Walk Talks. Coragem não é sobre não ter medo, é sobre enfrentar o medo

  • Trabalho
  • 5 Maio 2023

Uma conversa, enquanto se caminha, que se repete aqui todas as semanas. Bem-vindos à Walk Talks.

“Coragem não é não ter tempo medo. É, tendo medo, enfrentar esse medo”, começa por dizer Nuno Santos Fernandes. E é precisamente quando enfrentamos os nossos limites que mais descobrimos sobre nós próprios.

No episódio desta semana das Walk Talks, Nuno Santos Fernandes e João Perre Viana, os partner e mentores da Walking Mentorship, falam-nos sobre coragem, e deixam ainda uma sugestão para os mais curiosos: a série “Band of Brother“.

http://videos.sapo.pt/Qdz9AaCSZn1UsCZqZ3uE

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Tripulantes exigem afastamento de diretor-geral da easyJet das negociações laborais

  • Lusa
  • 5 Maio 2023

O sindicato disse que José Lopes, "despudoradamente, imputou ao sindicato a intenção de encerramento da Base de Faro quando, na véspera" tinha afastado esse cenário.

O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) exigiu esta sexta-feira o afastamento do diretor-geral da easyJet em Portugal, José Lopes, das negociações com os trabalhadores, criticando declarações do responsável no parlamento, segundo um comunicado. “Além da lamentável intervenção do diretor-geral” no parlamento fomos “surpreendidos pela notícia de que o mesmo, na Base de Faro, quebrou uma vez mais a confidencialidade inerente às negociações e revelou a última proposta da easyJet aos tripulantes”, lamentou a estrutura sindical.

“Mais grave ainda, apresentou propostas de algumas situações laborais, das quais nem sequer deu conhecimento ao sindicato – o seu interlocutor direto”, disse o SNPVAC, acusando o diretor-geral de adotar “práticas avessas à intervenção sindical, tão características de outras empresas do setor”. O sindicato disse ainda que o responsável, “despudoradamente, imputou ao sindicato a intenção de encerramento da Base de Faro quando, na véspera” questionados pela estrutura, disse o SNPVAC, “afirmaram perentoriamente que essa questão não estava a ser equacionada”.

“Entendemos que num processo em que há diferendo entre as partes, atitudes como estas não conduzirão, por certo, a bom porto, nem contribuem para soluções consensuais”, referiram, destacando que “provocar indignação e descontentamento aos tripulantes, não é, nunca foi, e jamais será o caminho certo para a paz social”.

Exigiremos à empresa a necessidade de cessar, de imediato, este tipo de atuação, salvo se o seu intento for o de agudizar e extremar o diferendo em curso”, salientaram, destacando que “será condição imperativa o afastamento do diretor-geral, do processo de negociação”. O diretor-geral da Easyjet assumiu na quarta-feira que a empresa está empenhada em “melhorar as condições” dos seus trabalhadores em Portugal, mas pediu “bom senso” para garantir a sustentabilidade da operação.

“Estamos empenhados em melhorar as condições de todos os nossos colaboradores em Portugal, mas temos de continuar a usar o bom senso para que este projeto possa continuar e compreendemos que existe quem não queira que isto aconteça, quem exige que não continue e que não cresça”, disse José Lopes na Comissão de Trabalho, Segurança Social e Inclusão.

De acordo com o country manager da Easyjet para Portugal, a empresa afasta o que disse terem sido as propostas apresentadas pelos sindicatos, com aumentos iguais ou superiores a 60%. Na mesma comissão, numa audição realizada mais cedo, o SNPVAC assinalou que os trabalhadores da Easyjet em Portugal recebem cerca de menos 60%, em média, que os restantes trabalhadores da empresa na Europa.

Ana Dias, diretora do sindicato, registou que o SNPVAC não pretende aumentos que igualem esses valores, mas pede “um aumento que, pelo menos, acompanhe o crescimento da Easyjet aqui em Portugal”. Perante estas declarações, José Lopes disse que a empresa já apresentou “quatro propostas diferentes”, contra duas do sindicato, e que uma delas consagra oscilações em várias modalidades entre os 18% e os 40%.

“Continuam nestes valores que são completamente irrealistas e que põem em causa o futuro da nossa empresa em Portugal”, detalhou o country manager da Easyjet, que remeteu para as declarações do sindicato na audição anterior. “Ainda há pouco, na audição anterior, ouvi dizer que o SNPVAC não quer aumentos de 60%, quer aumentos relacionados com o aumento do custo de vida, então assinamos já o contrato”, garantiu José Lopes.

De acordo com o gestor, do lado da Easyjet “essa abertura existe”, e remeteu para o Acordo de Empresa, que tem “uma proposta de mais 8% no primeiro ano e na ordem dos 20% a três anos, bem acima daquilo que é a inflação”.

Nós queremos continuar a melhorar as condições das pessoas que trabalham connosco, se não o fizéssemos não conseguíamos crescer mais do dobro desde a pandemia para cá”, garantiu o responsável da empresa. Uma destas propostas contempla, segundo o responsável, aumentos entre os 18% e os 30% no caso dos contratos a tempo completo e entre os 29% e os 40% nos casos dos contratos a tempo parcial, a três anos.

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Sindicato do SEF anuncia greve para maio e junho nos aeroportos

  • Lusa
  • 5 Maio 2023

A paralisação no aeroporto de Lisboa vai decorrer entre as 05:00 e as 10:00 de 20 a 22 de maio, de 27 a 29 de maio, de 3 a 5 de junho, de 10 a 12 de junho, de 17 a 19 de junho e de 24 a 26 de junho.

O Sindicato dos Inspetores de Investigação, Fiscalização e Fronteiras (SIIFF) anunciou esta sexta-feira a realização de vários períodos de greve a partir de 20 de maio para os aeroportos de Lisboa, Porto, Faro e Madeira. Em causa está a incerteza quanto ao futuro dos inspetores do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) depois de o Governo ter aprovado, a 6 de abril, o decreto-lei que estabelece o regime de transição dos trabalhadores do SEF na sequência do processo de reestruturação.

O SIIFF entregou dois pré-avisos de greve que vão decorrer nos meses de maio e junho, sendo um deles para o aeroporto de Lisboa e o outro para os aeroportos de Faro, do Porto e da Madeira, bem como para os restantes postos de fronteira.

Segundo os pré-avisos, entregues no dia em que o Ministério da Administração Interna anunciou o plano destinado a reforçar a capacidade operacional dos aeroportos portugueses durante o período de verão devido ao aumento de passageiros, a paralisação no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, vai decorrer entre as 05:00 e as 10:00 de 20 a 22 de maio, de 27 a 29 de maio, de 3 a 5 de junho, de 10 a 12 de junho, de 17 a 19 de junho e de 24 a 26 de junho.

Nos restantes aeroportos e postos de fronteira, nomeadamente marítimas, a greve vai decorrer nos dias 22 e 29 de maio e 5, 12, 19 e 26 de junho. No pré-aviso de greve, o SIIFF recorda que a aprovação do decreto-lei decorreu de uma negociação coletiva entre o Governo e as estruturas representativas dos trabalhadores com o objetivo de discutir a transição da extinta carreira de investigação e fiscalização do SEF para a carreira de investigação criminal da Polícia Judiciária.

Da negociação mencionada, não resultou qualquer compromisso entre as partes que reflita os assuntos discutidos e decisões assumidas pelo Governo. Certo é que até à presente data, é desconhecido o teor do decreto-lei aprovado, assim como qualquer calendário que nos permita aferir das datas de concretização/operacionalização de todo este processo”, critica o sindicato.

A estrutura sindical considera que, “passados mais de três anos desde que o Governo deu a conhecer a sua intenção de extinguir o SEF, é inaceitável que os trabalhadores da CIF/SEF continuem a ser confrontados com este clima de incerteza e remetidos a um alheamento total quanto ao seu futuro”.

Perante “esta indefinição”, e até que o Governo se digne a dar conhecimento do decreto-lei aprovado em Conselho de Ministros e apresente, “com o necessário grau de certeza, a calendarização da operacionalização do processo de transição dos trabalhadores da CIF/SEF”, o sindicato diz não restar “outra alternativa senão a de demonstrar profunda indignação, através do recurso a todos os meios legalmente previstos”, nomeadamente a greve.

Além do SIIFF, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras tem ainda um outro sindicato de inspetores e uma estrutura sindical que representa os trabalhadores não policiais.

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Chineses já faturam 31 milhões com bois do Alentejo que eram do Novobanco

Quase falida há uma década, a Monte do Pasto foi comprada em 2019 pela CESL Asia ao Novobanco e assume-se como a maior criadora portuguesa de bovinos. Fatura 31 milhões e exporta 95% da produção.

Instalada na região do Baixo Alentejo, a Monte do Pasto soma trinta mil cabeças de gado distribuídas por 11 herdades nos concelhos de Cuba e Alvito, 85 parques de recria de novilhos e ainda quatro parques de ovinos, numa área total de 4.200 hectares. Com 40 anos no mercado e perto de 65 trabalhadores, reclama o estatuto de maior criador português de bovino, com um volume de negócios anual na ordem dos 31 milhões de euros.

A empresa foi fundada em 1981, mas atravessou algumas dificuldades ao longo do percurso. Foi, inclusive, “completamente reestruturada” em 2014, ano em que Clara Moura Guedes, licenciada em Gestão, assumiu a liderança da empresa. Um ano depois iniciava um novo ciclo de expansão e crescimento, ao aumentar os parques de recria, o investimento tecnológico e a aposta na exportação.

Em entrevista ao ECO, a presidente executiva recorda que no ano em que iniciou funções, apesar de os acionistas, compostos por um conjunto de fundos, acreditarem no potencial da empresa, a Sapju, como se chamava na altura, estava “praticamente parada e numa situação financeira muitíssimo complicada”. Em 2019, através das subsidiárias Focus Platform e Focus Agriculture, o grupo CESLAsia, com sede em Macau, adquiriu a empresa ao Novo Banco, um dos principais credores, num negócio avaliado em 37,5 milhões de euros.

Com a missão de dar a volta ao negócio deficitário, Clara Moura Guedes conseguiu voltar a colocar a Monte do Pasto no mapa agropecuário, até chegar ao ponto de “liderar a criação de bovinos a nível nacional”. A Monte do Pasto exporta 95% da produção, principalmente para a Ásia (tendo em conta a ligação acionista) e para o Norte de África (Marrocos e Argélia). Exportam também animais vivos para Israel.

Bem-estar animal e sustentabilidade são os atuais pilares do negócio. A CEO da Monte do Pasto alerta que existem “muitos mitos, no setor da agropecuária e dos produtos agroalimentares, que importa desmistificar e não correspondem à realidade”. Com base nesta premissa, está envolvida no projeto Ethical Meat – Sistema Integrado de Produção Sustentável de Carne – que tem como objetivo “criar uma carne de qualidade e sustentável ao longo de todo o processo, sempre focado no bem-estar animal”.

O projeto Ethical Meat, que representa um investimento de cerca de um milhão de euros, cofinanciado pelo Compete 2020, vai ser concluído no final deste ano. Materializa a iniciativa estratégica da União Europeia – “Do Prado ao Prato” – para a transição para um sistema alimentar mais saudável, seguro e sustentável ao longo da cadeia alimentar.

Clara Moura Guedes destaca-o como “um projeto muito inovador neste setor” e que prevê que os animais sejam criados ao ar livre. “Queremos reduzir ao mínimo o stress dos animais, através da alteração do maneio. Estamos a trabalhar com especialistas a nível mundial desta área do bem-estar animal e também com as universidades de Évora e do Minho”, conta a gestora.

É possível desenvolver agropecuária sustentável e conseguir, ao longo de todo o processo, respeitar os animais e o seu bem-estar.

Clara Moura Guedes

CEO do Grupo Monte do Pasto

A Monte do Pasto controla todas as áreas do processo e consegue intervir ao longo de toda a fase.“É uma forma de intervir ao longo de todas as fases da cadeia de produção de carne – do prado ao prato”, diz a gestora, que já trabalhou em multinacionais como a L’Oréal. Ainda associado a este projeto, a Monte do Pasto criou quatro parques, que, segundo a CEO da empresa, “são pioneiros na Europa em bem-estar animal”.

Da criação à produção e venda de carne

A Monte do Pasto, que há poucos dias participou na Ovibeja, tem certificações associadas a melhores práticas de agricultura regenerativa (Produção Baixo Carbono), de bem-estar animal (Beter Leven 3 Stars e Welfai). O sistema de produção da marca de carne, intitulada True Born, obteve a Rotulagem Facultativa “Do Prado ao Prato”, atribuída pelo Ministério da Agricultura e Alimentação.

A marca True Born nasceu em 2021 e é feita exclusivamente a partir dos bovinos criados nas herdades do grupo. A marca posiciona-se num segmento de alta qualidade e foi pensada com foco na exportação, principalmente Macau e Hong Kong. Clara Moura Guedes explica que a marca também é vendida em Portugal, mas em canais de distribuição mais especializados, como mercearias gourmet.

Na ótica da gestora, é possível desenvolver agropecuária sustentável e conseguir ao longo de todo o processo respeitar os animais e o seu bem-estar. “Tudo isto contribui, por um lado, por um respeito profundo pelos animais e, por outro lado, pela criação de um produto de melhor qualidade e mais sustentável”, conclui Clara Moura Guedes.

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Organização Mundial da Saúde declara fim da pandemia de Covid-19

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou esta sexta-feira que a Covid-19 já não representa uma emergência de saúde à escala mundial, apesar de continuar a ser uma ameaça. 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou esta sexta-feira o fim da pandemia: “É com grande esperança que declaro o fim da Covid-19 como emergência de saúde global. No entanto, isto não significa que a Covid-19 deixou de ser uma ameaça global à saúde”, disse o diretor-geral, Tedros Ghebreyesus.

Ao ECO, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, diz que o fim da pandemia representa “uma vitória” da ciência e sublinha que “os portugueses demonstraram uma enorme capacidade de adaptação, acolheram as orientações sanitárias e aderiram fortemente à vacinação”. E frisa que, nos últimos três anos, “os milhares de profissionais de saúde” assumiram “num período tão exigente” um “compromisso com a saúde dos portugueses” a que se soma a postura dos trabalhadores “dos setores essenciais” que se “mantiveram ao serviço” assim como “as autarquias e as instituições sociais”.

De futuro, acrescenta ainda o ministro, “importa agora preservar as lições aprendidas” que são “essenciais para continuar o trabalho de fortalecimento do Serviço Nacional de Saúde e da Saúde Pública”.

Foi em março de 2020, que a OMS declarou a Covid-19 como uma pandemia à escala global, considerando-a a “maior crise sanitária global do nosso tempo”. Três anos depois, a já foram identificados mais de 765 milhões de casos de infeção por todo o mundo e quase sete milhões de pessoas já morreram com a doença. Entre 3 e 30 de abril foram detetados quase 2,8 milhões de novos casos e mais de 17.000 mortes, de acordo com o último balanço.

O diretor-geral da OMS referiu ainda que durante o último ano, “comité de emergência e a OMS têm estado a analisar os dados com cuidado, considerando quando seria o tempo certo para baixar o nível de alarme”, tendo na quinta-feira o comité de emergência reunido pela 15.º vez e decidido declarar o fim emergência global. “Eu aceitei esse conselho”, afirmou Tedros Ghebreyesus.

A pandemia está em recuar, com o aumento da imunidade da população através da vacinação e da infeção”, a mortalidade está a diminuir e há, consequentemente uma “diminuição da pressão sobre os sistemas de saúde”, justificou o responsável, referindo que “essa tendência permitiu que a maioria dos países voltasse à vida como a conhecíamos antes”.

A “Covid-19 mudou o nosso mundo e mudou-nos“, disse o responsável, pedindo que se retirasse lições da pandemia, mas sublinhando que agora é tempo de os países “começarem a gerir a Covid-19 juntamente com outras doenças infecciosas”. Ainda assim, o diretor-geral da OMS avisa que não hesitará em voltar a declarar a Covid como uma emergência global se necessário for. “Se for necessário, não hesitarei em convocar outro comité de emergência caso a Covid-19 volte a colocar o nosso mundo em perigo“, apontou.

Em Portugal, o Governo foi levantando as restrições impostas na sequência da pandemia de Covid-19. Assim, desde o final de agosto que o uso de máscara deixou de ser obrigatório nos transportes públicos e nas farmácias, mas apesar do levantamento do estado de alerta (que terminou a 1 de outubro de 2022) a única medida que se manteve, e que terminou no início de abril deste ano, era o uso obrigatório de máscara nas unidades de saúde, lares de idosos ou de acolhimento de pessoas vulneráveis nas unidades da rede de cuidados continuados.

(Notícia atualizada pela última vez às 15h15)

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AB InBev reestrutura equipa de marketing depois de polémica com influencer transgénero

Alissa Heinerscheid, vice-presidente de marketing da Bud Light que supervisionou a campanha, e Daniel Blake, diretor de marketing das marcas da Anheuser-Busch's, foram afastados.

Uma quebra de 1% do volume global de negócio na venda de cervejas nos EUA, uma “reestruturação” na equipa de marketing e o triplicar do investimento com publicidade no verão. São estes os principais estilhaços da polémica decisão da AB InBev em promover a sua cerveja Bud Light através de uma influencer transgénero.

Em abril, a influencer transgénero Dylan Mulvaney colocou um vídeo no Instagram a abrir uma lata de Bud Light, na qual estava desenhado o seu rosto, enviada pela empresa como parte de uma campanha.

As reações não se fizeram tardar e atingiram a marca pelos dois lados: se parte do mercado dos EUA – principalmente a faixa populacional mais conservadora – reagiu negativamente à parceria, o mesmo aconteceu com os clientes que a ação pretendia alcançar, que criticaram a falta de apoio da marca à influenciadora, depois das críticas.

Michel Doukeris, CEO da InBev, minimizou o impacto negativo destas reações e do boicote que se seguiu. Referindo que ainda é muito cedo para comentar o impacto total, o CEO revelou que as vendas da marca nos EUA, nas primeiras três semanas de abril, tiveram uma quebra equivalente a 1% do volume global da empresa, cita a Bloomberg.

Embora tenha referido que o impacto do boicote americano à Bud Light é gerível e que não é previsível que afetem os resultados anuais, Doukeris concorda que até 1% do volume da maior produtora de cerveja mundial é significativo, refere a Marketing Week.

No entanto, de acordo com o Beer Business Daily, o volume de vendas da marca (fora de restaurantes, cafés e bares), em relação ao ano anterior, caiu 21,1% na segunda semana de abril e 26,1% na terceira, ao passo que as marcas concorrentes – como a Coors Light e Miller Lite – viram as suas vendas subirem.

O CEO da AB InBev quis também deixar claro que a situação se refere a “uma lata, uma influenciadora, um post e não uma campanha”, revelando ainda aos investidores os resultados positivos do primeiro trimestre.

Nos primeiros quatro meses do ano, a AB InBev – que também detém outras marcas de cerveja como a Corona ou a Budweiser – vendeu um total de 140,548 hectolitros (+ 0,9% face ao período homólogo) e aumentou a receita em 13,2%, face ao mesmo período do ano passado, alcançando a marca de 12 mil milhões de euros. O lucro também cresceu 12,4%, para um total de 6,57 mil milhões de euros.

A polémica acarretou também mudanças na equipa de marketing. Conforme divulgou o The Wall Street Journal, perto do final do mês de abril a Anheuser-Busch, empresa americana subsidiária da AB InBev, confirmou que Alissa Heinerscheid, vice-presidente de marketing da Bud Light que supervisionou a campanha, e o seu chefe, Daniel Blake, diretor de marketing das marcas da Anheuser-Busch’s, foram afastados da empresa.

Segundo Michel Doukeris, a empresa encontra-se num processo de “reestruturação” para que os seus profissionais seniores de marketing estejam “mais intimamente conectados com todos os aspetos das [suas] marcas” e vai ainda triplicar os gastos em media com a marca neste verão, num “esforço para reavivar o apoio à marca”, refere a Marketing Week.

Segundo este meio, o CEO da AB InBev afirmou o grupo sabe que as suas marcas têm um bom desempenho quando se focam em desporto, música e na conexão com os consumidores. A marca Bud Light é habitualmente promovida em eventos desportivos.

Segundo a Marketing Week, a AB InBev diz que aprendeu “grandes lições” com este boicote. No entanto, nas atuais circunstâncias, as marcas do grupo não pretendem fazer nada e manter-se-ão em linha com os planos previamente traçados, à semelhança da abordagem adotada pela Corona durante a pandemia.

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Santos Silva convidou homólogo ucraniano a visitar Portugal

  • Lusa
  • 5 Maio 2023

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, convidou o presidente do parlamento ucraniano a discursar no parlamento português, e indicou que Volodymyr Zelensky aceitou o convite.

O presidente da Assembleia da República, Augusto Santos Silva, esclareceu que o convite para visitar Lisboa e discursar no parlamento português foi endereçado ao seu homólogo ucraniano, Ruslan Stefanchuk, e não ao Presidente daquele país, Volodymyr Zelensky.

“Aparentemente ter-me-ei equivocado, peço desculpa. Evidentemente que eu fiz o convite ao presidente do parlamento da Ucrânia para estar aqui, e não ao Presidente da Ucrânia, porque eu convido presidentes de parlamento”, afirmou Santos Silva no final na reunião plenária.

“Fica o equívoco sanado”, acrescentou.

No início da reunião plenária, o presidente do parlamento português tinha afirmado: “Convidei o Presidente da Ucrânia a visitar Lisboa e a dirigir-se também, em sessão plenária, ao nosso parlamento. Fi-lo, como disse, ao abrigo dos poderes que tenho, mas ciente também de que teria a imensa maioria do parlamento comigo quando formulei esse pedido, que foi imediatamente aceite”.

O presidente do parlamento disse ainda que disponibilizou “o conhecimento muito grande que existe” na Assembleia, “seja ao nível dos senhores deputados, da Comissão de Assuntos Europeus, mas também de outras comissões, seja ao nível dos senhores funcionários”, para apoiar a Ucrânia no processo de candidatura à adesão à União Europeia.

De seguida, Augusto Santos Silva afirmou que a sua expectativa “é que na próxima visita do presidente Stefanchuk aqui à Assembleia da República”, seja possível “assinar um memorando de entendimento, formalizando essa cooperação”.

De acordo com o Regimento, compete ao presidente da Assembleia da República, ouvida a conferência de líderes, “convidar, a título excecional, individualidades nacionais e estrangeiras a tomar lugar na sala das reuniões plenárias e a usar da palavra”.

Augusto Santos Silva fez uma visita oficial à Ucrânia na terça e quarta-feira, a convite do seu homólogo Ruslan Stefanchuk, na qual foi acompanhado por deputados das bancadas do PS, PSD, IL e BE, mas não do Chega ou do PCP.

“A visita permitiu encontros muito importantes com o Presidente da República da Ucrânia, com o primeiro-ministro, com o presidente do parlamento ucraniano, que teve aliás a gentileza de me convidar a proferir uma intervenção na sessão plenária do parlamento”, indicou no início dos trabalhos parlamentares, depois de o assunto ter sido abordado pelo PSD.

O presidente da Assembleia da República indicou também que a visita “incluiu também um ponto especialmente tocante, que foi a possibilidade de visitar a Universidade de Kiev, em que se ensina e estuda português, e ter encontro com os respetivos professores e estudantes”.

“Foi uma maneira também ela expressiva de comemorar o Dia Mundial da Língua Portuguesa e a cooperação que existe, não só a nível dos governos e dos parlamentos, como também ao nível das instituições académicas entre os dois países”, afirmou.

Santos Silva considerou que “foi uma visita muito importante”, tendo agradecido “a colaboração de todos na organização, incluindo na absoluta discrição” com que, a seu pedido, “os membros da comitiva se comportaram”.

“Isso foi essencial para que a visita fosse possível também do ponto de vista logístico e de segurança, como os senhores deputados que me acompanharam podem, se quiserem, informar os respetivos grupos parlamentares”, acrescentou.

Antes, o líder parlamentar do PSD pediu para palavra para congratular a viagem que “o senhor presidente, acompanhado por deputados desta casa, fez à Ucrânia”, que “muito enobreceu este parlamento”.

“E saudar o regresso de todos, num momento em que o conflito na Ucrânia se está a intensificar, mas que esperamos que possa ser concluído o mais rapidamente possível”, apontou Joaquim Miranda Sarmento.

(Notícia alterada às 18h09 com esclarecimento de Augusto Santos Silva sobre o convite endereçado ao presidente do Parlamento ucraniano e não ao Presidente ucraniano)

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Grupo Wagner ameaça retirar-se de Bakhmut por falta de munições

  • Lusa
  • 5 Maio 2023

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner ameaçou retirar os seus combatentes de Bakhmut, um dos atuais epicentros da guerra na Ucrânia, a partir da próxima quarta-feira, por falta de munições.

O chefe do grupo paramilitar russo Wagner, Yevgueni Prigozhin, ameaçou esta sexta-feira retirar os seus combatentes de Bakhmut, um dos atuais epicentros da guerra na Ucrânia, a partir da próxima quarta-feira, por falta de munições.

“Íamos tomar a cidade de Bakhmut antes de 9 de maio. Quando perceberam isso, os burocratas militares pararam as entregas“, acusou Prigozhin num vídeo divulgado hoje.

“Portanto, a partir de 10 de maio de 2023, iremos retirar-nos de Bakhmut”, afirmou, destacando que se recusa a que “(os seus) rapazes, sem munição, sofram perdas desnecessárias e injustificadas”.

“Peço ao Chefe do Estado-Maior General que assine uma ordem de combate ao [grupo] Wagner para transferir as posições da zona de Bakhmut para unidades do Ministério da Defesa”, acrescentou Prigozhin. O ultimato surge após semanas de tensão entre o grupo paramilitar e os militares russos.

Prigozhin tem acusado o Estado-Maior russo de não fornecer munições suficientes ao grupo Wagner, na linha da frente em Bakhmut, para impedir uma vitória que ofuscaria o exército do país.

Num outro vídeo publicado na madrugada desta sexta-feira, Prigozhin acusou o ministro da Defesa russo e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas de serem responsáveis pelas perdas do grupo paramilitar.

Eles [mercenários] vieram aqui como voluntários e morrem enquanto vocês engordam nos vossos gabinetes”, disse Progozhin dirigindo-se ao ministro da Defesa, Serguei Shoigu, e ao chefe do Estado-Maior, Valeri Guerasimov.

Não é a primeira vez que Prigozhin ameaça a retirada do grupo Wagner de Bakhmut devido à falta de munições. “Se a companhia militar privada Wagner abandonar Bakhmut a frente de combate desmorona-se”, disse o empresário numa outra mensagem difundida pela rede social YouTube.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou até agora a fuga de mais de 14,6 milhões de pessoas — 6,5 milhões de deslocados internos e mais de 8,1 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Pelo menos 18 milhões de ucranianos precisam de ajuda humanitária e 9,3 milhões necessitam de ajuda alimentar e alojamento.

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 8.709 civis mortos e 14.666 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.

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Associação apresenta providência para evitar central solar em Santiago do Cacém

  • Lusa
  • 5 Maio 2023

A providência cautelar visa "evitar que seja emitida qualquer licença por parte da Direção-Geral de Energia e Geologia que permita o início das obras de construção" da central solar.

A associação ProtegeAlentejo interpôs uma providência cautelar no Tribunal Administrativo e Fiscal (TAF) de Beja para evitar o arranque das obras de uma central fotovoltaica no concelho de Santiago do Cacém (distrito de Setúbal).

Em comunicado enviado à agência Lusa, a associação indicou que, além da providência cautelar, que deu entrada no TAF de Beja, na segunda-feira, vai avançar “nos próximos dias” com uma ação de impugnação da Declaração de Impacte Ambiental (DIA) do projeto previsto para a freguesia de São Domingos e Vale de Água, no concelho de Santiago do Cacém.

Segundo a associação, a providência cautelar visa “evitar que seja emitida qualquer licença por parte da DGEG [Direção-Geral de Energia e Geologia] que permita o início das obras de construção” da central solar, que tem como promotores as empresas Sunshining, SA (Prosolia) e o grupo Iberdrola.

Já a ação de impugnação, que também será entregue no TAF de Beja, “visa a declaração de nulidade” da DIA ou “a sua anulabilidade”, explicou.

No entender da ProtegeAlentejo, a DIA emitida pela Agência Portuguesa do Ambiente (APA) “assenta em factos inexistentes, contém omissões graves, colocando em causa aquilo que são os objetivos da Avaliação de Impacte Ambiental”.

O projeto “prevê a substituição de mais de 1.200 hectares de coberto florestal por um megaparque solar, degradando áreas com uma relevante função de fornecimento de serviços de ecossistema, entre os quais o sequestro de carbono, refúgio de biodiversidade e espaços de fruição da natureza”, lê-se no comunicado.

Para a associação, os impactes do projeto da central solar Fernando Pessoa “são muito significativos, de longo prazo, irreversíveis e não mitigáveis”, tendo em conta que a quase totalidade da área do projeto se insere em Reserva Ecológica Nacional, “colidindo com tudo o que se pretende defender nesta restrição de utilidade pública”.

“Os promotores escolhem zonas onde é expectável uma oposição enfraquecida”, por se tratar de uma “população envelhecida e pouco participativa, com um considerável grau de iliteracia e a maioria sem acesso aos meios de comunicação”, argumentou.

Na nota, é recordada a “forte oposição por parte da população local”, que se traduziu numa petição pública ‘online’, atualmente com 2.027 assinaturas, e num elevado número de participações nas duas consultas públicas, “a maioria de discordância” para com o projeto.

A associação criticou ainda o papel da APA em todo o processo, considerando que “é instrumentalizada em função de interesses de empresas privadas”, assim como das entidades institucionais envolvidas, que, no seu entender, “demonstraram um completo desrespeito para com a opinião pública”.

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Politécnico da Guarda lidera projeto europeu para modernizar rádios locais

  • ECO e Lusa
  • 5 Maio 2023

Politécnico da Guarda lidera projeto europeu para modernizar rádios dos territórios de baixa densidade populacional "através da promoção de competências digitais e do combate à desinformação".

“Com o potencial crescimento do digital, os média dos territórios de baixa densidade populacional enfrentam inúmeros desafios que têm um impacto significativo na forma como os consumidores se relacionam e consomem os conteúdos radiofónicos”, começa por afirmar o presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG), Joaquim Brigas.

Daí a necessidade do projeto europeu que o IPG lidera e que visa precisamente modernizar as rádios dos territórios de baixa densidade populacional “através da promoção de competências digitais e do combate à desinformação”.

A iniciativa surge no âmbito do projeto NEWAVES, liderado pelo IPG, com um orçamento de mais de 900 mil euros, e resulta de uma parceria entre instituições de ensino superior e média –rádios em particular — de Portugal, Croácia, Macedónia e Eslováquia. “O NEWAVES é uma colaboração transnacional de conteúdos radiofónicos que permite a este setor aceder a uma plataforma digital de conteúdos”, explicou Handerson Engrácio, docente no IPG e gestor de projeto.

O objetivo do NEWAVES é “introduzir inovação, ajudar a aumentar as audiências de rádios na Europa, assim como tornar o setor mais competitivo“.

Com o potencial crescimento do digital, os média dos territórios de baixa densidade populacional enfrentam inúmeros desafios que têm um impacto significativo na forma como os consumidores se relacionam e consomem os conteúdos radiofónicos.

Joaquim Brigas

Presidente do Instituto Politécnico da Guarda (IPG)

“Pretendemos encorajar a cooperação sistémica entre profissionais das rádios locais para melhorar a viabilidade e a competitividade do jornalismo produzido profissionalmente”, afirmou, por sua vez, Fátima Gonçalves, docente no IPG, numa nota de imprensa divulgada esta sexta-feira.

Segundo a responsável, “a plataforma digital, a desenvolver em rede, permitirá o intercâmbio de boas práticas e irá, certamente, permitir a disseminação de conteúdos radiofónicos locais e regionais de forma a tornar o jornalismo mais cooperativo, sustentável e resiliente”.

Segundo o IPG, o projeto prevê, ainda, um programa de mobilidade para profissionais, formação e capacitação de estudantes e especialistas. Assim como desenvolvimento de uma metodologia de análise e avaliação da qualidade dos conteúdos, além da criação de uma rede que permite o intercâmbio de boas práticas, melhorando a colaboração entre os parceiros e aumentando a competitividade no setor.

“É uma experiência que permitirá a comunicadores, jornalistas, alunos e instituições de ensino superior partilhar conhecimento, fazer formação e incrementar a competitividade no setor dos média, principalmente em zonas europeias de baixa densidade populacional e de recursos limitados”, resumiu.

“O foco nas rádios locais é fundamental para este projeto que procura, simultaneamente, ter um impacto positivo ao nível da sustentabilidade económica, ambiental, cultural e social”, vincou Handerson Engrácio.

O NEWAVES, que terá a duração de dois anos, é financiado pela segunda edição do programa Europa Criativa, que disponibiliza 7,5 milhões de euros para projetos transversais de parcerias jornalísticas que abordem as mudanças estruturais e tecnológicas enfrentadas pelos órgãos de comunicação social. O IPG é uma das primeiras instituições de ensino superior portuguesas a liderar uma iniciativa do programa Europa Criativa.

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EDP analisa se “veto” do Constitucional à CESE pode servir de argumento para o setor elétrico

No entender do CEO da EDP, com a pronúncia do Constitucional, "essencialmente, abrimos o debate sobre a manutenção desta contribuição no curto, médio e longo prazo".

A EDP está a analisar a decisão do Tribunal Constitucional, que iliba as empresas do setor do gás natural de pagar a Contribuição Extraordinária do Setor Energético. O objetivo é perceber se os argumentos em que se baseia podem ser aplicados ao setor elétrico.

Estamos a olhar para o argumento que está a ser usado pelo Tribunal Constitucional e a pensar qual deverá ser a nossa abordagem, se poderá também aplicar-se ao setor elétrico“, afirmou o CEO da EDP, Miguel Stilwell de Andrade, numa chamada com analistas, a propósito da apresentação dos resultados trimestrais da elétrica, que foram divulgados esta quinta-feira.

No entender do CEO da EDP, a pronúncia do Constitucional, abre “o debate sobre a manutenção desta contribuição no curto, médio e longo prazo”, a qual, a seu ver, “não faz sentido”, pois “desincentiva o investimento”.

O Tribunal Constitucional conclui, num acórdão de 16 de março, tal como foi avançado pelo Jornal de Negócios, que os distribuidores e transportadores de gás não deveriam estar sujeitos ao pagamento da CESE, à luz do princípio de igualdade presente na Constituição. O argumento é que estas empresas não deveriam pagar uma contribuição que se destina à redução da dívida tarifária do setor elétrico, segundo o que está especificado na lei que dita a contribuição desde que foi alterada, em 2018.

Na mesma chamada com analistas, Miguel Stilwell falou também da tarifa social, a qual defende que não devia ser financiada da forma atual, apoiada sobretudo na EDP. “A Comissão Europeia disse que estávamos certos”, confirma o gestor. A avaliação que resulta desta consulta é que a tarifa social deveria ser financiada através do Orçamento do Estado ou outra alternativa, como a que vigora em Espanha. “Esperamos que no curto prazo esteja resolvido”, indicou Stilwell, já que o esquema de financiamento estará a ser revisto pelo ministro.

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Rússia insiste no envolvimento dos EUA no alegado ataque ao Kremlin

  • Lusa
  • 5 Maio 2023

Moscovo acusa os Estados Unidos e os seus aliados de estarem envolvidos numa guerra "por procuração" contra a Rússia através da Ucrânia, que invadiu em 24 de fevereiro de 2022.

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, insistiu esta sexta-feira no envolvimento dos Estados Unidos no alegado ataque contra o Kremlin (presidência), defendendo que não poderia ter ocorrido sem o conhecimento de Washington.

“Trata-se de um ato hostil. É evidente que os terroristas de Kiev não o poderiam ter cometido sem que os seus chefes tivessem conhecimento”, afirmou Lavrov durante uma viagem à Índia, citado pela AFP.

Moscovo acusa os Estados Unidos e os seus aliados de estarem envolvidos numa guerra “por procuração” contra a Rússia através da Ucrânia, que invadiu em 24 de fevereiro de 2022.

A Rússia atribuiu um ataque com drones (aeronaves não tripuladas) contra a sede da presidência russa, em Moscovo, na terça-feira à noite, às forças ucranianas com o apoio dos Estados Unidos.

Moscovo disse que o Presidente russo, Vladimir Putin, não estava no Kremlin no momento do alegado ataque, mas considerou tratar-se de uma tentativa para o assassinar.

A Ucrânia negou qualquer responsabilidade, bem como os Estados Unidos. “A capacidade de mentir dos nossos amigos ucranianos e ocidentais é bem conhecida”, reagiu Lavrov em Goa, após uma reunião dos chefes da diplomacia da Organização de Cooperação de Xangai, que integra também China, Índia, Paquistão, Cazaquistão, Quirguistão, Tajiquistão e Uzbequistão.

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo insistiu que Moscovo tomará medidas de retaliação contra a Ucrânia, mas sem especificar. “Somos muito pacientes”, acrescentou, segundo a Europa Press.

Num comunicado divulgado na quinta-feira, a diplomacia russa já tinha advertido que Moscovo “responderá de acordo com a avaliação da ameaça que Kiev criou para a liderança” da Rússia.

O ministério de Lavrov reafirmou também a acusação de que Kiev tem o apoio de países ocidentais, que lhe fornecem armas e informações, treinam os militares e “apontam-lhes alvos”.

Diversos analistas ocidentais admitiram que o incidente, mostrado pelas televisões russas, terá sido organizado por Moscovo como um ato de propaganda. O Instituto para o Estudo da Guerra (ISW, na sigla em inglês), com sede nos Estados Unidos, considerou como “extremamente improvável” que ‘drones’ pudessem atravessar os vários sistemas de defesa antiaérea instalados em Moscovo.

Imagens de satélites, captadas em janeiro, mostram que as autoridades russas instalaram sistemas de defesa de mísseis Pantsir terra-ar perto de Moscovo para o fortalecimento de círculos defensivos à volta da capital do país.

Para o ISW, um ataque “não detetado” pelos sistemas de defesa contra um objetivo tão importante como o Kremlin constituiria uma “grande vergonha para a Rússia”.

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