Participada espanhola da Mota-Engil vende fábrica ao grupo Indra e avança com despedimento coletivo

Venda faz parte do plano de reestruturação da Duro Felguera, que vai despedir 249 pessoas e voltar a prorrogar o processo de proteção contra credores até final de setembro, para continuar a negociar.

A Duro Felguera, a participada espanhola da Mota-Engil que tem estado a trabalhar na sua reestruturação financeira, vendeu uma fábrica em Gijón (Astúrias) ao Grupo Indra por 3,65 milhões de euros. O acordo fechado com a multinacional prevê a integração dos 156 colaboradores, num momento em que a empresa se prepara para avançar com um despedimento coletivo que vai afetar 249 trabalhadores.

O negócio fechado com a Indra a 30 de julho vai permitir à multinacional reforçar a sua aposta no setor militar, através da reconversão da unidade para a produção de veículos militares e de combate, segundo informou a empresa em comunicado.

Para a Duro Felguera, esta venda trata-se do “primeiro passo” do plano de reestruturação da empresa, que continua a negociar com os seus credores. Apesar de o comunicado original não adiantar o valor do negócio, o El Economista avança que a fábrica foi vendida por 3,65 milhões de euros.

Para esta semana estão agendadas duas reuniões, na terça e quinta-feira, para negociar o plano de despedimento coletivo que vai afetar 249 trabalhadores, o que equivale a 17,8% dos 1.400 funcionários da empresa. O objetivo destas reuniões, escreve o jornal digital espanhol, é tentar reduzir o número de pessoas afetadas pela redução de pessoal.

A empresa asturiana tem estado em negociações para chegar a um acordo com as instituições financeiras e resolver a incerteza em torno de sua situação de falência. Em março acordou a prorrogação do processo de proteção contra credores que apresentara no final de dezembro. Isto para continuar a negociar com as entidades financeiras uma reestruturação do grupo, por não ter chegado a acordo com a Sociedade Estatal de Participações Industriais (SEPI).

A empresa, que já tinha prorrogado o processo de proteção contra credores até ao final de julho, vai voltar a pedir o prolongamento do processo até ao final de setembro. “O pedido de prorrogação extraordinária dos efeitos da comunicação de abertura de negociações até 30 de setembro, conta com o apoio da maioria das instituições financeiras afetadas pelo plano de reestruturação”, refere a empresa.

“O objetivo deste pedido de extensão é permitir a conclusão bem-sucedida do plano de reestruturação como forma de garantir a viabilidade da empresa e do seu grupo, cuja definição avançou significativamente”, afirmou Duro Felguera, citada pelo El Economista

Em cima da mesa de negociações têm estado a ser avançadas várias possibilidades. O plano de reestruturação da empresa poderia incluir um acordo com o Governo, através da SEPI, para converter em ações os 120 milhões de euros que lhe emprestou em plena pandemia, o que lhe daria a maioria do capital. Contudo, nada foi acordado ainda.

Segundo a mesma publicação, o grupo apresentou na terça-feira, 29 de julho, o seu plano de viabilidade nas negociações para a redução do quadro de funcionários, que oferecerá um horizonte de 10 anos.

A SEPI e as empresas mexicanas Prodi e a Mota-Engil México são os principais acionistas da empresa. A portuguesa Mota-Engil, através da sua participada mexicana, e o grupo mexicano Prodi completaram no final de 2023 a injeção de 90 milhões de euros na Duro Felguera, o primeiro passo para a entrada como novos acionistas da cotada espanhola que, em 2021, recebeu um apoio público temporário no valor de 120 milhões de euros.

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Apple trabalha em modelo de IA simplificado para diminuir dependência do ChatGPT

  • Lusa
  • 4 Agosto 2025

Objetivo passa por criar uma experiência de pesquisa semelhante ao ChatGPT, através de uma aplicação independente, projetada para potenciar as funções de pesquisa no assistente virtual Siri.

A Apple está a trabalhar num modelo simplificado de Inteligência Artificial (IA) que funciona como um “motor de respostas” capaz de procurar online e potenciar funções de pesquisa de várias ferramentas, de forma a diminuir dependência do ChatGPT.

No início do ano, a empresa anunciou o desenvolvimento de um modelo de IA simplificado que funciona como um “motor de respostas”, um sistema com capacidade de procurar online para responder às consultas feitas pelos utilizadores.

O objetivo passa por criar uma experiência de pesquisa semelhante ao ChatGPT, através de uma aplicação independente, projetada para potenciar as funções de pesquisa no assistente virtual Siri.

O motivo desta iniciativa baseia-se na incapacidade do assistente virtual para gerir as consultas mais exigentes dos utilizadores, uma vez que, em muitas ocasiões, transfere esses pedidos para o ChatGPT, integrado no modelo da Apple.

Neste sentido, a nova ferramenta pretende satisfazer os utilizadores com produtos desenvolvidos pela própria ‘gigante’ da tecnologia, em vez de recorrer a terceiros para obter resultados de pesquisa.

Além disso, o atual modelo Apple Intelligence não fornece serviços de pesquisa, estando focado em ferramentas que auxiliam o utilizador no dia-a-dia, como resumos de notificações, reescrita de texto e limpeza de fotos.

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Empresas arriscam pagar tributação autónoma em IRC com ajudas de custo com quilómetros

Compensação por despesa com quilómetros atribuída a trabalhador ou sócio-gerente é tributada em 5%, caso não seja faturada ao cliente final. Montantes acima do valor de referência também pagam IRS.

As empresas arriscam pagar 5% de tributação autónoma em IRC com ajudas de custo com quilómetros, caso não faturem os valores aos clientes finais, segundo uma informação vinculativa da Autoridade Tributária (AT) publicada esta segunda-feira no portal das Finanças.

Trabalhadores ou sócios gerentes que recebam compensações acima do valor de referência para a Função Pública também são tributados em IRS, determina ainda o Fisco.

O pedido de esclarecimento foi colocado por uma empresa que pretende pagar ajudas de custo para compensar “o sócio-gerente não remunerado e o sócio não gerente” pelas despesas com quilómetros por deslocações no própria viatura. O sujeito passivo de IRC questionou a AT sobre o enquadramento fiscal “do pagamento de quilómetros, pela deslocação em automóvel próprio, ao serviço da sociedade, a ambos os sócios da sociedade (um apenas sócio de capital e outro que exerce as funções de gerente)”, segundo a mesma informação vinculativa. E quer saber ainda “se estes valores, pagos aos sócios, devem constar na Declaração Mensal de Rendimentos”, isto é, se pagam IRS.

No que diz respeito à tributação autónoma em IRC, as compensações só não pagam 5% de imposto caso sejam faturadas ao cliente final. “São tributados autonomamente, à taxa de 5%, os encargos efetuados ou suportados, relativos à compensação pela deslocação em viatura própria do trabalhador/sócio-gerente ao serviço da entidade patronal, não faturados a clientes”, estabelece a AT.

“Assim, se estas forem faturadas ao cliente e se as mesmas se encontrarem expressamente evidenciados na fatura emitida, não há lugar a tributação autónoma. Não sendo faturadas a clientes, haverá lugar a tributação autónoma”, reforça.

Mas este enquadramento fiscal serve apenas para o caso do sócio-gerente, que é equiparado a trabalhador: “Os gerentes ou sócios-gerentes têm a natureza de trabalhadores por conta de outrem, como qualquer outro trabalhador”. Mesmo que não sejam assalariados. “O facto de o sócio gerente prescindir de auferir remuneração não é impeditivo de que o mesmo possa receber o valor dos quilómetros que efetue em deslocações ao serviço da entidade patronal (a sociedade onde exerce o cargo de gerente)”, esclarece a administração tributária.

Já no caso do sócio não gerente, a situação é diferente. “Quanto ao sócio de capital, que não exerce qualquer cargo de gerência e que não está ligado por qualquer vínculo de trabalho à empresa, as importâncias que lhe sejam abonadas pela deslocação em automóvel próprio não podem ser aceites fiscalmente, uma vez que estas não são consideradas como sendo efetuadas ao serviço da sociedade, devendo esse valor ser acrescido ao resultado líquido do período”, de acordo com a AT.

Além disso, o Fisco indica que se os valores pagos ao sócio-gerente ou trabalhador ultrapassarem os montantes de referência para a Função Pública, isto é, que se encontram isentos, também são tributados em IRS. E, neste caso, devem ser incluídos na Declaração Mensal de Rendimentos (DMR).

“Pese embora as empresas tenham liberdade para estabelecer os montantes a atribuir aos trabalhadores como compensação pela utilização de automóvel próprio ao serviço da entidade patronal, a parte em que as mesmas excedam os limites legais ou quando não se observem os pressupostos da sua atribuição aos servidores do Estado, são considerados como rendimento de trabalho dependente. […] E, por conseguinte, devem constar na Declaração Mensal de Remunerações (DMR)”, determina o Fisco.

Para 2025, o valor de referência para as ajudas de custo é de 0,40 euros por quilómetro, no caso de deslocação em automóvel próprio. Isto significa que se o trabalhador ou sócio-gerente receber uma compensação superior terá de pagar IRS sobre o montante excedente.

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Intérpretes e tradutores são as profissões mais afetadas pela IA, diz estudo da Microsoft

  • Lusa
  • 4 Agosto 2025

Entre outras profissões altamente expostas à IA estão os escritores e autores, representantes de atendimento ao cliente, jornalistas e repórteres, editores, analistas de dados e programadores.

As profissões que mais dependem da recolha e transmissão de informação, como intérpretes e tradutores, estão entre as mais suscetíveis ao impacto da Inteligência Artificial (IA), concluiu um estudo do centro de investigação da Microsoft.

De acordo com o estudo, as atividades mais frequentemente realizadas pela IA incluem obter e transmitir informação, escrever, explicar conteúdos e aconselhar, pelo que quando estas tarefas fazem parte da base de uma profissão, esta tende a apresentar uma maior “pontuação de aplicabilidade de IA”.

Neste sentido, os intérpretes e tradutores são a profissão mais impactada pela tecnologia, com 98% das suas atividades de trabalho a sobrepor-se a tarefas realizadas frequentemente por ferramentas de IA, referem.

Entre outras profissões altamente expostas à IA estão os escritores e autores, representantes de atendimento ao cliente, jornalistas e repórteres, editores, analistas de dados, programadores, especialistas em relações públicas ou matemáticos.

O estudo refere que todas estas profissões partilham um traço em comum, pois são atividades de “trabalho do conhecimento”, que se baseiam sobretudo na manipulação de informação e comunicação, áreas onde a IA tem demonstrado ter bons resultados.

Contudo, o documento sublinha que a maior parte das tarefas realizadas pelas ferramentas de IA ainda atua num papel de apoio, e não de substituição direta.

Em 40% das conversas analisadas, as ações de IA foram diferentes dos objetivos de trabalho, demonstrado que a tecnologia muitas vezes complementa o trabalho humano, em vez de o replicar diretamente.

Numa perspetiva futura, o estudo refere que profissões com maior grau de instrução são ligeiramente mais afetadas, embora o impacto da IA seja transversal a todas as áreas.

No entanto, as profissões que exigem trabalho manual e intervenção física direta são as que registam menor índice de aplicabilidade de IA, como as tarefas ligadas à construção, saúde ou agricultura.

Os investigadores alertam que ainda não é possível concluir se a tecnologia irá substituir determinados empregos, até porque a adoção de IA nas empresas depende de diversos fatores, como a competência para lidar com estes modelos.

A realização do estudo “Trabalhando com IA: Medir as implicações ocupacionais da IA generativa” teve como base a análise de 200 mil conversas anónimas com o ‘chatbot’ de IA Copilot (assistente virtual que usa inteligência artificial e programação para comunicar por texto com utilizadores).

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Vendas da Tesla voltam a afundar quase 50%. Portugal matriculou 10.733 veículos eletrificados em julho

Marca de Elon Musk não consegue acompanhar subida de 28% no mercado dos novos automóveis ligeiros de passageiros elétricos, plug-in e híbridos elétricos durante o mês de julho. Confira os dados.

No mês de julho foram matriculados 10.733 automóveis ligeiros de passageiros novos elétricos, plug-in e híbridos elétricos em Portugal, o que representa um crescimento de 28,1% em comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com dados divulgados pela Associação Automóvel de Portugal (ACAP).

No acumulado do ano, as matrículas de veículos ligeiros de passageiros deste tipo totalizaram 81.516 unidades, o que se traduziu numa variação positiva de 35,5% relativamente a período homólogo de 2024.

Fonte: Associação Automóvel de Portugal

Por categorias, os veículos elétricos (BEV) registaram um crescimento de 9,5% no sétimo mês do ano, com 3.632 ligeiros de passageiros novos matriculados. Nos sete meses, verificou-se um aumento de 27,2% em comparação com o mesmo período do ano anterior, ao serem matriculados 28.649 unidades de novos veículos ligeiros de passageiros elétricos.

Apesar deste crescimento a nível global, as vendas da Tesla continuam a afundar em Portugal. Em julho foram matriculados 284 ligeiros de passageiros elétricos, o que representa um quebra de 48,5% em relação ao período homólogo. No sétimo mês do ano, a empresa liderada por Elon Musk teve apenas 7,82% de quota de mercado, contra os 16,61% que tinha em julho do ano passado.

Por outro lado, a chinesa BYD matriculou 394 veículos ligeiros de passageiros elétricos no sétimo mês do ano, o que se traduz num crescimento de 38,2% em comparação com julho do ano passado. O grupo que cortou a produção na China está a ganhar terreno com uma quota de mercado de 10,85% em julho face aos 8,59% de julho de 2024.

Logo a seguir surge a BMW com 377 veículos de ligeiros matriculados em julho, o que representa um crescimento de 10,9% e uma quota de mercado de 10,38%, muito semelhante a do ano anterior (10,25%). A Peugeot fecha o top três com 306 matriculados, mas com uma quebra de 35,7% em relação ao mês homólogo e a perder quota de mercado, com 8,43% contra os 14,35% alcançados o ano passado.

O mercado de elétricos, plug-in e híbridos elétricos de ligeiros de mercadorias registou, no sétimo mês do ano de 2025, uma evolução positiva de 141,4% face ao mês homólogo do ano de 2024, situando-se em 268 unidades matriculadas. Em termos acumulados, este mercado atingiu 1.832 unidades, o que representou um crescimento de 27,2% face ao ano de 2024.

Fonte: Associação Automóvel de Portugal

Em julho verificou-se um crescimento de 129,7% nas matrículas de veículos ligeiros de mercadorias novos elétricos em comparação com o mesmo mês do ano anterior. De janeiro a julho deste ano registou-se um crescimento de 25,6% face ao mesmo período do ano anterior.

Quanto ao mercado de veículos pesados, o qual engloba os tipos de passageiros e de mercadorias, no mês de julho matricularam-se 44 veículos pesados eletrificados novos, o que representou um crescimento de 340%. Em termos acumulados, nos sete meses de 2025, verificou-se uma evolução positiva de 72,1% face ao mesmo período do ano de 2024, tendo sido matriculados 105 veículos.

No início deste mês, o Governo anunciou que vêm aí novas regras para o carregamento de veículos elétricos. Desde a obrigatoriedade de disponibilizar terminais multibanco até à afixação de preços nas autoestradas, o novo regime pretende “simplificar” o processo de carregamento elétrico.

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Sindicatos acusam Governo de “grave retrocesso” nos direitos dos pais. Conheça as propostas

Executivo propôs uma série de mudanças à lei do trabalho, nomeadamente no que diz respeito à dispensa para amamentação. Sindicatos alertam para retrocesso nos direitos.

Entre as dezenas de mudanças à lei do trabalho que o Governo propôs aos parceiros sociais, estão várias alterações aos direitos dos trabalhadores que são pais, nomeadamente a limitação da dispensa para a amamentação. A CGTP e a UGT criticam estas medidas, considerando que está em causa um “grave retrocesso”.

“Face às propostas de alteração da legislação laboral na área da parentalidade, a comissão de mulheres da UGT vem manifestar a sua profunda preocupação e firme oposição, por considerá-las um claro retrocesso nos direitos das mulheres e famílias trabalhadores“, sublinha a central sindical liderada por Mário Mourão, numa nota enviada esta segunda-feira às redações.

No mesmo sentido, a CGTP argumenta que as propostas do Governo nesta área refletem “uma enorme insensibilidade social” e “constituem um grave retrocesso nos atuais direitos das crianças, das mães e dos trabalhadores“.

Mas, afinal, que propostas estão em causa?

A primeira das mudanças propostas que mereceu destaque é relativa às faltas por luto gestacional. O Governo quer eliminar este artigo da lei, mas o Ministério do Trabalho já veio assegurar que estes pais continuarão protegidos porque “a licença por interrupção da gravidez aplica-se a todos os casos de perda gestacional”.

Apesar deste argumento da tutela, a UGT atira que está em causa uma “perda inaceitável de dignidade, proteção e reconhecimento sofrido em situações de perda gestacional“. E a CGTP assinala que, desta forma, não se está “a reconhecer o impacto devastador desta perda”.

Por outro lado, o Governo pretende limitar a dispensa para amamentação ou aleitação. Atualmente, a lei indica que a dispensa deve estar disponível durante o tempo que durar a amamentação. Mas a proposta do Governo restringe a duração, estabelecendo que só estão abrangidas mães com crianças até dois anos.

Este fim de semana, em entrevista ao Diário de Notícias e à TSF, a ministra do Trabalho, Maria do Rosário Palma Ramalho, atirou mesmo, sobre este ponto: “acho difícil de conceber que, depois dos dois anos, uma criança tenha que ser alimentada ao peito durante o horário de trabalho. Isso quer dizer que se calhar não come mais nada, o que é estranho. Ela deve comer sopa, deve comer outras coisas. O exercício adequado de um direito não deve confundir-se com o exercício abusivo desse mesmo direito“.

Em reação, a UGT salienta que esta alteração “ignora recomendações internacionais e enfraquece o direito ao cuidado numa fase particularmente sensível da vida familiar“.

E também a CGTP realça que o Ministério do Trabalho está a “ignorar por completo as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS) que defendem que a amamentação pode ir para além dos dois anos“. “Os direitos que temos são para manter, alargar e avançar e não para recuar“, apela a central sindical liderada por Tiago Oliveira.

Na mesma linha, a UGT frisa não aceitar “qualquer tentativa de desvalorização dos direitos conquistados”. “Continuaremos a lutar contra todas as medidas que, sob justificações infundadas, visem subtrair direitos essenciais às mulheres, às mães e às famílias“, afirma a central sindical liderada por Mário Mourão.

Além destas propostas relativas à parentalidade, o anteprojeto apresentado pelo Governo na Concertação Social alarga os limites da contratação a prazo, faz regressar o banco de horas individual, elimina o travão ao outsourcing após despedimentos e densifica as regras do teletrabalho.

Sem maioria absoluta no Parlamento, o Governo terá de encontrar na oposição apoio para que estas mudanças sejam viabilizadas. O PS já deixou duras críticas, pelo que a aprovação da revisão da lei do trabalho deverá ficar nas mãos do Chega.

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Managed Services em RH: Eficiência, Escala e Valor Estratégico

  • Conteúdo Patrocinado
  • 4 Agosto 2025

Patrícia Vicente, Manager EY, People Consulting, explica o papel dos Managed Services em RH no aumento da eficiência operacional.

Num contexto empresarial marcado pela aceleração digital, escassez de talento e necessidade constante de inovação, a gestão de Recursos Humanos enfrenta uma pressão crescente para equilibrar e aumentar a eficiência operacional. Em Portugal, esta realidade tem levado muitas organizações a repensar os seus modelos operacionais — e os Managed Services em RH surgem como uma resposta estratégica para impulsionar eficiência, agilidade e foco no core business.

Patrícia Vicente, Manager EY, People Consulting

Mais foco, mais valor: equipas de RH orientadas para a estratégia

Os Managed Services representam uma evolução do modelo tradicional de outsourcing. Em vez de uma externalização pontual de tarefas, tratam-se de uma parceria contínua e estratégica, em que um fornecedor especializado assume a responsabilidade por processos críticos de RH como recrutamento, onboarding, payroll, gestão de benefícios ou people analytics. Este modelo responde a uma necessidade real: segundo a Gartner, apenas 24% dos líderes de RH acreditam estar a extrair o valor máximo da tecnologia atualmente disponível, e apenas 35% confiam que as suas soluções tecnológicas apoiam efetivamente os objetivos estratégicos da organização. Ao integrar tecnologia, automação e know-how especializado, os Managed Services permitem colmatar estas lacunas, oferecendo ganhos mensuráveis em eficiência, conformidade e experiência do colaborador.

Este modelo permite às organizações libertar recursos internos, reduzir custos fixos e acelerar a transformação digital dos RH, sem comprometer a qualidade, o compliance ou a experiência dos colaboradores.

Ao confiar a operação a um parceiro de Managed Services, as equipas internas de RH ganham espaço para se dedicarem a iniciativas de maior valor acrescentado, como:

  • Estratégia de talento e employer branding
  • Cultura organizacional e liderança
  • Diversidade, equidade e inclusão
  • Planeamento de força de trabalho e transformação organizacional

Ao mesmo tempo, os Managed Service Providers trazem consigo tecnologia de última geração, metodologias ágeis e conhecimento especializado, que seriam difíceis — e muitas vezes dispendiosos — de desenvolver internamente com a mesma rapidez, escalabilidade e nível de maturidade. Esta combinação permite às organizações acelerar a transformação dos RH, ganhar flexibilidade operacional e responder com mais agilidade às exigências do negócio e do talento.

Tal como qualquer mudança estrutural, a adoção de Managed Services requer uma gestão cuidadosa. Entre os principais riscos estão a perda de controlo sobre processos-chave, o desalinhamento com a cultura organizacional ou a dependência excessiva de um parceiro externo.

Estes riscos devem ser abordados com modelos de governança robustos, indicadores de desempenho (KPIs) claros e uma comunicação transparente e contínua entre as partes.

Benefícios tangíveis e mensuráveis para as organizações

A implementação de Managed Services em RH gera resultados concretos, entre os quais se destacam:

  • Eficiência operacional: Redução de custos administrativos e aumento da produtividade através de automação e processos otimizados.
  • Foco estratégico: Libertação de tempo e recursos para a agenda de transformação dos RH.
  • Agilidade e escalabilidade: Capacidade de adaptação a picos de atividade, sazonalidade ou expansão internacional.
  • Compliance e qualidade: Acesso a processos auditáveis e em conformidade legal e regulamentar.
  • Melhoria da experiência do colaborador: Processos mais ágeis, consistentes e centrados no colaborador, desde o recrutamento à progressão na carreira.

O papel da EY na transformação dos RH

Na EY, ajudamos as organizações a repensar a sua função de Recursos Humanos através da implementação de modelos modulares e escaláveis de Managed Services. Combinamos tecnologia de última geração, especialistas multidisciplinares e experiência setorial para criar soluções que alinham eficiência operacional com a geração de valor humano e organizacional.

O nosso objetivo é transformar os RH numa função mais estratégica, digital e centrada nas pessoas, preparada para responder aos desafios atuais e futuros do mundo do trabalho.

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Edifício da Impala, dona da revista Maria, está a ser leiloado online por mais de 9 milhões de euros

  • + M
  • 4 Agosto 2025

Sede da dona das publicações Nova Gente, TV7 Dias e Maria, que acumula milhões de dívidas, encontra-se em leilão até 30 de setembro. O valor base para as licitações é superior a nove milhões de euros.

A sede do grupo Impala, dono das publicações Nova Gente, TV7 Dias e Maria, foi colocada em leilão eletrónico pela massa falida da Impalagest, com o valor base fixado em 9,25 milhões de euros e o mínimo em 7.862.500 euros.

A Impala tem vindo a acumular vários Processos Especiais de Revitalização (PER) e de insolvência, bem como dívidas de dezenas milhões de euros a centenas de credores, incluindo ao Estado português, o que levou à colocação do seu icónico edifício em leilão. O leilão decorre até 30 de setembro.

Situado em Ranholas (Sintra), o edifício é composto por cave, rés-do-chão e três pisos superiores, totalizando uma área construída de 14.958,00 m², segundo a entidade leiloeira, que aponta que o ativo “inclui ainda uma parcela de terreno, ainda sem intervenção urbanística, com potencial para futuras expansões ou outro aproveitamento estratégico”.

A venda inclui o equipamento e mobiliário que está no interior, entre mobiliário de escritório, equipamento informático, eletrodomésticos e ainda “diverso material técnico e administrativo”.

Jacques Rodrigues, dono do grupo e que era conhecido como “barão da imprensa cor-de-rosa” chegou a ser detido em março de 2023 pela Polícia Judiciária, que realizou buscas na sede, por suspeita de crimes de corrupção, fraude e insolvência dolosa. Jacques Rodrigues foi libertado quatro dias depois com uma caução de 500 mil euros.

No verão do ano passado, a Polícia Judiciária (PJ) realizou novas buscas no grupo Impala, que surgiram da necessidade de documentação adicional, para dar seguimento à investigação. Na génese das buscas encontrava-se uma investigação criminal “cujo objeto visa um plano criminoso traçado para, entre o mais, ocultar a dissipação de património, através da adulteração de elementos contabilísticos de diversas empresas, em claro prejuízo de diversos credores, v.g., os trabalhadores, fornecedores e o Estado, estando reconhecidos créditos num valor total de cerca de 100 milhões de euros“, segundo revelou então a PJ.

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Tarifas de Trump ‘mexem nos ponteiros’ dos relógios de luxo suíços

  • Joana Abrantes Gomes
  • 4 Agosto 2025

Exportações de relógios podem atingir os níveis mais baixos desde a pandemia com a tarifa de 39% imposta pelos EUA às importações da Suíça. Governo helvético reúne de urgência para discutir resposta.

As ações de relojoeiros de luxo da Suíça mostraram-se voláteis no início das negociações desta segunda-feira, refletindo o impacto da tarifa de 39% aplicada pelo Presidente dos EUA, Donald Trump, sobre as importações do país.

O setor, que exportou relógios no valor de 26 mil milhões de francos suíços (cerca de 27,8 mil milhões de euros) no ano passado, já estava sob pressão devido ao franco mais forte e à queda na procura global. Agora, as exportações de relógios arriscam-se a atingir os níveis mais baixos desde a pandemia da Covid (2020).

O impacto das tarifas dos EUA, se [estas] permanecerem em 39%, pode ser devastador para inúmeras marcas na Suíça“, disse Jean-Philippe Bertschy, analista da Vontobel, citado pela Reuters.

As ações da Richemont e da Swatch desvalorizam quase 2% às 11h16 (hora de Lisboa), reduzindo as perdas após uma queda na sessão anterior de 3,4% e 5%, respetivamente. Esta segunda-feira foi o primeiro dia de negociação após o anúncio das tarifas dos EUA, já que os mercados estiveram fechados na sexta-feira devido ao feriado do Dia Nacional da Suíça.

Bertschy associa este desempenho à esperança de que a Suíça consiga alcançar um acordo melhor com Washington até à entrada em vigor das tarifas, adiada para 7 de agosto.

“As tarifas podem mudar a qualquer momento devido à imprevisibilidade da Administração Trump”, disse Georges Mari, coproprietário da empresa de investimentos Rossier, Mari & Associates, com sede em Zurique, que detém ações da Swatch, acrescentando que é “impossível fazer uma previsão séria”.

Os Estados Unidos são o principal mercado externo para o setor dos relógios da Suíça, representando 16,8% das exportações, no valor de cerca de 4,4 mil milhões de francos (4,7 mil milhões de euros), de acordo com a Federação da Indústria Relojoeira do país.

Embora a Richemont tenha gerado 32% das suas vendas anuais em 2025 na categoria de relógios, a sua exposição ao mercado dos EUA deve ser um pouco inferior a 10% das vendas totais, afirmaram analistas da Jefferies.

Já a Swatch gerou 18% das suas vendas em 2024 nos Estados Unidos, com o seu CEO a afirmar que a empresa aumentou os preços em 5% após o primeiro anúncio de tarifas em abril.

Nesse sentido, o presidente executivo do Swatch Group, Nick Hayek, pediu à Presidente suíça, Karin Keller-Sutter que se reunisse com Donald Trump para negociar um acordo melhor. “Karin Keller-Sutter é a Chefe do Governo suíço, é a Presidente. Ela deveria meter-se no avião e ir para Washington. Isso aumentaria enormemente as chances de um acordo”, afirmou Hayek.

O gestor disse estar confiante de que ainda é possível chegar a um acordo antes que as tarifas, anunciadas na sexta-feira, entrem em vigor na quinta-feira. “Não é o fim do mundo. É claro que um acordo pode ser alcançado. Por que Donald Trump diria que as tarifas entrarão em vigor em 1 de agosto e não as implementaria até ao dia 7? A porta está sempre aberta”, apontou.

Entretanto, o Governo suíço anunciou a realização de uma reunião extraordinária esta segunda-feira para discutir a sua resposta à taxa de 39% imposta pelos EUA às importações suíças. A nação helvética teve um superavit comercial de 38,5 mil milhões de francos (cerca de 41,2 mil milhões de euros) com os Estados Unidos em 2024.

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Paula Nascimento e David Azevedo Lopes entram na administração do Grupo Nabeiro

Dois novos administradores não executivos reforçam “compromisso” do grupo com “um crescimento e uma gestão cada vez mais profissional, inovadora e diversificada”.

Para “reforçar o forte compromisso com a excelência na gestão”, o Grupo Nabeiro-Delta Cafés anunciou esta segunda-feira a integração de Paula Nascimento e de David Azevedo Lopes no conselho de administração, ficando ambos como administradores não executivos.

“Com uma vasta experiência e um percurso consolidado, Paula Nascimento e David Azevedo Lopes apresentam uma visão estratégica que contribuirá para o crescimento sustentável do Grupo Nabeiro, alinhado com os valores de inovação, internacionalização, diversificação e com um forte compromisso com a qualidade, promovendo a criação de valor a longo prazo”, destaca o grupo.

Os dois novos administradores não executivos juntam-se assim a Helena Nabeiro, Marcos Nabeiro Tenório e António Cachola e aos Administradores executivos Rui Miguel Nabeiro, Rita Nabeiro e Ivan Nabeiro. A presidência do conselho de administração é ocupada por João Manuel Nabeiro.

“A integração de Paula Nascimento e de David Azevedo Lopes reforçam o nosso compromisso com um crescimento e uma gestão cada vez mais profissional, inovadora e diversificada. A vasta experiência de ambos será fundamental para enfrentarmos os desafios futuros e continuarmos a fortalecer o nosso caminho rumo ao top 10 mundial de café”, aponta o chairman, citado em comunicado.

Paula Nascimento é sócia e administradora-delegada das águas do Alardo, e também Administradora da Waterbunkers desde 2007.

David Azevedo Lopes foi diretor da Biedronka (Polónia) e diretor-geral do Recheio em Portugal, passou pela multinacional americana Daymon e, mais recentemente, assumiu a presidência da AEON TOPVALU, no Japão. Foi administrador da Santa Casa e é atualmente administrador do grupo editorial LeYa.

Com sede em Campo Maior e mais de 3.800 colaboradores, a Delta Cafés está presente em 40 países espalhados pelos cinco continentes e está estabelecida em Espanha, França, Luxemburgo, Angola (Angonabeiro), Brasil e China. Noutros países, o modelo de negócio baseia-se em parcerias com distribuidores locais.

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Meta implementa restrições no Instagram e limita transmissões em direto

  • Lusa
  • 4 Agosto 2025

Com esta alteração, apenas contas públicas com mil seguidores ou mais poderão criar vídeos em direto.

A rede social Instagram alterou os requisitos que permitem os utilizadores realizar transmissões ao vivo, sendo agora necessário ter uma conta com um mínimo de mil seguidores, avança esta segunda-feira a agência noticiosa Europa Press.

Até então, as transmissões ao vivo no Instagram estavam ao alcance de qualquer utilizador da plataforma, mas a Meta (empresa que detém o Instagram) decidiu limitar a sua utilização com novos requisitos que penalizam os criadores de conteúdos mais pequenos que procuram alcançar um público mais vasto.

Agora, o Instagram irá exigir que os utilizadores tenham uma conta pública com, pelo menos, mil seguidores para poderem fazer uma transmissão em direto, refere a agência de notícias.

Em caso de incumprimento dos novos requisitos, os utilizadores serão notificados ao tentarem iniciar um vídeo em direto, com a mensagem “mudámos os requisitos para usar esta funcionalidade. Apenas contas públicas com mil seguidores ou mais poderão criar vídeos em direto”, lê-se na referida notificação.

Esta mudança é justificada como uma forma de melhorar a experiência geral do consumidor e acontece depois do TikTok também ter implementado a mesma alteração para criação de conteúdo em direto.

Já no YouTube os utilizadores que desejam fazer uma transmissão ao vivo precisam de ter apenas 50 subscritores.

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Euribor mantém-se a três meses e sobe a seis e a 12 meses

  • Lusa
  • 4 Agosto 2025

Com as alterações desta segunda-feira, a taxa a três meses, que voltou a ser fixada em 1,994%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,077%) e a 12 meses (2,156%).

A taxa Euribor manteve-se esta segunda-feira a três meses e subiu a seis e a 12 meses face a sexta-feira. Com estas alterações, a taxa a três meses, que voltou a ser fixada em 1,994%, manteve-se abaixo das taxas a seis (2,077%) e a 12 meses (2,156%).

  • A taxa Euribor a seis meses, que passou em janeiro de 2024 a ser a mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação com taxa variável, avançou esta segunda-feira, ao ser fixada em 2,077%, mais 0,007 pontos do que na sexta-feira. Dados do Banco de Portugal (BdP) referentes a junho indicam que a Euribor a seis meses representava 37,74% do stock de empréstimos para a habitação própria permanente com taxa variável.

Os mesmos dados indicam que as Euribor a 12 e a três meses representavam 32,28% e 25,58%, respetivamente.

  • No prazo de 12 meses, a taxa Euribor avançou, ao ser fixada em 2,156%, mais 0,009 pontos.
  • A Euribor a três meses manteve-se esta segunda-feira, em 1,994%, o mesmo valor da sessão anterior.

Na última reunião de política monetária, em 24 de julho, o Banco Central Europeu (BCE) manteve as taxas diretoras, como antecipado pelos mercados e depois de oito reduções das mesmas desde que a entidade iniciou este ciclo de cortes em junho de 2024.

Enquanto alguns analistas antecipam a manutenção das taxas diretoras pelo menos até ao final deste ano, outros preveem um novo corte, de 25 pontos base, em setembro.

A próxima reunião de política monetária do BCE realiza-se em 10 e 11 de setembro em Frankfurt.

Em julho, as médias mensais da Euribor inverteram a tendência dos últimos meses e subiram ligeiramente nos dois prazos mais curtos, mas de forma mais acentuada a seis meses.

A média da Euribor em julho subiu 0,002 pontos para 1,986% a três meses e 0,005 pontos para 2,055% a seis meses.

Já a 12 meses, depois de se ter mantido em junho, a média da Euribor desceu ligeiramente em julho, designadamente 0,002 pontos para 2,079%.

As Euribor são fixadas pela média das taxas às quais um conjunto de 19 bancos da zona euro está disposto a emprestar dinheiro entre si no mercado interbancário.

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