apresentadas entre os dias 6 de novembro e 10 de dezembro, através do email [email protected].

Os preços dos bilhetes variam entre os 10 (estudantes), 20 (jornalistas), 80 (professores) e 100 euros (observadores). Os jornalistas e alunos de comunicação que se inscreverem até dia 17 de dezembro terão direito a um desconto de 50%. Os ingressos podem ser adquiridos aqui.

Pela segunda vez na história, o Congresso de Jornalistas é promovido por três instituições, a Casa da Imprensa, o Clube de Jornalistas e o Sindicato dos Jornalistas.

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Exército israelita anuncia libertação de militar mantida como refém em Gaza

  • Lusa
  • 30 Outubro 2023

"A soldado Ori Megidish foi libertada durante uma operação terrestre, depois de ter sido raptada pela organização terrorista Hamas a 7 de outubro", de acordo com o exército israelita.

O exército israelita anunciou esta segunda-feira ter libertado uma militar mantida como refém pelo movimento islamita Hamas na Faixa de Gaza, informaram, em comunicado, as autoridades israelitas.

“A soldado Ori Megidish foi libertada [domingo à noite] durante uma operação terrestre, depois de ter sido raptada pela organização terrorista Hamas a 7 de outubro”, afirmaram os Serviços de Segurança Interna e o exército israelita num comunicado conjunto.

Segundo a mais recente avaliação das autoridades israelitas, pelo menos 239 reféns raptados por comandos do Hamas durante o ataque em solo israelita em 7 de outubro estão detidos na Faixa de Gaza. O ataque, numa escala sem precedentes, desencadeou uma guerra que já deixou milhares de mortos dos dois lados.

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